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Dengue

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Vacinação contra a dengue

 

A Prefeitura de Belo Horizonte iniciou a vacinação no público entre 10 e 14 anos em todos os centros de saúde da capital. 

O esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses. 


O imunizante está disponível nos 152 centros de saúde da capital, distribuídos nas nove regionais. 

 

VEJA AQUI OS ENDEREÇOS PARA VACINAÇÃO 

 

Contraindicações

 A vacina da dengue (atenuada) não deve ser administrada nas seguintes situações:

  • Indivíduos menores de 4 anos e com 60 anos e mais;
  • Anafilaxia ou reação de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer excipiente listado na seção “composição da vacina” ou à uma dose anterior dessa vacina;
  • Indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles recebendo terapias imunossupressoras tais como quimioterapia ou altas doses de corticosteróides sistêmicos (p. ex., 20 mg/dia ou 2 mg/kg/dia de prednisona por duas semanas ou mais) dentro de quatro semanas anteriores à vacinação, assim como ocorre com outras vacinas vivas atenuadas;
  • Indivíduos com infecção por HIV sintomática ou infecção por HIV assintomática quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida;
  • Gestantes;
  • Mulheres que estejam amamentando (lactantes).
 
Informações e Perguntas Frequentes sobre a vacina

Há 40 anos o Brasil sofre com sucessivas epidemias de dengue, que causam milhares de episódios de adoecimento, óbitos, sobrecarga dos serviços de saúde e prejuízos sociais e econômicos inestimáveis.
 

Na ausência de tratamento específico, o manejo da dengue é baseado no reconhecimento de sinais de alarme e gravidade, o que demanda organização dos sistemas de saúde e capacitação dos profissionais responsáveis pelo atendimento. Uma das medidas mais importantes para o controle da transmissão da doença na população é baseada nas medidas de eliminação de reservatórios aquáticos, favorecedores da reprodução do Aedes Aegypti, vetores da doença no meio urbano.


A recente aprovação da vacina Qdenga pela ANVISA proporciona uma nova ferramenta para prevenção da dengue. A incorporação desta vacina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, combinada às estratégias de combate vetorial, contribuirão para a redução do risco de infecção e da morbimortalidade pela doença no país.
 

NOTA INFORMATIVA Nº 25/2020-CGARB/DEIDT/SVS/MS 

 

A Qdenga é uma vacina atenuada tetravalente contra os quatro sorotipos da dengue, quais sejam: DENV-1, DENV-12, DENV-3 e DENV-4. A vacina baseia-se na tecnologia de DNA recombinante, a partir do sorotipo atenuado DENV-2, que fornece a estrutura genética para todos os quatro componentes virais da vacina. A cepa vacinal DENV-2 é composta pelo vírus isolado de um paciente, modificado e atenuado em laboratório pela inoculação em culturas celulares. As outras três cepas vacinais são “quimeras” geradas pela substituição dos genes que codificam as proteínas do envelope e da pré-membrana da cepa 2 pelos genes correspondentes das cepas selvagens DENV-1, DENV-3 e DENV-4.

 

PERGUNTAS FREQUENTES 

1) QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS VACINAS CONTRA A DENGUE LICENCIADAS NO BRASIL?

  • Dengvaxia (Sanofi Pasteur): vacina tetravalente, vírus vivo atenuado, 3 doses com intervalo de 6 meses entre as doses, somente indicada para quem já teve dengue (soropositivos).
  • Qdenga (Takeda): vacina tetravalente, vírus vivo atenuado, 2 doses com intervalo de 3 meses entre as doses, independentemente de ter tido ou não dengue previamente (soronegativos e soropositivos).

 

2) PARA QUEM É INDICADA A NOVA VACINA QDENGA?

Essa vacina está indicada para indivíduos de 4 e 59 anos, 11 meses e 29 dias.

 

3) QUEM NÃO PODE RECEBER A VACINA?

  • Como toda vacina de vírus vivo, está contraindicada para gestantes e lactantes (mulheres que estão amamentando);
  • Pessoas com imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias;
  • Reação de hipersensibilidade a dose anterior.

 

4) QUAL O ESQUEMA DE DOSES?

Duas doses, com volume de 0,5 ml, por via subcutânea, com intervalo de 3 meses entre elas.

 

5) QUEM JÁ TEVE DENGUE PODE FAZER A VACINA?

Sim. A recomendação da vacina nesta população é especialmente indicada por ter melhor resposta imune à vacina e por ser população de maior risco para dengue grave.

 

6) EU JÁ TIVE DENGUE. QUANTO TEMPO APÓS A DENGUE POSSO FAZER A VACINA?

Esse dado especificamente não foi avaliado no estudo dessa vacina. Mas, com base na produção dos anticorpos e em dados de vacina anterior, o tempo ideal entre o episódio da dengue e o início da vacinação é de 6 meses.

 

7) EU TIVE DENGUE APÓS A PRIMEIRA DOSE DA VACINA. QUANTO TEMPO DEVO ESPERAR PARA FAZER A SEGUNDA DOSE?

O estudo não encontrou impacto entre o episódio de dengue no intervalo entre as doses. Portanto, o intervalo deve ser mantido, desde que não inferior a 30 dias em relação ao início da doença.

 

8) ESSA VACINA PROTEGE PARA QUAIS SOROTIPOS DA DENGUE?

A vacina demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 (69,8%), DENV-2 (95,1%) e DENV-3 (48,9%). A eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada nesse período, devido ao insuficiente número de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o estudo.

 

9) QUAL A EFICÁCIA CONTRA HOSPITALIZAÇÃO?

Houve eficácia contra hospitalizações por DENGUE CONFIRMADA LABORATORIALMENTE, com proteção geral de 84,1%, com estimativas bem semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).

 

10) SERÁ NECESSÁRIO FAZER DOSE DE REFORÇO?

Não existem dados, até o momento, que indiquem dose de reforço. Mas, os estudos seguem em andamento para responder essa questão. O tempo de seguimento pós vacina, neste momento de 4,5 anos, demonstrou não haver necessidade de reforço neste período.

 

11) ESSA VACINA PROTEGE CONTRA ZIKA, FEBRE AMARELA E CHIKUNGUNYA?

Não há proteção para outras arboviroses. A vacina é utilizada exclusivamente para a proteção contra a dengue.

 

12) ESSA VACINA PODE SER FEITA JUNTO COM OUTRAS VACINAS? HÁ NECESSIDADE DE INTERVALO COM ALGUMA VACINA?

Foi estudada a concomitância com as vacinas da hepatite A (inativada) e febre amarela (atenuada) e não houve relato de eventos adversos até o momento. Como toda vacina de vírus vivos atenuados, a vacina dengue pode interferir na resposta imunológica a outras vacinas atenuadas. Dessa forma, a administração deve ser realizada no mesmo dia ou com um intervalo mínimo de 30 dias. Não há necessidade de intervalo para a aplicação de vacinas inativadas.

 

13) A VACINA QDENGA PODE SER FEITA NAS GESTANTES? E CASO TENHA SIDO FEITA INADVERTIDAMENTE, COMO PROCEDER?

Por ser vacina de vírus vivo atenuado, esta vacina esta contraindicada para gestantes. Nos casos descritos, onde a vacina foi administrada de forma inadvertida, em gestantes, não foi observado nenhum efeito danoso ao feto ou a gestação.

 

14) A VACINA QDENGA PODE SER FEITA NA LACTANTE? HÁ DADOS DE SEGURANÇA?

A vacina está contraindicada para nutrizes ou lactantes, por não se conhecer dados de segurança para o bebê.

 

15) TOMEI DUAS DOSES DA VACINA DENGVAXIA®, MAS NÃO COMPLETEI O ESQUEMA? COMO PROCEDER?

O esquema iniciado com uma determinada vacina, deverá ser completado com o mesmo produto, como regra geral. Na indisponibilidade de vacina ou em situações de interrupção de esquema prévio com Dengvaxia®, pode-se realizar QDENGA, desde que complete duas doses, com intervalo habitual de 90 dias.

 

16) TEM VALOR TOMAR A VACINA QDENGA SE JÁ COMPLETEI TODO O ESQUEMA COM A VACINA ANTERIOR, DENGVAXIA®?

Não há dados de segurança que sustentem esta recomendação, por ora.

 

17) E PARA AS PESSOAS ACIMA DE 60 ANOS? EXISTEM DADOS?

Os dados de imunogenicidade e segurança estão em andamento. Assim, até que haja a disponibilidade dos dados, não recomendamos fazer a vacinação fora da faixa etária recomendada.

 

18) MULHER EM IDADE REPRODUTIVA PODE VACINAR OU DEVEMOS TER ALGUM CUIDADO ESPECIAL?

Mulheres que estão em idade fértil e pretendem engravidar, deverão ser orientadas a usar métodos de anticoncepção, por período de 30 dias após a vacinação.

 

19) QUAL O NÍVEL DE PROTEÇÃO OFERECIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO DA PRIMEIRA DOSE E POR QUANTO TEMPO DURARIA?

Foi demonstrada eficácia de 81% após 30 dias da primeira dose da vacina, o que poderia justificar seu uso para indivíduos que vivem em áreas não endêmicas que vão visitar países endêmicos e não têm tempo para receber a segunda dose antes da viagem. Mas a proteção de médio e longo prazo foi demonstrada apenas com o esquema preconizado de duas doses (intervalo de 3 meses), uma vez que 95% da população do estudo completou esse esquema.

 


Fonte: 

1) Ministério da Saúde. Informe técnico operacional da estratégia de vacinação contra a dengue em 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/arboviroses/publicacoes/estrategia-vacinacao-dengue (acessado em 23/02/24)
2) Sociedade Brasileira de Imunização, Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Vacinação contra dengue - Perguntas e respostas mais frequentes: Sociedade Brasileira de Imunização; Sociedade Brasileira de Infectologia; Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/perguntas-respostas-qdenga-230714.pdf (acessado em 23/02/24))

 

 

Atendimento médico para casos de dengue e outras arboviroses

Para ampliar a assistência às pessoas que apresentarem sintomas de dengue e outras arboviroses, unidades específicas estão abertas diariamente, inclusive aos finais de semana. Podem procurar os locais aqueles que tiverem febre, dores no corpo ou dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Confira o endereço dos locais abaixo.

 

ENDEREÇOS DAS UNIDADES ESPECÍFICAS

 

 


Combater a dengue é missão de todos!

Veja o que você e sua família podem fazer para acabar com o Aedes Aegypti:

 

  1. Tirar os pratinhos das plantas
    Deixe-os secos para evitar contaminações
     
  2. Conferir se a caixa d’água está bem fechada
    Assim, os mosquitos não conseguem entrar!
     
  3. Colocar pneus velhos em um lugar fechado ou levar para uma URPV
    Saiba qual a URPV mais próxima da sua casa clicando aqui.
     
  4. Lavar bem as vasilhas dos pets
    Assim você proteje os seus bichinhos e afasta os mosquitos!
     
  5. Limpar telhas e calhas para não acumular água
    É só retirar aquela água que sobra das chuvas, sem ela o mosquito vai embora!
     
  6. Virar garrafas e potes vazios
    Uma forma de evitar o acumulo de água e a atração do Aedes Aegypti
     
  7. Colocar o lixo no saco plástico e fechar bem a lixeira
    Assim fica mais fácil para você retirar o lixo e o melhor: sem dengue por ali!
     
  8. Conferir cada cantinho do quintal em busca de água parada
    Seja em casas grandes ou pequenas, não deixe a água acumular
     
  9. Retirar a água de bandejas externas de geladeira e ar-condicionado
    Eletrodomésticos mais limpos e longe do Aedes Aegypti
     
  10. Limpar piscina e tratar com cloro
    Se você tem alguma piscina em casa, cuide da manutenção para os mosquitos não nadarem nela.
     

 

Pegou todas as dicas? Então bora para a missão! Clique no botão abaixo, imprima a lista de tarefas e reúna a família para afastarem a dengue de casa.


VAMOS AJUDAR A TURMA DO QUINTAL
 

 

 

 

Balanço da dengue

Toda semana a Secretaria Municipal divulga um balanço atualizado com as ações de controle e prevenção à doença, e número de casos registrados na capital.

Quero acessar o Balanço da Dengue

 

 

A dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus RNA que pertence ao gênero Flavívirus da família Flaviridae, do qual são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado.

 

Atualmente a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo, particularmente em países tropicais onde a temperatura e a umidade favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

 

Em Belo Horizonte, a ocorrência de casos de dengue e das outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti é monitorada de forma contínua através de análises epidemiológicas e mapas de intensidade de casos. As informações epidemiológicas são atualizadas semanalmente, indicando as Regionais e as áreas de abrangência com maior concentração de casos suspeitos e confirmados.

 

Para a identificação das áreas mais vulneráveis são utilizados os resultados obtidos no monitoramento com as ovitrampas e no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) associados à notificação de casos suspeitos e confirmados das doenças em cada território.

 

A presença do vetor é monitorada em todo o município por meio de armadilhas de oviposição (ovitrampas), instaladas quinzenalmente, durante todo o ano, abrangendo raios de 200 metros.

 

O LIRAa é realizado uma vez ao ano, em outubro. A Secretaria Municipal de Saúde divulga as áreas da cidade com maior ocorrência de focos do Aedes aegypti e também os criadouros predominantes desse vetor.

 

Na série histórica de Belo Horizonte, os anos com maior registro de caso foram 1998 (86.698 casos), 2010 (50.022 casos), 2013 (96.113 casos), 2016 (154.513) e 2019. Na epidemia de 2019 foram notificados 139.067 casos com suspeita de dengue, dos quais 115.456 (83,0%) foram confirmados, sendo 1.184 casos de dengue com sinais de alarme e 51 de dengue grave, predominando sorotipo DENV2.

Aspectos Gerais

 

A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, caracterizada pela presença de febre e de dois ou mais sintomas como cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, náuseas, vômitos e exantema. A doença pode se apresentar como dengue clássica (com evolução clínica benigna), dengue com sinais de alarme (com risco de evolução desfavorável) e dengue grave (com comprometimento orgânico grave, falência de órgãos/sistemas, podendo evoluir para choque e óbito).


De modo diferente de outras doenças infecciosas, a dengue pode apresentar sinais de alarme ao final do período febril, podendo ocorrer agravamento da doença.

 

Agente Etiológico

 

O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

 

Vetores Hospedeiros

 

Os vetores são mosquitos do gênero Aedes, popularmente conhecido como mosquito da dengue. Nas Américas (Norte, Central e do Sul), o vírus da dengue persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão homem - Aedes aegypti - homem.

O Aedes albopictus é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas, até o momento, não foi associado à transmissão da doença nas Américas.

 

Modo de Transmissão

 

A transmissão se faz pela picada da fêmea do mosquito infectada. De 8 a 12 dias após o repasto sanguíneo, o mosquito está apto a transmitir a doença. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem através da água ou alimento.

 

Período de Incubação

 

O período de incubação da doença varia de 4 a 10 dias sendo, em média, de 5 a 6.

 

Período de Transmissibilidade

 

A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do homem (período de viremia). Esse período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.

 

Suscetibilidade e Imunidade

 

A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). Entretanto, pode haver imunidade para outro sorotipo (heteróloga) por um período de 3 a 6 meses. 

 

Aspectos Clínicos

 Caso de suspeita de dengue clássica

A apresentação típica da dengue inclui a presença de febre há menos de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas:

  • Cefaléia ou dor retro-orbitária;
  • Mialgia;
  • Artralgia;
  • Prostração;
  • Exantema;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Petéquias.

Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente.

 

Caso suspeito de dengue com sinais de alarme 

É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre, apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:

  • Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; 
  • Vômitos persistentes; 
  • Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico); 
  • Hipotensão postural e/ou lipotímia; 
  • Hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal; 
  • Sangramento de mucosa;
  • Aumento progressivo do hematócrito;
  • Sonolência ou irritabilidade;
  • Desconforto respiratório;
  • Diminuição da diurese;
  • Diminuição repentina da temperatura ou hipotermia;
  • Elevação de hematócrito acima de 10% do valor basal ou do valor de referência associado à queda de plaquetas.   

 

Caso de suspeita de dengue grave

É todo caso de dengue que apresenta uma ou mais das condições abaixo:

  • Choque devido ao extravasamento grave de plasma, evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a 3 segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20mmHg, hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória;
  • Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
  • Comprometimento grave de órgãos, como fígado, sistema nervoso central, coração ou outros órgãos.         

 

Diagnóstico Laboratorial

 

Pacientes com suspeita clínica de dengue devem realizar exames para confirmação diagnóstica, de acordo com as orientações abaixo:

  • Sorologia (IgM) para dengue: deve ser realizada para todos os casos suspeitos e a amostra deve ser coletada a partir do 6° dia do início dos sintomas;
  • Teste rápido NS1 (TR NS1) para detecção de antígeno viral: exame disponibilizado regularmente pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Hospital Municipal Odilon Behrens (HMOB) e Hospital Infantil João Paulo (HIJPII). De acordo com a situação epidemiológica, o exame também é realizado em Centros de Saúde selecionados e em Unidades de Reposição Volêmica. O objetivo principal do TR NS1 é o diagnóstico precoce para manejo oportuno de casos graves ou com potencial de complicação. O exame está indicado apenas para pacientes atendidos nos primeiros cinco dias do início dos sintomas. Apesar do TR NS1 apresentar boa sensibilidade e especificidade, a interpretação do resultado deve ser feita com cautela e resultados negativos não afastam a possibilidade de dengue;
  • Isolamento viral e/ou RT/PCR: exame realizado para identificação dos vírus circulantes no município. Este exame é realizado em parte das amostras enviadas para realização de TR NS1. A PBH envia para processamento na Fundação Ezequiel Dias (Funed) todas as amostras positivas e 10% das negativas. Portanto a realização desses exames se faz a partir da triagem inicial com o TR NS1.

 

Observações:
Os critérios de indicação de realização dos exames para diagnóstico laboratorial podem variar com a situação epidemiológica. A indicação de realização de sorologia IgM e do TR NS1 para dengue pode ser limitado em situações epidêmicas, em determinada região, por determinado período.
 

Diagnóstico Diferencial

 

No início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito com outras infecções virais e bacterianas e, a partir do terceiro ou quarto dia, com choque endotóxico e com infecção bacteriana, como meningococcemia. As doenças a serem consideradas como diagnóstico diferencial são: leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.

 

Considerando que a dengue tem amplo aspecto clínico, as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico diferencial são: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas. É raro o aparecimento de sintomas respiratórios (coriza, tosse, dor de garganta). Se estiverem presentes sem exantema, a suspeita é de gripe ou resfriado.

 

A febre com exantema, sintomas respiratórios e a presença de linfonodos palpáveis, principalmente os retro-cervicais, faz pensar mais em rubéola.

 

A febre com Koplik, conjuntivite, coriza intensa, tosse, exantema sequencial (1º dia, dor de cabeça; 2º dia, parte superior do tronco e membros superiores; 3º dia, tronco inferior e membros inferiores), faz pensar mais em Sarampo.

 

A febre com exantema (pele em lixa), amigdalite purulenta, língua saburrosa pode ser Escarlatina.

 

No exantema máculo-papuloso com evolução para hemorrágico, pensar nas ricketsioses (epidemiologia positiva para carrapatos na Febre Maculosa) e na meningococcemia.

 

Deve-se pesquisar os sinais clássicos da síndrome de irritação meníngea (rigidez de nuca, os sinais de Kernig e Brudzinski), pois a febre alta, a cefaléia e vômitos são sintomas comuns aos dois quadros, meningites e dengue.

 

Materiais técnicos para download

Cartão único de para acompanhamento do usuário com suspeita de dengue, zika ou chikungunya

FISPQ (ficha de informações de segurança sobre produtos químicos)

Fluxograma da Classificação de Risco e Manejo do Paciente com Suspeita de Dengue - 2024

Guia Rápido de Manejo das Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika - 2024

 

Notas Técnicas

 

Estou com Dengue, o que fazer?

Tomar bastante líquidos, não tomar remédios sem orientação de uma unidade de saúde e procurar o Centro de Saúde mais próximo ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A rede SUS-BH apresenta 152 Centros de Saúde e 09 Unidades de Pronto Atendimento. Eliminar qualquer recipiente que acumule água e que possa ser um criadouro do Aedes aegypti. Em caso de dúvidas ou para solicitar a vistoria do Agente de Combate a Endemias (ACE) ligue 156.
 

O Transmissor

Características do Transmissor

O vetor da dengue é o Aedes aegypti, inseto que tem preferência pelo ambiente doméstico, inteiramente relacionado à população humana. O Aedes aegypti também é o principal vetor urbano da febre amarela. Está presente na África, Ásia e Américas.  É originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia.

 

Características e Ciclo Evolutivo do Vetor

Mosquito preto com listras e manchas brancas é mais escuro que o pernilongo comum.

A fêmea pica preferencialmente durante o dia. Quando imaturo, desenvolve-se em água relativamente limpa e parada. As fêmeas põem seus ovos preferencialmente em recipientes artificiais como materiais inservíveis (latas, copos, embalagens plásticas e material descartável em geral), pratos de vasos de plantas, barris/tambores, pneus, caixas d'água e outros reservatórios de água. Seus criadouros naturais são ocos de árvores, cascas de coco, bromélias ornamentais, água acumulada em folhas secas caídas no chão, nas calhas e outros. 

 

Encontra condições favoráveis para desenvolver-se (abundância de criadouros, escassez de predadores);

• Tem muita afinidade pelo sangue humano;

• Pode dispersar-se facilmente entre países, estados e municípios por meio de comercialização de recipientes (criadouros) secos, com ovos firmemente aderidos às paredes;

• De ovo à forma adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro.

• Em condições favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de cerca de 10 dias. 

• O tempo médio de vida do adulto é de aproximadamente 35 dias.

 

Observação: Os ovos são bastante resistentes a períodos de seca e baixas temperaturas, podendo permanecer viáveis à reprodução nestas condições até um ano. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas filhas já nascerem com o vírus, no processo chamado de transmissão vertical.

 

Como Evitar o Aedes

Cuidados que podem e devem ser adotados pela população em suas residências e locais de trabalho para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

 

Tipos de recipientes e orientações para evitar o acúmulo de água e a proliferação do Aedes aegypti

RECIPIENTERECOMENDAÇÕES
Pratinhos de vasos de plantasRetire-os.
Latinhas, embalagens plásticas e de vidro, material descartável em geralColoque tudo em um saco plástico. Feche bem. Mantenha a lixeira tampada. Sempre ponha o lixo para recolhimento do serviço de limpeza urbana.
Caixa d’água, cisterna, barril/tambor e poçoMantenha-os sempre bem fechados, sem deixar frestas.
CalhaConfira sempre se ela está entupida, remova folhas e tudo que possa impedir o escoamento da água.
PneusEntregue-os ao serviço de limpeza urbana. Caso precise deles, mantenha-os secos e guardados em local coberto.
PiscinaTrate a água com cloro e limpe uma vez por semana.
Vaso sanitárioDeixe a tampa sempre fechada. Em banheiro sem uso, dê descarga uma vez por semana.
QuintalMantenha o seu quintal sempre limpo e livre de qualquer material que possa se tornar um foco da dengue (sacos plásticos, tampas de garrafas, cascas de ovos e embalagens em geral).
Bandeja externa de geladeira e ar-condicionadoRetire sempre a água. Lave-a com água e sabão.
Garrafas PET e de vidroSe não for usá-las, coloque-as em um saco plástico para recolhimento da limpeza urbana. Se for utilizá-las, mantenhas-as em local coberto, secas e sempre de boca para baixo. 
Material em uso que possa acumular águaSeque tudo e guarde em local coberto.

 

Ações de Controle do Vetor

 

Principais ações de controle vetorial realizadas pelo município:

• Tratamento focal: consiste em visita domiciliar pela equipe de zoonoses a 100% dos imóveis horizontais da cidade, a cada dois meses e meio, para verificar a presença de criadouros, orientar os munícipes sobre a eliminação dos mesmos e sobre medidas preventivas, identificação de focos e tratamento químico, quando necessário.

• Tratamento perifocal: consiste na vigilância quinzenal de imóveis classificados como pontos estratégicos (PE) para trabalhos educativos, controle mecânico, controle químico (quando necessário) e coleta de larvas.

• Ação de recolhimento de materiais inservíveis: consiste na ação integrada de visitação às residências para retirada de materiais que possam servir de criadouros do mosquito, distribuição de materiais educativos e orientações pertinentes. Em casos mais críticos, os proprietários dos imóveis são notificados para providenciar a limpeza do terreno.

• Em todas as atividades são realizadas as ações educativas/orientativas.

 

UBV - Aplicação de inseticida a ultra baixo volume

 

A aplicação de inseticida a ultra baixo volume (UBV) é uma atividade complementar realizada para o bloqueio de transmissão de casos suspeitos de dengue, Zika e/ou chikungunya, seguindo os critérios técnicos estabelecidos pela Diretoria de Zoonoses (DIZO) da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

 

É realizada com equipamentos especiais (bombas costais motorizadas) e o trabalho ocorre, de preferência, pela manhã ou no final da tarde. O inseticida utilizado atualmente é o Cielo-ULV. 

 

Para que a aplicação seja eficaz, a sua colaboração é fundamental. Elimine todos os recipientes e locais que contenham água parada, pois o inseticida utilizado no UBV tem eficácia somente em mosquitos adultos.

 

Para mais informações ligue:

  • Gerência de Zoonoses Barreiro: 3266-5917 / 3277-5920
  • Gerência de Zoonoses Centro Sul: 3277-6357
  • Gerência de Zoonoses Leste: 3277-4313
  • Gerência de Zoonoses Nordeste: 3277-6226 / 3277-6234
  • Gerência de Zoonoses Noroeste: 3277-7648 / 3277-4583
  • Gerência de Zoonoses Norte: 3277-7382 / 3277-7967
  • Gerência de Zoonoses Oeste: 3277-7021
  • Gerência de Zoonoses Pampulha: 3277-7919
  • Gerência de Zoonoses Venda Nova: 3277-5446 / 3277-5538

 

Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)

AeroSystem

A aplicação de inseticida com AeroSytem é uma atividade complementar realizada para o bloqueio de transmissão de casos suspeitos de dengue, zika e/ou chikungunya, seguindo os critérios técnicos estabelecidos pela Diretoria de Zoonoses (DIZO) da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
 

É realizada com equipamento especial do tipo pulverizador de pressão, desenvolvido para aplicações de inseticida na formulação liquido premido (aerossol). O trabalho da equipe de zoonoses com a utilização deste equipamento ocorre nos ambientes internos dos imóveis (intradomicilio) de preferência, pela manhã ou no final da tarde. O inseticida utilizado atualmente é a Permetrina 0,5%. 
 

Para que a aplicação seja realizada no domicilio, algumas recomendações precisam ser seguidas pelos moradores, tais como: 

  • As pessoas devem aguardar fora da residência pelo período de 30 minutos após aplicação no local.  
  • Retirar os animais de casa durante a aplicação (cães, gatos e pássaros);
  • Guardar os alimentos dos pets;
  • Cobrir aquários com plástico e desligar a bomba de oxigenação;
  • Fechar janelas e portas;
  • Proteger os utensílios domésticos, panelas, pratos e talheres, cobrindo com um pano;
  • Desligar o fogão, apagar velas e qualquer chama acesa no interior da residência. 

 

Para que a aplicação seja eficaz, a sua colaboração é fundamental. Elimine todos os recipientes e locais que contenham água parada, pois o inseticida utilizado tem eficácia somente em mosquitos adultos e não é residual. 
 

Para mais informações ligue:

 

  • Gerência de Zoonoses Barreiro: 3266-5917 / 3277-5920
  • Gerência de Zoonoses Centro Sul: 3277-6357
  • Gerência de Zoonoses Leste: 3277-4313
  • Gerência de Zoonoses Nordeste: 3277-6226 / 3277-6234
  • Gerência de Zoonoses Noroeste: 3277-7648 / 3277-4583
  • Gerência de Zoonoses Norte: 3277-7382 / 3277-7967
  • Gerência de Zoonoses Oeste: 3277-7021
  • Gerência de Zoonoses Pampulha: 3277-7919
  • Gerência de Zoonoses Venda Nova: 3277-5446 / 3277-5538
     

 

Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)

 

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