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Mpox

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Mpox é uma doença infecciosa causada pelo vírus Monkeypox, podendo apresentar lesões na pele e outros sintomas semelhantes aos da gripe e se espalhar de pessoa para pessoa. Desde o início de maio de 2022 um surto da doença vem ocorrendo em vários países onde usualmente não existiam casos, dentre eles o Brasil, que já possui casos confirmados em acompanhamento. Diante da presença da doença em nosso meio, se faz importante a divulgação dos sinais, sintomas e das formas de contágio para conscientização, prevenção e segurança da população. 

 

Vacinação

No momento, não há aplicação de primeira dose da vacina Mpox e o estoque disponível é para aqueles que precisam receber a segunda dose. O município aguarda o repasse de novas remessas do imunizante.

 

ONDE RECEBER A SEGUNDA DOSE

Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE)
R. Domingos Vieira, 488 - Santa Efigênia
Funcionamento:
Segunda a sexta, das 8h às 18h

 

PACIENTES ELEGÍVEIS

Neste momento, em Belo Horizonte, conforme orientação do Ministério da Saúde, devem se vacinar:

  • Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres
    transexuais, com idade igual ou superior a 18 anos, independentemente do status imunológico identificado pela contagem de
    linfócitos TCD4.
  • Pessoas assintomáticas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais
    de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox (após avaliação da Vigilância Epidemiológica).

 

O objetivo principal da vacinação é a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observada no país, e secundariamente, a interrupção da cadeia de transmissão através da vacinação de contatos com casos suspeitos e/ou confirmados para mpox.

 

O esquema de imunização contra a mpox é de 2 doses (0,5 ml cada) da vacina MVA-BN Jynneos, com um intervalo de 4 semanas (28 dias) entre as doses.    
 

Sintomas

Os sintomas iniciais do Monkeypox são semelhantes aos da gripe e podem incluir: 

     ●    Febre 
     ●    Dor de cabeça 
     ●    Dores musculares  
     ●    Dores nas costas
     ●    Aumento de linfonodos ("ínguas") 
     ●    Calafrios 
     ●    Cansaço


Em média de um a três dias após os sintomas iniciais, surgem lesões na pele que evoluem por diferentes estágios nos dias que se seguem. Iniciam-se como manchas vermelhas (máculas), seguidas de lesões elevadas (pápulas), pequenas bolhas (vesículas) que se enchem de pus (pústulas) e por fim formam crostas antes de desaparecerem.


As lesões usualmente possuem menos de um centímetro e costumam começar primeiro no rosto antes de aparecerem no restante do corpo, principalmente em mãos, braços, pés e pernas. Além desses locais mais característicos, as lesões podem surgir em quaisquer outras partes do corpo, inclusive regiões internas, como boca e região genital.


As lesões evoluem ao longo de duas a quatro semanas e não costumam deixar cicatrizes. O período no qual as lesões estão presentes é o mais importante para o contágio e deve ser acompanhado com atenção. Após o desaparecimento das crostas e cicatrização da pele, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.  

 

Transmissão

A doença pode ser transmitida através de contato próximo com pessoas que estejam apresentando os sinais e sintomas. Esse contato pode ser:

     ●    Pele a pele, especialmente através do contato com as lesões
     ●    Face a face, através de gotículas liberadas durante a fala e respiração
     ●    Com objetos, ao tocar roupas de cama, toalhas, roupas ou outros objetos contaminados


No presente surto existem muitos relatos de transmissão após contato sexual, mas ainda não se sabe se a transmissão ocorre pelo contato próximo durante a relação ou se a transmissão pode ocorrer por fluidos como sêmen ou fluido vaginal. Estudos estão sendo realizados em busca dessa resposta.  


Depois do contato, caso a pessoa tenha sido infectada, costuma levar entre seis e 16 dias para apresentar sintomas, mas pode levar até 21 dias para os sintomas surgirem.


Apesar do nome Monkeypox ou varíola dos macacos, no surto atual não existe caso de transmissão por macacos, e os animais não devem receber nenhum tipo de retaliação. Eles não são reservatórios e o surto atual não tem relação com eles. 

 

Medidas de Prevenção

A Monkeypox pode ser prevenida evitando contato próximo com pessoas que apresentam a doença. As principais medidas gerais a serem adotadas para evitar a contaminação são:

  • Evitar o contato com as secreções do paciente e em caso de necessidade de manejo, usar luvas descartáveis sempre que possível. Na indisponibilidade de luvas descartáveis, lavar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool 70%.
  • Lavar as mãos com água e sabão, dando preferência ao papel-toalha para secá-las. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida.
  • Limpar frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são frequentemente tocadas com solução contendo água sanitária, incluindo o banheiro.
  • Evitar a manipulação de roupas pessoais, roupas de cama e banho de pessoas com sintomas. Caso não seja possível evitar o contato, usar máscaras e higienizar as mãos antes e após a manipulação. Estas roupas não devem ser sacudidas e nem reutilizadas por outras pessoas. Devem ser lavadas separadamente, com sabão comum e água entre 60º e 90°C. Na indisponibilidade de água aquecida, pode ser utilizada solução contendo água sanitária.
  • Não compartilhar o uso de talheres, os quais devem ser lavados com água entre 60º-90°C e sabão comum. Na indisponibilidade de água aquecida, pode ser utilizada solução contendo água sanitária.
  • Conter e descartar os resíduos contaminados (como máscaras, curativos e bandagens) de forma adequada, conforme orientação das autoridades sanitárias (federal, estaduais, distrital ou municipais) podendo-se seguir para a MONKEYPOX o já preconizado pelos territórios em relação à covid-19.
  • Quando for descartar o lixo do paciente, utilizar sempre que possível, luvas descartáveis. 
  • Evitar contato pele a pele, face a face e boca a pele, incluindo contato sexual com pessoa apresentando sintomas. 
  • Se for imprescindível contato com pessoa com suspeita de Monkeypox, o contactante deve:
          - Usar máscara e outras barreiras físicas (luvas, capotes, etc) e proteger as lesões do paciente com coberturas.
          - Higienizar mãos com água e sabão ou álcool 70% antes e após o contato com a pessoa doente.
  • Usar preservativos durante contato sexual, ainda que não evitem a transmissão de  Monkeypox, é importante para a prevenção de outras doenças.


Neste momento ainda não existe recomendação de vacinação universal contra Monkeypox. Pessoas que se vacinaram contra varíola antes da vacinação ter sido suspensa em 1971 podem apresentar alguma proteção contra a Monkeypox, cujo vírus é do mesmo gênero.


Os contatos informados de casos confirmados de Monkeypox serão monitorados pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, de forma a identificar sinais e sintomas da doença e repassar orientações gerais sobre a doença.
 


Pessoa sintomática

Caso apresente sintomas e sinais da doença, a pessoa deve procurar orientação de profissionais de saúde em serviços de saúde, realizar o isolamento em casa se possível, seguir as medidas gerais de prevenção, evitar contato próximo com outras pessoas, usar máscara e evitar contato físico. 

As unidades de saúde saberão adotar as medidas necessárias para diagnóstico e tratamento, além de entrar em contato com as autoridades responsáveis pela vigilância de casos.

O paciente deverá permanecer em isolamento, quando possível, em quarto/ambiente ventilado e em cama separada, ou manter distanciamento de pelo menos 1 metro. Demais medidas também devem ser adotadas, tais como: 

  • Evitar visitas e contato com animais.
  • Evitar uso de lentes de contato, objetivando reduzir a probabilidade de infecção ocular.
  • Não utilizar barbeador em áreas com lesão cutânea.
  • Evitar coçar e tocar nas lesões. Caso seja necessário, higienizar as mãos antes e após o contato com as lesões de pele.
  • Evitar sair de casa de forma desnecessária, e ao sair utilizar máscara preferencialmente cirúrgica (trocando quando úmidas ou danificadas), proteger as lesões (usando camisas com mangas compridas e calças), evitar aglomerações e transporte coletivo.
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool 70%
  • Realizar abstinência sexual durante toda a evolução da doença, já que o uso de preservativo não elimina o risco de contágio. 


Os pacientes suspeitos e confirmados para Monkeypox serão monitorados e orientados pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. 



Cuidador

  • Realizar higiene das mãos antes e depois do contato com o paciente, de ir ao banheiro, de cozinhar ou se alimentar, ou toda vez que julgar necessário.
  • Utilizar álcool em gel 70% ou água e sabão.
  • Fazer uso de máscara, preferencialmente do tipo cirúrgica. Deve ser trocada quando úmida ou danificada, higienizando as mãos adequadamente antes e após a troca.
  • Caso o cuidador apresente sinais e sintomas de Monkeypox, ele deve comunicar à equipe de monitoramento e buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima da sua residência, se necessário.




Animais

  • Pessoas com Monkeypox devem evitar o contato com animais (especificamente mamíferos), incluindo animais de estimação. 
  • Se possível, amigos ou familiares devem cuidar de animais saudáveis até que o proprietário esteja totalmente recuperado.
  • Mantenha quaisquer tecidos (por exemplo, roupas, roupas de cama) e outros itens potencialmente infecciosos longe de animais de estimação e animais selvagens.
  • Caso um animal que teve contato com uma pessoa infectada apresente sinais ou sintomas (por exemplo, letargia, falta de apetite, tosse, inchaço, secreções ou crostas nasais ou oculares, febre, erupções cutâneas), entre em contato com autoridades sanitárias.

 

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 27/2023 • 24/2/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 26/2023 • 15/2/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 25/2023 • 8/2/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 24/2023 • 1º/2/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 23/2023 • 25/1/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 22/2023 • 18/1/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 21/2023 • 11/1/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 20/2023 • 4/1/2023

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 19/2022 • 28/12/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 18/2022 • 21/12/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 17/2022 • 14/12/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 16/2022 • 7/12/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 15/2022 • 30/11/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 14/2022 • 23/11/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 13/2022 • 16/11/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 12/2022 • 9/11/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 11/2022 • 1/11/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 10/2022 • 26/10/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 9/2022 • 20/10/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 8/2022 • 6/10/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 7/2022 • 29/9/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 6/2022 • 22/9/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 5/2022 • 15/9/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 4/2022 • 8/9/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 3/2022 • 1º/9/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 2/2022 • 25/8/2022

Boletim Epidemiológico Monkeypox nº 1/2022 • 18/8/2022

 

NOTAS TÉCNICAS