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RAIVA

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A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que pode ser transmitida ao homem pelas secreções do animal infectado, principalmente por mordidas, arranhões e lambidas. Após a contaminação, o vírus causa uma encefalite - inflamação do cérebro -  progressiva e aguda, que na maioria dos casos leva a óbito. Apesar de ser conhecida desde a antiguidade, é considerada um problema de saúde pública.

 

Como é transmitida?

Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo vírus da raiva. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre, enquanto o cão é o principal transmissor em área urbana. Como medida de prevenção, a vacinação de cães e gatos deve ser realizada todos os anos para impedir que o vírus que circula nos animais alcance a população humana.

 

 

Onde conseguir atendimento?

Em casos de acidente com animais potencialmente transmissores da raiva, a vítima deve ser direcionada ao centro de saúde mais próximo para iniciar o Programa de Profilaxia da Raiva Humana. Após avaliação, se necessário, o usuário será encaminhado para a unidade de referência de vacinação antirrábica da região e, em casos de aplicação de soro ou imunoglobulina antirrábica, deve ser conduzido ao Hospital João XXIII.

 

É importante destacar que a responsabilidade de preenchimento da ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e pela notificação é da unidade de saúde que realizar o primeiro atendimento.


PROFISSIONAL DA SAÚDE: baixe AQUI a ficha de acompanhamento da agressão animal 

 

Programa de Vigilância e Controle da Raiva - Ministério da Saúde

 

O Programa de Vigilância e Controle da Raiva preconizado pelo Ministério da Saúde, define as seguintes atividades para o estabelecimento de um sistema eficiente de controle da raiva:

  • Vacinação de cães e gatos
  • Recolhimento/monitoramento de cães errantes
  • Atendimento de pessoas envolvidas em agravos com animais transmissores
  • Observação clínica de animais agressores (cães e gatos)
  • Vigilância Epidemiológica, contemplando, dentre outros, os tópicos:
    - A colheita e envio de material para exames de laboratório
    - Controle de áreas de foco de raiva
  • ​​​​Educação em Saúde
Morcegos: Orientações básicas

Para a vigilância da raiva, devem ser recolhidos animais mortos ou que demonstram comportamentos atípicos, tais como, morcegos caídos no chão ou encontrados em locais incomuns, pendurados em troncos de árvores, muros, concertinas e telas de janelas. VEJA AQUI mais informações sobre Vigilância e Controle de Morcegos.

 

morcego frugívoro e morcego nectarívoro
Artibeus lituratus - morcego frugívoro, à esquerda. Glossophaga soricina - morcego nectarívoro, à direita. Fonte: Guia para convivência com morcegos - Instituto
Butantan e Márcio Heitor Stelmo da Silva.

 

Perguntas Frequentes

1. O que é raiva?
A raiva é uma doença grave, que atinge o homem, animais domésticos e silvestres, afetando o sistema nervoso. É causada por um vírus, levando ao óbito quase 100% das pessoas acometidas. 


2. Como as pessoas contraem a raiva?
A doença é transmitida ao homem principalmente através da mordedura de animais infectados, mas também pela arranhadura e/ou lambedura. 


3. Quais os animais que podem transmitir raiva?
Os transmissores mais comuns são: cães, gatos, morcegos, macacos, raposas, guaxinins e os animais de produção (cavalos, bois e outros).


4. Quanto tempo a doença demora para se manifestar no homem e no cão?
A manifestação da doença é variável. No homem, em média, acontece em 45 dias. No cão, varia de 2 dias a 2 meses.                                                 


5. Quais sintomas de um cão ou gato suspeito de raiva?
Os sintomas são semelhantes nos cães e gatos: mudança de comportamento, agressividade, salivação abundante, dificuldade de engolir, latido rouco, medo da luz, diminuição da ingestão de água, paralisia das patas traseiras, dentre outros.


6. Qual a recomendação em relação ao animal agressor (cão e gato)?
O animal deverá ser observado em domicílio por 10 dias após a agressão. Se, durante este período, o animal adoecer, desaparecer ou morrer, é preciso comunicar imediatamente o fato ao serviço de controle de zoonoses ou o centro de saúde de referência.
 

7. Se meu cão apresentar sintomas da raiva e não estiver sendo acompanhado pelo serviço de zoonoses da PBH, o que devo fazer?
Levar o cão ou gato para avaliação clínica de um médico veterinário particular. Mantida a suspeita, entrar em contato com a Gerência de Zoonoses de referência que fará o recolhimento e observação do animal no Centro de Controle de Zoonoses - CCZ.
Caso o cidadão não tenha condições de levar o animal para avaliação de um médico veterinário particular, ele deve entrar em contato com a Gerência de Zoonoses de sua regional para  avaliação da situação pelo profissional da Prefeitura de Belo Horizonte.


8. O que fazer após ser agredido? Quanto tempo após a agressão animal, deve-se procurar assistência médica?
Lavar o ferimento com muita água e sabão e procurar o Centro de Saúde o mais rápido possível. Confira o endereço das unidades em pbh.gov.br/centros de saúde. O tratamento será prescrito pelo médico que avaliará se é preciso a aplicação de vacina e/ou soro. 
NUNCA INTERROMPER O TRATAMENTO!
O usuário deve fornecer todas as informações solicitadas sobre o animal e seu tutor (ou responsável), incluindo o endereço de residência.


9. Como posso proteger meus animais (cão e gato) dessa doença?

  •  Vacinando, anualmente, seus animais (cães e gatos) contra a raiva.
  •  Evitando proximidade com animais de rua.
  •  Notificando as autoridades de saúde caso seu animal tenha tido contato com morcegos (vivos ou mortos).  


10. Porque meu animal precisa tomar vacina contra raiva?
Ela protege seu animal, impedindo que ele contraia a doença. Consequentemente, o risco de transmissão da raiva às pessoas e aos animais também diminui. A vacina deve ser aplicada anualmente.


11. Onde posso levar meu animal (cão e/ou gato) para vacinar contra a raiva?
Cães e gatos, a partir de três meses de idade (gestantes ou não), devem ser imunizados contra a raiva. Se seu animal não foi vacinado durante a Campanha antirrábica anual, você pode vaciná-lo o ano todo nos pontos de referência. VEJA AQUI os endereços.


10. Qual a conduta no caso de agressão por animais de rua?
Procurar o centro de saúde o mais rápido possível para realização do tratamento indicado, uma vez que não é possível observar cães de rua.


11. Os morcegos podem transmitir raiva? 
Sim, se eles estiverem infectados pelo vírus da raiva. Neste caso, podem transmitir a doença para o homem e outros animais (principalmente cães e gatos) por meio da mordedura, arranhadura ou contato direto com secreções.


12. Como é possível reconhecer um morcego suspeito de raiva?
Morcegos doentes apresentam comportamentos alterados. Assim, considera-se como suspeitos morcegos caídos no chão, vivos ou mortos, com a incapacidade de voar, pendurado em muros, grades e janelas ou voando durante o dia no sol. Só é possível confirmar a doença através de exame laboratorial. 


13. O que eu devo fazer se encontrar um morcego suspeito de raiva?  Que serviço devo acionar para recolhimento?

  • Não tocar no morcego.
  • Não descartar o morcego.
  • Não deixar cães ou gatos se aproximarem do morcego.
  • Cobri-lo com uma caixa ou um balde até que ele seja recolhido pela equipe responsável.               

CLIQUE AQUI para solicitar o recolhimento do animal.


14. O que eu devo fazer se eu for agredido ou tiver contato com um morcego?
Procurar o atendimento médico imediato no centro de saúde mais próximo e entrar em contato com o serviço de zoonoses para recolhimento do animal. Não jogar o morcego fora.


15. Qual o prazo para a liberação do resultado do exame de raiva em morcegos?
O resultado de exame da raiva em morcegos é liberado em 2 dias úteis pelo Laboratório de Zoonoses, contados a partir do recebimento do material. A comunicação ao munícipe sobre o resultado do exame é feita pela Gerência de Zoonoses de referência ou pelo Centro de Controle de Zoonoses.


16. Porque não devo matar os morcegos?
Os morcegos são protegidos por lei. Os maus-tratos, a caça, a perseguição ou a matança destes animais são considerados crimes ambientais. Essa proteção também se deve à importância ecológica e econômica dos morcegos, pois eles disseminam sementes pelo ambiente, polinizam as plantas e consomem insetos, incluindo insetos considerados pragas agrícolas e vetores de doenças.


17. Onde posso obter mais informações sobre a raiva?
Você deve procurar informações junto à Secretaria Municipal de Saúde por meio dos serviços de vigilância, assistência (centros de saúde) e controle de zoonoses (CCZ e Gerências de Zoonoses regionais). Você também pode obter mais informações pelo 156, pelo App PBH e no PORTAL DE SERVIÇOS.
 

Dados de Vigilância e Controle da Raiva Animal