O atendimento à mulher em todos os ciclos de vida é realizado pelas Equipes de Saúde da Família e Equipes de Apoio, por meio de atendimentos individualizados (consultas) e coletivos (grupos) nos Centros de Saúde, porta de entrada da mulher aos serviços de saúde.
O serviço inclui ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. São ofertados atendimentos de planejamento familiar, pré-natal, puerpério, climatério, orientações sobre aleitamento materno, prevenção do câncer do colo do útero e de mama, tratamento de infecções genitais, realização de testes rápidos para gravidez, sífilis, hepatites B e C, HIV/AIDS, vacinação e solicitação de exames laboratoriais e de imagem, de acordo com a indicação clínica.
Quando necessário, a mulher é encaminhada aos serviços de maior complexidade, conforme critérios clínicos e protocolos institucionais. Estes serviços oferecem cirurgias ginecológicas,consultas especializadas em Pré-natal de alto risco, Mastologia, Propedêutica do colo do útero, vulva e vagina, Infertilidade, Reprodução Humana, Ginecologia endócrina, Sexologia, Ginecologia Infanto puberal, Sangramento uterino anormal, Transexualização (adulto), Onco/mastologia e Onco/ginecologia.
- Cuidado integral às gestantes e puérperas
A construção de uma rede de serviços e a organização de uma linha de cuidado integral à gestante, impactaram na redução da morbimortalidade materna e infantil e no aumento do acesso ao cuidado pré-natal.
A assistência ao pré-natal inclui ações de promoção à saúde e prevenção de agravos, além do diagnóstico e tratamento das intercorrências que possam acontecer durante este período. A avaliação da gestante, a observação de sinais de alerta durante exame clínico, assim como a realização de exames complementares recomendados e orientações para o seu autocuidado, são ferramentas para garantir o bem-estar materno e fetal durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Preconiza-se acompanhamento regular das consultas de pré-natal na Atenção Primária à Saúde, intercalado entre médico e enfermeiro; a realização de pelo menos uma consulta no primeiro trimestre, sendo as consultas subsequentes conforme o cronograma abaixo, garantindo no mínimo seis consultas:- Até 32ª semana de gestação – mensalmente;
- Da 33ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
- Da 37ª até a 41ª semana – semanalmente.
A avaliação do risco gestacional é realizada pelo médico ou pelo enfermeiro em todas as consultas de pré-natal. A identificação de qualquer risco implica em encaminhamento ao pré-natal de alto risco (PNAR), devendo as gestantes permanecer vinculadas à sua equipe de Saúde da Família para maior vigilância.
Todas as consultas de pré-natal são registradas na Caderneta da Gestante e em prontuário eletrônico, no protocolo de pré-natal. Não existe “alta” do pré-natal antes do parto. Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, a gestante é encaminhada à maternidade de referência para avaliação do bem-estar fetal e assistência ao parto.
VEJA AQUI O MAPA DE VINCULAÇÃO.
Após o parto realizam-se a primeira consulta de puerpério e as ações do 5º dia, com o agendamento da segunda consulta entre 30º a 42º dia após o parto. Em caso de intercorrências, o atendimento é realizado antes do retorno programado no Centro de Saúde.
- Gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade
A Equipe Multiprofissional de Apoio às Gestantes e Puérperas em Situação de Vulnerabilidade (EMAP-GPV) tem o objetivo principal de facilitar a conexão e melhorar o acesso das gestantes em situação de vulnerabilidade aos serviços da rede intra e intersetorial. Composta por profissionais das áreas de enfermagem, psicologia e serviço social, a equipe atua de maneira móvel para abordar casos de gestantes que não possuem vínculos ou têm vínculos frágeis com a rede de saúde.
A EMAP-GPV desempenha um papel de apoio, promovendo a articulação entre diversos pontos de cuidado do SUS, incluindo maternidades, rede socioassistencial (SUAS) e outras parcerias intersetoriais. É essencial destacar que ela complementa o trabalho das equipes de Saúde da Família (eSF), sem substituí-las.
O público-alvo da equipe são gestantes a partir da 20ª semana e puérperas residentes em Belo Horizonte que enfrentam situações de vulnerabilidade, como falta de vínculo com serviços de saúde, mudanças frequentes de território, vínculos familiares fragilizados, situação de rua, uso prejudicial de substâncias, sofrimento mental grave ou violência. Casos envolvendo gestantes e puérperas em situação de rua são avaliados em colaboração com outros serviços móveis da rede SUS e SUAS, visando o restabelecimento ou fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, além do acesso aos serviços de saúde necessários.
- Doação de leite materno
Ao longo do ano, está disponível um programa contínuo de apoio ao aleitamento materno e à doação de leite. O programa inclui um posto de coleta para receber o leite materno e oferece recolhimento domiciliar do leite excedente de mães que amamentam e optam por doar.
O leite materno é coletado semanalmente nas residências das mães doadoras pelas Equipes de Saúde da Família de 15 centros de saúde da cidade, que atuam como Unidades Coletoras de Leite Humano (UCLH). Esses profissionais também fornecem orientações sobre a correta extração e armazenamento do leite materno. Após a coleta, o leite é armazenado e passa por controle de qualidade no Posto de Coleta de Leite Humano da Unidade de Referência Secundária Saudade (URS Saudade).
Todo o leite recolhido é encaminhado para o Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares, onde é pasteurizado e destinado a recém-nascidos internados em UTI neonatal, especialmente prematuros que necessitam de leite humano. Um litro de leite doado pode alimentar até 10 recém-nascidos, sendo que para prematuros, pequenas quantidades são suficientes para nutri-los em cada refeição.
A doação de leite humano contribui significativamente para a saúde e desenvolvimento dos bebês hospitalizados, protegendo-os contra infecções, diarreias e alergias. Todas as mulheres saudáveis que estão amamentando podem ser doadoras, desde que não estejam usando medicamentos que interfiram na amamentação. Para se tornar uma doadora regular ou fazer uma doação única, basta entrar em contato pelo telefone 3277-7796 ou procurar um dos 15 centros de saúde que participam como UCLH. É necessário apresentar documento de identidade e a caderneta do pré-natal com resultados de exames para realizar a doação.
Unidade Coletora de Leite Humano (UCLH) - Regional Barreiro UNIDADE DE SAÚDE ENDEREÇO HORÁRIO Centro de Saúde Vila Cemig Rua Coletivo, 68 - Vila Cemig 6h30 às 18h30 Unidade Coletora de Leite Humano (UCLH) - Regional Centro-Sul UNIDADE DE SAÚDE ENDEREÇO HORÁRIO Centro de Saúde Cafezal Rua Bela Vista, 30
Vila Cafezal - Serra7 às 19h Unidade Coletora de Leite Humano (UCLH) - Regional Leste UNIDADE DE SAÚDE ENDEREÇO HORÁRIO Centro de Saúde Alto Vera Cruz Rua General Osório , 959 - Alto Vera Cruz 6h30 às 18h30 Centro de Saúde Boa Vista Rua Guruá, 833 - Boa Vista 7 às 19h Centro de Saúde São José Operário Rua Simão Pereira, 73 - Nova Vista 7 às 19h Centro de Saúde Paraíso Avenida Mém de Sá, 1.001 - Paraíso 7 às 19h Centro de Saúde Pompéia Rua Leopoldo Gomes, 440 - Pompéia 7 às 19h Centro de Saúde Taquaril Rua Desembargador Bráulio, 2.200 - Taquaril 7 às 19h Centro de Saúde Vera Cruz Praça Padre Léo Verheyen, 36 (Antiga Praça Pedro Lessa) - Vera Cruz 7 às 19h Unidade Coletora de Leite Humano (UCLH) - Regional Nordeste UNIDADE DE SAÚDE ENDEREÇO HORÁRIO Centro de Saúde Alcides Lins Rua Panema, 275 - Concórdia 7 às 19h Centro de Saúde Cachoeirinha Rua Borborema, 1.325 - Cachoeirinha 7 às 19h Centro de Saúde Vila Maria/ João Vital Rua Dois Mil Quatrocentos e sessenta e seis, 30 - Vitória 7 às 19h Centro de Saúde Marcelo Pontel Gomes (Jardim Vitória) Rua Branca, 15 - Jardim Vitória 7 às 19h Unidade Coletora de Leite Humano (UCLH) - Regional Noroeste UNIDADE DE SAÚDE ENDEREÇO HORÁRIO Centro de Saúde Bom Jesus Rua Bernardo Cisneiros, 659 - Bom Jesus 7 às 19h Centro de Saúde Ermelinda Rua Paes de Abreu, 114 - Ermelinda 7 às 19h Posto de coleta do Hospital Odilon Behrens (HOB)
O Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), de gestão da Prefeitura de Belo Horizonte, também mantém um Posto de Coleta de Leite Humano para o atendimento de mães de crianças internadas na instituição.
Hospital Metropolitano Odilon Behrens
R. Formiga, 50 - São CristóvãoHorários de coleta:
- Das 9h às 10h30
- Das 12h às 13h30;
- Das 15h às 16h30
A unidade também disponibiliza o serviço de busca das doações na casa das doadoras externas, ou seja, que não estão no hospital. Para saber como solicitar o serviço, ligue 3277-6184.
- Mortalidade Materna
Define-se mortalidade materna como a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, decorrente de causa relacionada ou agravada pela gravidez.
As síndromes hipertensivas (hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e eclâmpsia), as hemorragias graves, as infecções pós-parto, as doenças crônicas agravadas durante a gestação e a obesidade estão associadas a desfechos maternos desfavoráveis e ao óbito.Os sinais de alarme durante a gestação que indicam a necessidade de procurar um serviço de saúde são:
- Dor de cabeça forte, persistente e que não melhora com analgésicos comuns, alterações visuais (visão turva, pontos brilhantes) ou dor no estômago: podem significar uma crise de enxaqueca ou ser um sinal de pré-eclâmpsia;
- Febre (temperatura axilar maior ou igual a 37,8 ºC): sinal de infecção;
- Inchaço progressivo do rosto e das mãos: pode ser um sinal de pré-eclâmpsia, principalmente se associado à pressão alta, dor de cabeça ou alterações visuais;
- Cansaço extremo: pode ser sinal de alguma doença (anemia, doença cardíaca ou depressão);
- Dor abdominal forte: pode significar infecção urinária, gravidez fora do útero, aborto, descolamento prematuro de placenta ou trabalho de parto;
- Sangramento vaginal: sangramento leve e sem dor no início da gestação pode acontecer, mas se o sangramento for intenso, associado a dor abdominal ou nas costas, pode estar relacionado a aborto, gravidez fora do útero, alterações na placenta ou trabalho de parto;
- Sensação de queimação ao urinar: pode significar infecção do trato urinário;
- Vômitos intensos e constantes;
- Perda de liquido pelos genitais.
Comitê de Prevenção de Mortalidade Materna
O Comitê de Prevenção de Mortalidade Materna é um instrumento de gestão, de caráter interinstitucional, com atuação sigilosa e não punitiva, que permite, a partir da análise dos óbitos maternos, avaliar a qualidade da assistência à saúde prestada à mulher e propor ações de melhoria, com o objetivo de redução da mortalidade materna.
O Comitê de Prevenção de Mortalidade Materna do município de Belo Horizonte tem como base legal a Portaria SMSA/SUS-BH nº 0054/2020, publicada em 21 de fevereiro de 2020, que “instituiu a Rede Municipal de Prevenção da Mortalidade Materna no âmbito do Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte”.
Para a análise do perfil e classificação dos óbitos maternos de Belo Horizonte, são utilizados os seguintes conceitos:- Mulher em Idade Fértil (MIF): são investigados todos os casos de óbitos de mulheres em idade fértil dos 10 aos 49 anos;
- Morte materna: em 1994, a Organização Mundial de Saúde (OMS), na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), definiu morte materna como “a morte de mulheres durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais”;
- Morte materna obstétrica direta: resultante de complicações obstétricas do estado gestacional, de intervenções, omissões, tratamento incorreto ou de uma sequência de eventos resultantes de qualquer uma destas situações;
- Morte materna obstétrica indireta: resultante de doença preexistente ou que se desenvolve durante a gravidez, não devida a causas diretas, mas agravada pelos efeitos fisiológicos da gravidez;
- Morte materna obstétrica tardia: morte materna de causa obstétrica direta ou indireta que ocorreu no período compreendido entre 43 dias e um ano do parto;
- Morte materna não obstétrica ou não relacionada: óbito durante a gravidez, o parto ou o puerpério, porém devido a causas incidentais ou acidentais;
- Morte materna presumível ou mascarada: aquela cuja causa básica, relacionada ao estado gravídico-puerperal, não consta na declaração de óbitos por falha no preenchimento;
- Razão de Mortalidade Materna (RMM): relaciona apenas as mortes maternas obstétricas diretas e indiretas ocorridas até 42 dias após o parto/aborto com o número de nascidos vivos e é expressa por 100.000 nascidos vivos.
- Planejamento sexual e reprodutivo
A Organização Mundial da Saúde define saúde sexual como um estado de bem-estar físico, mental, emocional e social em relação à sexualidade (e não somente a ausência de doenças e disfunções). Para a saúde sexual ser atingida e mantida, os direitos sexuais e reprodutivos de todas as pessoas, em todas as idades e em todos os contextos devem ser respeitados, protegidos e assegurados, possibilitando experiências sexuais satisfatórias e seguras, livres de coerção, discriminação e violência.
A atenção em saúde sexual e reprodutiva acontece nos Centros de Saúde, por meio de consultas individuais e orientações em grupos coletivos e norteia-se pelo princípio do respeito aos direitos sexuais e reprodutivos. O planejamento reprodutivo implica na oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, pautada em livre escolha informada, bem como acompanhamento posterior.
A escolha do método contraceptivo é complexa e multifatorial. Além dos critérios clínicos, é importante considerar os aspectos sociais, comportamentais, psicológicos, assim como a preferência individual.
Os métodos contraceptivos reversíveis disponibilizados no SUS-BH são:- Anticoncepcional hormonal combinado (pílula combinada);
- Anticoncepcional injetável mensal;
- Anticoncepcional injetável trimestral;
- Minipílula de progesterona;
- Dispositivo intrauterino (DIU T cobre);
- Preservativo interno (feminino);
- Preservativo externo (masculino);
- Pílula anticoncepcional de emergência (pílula do dia seguinte);
Os métodos contraceptivos definitivos, ou cirúrgicos, são:
- Laqueadura tubária, na mulher;
- Vasectomia, no homem.
A esterilização voluntária só deve ser indicada em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e um anos de idade ou, pelo menos dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico; e em caso de risco à vida ou à saúde da mulher ou do feto.
Para as pessoas trans e não-binárias que não desejam engravidar, salienta-se que, apesar da hormonização ter potencial de diminuição de fertilidade, esta pode estar preservada, com possibilidade de gestação. Portanto, torna-se indispensável a discussão sobre contracepção. Além disso, deve-se destacar a relevância do uso do preservativo para a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, é necessário abordar conjuntamente os métodos de fertilidade, conforme as práticas sexuais daquela pessoa, bem como considerar métodos contraceptivos. A construção desse planejamento deve ser realizada, preferencialmente, nos Centros de Saúde, por equipe multiprofissional, promovendo espaço de cuidado que reconheça as especificidades dessa parcela da população.
Nos Centros de Saúde também são ofertados testes rápidos para HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais B e C.
Saiba mais informações sobre teste rápido, prevenção e tratamento das IST CLICANDO AQUI.
- Câncer de mama
O câncer de mama representa o segundo tipo mais comum de tumor maligno na população feminina e é a primeira causa de morte por câncer nessa população. Quando detectado no estágio inicial, as chances de cura aumentam e a possibilidade de cirurgias mutiladoras diminui.
FATORES DE RISCO- Ser do sexo feminino;
- Idade: antes dos 35 anos, a incidência de câncer de mama é muito rara, aumentando progressivamente, a partir dos 40 anos. Mulheres a partir dos 50 anos têm maior risco de desenvolver câncer de mama, em razão do acúmulo de exposições a diversos fatores de risco ao longo da vida e das alterações biológicas provenientes do envelhecimento;
- Passado de câncer de mama;
- Obesidade e excesso de gordura abdominal, principalmente após a menopausa;
- Consumo frequente de bebidas alcoólicas;
- Ausência de atividade física (sedentarismo);
- História familiar positiva para câncer de mama (parentes de primeiro grau);
- Não ter amamentado;
- Longo período de exposição ao estrogênio: terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos de uso, menopausa após os 55 anos, não ter tido filhos;
- Gravidez após os 30 anos.
SINAIS E SINTOMAS (SINAIS DE ALERTA)
- Nódulo mamário palpável, geralmente endurecido;
- Linfonodos palpáveis em axilas;
- Alteração na simetria das mamas;
- Desvio ou inversão do mamilo;
- Alteração na cor do mamilo;
- Vermelhidão na mama ou no mamilo;
- Secreção transparente, rosada ou avermelhada pelo mamilo.
Esses sintomas devem ser investigados pelo médico, pois podem estar relacionados a doenças benignas ou ao câncer de mama.
RECOMENDAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE MAMOGRAFIA
- Todas as pessoas assintomáticas que tenham mamas devido ao estrogênio natural ou à terapia de reposição hormonal devem realizar mamografia para rastreamento de câncer de mama entre os 50 e 69 anos de idade. Procure o Centro de Saúde e agende sua mamografia. A PREVENÇÃO É A MELHOR ESTRATÉGIA!
- Pacientes que apresentam alto risco para o câncer de mama devem realizar mamografia de rastreamento de câncer de mama a partir dos 35 anos, após avaliação médica.
- A mamografia diagnóstica deve ser realizada na presença de qualquer sinal ou sintoma. Se você apresenta alterações na mama, procure o médico do Centro de Saúde para avaliação e solicitação de mamografia.
- Câncer de colo do útero e HPV
O câncer de colo do útero representa o terceiro tipo de tumor maligno mais comum entre as mulheres e também a quarta causa de morte por câncer nessa população no Brasil, apesar de evoluir lentamente e apresentar 100% de chance de cura quando diagnosticado precocemente.
Saiba mais sobre a transmissão, sinais e sintomas e como se prevenir do HPV CLICANDO AQUI.
- Mulheres vítimas de violência
Veja abaixo os diferentes tipos de violência contra as mulheres.
VIOLÊNCIA FÍSICAQualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal como: tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, lesões por armas ou objetos, amarrar, arrastar, arrancar a roupa, tirar de casa à força, etc.
Em caso de violência física, procure ajuda nos seguintes serviços de saúde:
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
A violência psicológica é entendida como qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante a ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
VIOLÊNCIA MORAL
Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
Essa violência permeia todas as instituições públicas e privadas; apresenta-se na relação de servidores com o paciente/usuário, podendo se dar de diversas formas como ineficácia e negligência no atendimento, discriminação (de gênero, étnico-racial, econômica, etc.), intolerância e falta de escuta, desqualificação do saber do paciente, uso de poder, massificação do atendimento e outros.
NEGLIGÊNCIA E ABANDONO
É a omissão pela qual se deixou de prover as necessidades e os cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social da pessoa atendida, como privação de medicamentos, falta de cuidados necessários à saúde, falta de higiene, abandono.
LESÕES AUTOPROVOCADAS
Representam o uso intencional da força física ou poder, contra si mesmo, outra pessoa ou um grupo ou comunidade, excluindo, portanto, as situações não intencionais acidentais como acidentes de tráfego.
AUTOEXTERMÍNIO / SUICÍDO
Ação pela qual alguém põe intencionalmente fim à própria vida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
A violência sexual abrange uma série de comportamentos que forçam ou coagem alguém a participar de atividades sexuais contra sua vontade. Isso pode ocorrer de diferentes maneiras:
- Intimidação, ameaças e coerção: Quando alguém é pressionado ou ameaçado a participar de atividades sexuais por meio de palavras, gestos ou comportamentos que causam medo ou ansiedade.
- Uso da força física: Quando a pessoa é fisicamente forçada a se envolver em atividades sexuais contra sua vontade.
- Exploração sexual: Situações em que alguém é levado ou forçado a usar sua sexualidade para obter vantagens ou favores, muitas vezes através de manipulação emocional ou promessas enganosas.
- Restrição dos direitos sexuais e reprodutivos: Quando alguém é impedido de controlar sua própria sexualidade e reprodução, incluindo a negação de acesso a métodos contraceptivos, imposição de casamento, gravidez, aborto ou prostituição.
A vítima de violência sexual tem direito a:
- Realização de exames laboratoriais e profilaxia contra infecções sexualmente transmissíveis: sífilis, HIV, hepatite B, HPV, clamídia, gonorreia e tricomoníase;
- Anticoncepção de emergência;
- Cadeia de custódia (armazenamento, coleta e transporte de provas geradas no atendimento à vítima de violência sexual até o Instituto de Medicina Legal);
- Abortamento legal.
Em caso de violência sexual, procure atendimento nos seguintes hospitais:
- HOSPITAL METROPOLITANO ODILON BEHRENS
- MATERNIDADE ODETE VALADARES
- HOSPITAL JÚLIA KUBITSCHEK
- HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFMG
Av. Professor Alfredo Balena, 110, área Hospitalar de Belo Horizonte. Telefone geral: (31) 3307-9300. - HOSPITAL RISOLETA TOLENTINO NEVES
Além dos tipos de violência descritos, ainda são identificados outros tipos como: tráfico de pessoas, trabalho escravo e violência digital.
Outros locais onde as vítimas de violência podem buscar ajuda:
CENTRO ESPECIALIZADO DE ATENDIMENTO À MULHER – BENVINDA
Orientação, atendimento e acompanhamento psicossocial às mulheres maiores de 18 anos que já vivenciaram e/ou vivenciam situações de violência doméstica e familiar (psicológica, física, sexual, patrimonial ou moral) com base no gênero, de acordo com a Lei Maria da Penha.
R. Hermilo Alves, 34 - Santa Tereza (esquina com a Av. do Contorno)
(31) 3277-4380 / (31) 98873-2036 / ceambenvinda@pbh.gov.br
Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Os agendamentos são realizados, de preferência, por telefone ou presencialmenteDELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER (DEAM)
- Requerimento de medida protetiva;
- Registro de Boletim de Ocorrência;
- Encaminhamento para abrigamento.
Av, Barbacena, 288 - Barro Preto
(31) 3330-5715/5752
Funcionamento 24hCASA DA MULHER MINEIRA
- Solicitação de medidas protetivas de urgência ou para acompanhar a mulher até a residência para retirada de seus pertences em segurança;
- Emissão de guia de exame de corpo de delito;
- Emissão de encaminhamento para casas abrigo;
- Registro virtual da violência pedido de proteção em delegaciavirtual.sids.mg.gov.br
Av. Augusto de Lima, 1.845. Barro Preto
Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h30.CASA DE REFERÊNCIA DA MULHER TINA MARTINS
Espaço de referência que visa fortalecer mulheres em situação de vulnerabilidade e/ou de violência doméstica:
- Oferta de abrigo e acolhimento
- Auxílios psicológico, jurídico e de serviço social gratuitos
- Encaminhamento para outros serviços da rede de enfrentamento
- Formação política
R. Paraíba, 641 - Santa Efigênia
(31) 3658-9221
Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
CENTRO RISOLETA NEVES DE ATENDIMENTO (CERNA)
Centro de Referência estadual especializado no atendimento de mulheres em situação de violência e no fomento de metodologias, formação e construção de redes de atenção às mulheres em situação de violência para outros Centros de Referência e diversos equipamentos de políticas públicas do estado.
- Oferece atendimento psico-jurídico-social a mulheres em situação de violência de forma presencial ou virtual.
Av. Amazonas, 558, 3º andar - Centro
(31) 3270-3235/3296
O primeiro atendimento deve ser agendado por telefone.
Solicitações de apoio técnico ou capacitações devem ser encaminhadas para: cerna@social.mg.gov.brCENTROS DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS)
Equipamento público em Belo Horizonte que conta com nove Centros de Referência no município, sendo um em cada regional.
- Oferta apoio e acompanhamento individualizado e especializado a famílias e indivíduos em situação de risco social ou que tiveram seus direitos violados.
Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
- BARREIRO: (31) 98865-2078 / 3246-2070
- CENTRO SUL: (31) 98869-2320 / 3277-4890
- LESTE- TELEFONE: (31) 98778-2060 / 3246-1421
- NORDESTE: (31) 98798-2067 / 3246-7504
- NOROESTE: (31) 98793-2132 / 3246-7016
- NORTE: (31) 98874-0961 / 3277-7447
- OESTE: (31) 98793-2156 / 3277-6561
- PAMPULHA: (31) 98867-2044 / 3277-1558
- VENDA NOVA: (31) 98748-7448 / 3277-1834
CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o CREAS
- Protocolo Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual em Bares, Restaurantes, Casas Noturnas e outros Espaços de Lazer de Belo Horizonte
No dia 28 de maio inaugurou uma plataforma de adesão para bares, restaurantes e casas noturnas ao Protocolo Quebre o Silêncio. A partir da adesão ao Protocolo, os proprietários dos estabelecimentos terão acesso a uma formação com orientações que contemplarão uma série de medidas a serem cumpridas pelo bares, restaurantes e casas noturnas da capital, visando o enfrentamento a violência sexual contra mulheres.
As medidas apresentadas incluem prevenção, identificação de situações de risco e orientações sobre como proceder em casos de violência contra a mulher. O Protocolo discute diferentes formas de violência e indica a existência e formas de acesso à rede de proteção e atendimento às mulheres, além de canais de denúncia.