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Controle do Tabagismo

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O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica, provocada pela dependência à nicotina, e de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID10), está inserido no grupo dos transtornos mentais devido ao uso de substância psicoativa. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável, adoecimento e empobrecimento no mundo, sendo responsável por 8 milhões de óbitos anuais. Estima-se que mais de 7 milhões dos óbitos são resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhões são decorrentes da exposição ao tabagismo passivo.

 

A presença de cerca de 7000 substâncias na fumaça dos derivados do tabaco (250 substâncias prejudiciais e 69 cancerígenas), faz com que o tabagismo seja responsável por aproximadamente 50 doenças tabaco relacionadas, muitas delas graves e fatais.

 

Segundo a OMS, o tabagismo é responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Destes, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares.

 

O consumo de tabaco faz mal para o corpo e para o planeta. A indústria do cigarro polui o ar que respiramos, a água que bebemos e a terra que produz os alimentos que comemos.


Programa Municipal de Controle do Tabagismo

O Programa de Controle do Tabagismo iniciou suas atividades no ano de 2001 com ações de conscientização sobre o tema. Em 2004, foram realizadas as primeiras capacitações em parceria com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) e Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. No ano de 2006, iniciou-se a distribuição de insumos (manuais e medicamentos) e foram realizados os primeiros grupos de tratamento. Em 2012, considerando a multidimensionalidade da dependência à nicotina, ocorreu a ampliação das capacitações para os profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), (farmacêuticos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas).

 

Para dar visibilidade ao tema, alertar fumantes e não fumantes sobre doenças e mortes atribuíveis ao tabaco, o Programa Municipal de Controle do Tabagismo realiza ações de mobilização e conscientização, sobretudo nas datas alusivas a temática: 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco e dia 29 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Fumo).

 

Tratamento dos fumantes

Os munícipes que querem parar de fumar devem procurar a equipe de saúde da família de sua referência para obter informações sobre o tratamento.

 

O tratamento é ofertado nos Centros de Saúde e é realizado por equipe multiprofissional. Os tabagistas são convidados a participar da Palestra Motivacional, na qual serão avaliados: histórico tabagístico, necessidade de uso de medicamentos, nível de dependência à nicotina, motivação para parar de fumar, entre outros. Para aqueles fumantes que estão motivados a deixar o cigarro é realizada uma avaliação clínica. O tratamento mais indicado é a Abordagem Intensiva com sessões estruturadas, realizadas preferencialmente na modalidade coletiva, podendo haver a utilização de medicamentos.

 

Aqueles fumantes que ainda não estão motivados, o profissional de saúde incentiva a parar de fumar, através da Abordagem Breve que consiste em Perguntar, Avaliar, Aconselhar e Preparar o fumante para que deixe de fumar.

 

Tabagismo passivo

Tabagismo passivo é a inalação da fumaça produzida pelos vários tipos de cigarro, inclusive o eletrônico, por indivíduos não fumantes. 

 

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 7.000 substâncias tóxicas diferentes e se difunde homogeneamente no ambiente, contendo em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica).

 

Crianças e bebês são particularmente mais suscetíveis ao tabagismo passivo e com risco aumentado de desenvolver doenças respiratórias, doença do ouvido médio e a síndrome da morte súbita infantil. Mulheres grávidas expostas à fumaça do cigarro correm maior risco de natimorto, malformações congênitas e feto com baixo peso ao nascer.
Assim, são realizadas ações de sensibilização e fiscalização para cumprimento da lei (nº 12.546/2011 e Decreto nº 8.262/2014) e garantia de ambientes fechados 100% livres do tabaco.

 

Cigarro eletrônico

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) ou Cigarros Eletrônicos são comercializados ilegalmente no Brasil e utilizam estratégias de marketing, embalagens chamativas e aromatizantes que induzem ao uso. Os cigarros eletrônicos funcionam com uma bateria que aquece uma solução líquida geralmente com nicotina, sais de nicotina, propilenoglicol, glicerol, formaldeído e nitrosaminas, possuindo uma grande variedade e diversidade de substâncias tóxicas em níveis significativos. 

 

Os perigos para a saúde incluem dependência química, social, comportamental e psicológica, problemas respiratórios, doenças cardiovasculares como hipertensão, câncer de pulmão e uma nova doença pulmonar grave, o EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de dispositivos de cigarro eletrônico), podendo levar morte. Também, há a ocorrência de queimaduras, ferimentos e lesões químicas. Ademais, estudos científicos revelam que o cigarro eletrônico facilita a iniciação do cigarro convencional, contribuindo para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil.

 

De acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA, é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico. 

 

São realizadas ações para coibir o comércio irregular destes produtos, tais como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas, especialmente nas escolas. 

 

Cigarro de palha

O cigarro de palha vem ganhando cada vez mais popularidade pela falsa ideia de que são menos danosos do que o cigarro comum. Este tipo de cigarro, que era mais comum em zonas rurais, tem ganhado espaço entre jovens do centros urbanos. 

 

É composto por um punhado de fumo de corda picado, envolto por uma palha de milho. O cigarro de palha, não tem filtro e a palha é mais espessa do que a seda, o que gera maior quantidade de monóxido de carbono e de inalação do alcatrão. Ademais, um cigarro de palha pode equivaler a três a cinco cigarros industrializados, elevando portanto os riscos.

 

 

MATERIAL PARA DOWNLOAD

 

Material educativo

Folder Decodificando o Cigarro Eletrônico - O que tem por trás do vapor? - 2023
Cartilha: Promoção à Saúde - 2015
Cartilha: Hábitos de vida saudável - 2015
Folder: Informações e dicas para parar de fumar - 2015
Cartilha: Parar de fumar - uma decisão saudável - 2014

 

Material de apoio aos profissionais

Avaliação clínica do fumante
Nota técnica bupropiona
Lei ambiental Livre Decreto
Guia Rápido do Tabagismo - 2024
Guia do Farmacêutico - 2022
Protocolo: Tabagismo - Diretrizes Terapêuticas (PDCTT) - 2021
Manuais do INCA para cessação do tabagismo