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Mapa de Declividades

criado em - atualizado em

A topografia de Belo Horizonte é, por vezes, usada como argumento para justificar que não podemos ser uma cidade acessível para todos, em especial para as pessoas com mobilidade reduzida e para os ciclistas. No entanto, essa afirmativa sempre se sustenta apenas em impressões e não em fatos.

 

Para superar a lacuna de falta de informações sobre a real situação da topografia das vias da capital, o Instituto de Geociências da UFMG (ICG/ UFMG), em parceria com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento - ITDP Brasil e com a BHTrans, elaborou o Mapa de Declividades de Belo Horizonte. O mapa é um banco de dados que contém, dentre outras informações, as declividades mínima, máxima e média de 53.505 trechos de via de Belo Horizonte.
 

"Ficamos muito felizes em colaborar com a produção de dados capazes de ajudar a mobilidade urbana em Belo Horizonte. O trabalho tem um grande potencial de auxiliar o planejamento da circulação por bicicleta e a pé ao permitir identificar os caminhos mais planos para a implantação de ciclovias, redes de circulação a pé ou melhoria da infraestrutura existente, especialmente para o atendimento da população com mobilidade reduzida. A base de dados também poderá auxiliar a gestão do transporte carga e a circulação de veículos pesados na cidade.", afirma Thiago Benicchio, Gerente de Transportes Ativos do ITDP Brasil. 

 

 

Baixe os dados do Mapa de Declividades de BH


 

O mapa possui um conjunto de informações que possibilitará o aperfeiçoamento do planejamento da mobilidade urbana, em especial, os referentes ao caminhamento de pessoas com deficiência, à rede cicloviária, ao transporte de cargas e aos impactos ambientais.

 

A BHTRANS recebeu o mapa em Julho/2016, detectou algumas inconsistências que foram revistas e devidamente ajustadas. O novo banco de dados, que está disponível no link acima, estimulará a criação de aplicativos que permitam a seleção de percursos, em função da capacidade de cada pessoa para caminhar e/ou pedalar. Para o transporte motorizado, por sua vez, os aplicativos poderão buscar percursos em função do veículo que se pretende utilizar.

 

O mapa de declividades utilizou como fontes o mapa de altimetria (curvas de nível) e o mapa do sistema viário (eixos dos logradouros) da cidade. O mapa viário utilizado foi o obtido na Prodabel em maio/2016. A diferença do mapa de declividades apresentado pelo IGC/ UFMG para outros que já estão disponíveis no mercado, é que ele fornece as declividades trecho a trecho. Ele foi elaborado com base no mapa de curvas de nível (metro a metro) e fornece três valores de declividade (tanto em graus, quanto em porcentagem) para cada trecho de via da cidade: mínima, média e máxima.

 

A declividade de Belo Horizonte

A declividade média de Belo Horizonte é 8,28%. As regiões com trechos mais suaves são a Área Central e a Pampulha. As regiões com maior concentração de trechos íngremes são o Aglomerado da Serra, o Taquaril, o Morro das Pedras e o Aglomerado Santa Lúcia.


- A regional com menor declividade média é a Pampulha (5,65%).

- As regionais com maior declividade média são a Centro-Sul (9,60%) e Leste (9,76%).


DECLIVIDADE MÉDIA EM CADA REGIONAL (%)

5,65% - PAMPULHA
7,23% - VENDA NOVA
7,94% - NOROESTE
8,09% - BARREIRO
8,21% - NORTE
8,93% - OESTE
9,00% - NORDESTE
9,60% - CENTRO SUL
9,76% - LESTE

Para a apresentação dos primeiros resultados do Mapa de Declividades, o IGC/ UFMG preparou um mapa que mostra os resultados relativos a declividade de até 8,33% e até 72,51%. 

 

Mapa de declividades de Belo Horizonte