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Belo Horizonte

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Em fins do século XIX, a transferência da capital mineira de Ouro Preto para o Arraial do Curral Del Rei ensejou uma iniciativa inédita no País: a construção de uma cidade planejada.


A chegada da Comissão Construtora da Nova Capital transformou a paisagem do arraial, dando lugar a uma cidade marcada pela mudança constante do seu espaço urbano. Até os anos 1920, o projeto original da cidade, apresentado por Aarão Reis em 1895, foi referência para sua implantação, com a sua divisão em zonas denominadas urbana, suburbana e rural, cada qual com um papel específico na dinâmica orgânica de Belo Horizonte.


Sede administrativa do Estado, nela foram edificadas as instituições governamentais localizadas na Praça da Liberdade e, próximo a ela, o bairro destinado aos funcionários públicos. A região comercial localizava-se junto à Praça da Estação. As zonas suburbana e rural, inicialmente destinadas às colônias agrícolas, foram ocupadas pela população que chegava à Nova Capital, hoje bairros tradicionais da cidade.


Inaugurada em 1897, Belo Horizonte ganha um novo impulso a partir dos anos 1930, que marca um ciclo de transformações na paisagem e nos modos de vida. A retomada dos processos de urbanização na cidade fortaleceu o comércio, a produção industrial e os serviços, consolidando a sua área central como pólo financeiro e político do Estado. Nos anos 1940, a criação da Pampulha e da Cidade Industrial, aponta para os processos de mudanças que dinamizaram a década seguinte, com a ampliação da ocupação urbana para fora da Av. do Contorno. O modernismo introduz novo modo de viver e marcos arquitetônicos na paisagem como o Ed. JK, o Mineirão e o Ed. Niemeyer. Nas décadas seguintes, a cidade experimenta um expressivo crescimento urbano, demográfico e econômico, com a verticalização acentuada e a substituição de grande parte das edificações marcantes no seu processo de ocupação.

Atualmente, a zona urbana caracteriza-se como área central, com paisagem e usos heterogêneos. Bairros residenciais como Santa Tereza e Floresta ainda mantém modos de vida e relações sociais simbolicamente construídas.