Pular para o conteúdo principal

Dona Wanda de Oliveira

criado em - atualizado em
Dona Wanda de Oliveira
Reprodução

 

No coração do Quilombo dos Mangueiras, em Belo Horizonte, a memória de Dona Wanda de Oliveira (1942 - 2019) segue viva, pulsando em cada canto da comunidade que ela ajudou a construir e fortalecer. Considerada uma das Matriarcas e mais antiga moradora do quilombo, Dona Wanda foi muito mais do que uma guardiã de histórias: ela foi um pilar essencial na preservação da cultura, da ancestralidade e da espiritualidade do povo quilombola.


Foi numa casinha de Adobe, construída pelo seu marido Cristiano Filho, que Dona Wanda trilhou os primeiros passos de sua história e de suas filhas, Ivone e Ione, que se tornaram lideranças na organização política e cultural da comunidade.

 

Dona Wanda é a idealizadora do grupo Mulheres de Rocha, que promove, desde 2008, a discussão da sexualidade, diversidade sexual, saúde e gênero dentro do quilombo dos Mangueiras.


Seu compromisso com a comunidade se manifestou de diversas formas, sendo um dos seus legados mais marcantes a fundação do Ilê Asé Odé Safé Edún Ará, terreiro de candomblé criado em 2009, que se tornou um espaço sagrado de resistência, fé e continuidade das tradições afro-brasileiras. Através dele, Dona Wanda não apenas celebrou sua espiritualidade, mas garantiu que as futuras gerações tivessem um ponto de referência para se conectar com suas raízes.


Sua trajetória é um testemunho da resistência negra e da importância das matriarcas na preservação da memória e da identidade de um povo.