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Planejamento da Força de Trabalho

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Contexto
Em um mundo de constante mutação na forma de trabalhar, inserção de tecnologia e aumento da complexidade das atividades, um dos reflexos vem sendo a necessidade de profissionais cada vez mais qualificados e competentes. É necessário saber a qualidade e quantidade da equipe para as entregas solicitadas. Percebemos que gerir pessoas tem se tornado fundamental para o sucesso das organizações e, dentre as diversas funções de gerir, o dimensionamento tem ocupado um papel estratégico.
O Poder Executivo do Município de Belo Horizonte, publicou em 2017 a lei 11.065 estabelecendo a nova estrutura orgânica da administração pública com o objetivo de tornar o município mais eficiente, transparente e próximo ao cidadão. Essa modernização da estrutura envolve intrinsecamente a temática gestão de pessoas, pois mão de obra no quantitativo correto e bem alocada, gera eficiência no serviço público.
Desta forma, foi criada a Gerência de Planejamento da Força de Trabalho, pertencente à Subsecretaria de Gestão de Pessoas, da Secretaria Municipal de Orçamento, Planejamento e Gestão, com as atribuições de propor, gerir e implementar a política de planejamento da força de trabalho, que é o objeto deste trabalho. O dimensionamento da força de trabalho foi elaborado e implementado entre setembro e dezembro de 2018. Na fase inicial foi feito um benchmarking sobre o tema para a elaboração da metodologia; a fase posterior foi de testes do conceito e adaptações da metodologia e ferramenta; e a fase final foi o piloto.
A aplicação do Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT) vem sendo uma ótima experiência para a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, subsidiando a necessidade ou não de novas nomeações, contratações e concursos públicos. A metodologia não é estanque, ela é constantemente reciclada e melhorada para aperfeiçoamento dos resultados e melhor retratar a realidade do momento.


Objetivo
O Dimensionamento da Força de Trabalho é um profundo estudo que visa apontar, por meio científico, o quantitativo e cargos de servidores para compor as equipes da Administração Direta e Indireta. É uma ferramenta que auxilia o planejamento das necessidades de recursos humanos, a curto, médio e longo prazo, atendendo às especificidades de cada órgão, objetivando maior efetividade nas contratações e formações das equipes, permitindo aos gestores maior proximidade da realidade institucional, conhecendo prováveis deficiências de mão de obra e processo de gestão.
De forma simplista, a análise envolve a quantidade de atividades x tempo de execução x quantidade de pessoas envolvidas no processo. Nessa técnica percorremos as atividades sob responsabilidade do setor a fim de entender qual o melhor perfil para executá-la, o que não necessariamente é o perfil que executa atualmente. 
O primeiro passo para a realização do DFT é o entendimento de quais são os produtos e atribuições que estão sob responsabilidade de entrega da área. Com o entendimento de quais são os produtos entregues interna e externamente, e quais atividades são realizadas para finalizá-lo, o próximo passo é inserir o tempo gasto para sua realização, assim como sua ocorrência (volume) e frequência. O objetivo não é saber “como fazer” e sim “o que fazer”, ou seja, quais atividades são necessárias para que esse produto seja finalizado e não como é feito. Os servidores iniciam listando na planilha todos esses dados, portanto cinco informações são inseridas.

Os projetos duram de 6 a 12 semanas, dependendo do tamanho do Órgão a ser dimensionado e percorrem as seguintes etapas:

 

PRINCIPAIS ENTREGAS/ RESULTADOS OBTIDOS
Após cinco anos aplicando a metodologia, vários resultados foram obtidos em contexto tecnicamente embasado para permitir maior segurança para a tomada de decisão, são eles:
•    Concursos para alguns cargos.
•    Nomeações em concursos ativos.
•    Movimentações entre setores.
•    Processos seletivos simplificados, seja para projetos específicos ou antecedendo concursos.
•    Treinamentos para as equipes.
•    Indicação para revisão de processos.
•    Deliberações da Câmara de Coordenação Geral (CCG) mais assertivas e seguras.