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Prevenção e combate a incêndios

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A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) conta com um Protocolo Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais em Parques Municipais, desenvolvido em parceria com a Guarda Municipal, Defesa Civil, Centro Integrado de Operações de BH e Corpo de Bombeiros.


A partir dele, foram estabelecidas diretrizes claras para a ação coordenada entre as entidades envolvidas, garantindo o monitoramento preventivo e a resposta rápida e eficaz em caso de incêndios florestais. O documento tem como eixos centrais a prevenção e monitoramento, ações de pronta resposta rápidas, a capacitação e o treinamento, além da educação ambiental. 


O Protocolo Integrado reforça o compromisso da PBH e das entidades parceiras em proteger os parques florestais municipais, que são essenciais para a qualidade de vida e o bem-estar dos moradores de Belo Horizonte. Ele também simboliza um avanço significativo na capacidade do município em enfrentar os desafios ambientais e proteger as áreas verdes, reafirmando sua posição como uma cidade comprometida com a sustentabilidade e a preservação ambiental.

 

Entenda mais sobre os impactos de incêndios em áreas verdes

 

Foto: Arquivo FPMZB/PBH
 

Comprovadamente vantajosos e benéficos para os municípios e sua população, os parques urbanos proporcionam um contato mais próximo das pessoas com o verde, além de promover a melhoria da qualidade ambiental das cidades, pois evitam ou diminuem impactos ambientais causados pelo adensamento da malha urbana, como a impermeabilização do solo, enchentes e desabamentos de terra. Além disso, essas áreas verdes possibilitam a manutenção dos serviços ecossistêmicos ao promover a melhoria da qualidade do ar, do solo e dos recursos hídricos, conservar significativamente a diversidade da fauna e da flora e permitir a realização de atividades relacionadas ao turismo ecológico, culturais e de promoção à saúde e bem-estar. 

 

Todavia, com o aumento da densidade demográfica urbana, ao longo das décadas, o meio natural foi sendo substituído por espaços urbanos, muita vezes, sem um planejamento adequado, acarretando um mau uso desses equipamentos e gerando vários conflitos entre as áreas verdes e seus munícipes, principalmente com a comunidade do entorno. 


Dentre os impactos causados pela ocupação humana nas cidades, estão os incêndios florestais que podem alcançar grandes áreas, alterando o habitat e afetando direta e indiretamente a qualidade socioambiental. O uso incorreto do fogo é um dos principais responsáveis por problemas ambientais, econômicos e sociais, causando a redução de habitats e da biodiversidade; extinção de espécies da fauna e da flora; extinção e poluição de nascentes e cursos d’água; destruição de reservas e de áreas de preservação; infertilidade e empobrecimento do solo; aparecimento de processos erosivos e assoreamento;  aumento da sensação térmica; aumento dos gastos públicos para reparar os danos causados pelos incêndios; destruição de patrimônios públicos e privados; além de causar acidentes em rodovias, interrupção de transmissão de energia elétrica e agravamento de problemas de saúde. As causas mais comuns dos incêndios florestais em parques urbanos são decorrência da queima de lixo doméstico, folhas e resto de poda e uso do fogo para limpeza inadequada de terrenos baldios, manifestações religiosas próximas às vegetações, podendo ser de origem criminosa e intencional ou acidental. 

 

O fogo é um fenômeno natural que sempre fez parte da natureza, estando presente em todos os lugares, sendo direta ou indiretamente. Proveniente de uma reação química, caracterizada pelo desprendimento de luz e calor, para iniciá-lo são necessários três elementos: matérias e substâncias inflamáveis (combustível), oxigênio (comburente) e calor.

 

O fogo descontrolado, também chamado de incêndio, mata e afugenta animais, destrói árvores, polui o ar e as águas, pode deixar a cidade sem eletricidade, pode causar acidentes nas rodovias, além de provocar doenças respiratórias. Muitos desses danos podem causar vários prejuízos para a biodiversidade, perdas financeiras e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais.

 

A prevenção dos incêndios florestais é um conjunto de medidas que almeja anular ou reduzir a probabilidade de se iniciar o fogo e, consequentemente, mitigar seus efeitos. Sendo assim, torna-se essencial elaborar planejamento estratégico de prevenção e combate aos incêndios florestais, já que, anualmente, impactadas pelos distúrbios provenientes dos incêndios florestais, as áreas de proteção sofrem danos não somente ambientais, mas também econômicos e sociais. Em decorrência da imprevisibilidade dos recursos humanos e financeiros para o controle dos incêndios florestais, cabe aos gestores das áreas protegidas escolher métodos mais eficientes em ações de prevenção (educação ambiental), gestão de combustível (manutenção de aceiros e pontos de água) e medidas de restauração.  

 

Portanto, o grande desafio em qualquer meio urbano, é estabelecer o equilíbrio entre os sistemas naturais e antrópicos. Por isso, é tão importante que a população tenha conhecimento e ajude na prevenção de incêndios na cidade. 

Ações educativas de combate a incêndios nos parques municipais

Fotos: divulgação FPMZB

 

A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) realiza, anualmente, campanhas de educação ambiental no entorno dos parques, com a comunidade e parceiros, visando a prevenção de incêndios florestais.

 

Neste ano, a FPMZB, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH), Secretaria Municipal de Saúde  - Controle de Zoonoses e Projeto Rondon Minas, está à frente do Projeto Rondon - Parque, Sustentabilidade e Saúde. Durante todo o ano, 45 parques municipais de diferentes regiões irão receber atividades educativas com a distribuição de materiais e a abordagem da população por equipes de voluntários.

 

As ações de mobilização social e educação ambiental são realizadas por rondonistas, universitários, técnicos e professores. O objetivo é contribuir para o combate ao abandono de animais domésticos, silvestres e exóticos e, complementarmente, a prevenção de incêndios para proteção desses espaços.

 

Após cada ação, será criado um banco de dados com informações coletadas nas abordagens, buscando entender o perfil do público de cada região, sua relação com os parques municipais e qual o grau de informação e conscientização sobre os temas. Todas as atividades são executadas por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH), Secretaria Municipal de Saúde  - Controle de Zoonoses e Projeto Rondon Minas.

 

Capacitação de multiplicadores

 

A primeira etapa do Projeto Projeto Rondon - Parque, Sustentabilidade e Saúde contou com a mobilização e captação de estudantes, técnicos e professores, de 22 universidades e faculdades envolvidas, para atuarem voluntariamente nas ações nos parques. No dia 22 de março, 150 pessoas participaram do programa de capacitação, que contou com palestras e oficinas, construídas coletivamente pelos parceiros. Para a próxima capacitação, já existe uma lista de espera com mais 160 voluntários aguardando a nova formação.

 

Sobre o Projeto Rondon Minas

 

O Projeto Rondon Minas é uma iniciativa de voluntariado universitário do país e trabalha com intuito de colocar o conhecimento científico à serviço da sociedade. Desde o ano de 2005, já atendeu mais de 160 municípios de Minas Gerais realizando diagnóstico socioambiental das comunidades urbanas e rurais e atividades socioeducativas e culturais que incentivam o protagonismo da população e promovem a melhoria das práticas das políticas públicas locais.

 

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