Fotos: Suziane Brugnara - FPMZB/PBH - Veja mais
Criado em 1971, por meio do Decreto Municipal nº 2.065, e implantado em 1999, o Parque Jacques Cousteau ocupa uma área aproximada de 370.000 m2. Localizado na região Oeste, o espaço funcionou como depósito de lixo da cidade e, posteriormente, como horto para a produção de mudas de árvores e plantas ornamentais a serem utilizadas no paisagismo de Belo Horizonte. Muitas dessas mudas cresceram e floresceram no parque, sendo as primeiras a integrarem a flora local.
Sua cobertura vegetal é muito significativa, apresentando um avançado grau de regeneração natural e contínua, correspondendo a 80% da área total. Sendo predominante de porte arbóreo, existem ainda espécies ornamentais e frutíferas - como mangueiras, jabuticabeiras e bananeiras.
O local possui nascentes e cursos d’água perenes.
A fauna é composta por anfíbios; répteis; aves, como sabiá, frango d’água, saracura; e mamíferos, como cuíca, mico-estrela, esquilo-caxinguelê e gambá.
O parque oferece atividades educacionais diversificadas às crianças de escolas públicas e privadas, como palestras, trilhas e oficinas de plantio.
Dispõe de brinquedos, trilha ecológica, academia a céu aberto, Academia da Cidade, aulas de liang goung, espaços para contemplação, áreas de convivência e grupo de escoteiros. Tem ainda um viveiro de mudas ornamentais.
- Possui base administrativa, ponto de apoio, guarita com porteiro, banheiros e bebedouros.
Não aceita pets. Saiba mais.
Horário de funcionamento: consulte aqui
Localização: Rua Augusto José dos Santos, 366 - Bairro Betânia
Informações: 3277-5972 (temporariamente indisponível) e dpso-fpm@pbh.gov.br
Entrada gratuita
- Conheça a história do Parque Jacques Cousteau
Desde a construção de Belo Horizonte, a área que seria conhecida como Várzea do Felicíssimo, antiga Fazenda do Cercado, localizada onde hoje é o bairro Betânia, região Oeste, funcionou como depósito de lixo da cidade. O lixo começou a ser jogado em 1951 e, durante 20 anos, metade do lixo recolhido diariamente na Capital era despejado lá.
Em 1971, o lixão foi desativado e a área se transformou no Parque Municipal da Vila Betânia, por meio do Decreto Municipal nº 2065, de 21/09/1971. Este mesmo decreto transformou a área em Reserva Biológica do Horto, e anexou o parque municipal a ela. O local então foi destinado à produção de mudas para a ornamentação de canteiros, ruas e jardins de BH.
Em 1984, havia aproximadamente um milhão de mudas no local. As que demoraram mais tempo a saírem de lá firmaram raízes e foram responsáveis pela arborização do parque. As instalações do Horto Municipal permaneceram no local até 1999, quando a construção de sua sede, de responsabilidade do Jardim Botânico, foi concluída, na região da Pampulha.Por meio da Lei Municipal nº 7.431, de 5 de janeiro de 1998, o parque recebeu o nome de Jacques Cousteau, em homenagem ao francês Jacques Yves-Cousteau, cientista preocupado com a preservação da diversidade biológica, que dedicou parte de seus estudos à Amazônia. Em 1999, sem inauguração oficial, o parque foi implantado.
- O maior produtor de mudas de plantas ornamentais de BH
A área do atual Parque Jacques Cousteau se tornou reserva biológica com o objetivo de preservar a vegetação adquirida ao longo do tempo. A partir daí, a área só obteve progressos com os trabalhos desenvolvidos por uma equipe técnica especializada e com apoio da população.Atualmente, os 370.000 m2 do parque são ocupados por uma vegetação diversa, que mescla harmonicamente espécies de plantas nativas e exóticas. Grande parte dessas plantas são nativas, como a pitanga, o araçá e o guamirim. É reduto de mais de 70 espécies de plantas ornamentais como bromélias, agave azul, coração sangrento e orquídea arundina. Foi criado ainda o Pomar dos Pássaros, apenas com árvores frutíferas, para atrair novas espécies de aves e borboletas.
Um levantamento feito pela associação Ecologia e Observação de Aves (Ecoavis) registrou a presença de mais de 30 diferentes tipos de aves no parque. Entre elas, o astuto falcão-de-coleira, o multicolorido quero-quero, além de três diferentes espécies de beija flor, o tesoura, o tesoura-verde e o peito-azul.
A área é a maior produtora de mudas de plantas ornamentais da cidade. Sua produção é utilizada para compor o paisagismo de todos os parques, praças e jardins do município.
A atividade de plantio e multiplicação das mudas é dividido em equipes. Uns se dedicam ao processo de irrigação e outros ficam por conta de rastelar. Além disso, alguns preparam a terra e outros são responsáveis pela adubação. Em média são produzidas de 8 mil a 10 mil mudas por mês. Como elas são voltadas para decoração e paisagismo dos jardins da capital, a grande maioria possui características de plantas rasteiras, que crescem no sentido horizontal, como é o caso das barlérias, camarão vermelho e inhame roxo, todas plantadas no parque.
O jardineiro Arlindo Monteiro, que esteve durante muitos anos no comando da produção de mudas do Parque Jacques Cousteau, recebeu dois prêmios de destaque, sendo eleito, em duas edições do Concurso Cidade Jardim, realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o melhor jardineiro da cidade.