Pular para o conteúdo principal

Mirante do Mangabeiras

criado em - atualizado em
Mirante do Mangabeiras
Foto: Suziane Brugnara

 

Observar Belo Horizonte do alto e como ela se relaciona com a natureza ao seu redor é uma das propostas do Mirante do Mangabeiras. O local é um dos pontos mais elevados da capital com, aproximadamente, 1.170 metros de altitude. Mas não é apenas o fato de oferecer uma vista privilegiada que o torna um dos cartões postais da cidade e um dos espaços mais procurados para se admirar o pôr-do-sol. Após várias revitalizações e melhorias ao longo da última década, o Mirante do Mangabeiras também atrai o olhar dos visitantes para si próprio devido a sua beleza cenográfica enriquecida pelo projeto paisagístico planejado do local, que oferece conforto sem roubar o protagonismo do “belo horizonte” a perder de vista que encanta os apreciadores de paisagens.

 

Uma área de preservação ambiental com aproximadamente 35 mil m², o Mirante do Mangabeiras foi incorporado ao Parque das Mangabeiras Maurício Campos, que é responsável por sua administração. O local possui dois deques de madeira, medindo cada um cerca de 125 m², garantindo espaço para práticas como piquenique, yoga, relaxamento e até brincadeiras com as crianças. Há, ainda, banheiros públicos e bebedouros, além de uma rampa que possibilita o acesso ao primeiro deque e à praça principal com bancos, passeio, jardim e vagas de estacionamento para os visitantes que possuem mobilidade reduzida.

 

Cultura mineira e paisagismo inspirado em Burle Marx

 

Mirante do Mangabeiras

Foto: Suziane Brugnara

 

Para apreciadores de uma arte mais reflexiva, o Mirante do Mangabeiras conta com duas estruturas em aço de autoria de Ricardo Carvão, intituladas pelo artista mineiro como “Monumento à visão”. Em formato de olhos, elas são um convite à imersão no cenário que mistura elementos da natureza e do urbanismo. Ainda com a proposta de privilegiar o olhar sobre a cidade, no final de 2018, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) instalou no Mirante do Mangabeiras luneta para observação terrestre. O equipamento é resistente à água, ao vento, ao sol e às adversidades causadas pelo clima, além de possuir lentes antirreflexivas com foco pré-ajustado, dispensando qualquer intervenção por parte do observador. O uso do equipamento é gratuito.

 

O paisagismo, recém revitalizado pela equipe da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) e sob o planejamento e supervisão da paisagista Laura Mourão, é inspirado no Projeto de Roberto Burle Marx e conta com diferentes espécies ornamentais como alpíneas-vermelhas, estrelítzias, bromélias, avélias e moreias. Além de resistentes ao vento, sol e frio da região, essas são plantas que florescem e enfeitam o espaço. No canteiro central, as árvores originais (flamboyants, pinheiros e palmeiras) foram preservadas, sendo o jardim criado no entorno dessas espécies. Constantemente são feitas revitalizações no paisagismo do local, recuperando e ampliando as espécies ornamentais para que o cenário continue sendo de beleza e harmonia para o visitante.

Funcionamento e localização

Segunda-feira - fechado para manutenção;

Terça e quarta - aberto das 8h às 18h (entrada permitida até às 17h30);

Quinta a domingo - aberto das 8h às 21h (entrada permitida até às 20h30).

 

Endereço: Rua Pedro José Pardo, 1.000 - Mangabeiras

Tel: 3277-8277

 

Não é permitida a entrada de veículos no interior do Mirante. Porém, pode ser autorizado o acesso de veículo, devidamente identificado, para embarque e desembarque de pessoas com dificuldade de locomoção e desde que o condutor não estacione no local.

 

Histórico

O Mirante do Mangabeiras surgiu sem a proposta de ser um ponto turístico. Localizado na praça Ephigenio Salles, numa área obtida pelo jornalista Acílio Lara Resende, em regime de comodato com Companhia de Desenvolvimento Urbano de Belo Horizonte (Codeurb), que pertencia ao Estado, dona do terreno, o espaço era apenas uma rua sem saída, onde, em 1976, foi implantada a Rádio Jornal do Brasil, a primeira emissora FM, ou seja, com frequência modulada, de Belo Horizonte. O prédio da rádio foi edificado pela Construtora Walter Coscarelli. O responsável técnico pelas instalações da emissora foi o engenheiro português Carlos Barradas. O engenheiro responsável aqui, a partir do seu funcionamento, era também português e se chamava Eduardo Matos Corrêa. Ao lado do prédio da Rádio, foi instalada, também, uma estação de meteorologia, que ficou também bastante conhecida. A “pracinha” do Mirante (assim era chamada) foi feita por Acílio Lara Resende, mas sob a orientação de Achiles Paz, já falecido, que, sentado ao lado do tratorista, ia dando as coordenadas.


Aos poucos funcionários da emissora encantados com a vista foram apresentando aos parentes e amigos, e o espaço foi reconhecido como atração turística da Cidade. Durante muito tempo, o Mirante foi chamado de “Alto das Mangabeiras”. Depois, “Mirante do Mangabeiras”.


No começo da década de 80, o Grupo JB criou a Rádio Cidade, dedicada ao público jovem, e, apesar do grande sucesso, a Rádio Jornal do Brasil de Belo Horizonte transformou-se em Rádio Cidade. Por este motivo, o Mirante também ficou conhecido por Praça Rádio Jornal do Brasil e Mirante da Rádio Cidade.


Em 1988, um projeto premiado pela Associação Brasileira de Ensino em Arquitetura, propunha a revalorização do mirante com a construção de um restaurante panorâmico.


Em 1991 foi realizada uma licitação entre nove grupos de arquitetos, o projeto selecionado tinha como proposta oferecer aos visitantes “uma perfeita contemplação da cidade”. O projeto faria referências a atrativos turísticos da cidade e estava previsto para três etapas: a recuperação da praça existente (Praça Rádio Jornal do Brasil), construção de uma lanchonete e construção de uma segunda praça, atrás da Rádio Cidade, que terminaria com um deck.


No ano de 1992, os ambulantes com o apoio dos visitantes elaboraram, em vão, um abaixo-assinado solicitando a instalação de banheiros químicos pelo menos nos finais de semana.


A primeira reforma do Mirante ocorreu em junho de 1994, onde a prefeitura reconstruiu os pisos, passeios, instalou lixeiras e colocou revestimentos de cerâmica nos balcões de proteção. A reforma foi realizada pela empreiteira Itamaracá, vencedora do processo de licitação.


Em 2006, o prédio da emissora foi demolido.


Em 2012, a Fundação de Parques Municipais passou a administrar este espaço e promoveu sua requalificação, reabrindo-o no dia 20 de outubro.

Visita virtual

Não pode vir ao Mirante do Mangabeiras ? Não tem problema. Você também pode conhecer este espaço de forma virtual, no Portal Minas Gerais. Confira!

 

*Material cedido pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais


 

REGULAMENTO DE USO