O Jardim de Plantas Medicinais ocupa uma área de 1000 m² destinada à coleção de plantas medicinais aromáticas e tóxicas cujo objetivo é mostrar a importância das plantas medicinais dentro do contexto da preservação. Reforça também, os aspectos culturais e a avaliação crítica, baseada em informações científicas quanto ao uso terapêutico e a toxicidade das plantas. Pela diversidade de espécies que apresentam atividade medicinal este jardim foi distribuído em canteiros temáticos facilitando assim a abordagem didática.
Algumas espécies do jardim de plantas medicinais aromáticas e tóxicas:
Espinheira–santa
Nome científico: Maytenus truncata, CELASTRACEAE
Origem: Brasil
Essa planta é considerada ornamental pela semelhança de suas folhas e frutos com o “azevinho” usado nas decorações de natal no hemisfério norte. Na fitoterapia é usada no tratamento de úlceras estomacais comprovado pela Central de Medicamentos (Ceme) do Ministério da Saúde do Brasil. Por ser morfologicamente parecida com outras espécies que podem causar danos à saúde, a indicação e as formas de uso deverão ser feitas por profissionais habilitados.
Coração magoado
Nome científico: Iresine herbstii, AMARANTHACEAE
Origem: América do Sul
Descrição: Suas folhas tem o formato de coração, são roxas com nervuras vermelhas e rosadas. Os ramos também são vermelhos e semelhantes ao sistema vascular humano. Na “Doutrina dos sinais” é usada para tratamento de doenças do coração. Estudos farmacológicos mostraram que essa planta tem efeito cicatrizante e acelera o processo de reparação de ferida aberta em pele de rato. Pode ser tóxica ao organismo humano quando usada sem acompanhamento de profissional habilitado.
Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis, ASTERACEAE
Origem: Ilhas Canárias e região Mediterrânea
A calêndula é usada no tratamento da acne, como bactericida, antisséptico e anti-inflamatório. Na Espanha era considerada uma planta mágica. Para obter proteção contra todos os perigos, os feiticeiros aconselhavam usar um talismã de calêndulas colhidas quando o sol estivesse entrando no signo de virgem, embrulhadas junto com um dente de lobo e várias flores de louro.
Babosa
Nome científico: Aloe Vera, ASPHODELACEAE
Origem: Mediterrâneo, Ilha da Madeira e Ilhas Canárias
A babosa é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus, que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloe para retardar a putrefação e encobrir o cheiro da morte. A babosa foi um dos ingredientes secretos da beleza de Cleópatra. É usada no tratamento dos cabelos para dar brilho e força. O uso como cicatrizante é confirmado cientificamente sendo necessários critérios de utilização. Quando ingerida pode provocar nefrite e problemas digestivos.
Arruda
Nome científico: Ruta graveolens, RUTACEAE
Na Idade Média, era considerada uma proteção poderosa contra as feiticeiras; e nos tribunais ingleses do séc. XVII ramos de arruda eram colocados nos bancos para evitar as doenças de cadeira. A arruda é usada em banhos para combater todos os tipos de mau-olhado. Os ladrões que roubavam as vítimas da peste negra protegiam-se com o chamado ”vinagre dos quatro ladrões”, que tinha em sua composição a arruda.
É muito tóxica quando ingerida: pode provocar queimaduras na pele e morte em mulheres grávidas.
Alfavaca cravo
Nome científico: Ocimum gratissimum, LAMIACEAE
Origem: Oriente
A alfavaca é uma planta aromática e tem ação no organismo humano como expectorante, bactericida e analgésico. Dentre as ações biológicas experimentadas essa planta age como larvicida e repelente de insetos. Por seu sabor e odor semelhantes ao cravo da índia, é usado como condimento na culinária.
Pata de vaca; unha de anta, pé de boi, unha de veado
Nome científico: Bauhinia forficata Link, FABACEAE
Origem: Brasil
Árvore espinhenta semidecídua de copa aberta, com tronco um pouco canelado e de cor clara, de 5-9 m de altura. Folhas simples, coriáceas, divididas até acima do meio com aspecto de uma pata de vaca, de 8-12 cm de comprimento. Flores brancas, dispostas em recemos axilares. Os frutos são vagens achatadas e deiscentes. É nativa do Brasil. Suas folhas tem atividade hipoglicemiante, mas apenas um profissional da saúde recomendar o uso e como usar. Essa planta é muito confundida com outras espécies de Bauhinia e que podem ser mais prejudiciais ainda