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Boas Práticas – 03 de janeiro
Nova biblioteca fica pronta na Emei Petrópolis
Festa de inauguração tem contação de história
A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Petrópolis, em 2022, foi selecionada para participar de um projeto piloto a fim de receber uma biblioteca modular. Ao longo de dois anos, os recursos foram repassados e a construção foi iniciada. Durante a obra, as crianças tentavam adivinhar o que seria construído no local, então, a equipe pedagógica começou um trabalho com elas sobre a Biblioteca e seu espaço. Assim, a equipe escolar planejou um ambiente lindo, alegre e aconchegante para leitura, o local foi decorado com materiais da própria escola e foi feita uma sala de reunião dentro da estrutura.
Com a estrutura pronta, foram efetuadas parcerias com colaboradores(as) que entenderam o conceito e a proposta, proporcionando a colocação de livros e o preenchimento do espaço com decorações. Na decoração, puseram árvores, representando o legado da colheita de frutos que a biblioteca contribui na formação de grandes leitores. A inauguração contou com um momento especial, com a presença da contadora de histórias Sandra Lane e uma apresentação das crianças da escola.
A diretora, Maria Lopes da Silva, disse, em seu discurso durante a inauguração, que o nome da biblioteca, “Mundo da Imaginação”, foi escolhido com os(as) alunos(as) em mente: “As crianças foram protagonistas na escolha no nome da biblioteca, que aconteceu de maneira democrática, com muita conversa, votação, envolvimento das famílias e, assim, nasceu o ‘Mundo da Imaginação’! Trata-se de um espaço robusto, lindo e sofisticado, que está, a partir de agora, à disposição da nossa comunidade escolar.”
Emei Petrópolis tem contação de história em abertura de biblioteca
#paratodosverem: na imagem, uma contadora de histórias apresenta-se com dois músicos ao fundo. Quatro crianças estão ao lado dela, enquanto uma multidão de crianças assiste. Tudo isso em frente a uma parede azul, verde e laranja.
Foto: Acervo da Emei Petrópolis
Espaço Cultural no CEI Imaculada
CEI promove cultura e entretenimento em novo espaço
O Centro de Educação Integral (CEI) Imaculada Conceição iniciou, em 2024, o funcionamento de seu Espaço Cultural, que contém uma galeria de arte e um teatro com capacidade para mais de trezentas pessoas. Neste ano, o Espaço promoveu atividades educativas, como exposições e espetáculos, que atenderam a estudantes das escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH), em especial a Escola Municipal Paulo Mendes Campos (EMPMC), bem como eventos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) e outras secretarias da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
O Espaço Cultural do CEI Imaculada foi palco de várias linguagens artísticas: música, dança, teatro, cinema, exposições e artes integradas. Ao todo, foram 321 agendas realizadas, entre elas, 3 exposições, 55 espetáculos teatrais, 117 atividades culturais diversas na EMPMC e 69 eventos em parceria com a comunidade. Estiveram presentes 17.666 alunos(as) da RME-BH no teatro do Espaço Cultural do CEI Imaculada, no período de junho a novembro de 2024.
Além dos eventos já mencionados, ocorreram 77 programas da PBH, como seminários, congressos, conferências, formações e encontros de secretarias, em prol do constante aprimoramento da prestação de serviços públicos para a cidade. 43 desses foram promovidos pela Smed, e 34, por outras secretarias. Todas as apresentações aconteceram em conformidade com a Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e com a Lei Municipal de Incentivo Cultural.
Os espetáculos no teatro do Espaço Cultural do CEI foram possíveis graças às parcerias com as companhias “O Trem Companhia de Teatro” e “¿Silencie? Coletivo Percussivo”. Foram momentos muito importantes para o enriquecimento do repertório cultural das crianças e o estímulo à imaginação, à criatividade e à autoconfiança delas. A arte faz parte de uma relevante dimensão da educação, e a participação nos espetáculos foi uma oportunidade de as crianças usufruírem de momentos de lazer e entretenimento.
Ana Carolina Barbosa, diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Pedreira Prado Lopes, parabeniza a iniciativa. “Estão de Parabéns! Encantaram as crianças e os adultos. Chegaram aqui super felizes contando como foi”, declarou. A diretora da Escola Municipal Elisa Buzelin, Cláudia Avelar de Araújo, que também adorou a participação dos(as) estudantes, afirmou: “Quero agradecer a oportunidade da participação de nossos alunos. As professoras e as crianças ficaram maravilhadas. Elogiaram a recepção, a peça teatral, a interação com o público e o espaço.”
Em 2024, o Espaço Cultural buscou cultivar e fortalecer parcerias institucionais que permitissem a disseminação da cultura e do entretenimento. Em colaboração com a Escola Municipal Paulo Mendes Campos, com a Smed e com outras secretarias da PBH, bem como demais parceiros externos, o primeiro ano de funcionamento do Espaço foi um sucesso. A EMPMC utilizou-o regularmente, para integrar o currículo pedagógico, com oficinas de percussão, teatro, exibição de filmes, assembleias escolares, semana da criança, mostra cultural, exposições e outras.
Por meio dessas ações, o Espaço Cultural se estabeleceu como um ponto de encontro comunitário e um exemplo de boas práticas no uso da cultura e da educação para transformar vidas, incentivando valores como respeito, empatia e responsabilidade social.
Estudantes durante a peça “Princesa Falalinda, sem papas na língua”
#paratodosverem: grande plateia de crianças uniformizadas está sentada nas cadeiras de um teatro com luz baixa, enquanto há um adulto em pé, no canto esquerdo do palco.
Foto: Acervo do CEI Imaculada
“Papo de meninas” e “Papo de meninos”
Escola proporciona ambiente saudável para discussões
A Escola Municipal Salgado Filho, em parceria com o curso de Psicologia da UniBH e com a ajuda do Projeto PAS, retomou neste ano o projeto “Papo de Meninas” e criou o “Papo de Meninos”. As ações têm o intuito de criar um espaço seguro para que os(as) estudantes possam conversar sobre questões de sua adolescência.
Os encontros, que ocorrem duas vezes por mês, durante as reuniões pedagógicas dos(as) professores(as), incluem alunos(as) do 6º ao 9º ano. A adesão estudantil é realizada de forma espontânea e com a autorização dos pais ou de responsáveis. As rodas de conversa são separadas, uma vez que as meninas discutem temas como empoderamento feminino, independência e mercado de trabalho; enquanto os meninos refletem sobre masculinidade tradicional e seu impacto na vida dos homens, dores, processos de mudanças, violências, entre outras.
Os(As) estudantes participantes mostram bastante interesse pelo projeto. Alice Roberti Silva, aluna do 6º ano, disse que os encontros a ajudaram a fortalecer sua autonomia e a defender suas opiniões: "Desde quando entrei aqui na escola, sempre que acontecia algum conflito, eu me desculpava com meus colegas, mesmo quando a pessoa estava errada. Quando eu entrei para o "Papo de Meninas" e desabafei com as outras meninas, percebi que nem sempre eu sou a errada da história e vi que, quando houver algum conflito, eu não preciso abrir mão do meu ponto vista só porque a opinião do outro é diferente. Eu gostei muito de conversar, desabafar, conhecer os conflitos que as outras meninas vivenciam. Eu gostei muito de participar do projeto!"
Espaço para se expressar, conviver e aprender
#paratodosverem: em uma sala de aula, um grupo de meninas com uniforme da Rede Municipal de Educação e quatro educadoras posam para uma foto. Atrás delas, há um slide em que está escrito “Você é muito bem-vinda!!!! Papo de meninas”. Na frente delas, há uma mesa com salgados, suco e um bolo.
Foto: Acervo da EM Salgado Filho
Projeto SER em prática
Estudantes da Emei São Gabriel aprendem brincando
O projeto “SER – Sonhos, Estratégias e Realizações” é uma iniciativa voltada para o ensino da responsabilidade financeira na Educação Infantil. Ao longo do ano, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) São Gabriel contou com as famílias dos(as) estudantes para a formulação das atividades relacionadas ao projeto.
Familiares forneceram embalagens de produtos diversos, como amaciantes, caixas de leite, garrafas e demais utensílios, que foram utilizados para montar um supermercado dentro da sala de aula. As crianças fizeram caixas registradoras e usaram dinheirinho, cestos e carrinhos de supermercado para entrar na imersão.
A partir disso, os(as) alunos(as) aprenderam diversas lições importantes para o dia a dia de uma pessoa financeiramente responsável, por exemplo: como preparar uma lista de compras, analisar preços e determinar o que custa mais ou menos, como dar troco e somar valores de compras. O projeto possibilitou que os(as) estudantes aprendessem conceitos matemáticos, noções de autonomia e economia, o conceito de barato e caro, além de noções de linguagem (leitura e escrita).
As crianças ficaram felizes com o projeto e sentiram-se importantes ao poder tomar decisões com o dinheiro, enquanto aprendiam sobre como lidar com recursos financeiros. A professora Roberta Carolina comenta ser uma oportunidade de aprender de modo divertido: “Ao longo do ano, o projeto SER proporcionou aos alunos a oportunidade de saber como se lida com o dinheiro, de uma forma lúdica, utilizando situações do dia a dia.”
Educação financeira nas escolas
#paratodosverem: em uma sala de aula, três crianças brincam com uma cesta de supermercado e caixas registradoras.
Foto: Acervo da Emei São Gabriel
Celebração da Consciência Negra
EM Hilda Rabello Matta realiza atividades de reconhecimento e reparação
A Escola Municipal Hilda Rabello Matta realizou, no dia 29 de novembro, a celebração da “Consciência Negra”, consolidando práticas e saberes desenvolvidos ao longo do ano. O evento envolveu todos os(as) monitores(as) do Programa Escola Integrada (PEI) e alunos(as) da escola em atividades diversas, como contação de histórias ao pé do baobá, visitação à instalação “Baobá e identidade”, oficina de turbantes, oficina de pintura facial de grafismos africanos, jogos e brincadeiras africanas e oficina de música negra.
Os(as) monitores(as) apresentaram diferentes práticas. Bárbara Malagoli, do artesanato, montou com os(as) estudantes a instalação “Baobá” e, no dia do evento, as crianças marcaram o tronco da árvore com suas mãos. A coordenadora do PEI Tatiane Moreira contou histórias africanas. Já o monitor de grafite Matheus Rufus apresentou o mural temático grafitado por estudantes do 6° e do 7° ano. Mestre Tyson efetuou uma roda de capoeira com os(as) alunos(as) do 3° ano, e as monitoras Jéssica, do artesanato, e Natália, do teatro, efetuaram oficinas de pintura facial com grafismos africanos e turbantes, destacando a importância e a beleza da estética negra.
As monitoras de jogos e brincadeiras, Luana e Jéssica, efetuaram brincadeiras africanas com as crianças, incluindo os(as) alunos(as) da Educação Infantil. Além disso, houve a apresentação de danças urbanas com o monitor Peoh, que também ficou responsável pela seleção de músicas do movimento do Hip Hop, em colaboração com o monitor de música Samuel, envolvendo o 8° e o 9° ano. O evento foi concluído com um desfile dos cabelos crespos e cacheados dos(as) estudantes da escola. “Praticar a educação antirracista é necessário para o enfrentamento do racismo em nossa sociedade”, afirma Celton Oliveira Santos, monitor de capoeira na escola.
Estudantes celebram “Consciência Negra” com atividades diversificadas
#paratodosverem: fotografia colorida de crianças praticando capoeira na quadra da escola. Elas formam uma roda, enquanto há duas delas no centro.
Foto: Acervo da EM Hilda Rabello Matta
Estudantes da EJA em hemodiálise celebram formatura
Conclusão de conteúdo do Ensino Fundamental por meio de aulas durante atendimentos
Nos dias 10 e 19 de dezembro, foram realizadas as cerimônias de formatura dos(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que são pacientes renais crônicos(as) e realizam hemodiálise e aulas simultaneamente. O primeiro evento formou oito alunos(as) do projeto “Linhas que dão vida”, parceria entre a Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares e a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis. Os(As) estudantes foram certificados(as) no Auditório Flávio Amaral, pertencente ao hospital, no bairro Concórdia. Já o segundo celebrou a formatura dos(as) 29 educandos(as) do “Vivendo e aprendendo”, colaboração entre a Escola Municipal Padre Marzano Matias e o Centro de Nefrologia do Hospital Evangélico de Venda Nova, no Auditório da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, na Praça da Liberdade. Em ambos os eventos, houve falas institucionais, entrega de diplomas e coquetel.
A proposta de implementar turmas da EJA nos centros nefrológicos do Hospital Evangélico e da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, que já contemplou 690 pacientes, possibilitou a certificação no Ensino Fundamental e permitiu, entre outras circunstâncias, que os(as) pacientes conquistassem a autonomia de realizar sozinhos(as) procedimentos médicos que poderiam ser feitos em casa, mas que eram realizados no hospital, devido à dificuldade de ler e interpretar informações. O trabalho é também uma forma de ocupar o tempo durante o processo de hemodiálise, momento que gera ansiedade nos(as) pacientes. A proposta tem o objetivo de capacitar as turmas não apenas para ler e escrever, mas também para dominar o conteúdo programático do Ensino Fundamental.
Na formatura dos(as) pacientes do Hospital Evangélico, onde a iniciativa de aulas durante a hemodiálise foi pioneira, o gerente da Educação de Jovens Adultos, Diego de Oliveira, anunciou que, em 2025, haverá a inclusão de mais três centros nefrológicos no projeto “EJA Hospitalar”. “Um ponto muito importante é que a EJA qualificou o atendimento dessas pessoas, então deixa de ser apenas um procedimento de educação, e torna-se também uma promoção da saúde”, pontua. Denise Fernanda Risi, coordenadora pedagógica das turmas externas da EJA, ressalta a importância dessa prática: “Essa modalidade tem uma importância muito grande para os alunos, para os pacientes que estão em tratamento de doença renal crônica. Presenciar a formatura deles, com a família participando, é uma satisfação imensa. Dá ainda mais vontade de continuar, de alcançar mais alunos e expandir esse projeto.”
José Venâncio, de 67 anos, é um dos formandos do projeto “Vivendo e aprendendo”. Vestindo a beca de formatura e segurando o diploma, conta ter achado que estaria muito tarde para voltar a estudar, quando surgiu a proposta dentro do hospital. Ele havia chegado à 5ª série, mas não conseguiu terminar. “A professora insistiu e acabou me convencendo. Quando comecei, confesso que fui pegando gosto. E hoje, olha só, estou aqui. O mais importante foi ver aquelas pessoas lá no projeto – pessoas que nunca tiveram oportunidade de aprender nem a escrever o próprio nome – saindo de lá lendo e escrevendo alguma coisa. Isso foi muito significativo. Tenho muito a agradecer aos responsáveis por esse projeto”, afirma. José relata ainda que conversa com a neta sobre as possibilidades de seguir estudando e se profissionalizar: “Hoje eu penso que nunca é tarde para começar. Tudo na vida é um recomeço, sabe? Quando a oportunidade aparece, a gente precisa agarrar.”
Formandos(as) do projeto “Vivendo e aprendendo”, no Hospital Evangélico
#paratodosverem: fotografia colorida dos(as) formandos(as) da EJA Hospitalar do Hospital Evangélico de beca, segurando diplomas, em frente ao painel do hospital.
Foto: Gabriela Maciel Oliveira de Castro
Jornal “A Voz Severina”
Retextualização da obra “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto
Para a “5ª Mostra Literarte Cultural” da Escola Municipal Imaco, as turmas do 4º ano trabalharam com o livro “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, a partir da temática da migração, desde o início do ano.
Primeiramente, os(as) estudantes fizeram a leitura do livro “O Vôo da Asa Branca”, de Rogério Soud, que contém fotos impregnadas de poesia que retratam a saga dos(as) migrantes originários(as) do Nordeste do Brasil, em busca de uma vida melhor. As turmas trabalharam de forma interdisciplinar as características científicas do pássaro asa branca, nas aulas de Ciências. Em Geografia, foi estudada a região Nordeste e, nas aulas de Artes, foi ensaiada a encenação da canção “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, apresentada na festa junina da escola.
No segundo trimestre, foi dada a continuidade da prática, os(as) alunos(as) acompanharam, de forma mais detalhada, a saga do retirante Severino, que sai da Serra da Costela e se depara com a morte, a miséria, o abandono e a violência. Eles(as) estudaram até a versão em quadrinhos da obra.
Após a leitura, como forma de retextualização da obra, os(as) educandos(as) produziram um jornal da época em que se passam os acontecimentos do livro, para que escolhessem partes da história e as transformassem em notícias que seriam colocadas em um periódico intitulado “A Voz Severina”. A atividade realizou-se em grupos, assim, foram redigidas diversas notícias, por exemplo, sobre a morte do retirante em uma emboscada, a seca do rio Capibaribe, a fome, a sede e a descoberta da vacina contra a poliomielite. Também foi escrito um artigo de opinião intitulado “Tem gente passando fome”. Ainda entrevistou-se a avó de uma aluna que nasceu dentro de um trem, quando a família estava indo da Bahia para Minas Gerais. O jornal também contou com um especial intitulado “Vida Eterna Severina”, palavras cruzadas, caça-palavras e classificados com profissões que, na história, eram relacionadas à morte.
Com esse projeto, os(as) alunos(as) compreenderam os gêneros textuais que circulam em um jornal e suas estruturas composicionais. Eles elaboraram, também, todas as ilustrações presentes no periódico. O trabalho proporcionou diversas discussões e reflexões importantes.
Por meio do jornal “A Voz Severina”, o(a) leitor(a) pode voltar no tempo, especificamente na manhã de um sábado em setembro de 1957 e acompanhar as principais notícias dos acontecimentos presenciados por Severino durante sua travessia até Recife, no cais do Capibaribe.
A coordenadora do 1º e 2º ciclo, Roberta Silva de Azevedo, disse que o projeto foi realizador e motivo de orgulho para os(as) estudantes: “Os alunos se dedicaram, apresentaram suas produções e demonstraram orgulho e conhecimento sobre o tema. Tive orgulho e satisfação de ver um trabalho tão consistente e transformador ser desenvolvido na escola em que atuo.”
Estudantes aprendem sobre a imigração de forma interdisciplinar
#paratodosverem: em frente a vários papéis na mostra, três crianças e uma adulta posam para foto. As crianças seguram o jornal produzido por elas.
Foto: Acervo da Escola Municipal Imaco
Mama África: homenagem a Milton Nascimento
Projeto trabalha a questão racial por meio de músicas do cantor
A Escola Municipal Milton Campos realiza o projeto “Mama África”, desde 2014, com o objetivo de trabalhar a questão racial ao longo do ano letivo. Em 2024, uma das atividades desenvolvidas envolveu uma pesquisa feita pelos(as) estudantes sobre a história do cantor, compositor e multi-instrumentista Milton Nascimento. Por meio desse trabalho, eles(as) conheceram nomes importantes citados na música “Raça”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, Clementina de Jesus, Monsueto Menezes, Grande Otelo e Naná Vasconcelos, artistas negros(as) e brasileiros(as).
Ao trabalhar as músicas “Quem sabe isso quer dizer amor” e “Clube da Esquina 2”, as crianças compartilharam seus sonhos e os sonhos que os familiares não deixaram envelhecer. Ao trabalhar “Vida de Moleque” e “Bola de meia, bola de gude”, os(as) estudantes compartilharam e vivenciaram algumas brincadeiras. Já com a canção “Maria Maria”, foi desenvolvido o universo poderoso que é a luta do povo brasileiro, representado nessa canção pelas Marias da vida de Milton Nascimento, a avó Maria Antônia e a mãe Maria do Carmo, duas mulheres fortes e únicas, responsáveis por seus filhos. A prática gerou conversas importantes e profundas sobre a vida da mulher, principalmente sobre as violências sofridas. Os(as) alunos(as) escolheram uma mulher da família para representar a força das Marias contemplada nessa música.
O estudante Daniel ensaiou, com a ajuda da família, a música “Quem sabe isso quer dizer amor”, na flauta, surpreendendo por ser uma iniciativa autônoma do aluno. A música foi ensaiada utilizando-se um pandeiro e alguns chocalhos, além da participação do estudante Otávio, no cajón, instrumento que ele conheceu e toca na Escola Integrada. A música “Raça” foi apresentada em forma de jogral, e “Maria, Maria” foi cantada por todos(as), juntamente com a exibição de um clipe com fotos das mulheres trabalhadoras da EM Milton Campos e as meninas das turmas envolvidas no projeto.
Alunos(as) estudam personalidades importantes negras por meio da música
#paratodosverem: fotografia colorida de um mural feito como resultado do trabalho dos(as) estudantes. Nele está escrito “Espaço Milton Nascimento” e estão desenhados um sol, um trem e três montanhas.
Foto: Acervo da EM Milton Campos
Estudantes exploram a obra de Eva Furnari em projeto
“Projeto Furnari” proporciona criação de livro a partir de trabalho da escritora
O “Projeto Furnari”, desenvolvido com os(as) alunos(as) da Escola Municipal Anne Frank, foi baseado em leituras de vários livros da escritora Eva Furnari. Foram feitas sequências didáticas, releituras, desenhos, fotos, artes plásticas e produções textuais sobre a obra da escritora, o que resultou na produção do livro intitulado "Universo Furnari".
As famílias participaram da noite de autógrafos, quando os(as) estudantes autografaram seu exemplar. Eles(as) também confeccionaram, junto às famílias, um chapéu divertido, baseado na obra "Cocô de Passarinho", e o levaram para a exposição da mostra cultural da “Semana do Livro Aberto”, na qual ocorreu a “Festa do chapéu". Todo o projeto envolveu, além das crianças, as famílias.
"O projeto não só nos surpreendeu pelo tema escolhido, como pela leveza das atividades propostas, o que trouxe para Isabelle grande interesse em participar de tudo. Foi possível perceber, como família, uma grande melhora na leitura, que antes era um desafio para minha filha. Através do projeto, ela desenvolveu habilidades como confiança, memória, pensamento crítico, criatividade e interpretação de texto. Foi uma surpresa maravilhosa receber o livro, que com certeza ficará guardado para as próximas gerações da nossa família. As professoras foram excepcionais! Foi uma experiência incrível!", relata Aline Rita Silva, mãe da aluna Isabelle Victória Silva Martins, da turma da Professora Rosilane.
Lançamento de livro conta com sessão de autógrafos
#paratodosverem: fotografia colorida do lançamento do livro que os(as) estudantes fizeram baseado na obra de Eva Furnari. Uma mulher fala ao microfone, enquanto outras duas estão a seu lado. Ao fundo, há uma grade em que estão expostas atividades elaboradas pelos(as) alunos(as).
Foto: Acervo da EM Anne Frank
Pequenos Exploradores em Ação
Escola estimula curiosidade sobre elementos da natureza
Ao perceber o interesse de alguns(mas) estudantes por elementos da natureza e por certos insetos encontrados pela escola, foi iniciado o projeto “Pequenos Exploradores” em 2023, que em 2024 se tornou “Pequenos Exploradores em Ação”, desenvolvido pela professora Shirley Soares de Moura e Sousa. O objetivo do projeto era a promoção de situações que incentivassem a curiosidade e o espírito investigativo das crianças, despertando ainda mais a curiosidade dos(as) alunos(as) e proporcionando vivências que ampliassem seus conhecimentos e sua vontade de investigar e descobrir por meio de brincadeiras.
Algumas ações do projeto incluíam exploração e coleta de elementos naturais encontrados no parquinho, no jardim e em outros espaços da escola, os quais foram colocados em uma caixa intitulada “Tesouros da Natureza” e foram estudados pelos(as) educandos(as). Os itens coletados foram classificados de acordo com seu tamanho, cor e forma. Depois foram confeccionadas joias com eles.
Ademais, as crianças puderam ter vários momentos de vivência com o tesouro, para a “Mostra Cultural”, por exemplo, elas criaram pingentes utilizando argila, conchinhas, sementes, gravetos, folhas e flores. Diversas atividades foram realizadas pela turma, como experiência com o ovo (boia ou afunda – água pura e água com sal); tinta mágica (pintura com uma tinta invisível – mistura de água e bicarbonato, com revelação do desenho com uma tinta reveladora – mistura de açafrão e álcool) e confecção de tintas naturais utilizando cascas de legumes e folhas (posteriormente, cada criança fez a sua pintura em um tecido).
Durante o ano, os(as) estudantes também tiveram momentos de observação com a lupa, em diversos espaços da escola. Na sala de aula, estudaram exoesqueletos de cigarras e um pedaço de um vespeiro abandonado. Até mesmo alguns insetos vivos fizeram parte da observação, como aranha, formiga e caramujo.
Com a consciência de que a sobrevivência e o bem-estar das próximas gerações dependem diretamente de como as pessoas tratam o meio ambiente, a escola acredita que a educação para uma vida harmônica entre indivíduo, natureza e sociedade precisa começar na infância.
Uma das professoras da turma, Maria Inês de Oliveira Sousa, diz ter sido uma experiência proveitosa: “O projeto proporcionou experiências enriquecedoras e significativas, ampliando, de forma lúdica e interativa, o contato das crianças com o mundo ao seu redor. Por meio de atividades como caminhadas exploratórias, investigações na natureza e brincadeiras com elementos do meio ambiente, as crianças tiveram a oportunidade de estimular a curiosidade, desenvolver a criatividade e aprimorar suas habilidades de observação, promovendo um aprendizado integrado, dinâmico e alinhado ao seu cotidiano.”
Estudantes aprendem de forma lúdica sobre elementos da natureza
#paratodosverem: em uma sala de aula, três alunos uniformizados sentam-se em volta de uma mesa, usando lupas, para estudar uma aranha que está presa em um pote.
Foto: Acervo da EM Prefeito Aminthas de Barros
Boas Práticas Especial – Mice
4ª Mice explora a investigação científica escolar
EM Poeint recebeu 63 projetos na Mostra e teve a participação do Clic
A “4ª Mostra de Investigação Científica Escolar” (Mice) ocorreu durante os dias 6 e 7 de novembro, na Escola Municipal Polo de Educação Integral (Poeint). O evento, realizado pela Diretoria de Educação Integral, apresentou projetos de investigação desenvolvidos pelas escolas inscritas no evento.
Foram apresentados 63 estandes de instituições de ensino diversas durante a mostra. As equipes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental tiveram a oportunidade de expor trabalhos e ampliar o acesso à cultura científica. O número total de estudantes participantes foi de 2.623.
Estande “De onde as coisas vêm?”
#paratodosverem: uma menina apresenta o projeto da escola com o auxílio de sua professora, que está atrás dela. Há várias crianças um pouco maiores assistindo à sua fala, e todas estão com o uniforme da escola municipal. Ao lado delas, há uma pessoa adulta com camiseta verde e mochila vermelha. Todos(as) estão em um estande bastante colorido, com uma decoração que remete a elementos da natureza. Há também um banner à direita, com explicações sobre o projeto da turma, que é “De onde as coisas vêm?”
Foto: Vitória Lapa
Samuel de Sousa Melo, aluno da Escola Municipal Pedro Aleixo, falou um pouco sobre seu aprendizado: “Eu nunca imaginei aprender teatro e tocar instrumentos. Com o aprendizado que tive, fora da sala de aula, eu posso tocar instrumentos e ser um cantor, posso fazer um montão de coisas, posso até levar o meu futuro pra um lugar melhor.” Farley Diogenes Dias de Lima, seu monitor de iniciação musical e teatro, destacou: “A Mice é muito importante porque desperta a curiosidade. Às vezes, a criança não se envolve com um determinado tema por não ter acesso.”
Neste ano, a participação do Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic) trouxe aprendizagem com oficinas pedagógicas para estimular a área de linguagens. O Clic atuou na Mice com jogos matemáticos, musicalidade, planetário, drone city, robótica, ciências, cinema de animação e EcoEscolaBH.
Crianças fazem vulcão na mostra
#paratodosverem: duas meninas e três meninos apresentam um experimento de vulcão feito com mistura de reagentes. Eles(as) estão usando avental branco com desenhos coloridos e crachá de identificação.
Foto: Vitória Lapa
Kauã Carlos de Oliveira Neves, de 10 anos, estuda na Escola Municipal Gracy Vianna Lage e apresentou sobre o oceano. Junto aos(às) colegas e à monitora de Robótica, Rebeca Silva, o estande da instituição expôs a pesquisa orientada pelo tema da temporada do “Torneio de Robótica” da First Lego League (FLL) deste ano, cujo título é “Submerged”. Kauã compartilhou sua opinião sobre a mostra: “Eu achei a experiência muito boa, porque me ajudou bastante na sala de aula. A pesquisa é muito interessante, e, com ela, eu já escolhi a área que vou fazer no futuro: educador marinho.”
A Mice foi uma grande exposição de estímulos às experiências de produção do conhecimento, em prol da valorização da dimensão educadora da cidade. A premiação com certificados de 1º, 2º e 3º lugares condecorou, respectivamente, a Escola Municipal Francisca de Paula, pela exposição “Nas Asas do Wolbito. Tá com dúvida? A gente responde!” e pela mostra “Alimente sua mente: como a nutrição pode prevenir ansiedade e depressão”, e a Escola Municipal Rui da Costa Val, pela exibição “O Teko Porã" (“bem viver”, em guarani), sob o olhar do(a) juruá (termo guarani para “pessoa não-indígena”).
Crianças fazem atividade do EcoEscola com o Clic
#paratodosverem: Duas crianças estão sentadas em um chão forrado com uma lona colorida. Um menino e uma menina com uniformes escolares fazem colagens com folhas de plantas.
Foto: Vitória Lapa
Boas Práticas – 27 de dezembro
Fortalecendo o acesso à educação
EM Mestre Ataíde promove atividade para enfrentar a infrequência escolar
A Escola Municipal Mestre Ataíde, desde a primeira semana de setembro, vem realizando o projeto "Colecionando Memórias: Enfrentando a Infrequência Escolar", com o objetivo de complementar e potencializar ainda mais o trabalho de monitoramento da frequência escolar já implementado pela gestão escolar.
Primeiramente, foi proposto um desafio de melhoria da frequência escolar para as turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Nesse sentido, houve uma reunião em que foram mostrados gráficos com a frequência de cada turma a partir de dados do Sistema de Gestão Escolar (SGE). Então, foi lançado o desafio: as turmas que conseguissem fazer uma mudança positiva nos índices de falta até o final do ano receberiam um prêmio, uma sessão de cinema com pipoca na escola ou um piquenique no Parque Municipal Jacques Cousteau. Assim, todas as turmas seriam responsáveis por trabalhar juntas para reduzir os índices de infrequência estudantil.
A segunda etapa do processo foi a realização de duas ações envolvendo os(as) educandos(as) com índice de infrequência maior que 25%, um número que aumenta as chances de retenção estudantil. A primeira ação foi uma entrevista com os(as) alunos(as), realizada pela equipe do Projeto Psicólogos e Assistentes Sociais na Educação (PAS), na qual os(as) estudantes foram convidados(as) a justificar o motivo de suas faltas frequentes e foram orientados(as) com relação às leis que regulamentam a obrigatoriedade da presença na escola, bem como os impactos e as consequências que o ato de faltar às aulas pode ocasionar em seu processo educacional. Em seguida, foi realizado um questionário, estruturado a partir de características dos(as) educandos(as), como idade, série, cor ou raça, escolaridade dos pais, com quem residem, se já foram reprovados(as) nos anos anteriores, por faltas, e se os(as) responsáveis por eles(as) estariam cientes do grande número de faltas que apresentavam.
A segunda ação consistiu na entrega de um álbum de figurinhas construído a partir de artes gráficas que remetem a elementos presentes na escola, como paredes, plantas e árvores. Os(As) alunos(as) só receberiam as figurinhas se fossem às aulas, dando a eles(as) um incentivo adicional para comparecer.
O aluno Gabriel Emerick, do 7º ano, participou do projeto e comentou que a entrega do álbum foi uma experiência excepcional, importante e estimulante: “A experiência (de receber o álbum) foi muito boa. Trouxe inovação e incentivo (de não faltar) através do projeto. É legal a sensação de colar as figurinhas, gostei muito. É uma coisa que incentiva a gente a não faltar pra ganhar as figurinhas. Me senti acolhido. É diferente a sensação, associei o álbum a uma coisa legal. Vi como uma coisa diferente, que não tem nas outras escolas, é um projeto que diferencia e inova o ambiente escolar.”
A equipe pedagógica da escola se encontra satisfeita com o projeto. A coordenadora da instituição, Daniela Presotti Vitor, disse ter ficado surpresa com o quão bem recebida foi a ação por parte do alunato: "Quando a ideia surgiu, fiquei um pouco em dúvida se funcionaria, em especial com os estudantes mais velhos. Para a minha surpresa, os estudantes do oitavo e do nono ano amaram a ideia. Deu mais certo com os estudantes mais velhos. A maioria deles, que já tem mais autonomia para vir para a escola por conta própria, mudou mesmo sua frequência, começaram a vir mais para as aulas."
A vice-diretora Suzana Júnia Amorim diz ter tido momentos com as famílias para montar estratégias de combate à infrequência escolar e as mudanças que trouxeram: “Ao chamarmos as famílias para conversar, muitas mães e responsáveis relataram a falta de autoridade sobre os filhos, o que dificultava o controle sobre a frequência escolar. A partir de então, após uma reflexão conjunta com o psicólogo e a assistente social escolar, a gestão da Escola Municipal Mestre Ataíde, já ciente desse problema, desenvolveu várias estratégias para resolvê-lo. Assim, nasceu o projeto “Colecionando Memórias".
Esse projeto teve um impacto significativo na percepção dos(as) alunos(as) dos Anos Finais sobre si mesmos(as). Eles(as) perceberam que sua frequência na escola dependia muito mais deles(as) próprios(as) do que de qualquer outra pessoa. O ato de colecionar figurinhas, o apreço por frases motivadoras e o contato diário com o psicólogo e a assistente social trouxeram novo ânimo e motivação para esses(as) educandos(as), despertando neles(as) o desejo de frequentar a escola.
Estudantes buscam em si a dedicação para não faltar às aulas
#paratodosverem: na imagem, uma educadora e um educador se sentam a uma mesa com um estudante, os três estão sorrindo. Ao fundo, há uma estante repleta de materiais escolares.
Foto: Acervo da EM Mestre Ataíde
EcoEscola encerra as atividades do ano
Evento une diversas escolas para celebrar as metas atingidas
O “Programa EcoEscola BH”, desde 2016, trabalha por uma educação ambiental de qualidade dentro da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH). A iniciativa foi implementada pelo Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic) em 2021, com o objetivo de fortalecer e incentivar o desenvolvimento de ações socioambientais no ambiente escolar, por meio de formações presenciais e virtuais, certificações e publicações.
No dia 11 de dezembro, o “EcoEscola BH” organizou seu evento de encerramento das ações formativas desenvolvidas em 2024. A celebração começou em clima de alegria, com muita música, apresentada por um grupo de servidores(as) públicos(as) que formam o Pandeirando Clic. Logo depois, o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, cel. Waldir Fiqueiredo, o secretário de Meio Ambiente Gelson Leite, e o secretário de Educação Bruno Barral foram chamados para falar sobre o projeto e sua importância.
Em um segundo momento, o secretário de Educação entregou o “Selo de Boas Práticas Ambientais” à Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Cruz, que, em seguida, compartilhou relatos sobre as práticas realizadas na instituição. Posteriormente, homenageou-se o sr. Miura, descendente japonês que doou 66 mudas de cerejeira para escolas da RME-BH. Ele foi recebido no palco e, como forma de agradecimento, ganhou diversos presentes das escolas, além de poder acompanhar a evolução das mudas por meio de um vídeo produzido pela equipe do Clic.
Ao final do evento, foi lançada a oitava edição da revista “EcoEscola BH”, uma publicação que reúne relatos de atividades bem-sucedidas em Educação Socioambiental realizadas nas instituições das redes Própria e Parceira, destacando a criatividade e o compromisso das comunidades escolares com o meio ambiente. O evento foi concluído com a entrega dos certificados dos Selos de Boas Práticas Ambientais às demais escolas.
O “EcoEscola” impactou muitas instituições, como explicado pela professora Rebeca Cássia de Andrade, da Escola Municipal Jardim Felicidade: “A gente está inserido numa comunidade que tem um potencial muito grande de trabalhos. Temos nascentes logo atrás da escola, curso d'água. Então, são muitas demandas, sociais, econômicas, mas também ambientais. Assim, o “Programa EcoEscola”, para nós, é uma ponte e um apoio muito importante nesse processo para termos condições de trabalhar questões relacionadas com essa temática ambiental, que é tão forte lá no bairro.”
Outra educadora participante, Maria Cristina Alves Santos da Cruz, disse valorizar muito o projeto e fazer o que aprende nas formações dentro e fora da escola: “Além de eu fazer as formações, eu ponho em prática dentro da escola, fora da escola e na comunidade em que moro, que também é de vulnerabilidade. Então, quando a gente traz esse tanto de pessoas importantes para esse evento, para receber essa certificação, mostra que somos uma rede. Não adianta uma pessoa só, é preciso o conjunto, o coletivo.”
Escolas homenageiam o sr. Miura pela doação de mudas de cerejeira
#paratodosverem: à esquerda, o sr. Miura está recebendo de uma aluna uma sacola com presentes. Atrás deles(as), o neto do sr. Miura e a mãe da menina olham a cena com um sorriso no rosto.
Foto: Silvia Lanna
Emei Itamarati cuidando de quem cuida das crianças
Projeto da comunidade escolar busca zelar por professores(as) e funcionários(as)
Ao olhar atentamente as necessidades da comunidade escolar, a equipe gestora da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Itamarati criou o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, que surgiu com o objetivo de promover o bem-estar e a saúde física e emocional dos(as) envolvidos(as). O projeto, anualmente, conta com a parceria de profissionais de diversas áreas, como Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e Psicanálise, que desenvolvem atividades de ginástica, ações de apoio emocional, alimentação saudável e cuidados pessoais. Com essas práticas, o ambiente da escola se torna mais saudável e acolhedor, para promover qualidade no cuidado oferecido às crianças da escola.
Para conjugar trabalho e cuidado, os(as) líderes do projeto buscaram parceria com a educadora física Vanessa Maia, do Centro de Saúde Santa Mônica, para promover um momento de atividade física para professores(as) e funcionários(as) da Minas Gerais Administração e Serviços S. A. (MGS). Vanessa fala sobre a importância do programa: “As crianças verem a sua professora fazendo atividade física também as estimula a praticar e as inspira no crescimento pessoal. O ambiente da Educação é muito importante. Termos profissionais que buscam o autocuidado faz da instituição um lugar que também cuidará bem de nossas crianças.”
Algumas das atividades voltadas à equipe foram aferimento de pressão, promoção de terapias alternativas, desafio para emagrecimento e cuidado com os cabelos. Em conjunto com as ações, os(as) orientadores(as) do projeto promoveram a reflexão sobre a importância de praticar exercícios físicos para prevenir doenças como depressão, câncer e diabetes, além de combater doenças mentais.
Cantineiras, serventes, auxiliares de Apoio ao Educando e professoras tiveram a oportunidade de iniciar os cuidados com um salão de beleza na escola. Outras terapias desenvolvidas foram a auriculoterapia, com fisioterapeuta, e massagens antiestresse, em um sábado de trabalho, com o ambiente aromatizado com essência de lavanda e com as cortinas fechadas, para mais relaxamento. A palestra realizada por uma nutricionista tratou de queixas como insônia, diabetes, dores de cabeça, cansaço, fraqueza, perda de memória e outros sinais de deficiência nutricional, acompanhada de lanches saudáveis, por exemplo, um bolo de banana com aveia.
Edneia Rodrigues, que trabalha na Emei Itamarati como auxiliar de Apoio ao Educando, teve uma boa vivência com as ações. “Nossa, eu estava protelando para voltar para a academia. Hoje vi que preciso voltar logo. Foi muito divertido estar com o grupo, pois me deu um gás quanto ao cuidado com a minha saúde”, contou.
O projeto anual teve início em 2022, a partir de reflexões sobre as consequências da pandemia, que tornou as pessoas mais impacientes, nervosas e adoecidas, tanto no aspecto físico quanto no aspecto emocional. Percebeu-se, então, a necessidade de um olhar atencioso ao grupo para fornecer ações reais de cuidados. Desse modo, a promoção de práticas de cuidados para os(as) profissionais tornou-se indispensável, sendo realizada todos os anos. Em 2023, os pais dos(as) alunos(as) participaram de uma palestra organizada por uma psicanalista sobre cuidados consigo mesmos(as).
Ao falar sobre os impactos de uma vida sedentária, o grupo foi convidado a refletir sobre suas prioridades e sobre a tentativa de encaixar uma atividade física em sua rotina diária. Ao final da edição de 2024, todos(as) os(as) funcionários(as) e os(as) professores(as) foram presenteados(as) com uma garrafinha de água personalizada com o logotipo da escola e seu nome, para incentivar a aquisição de hábitos saudáveis, como a ingestão de água, para a promoção da saúde.
Professoras e funcionárias fazem exercícios físicos
#paratodosverem: em um estúdio de chão bege, paredes brancas e iluminação natural, há seis mulheres se exercitando com cabos de vassoura e uma mulher à frente delas orientando como devem fazer.
Foto: Acervo da Emei Itamarati
Uso da tecnologia nas salas de aula da Emplo
Estudantes aprendem sobre o uso da tecnologia como ferramenta de construção de conhecimentos
O ano letivo de 2024 na Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo) foi marcado por um projeto elaborado pelo professor Fabio William de Souza em conjunto com os colegas professores chamado “Uso de tecnologias em sala de aula”. A partir dele, os(as) estudantes do Ensino Fundamental tiveram contato com tecnologias para estimular o desenvolvimento do aprendizado e a autonomia nos estudos.
O uso de tecnologias na Emplo integrou recursos tecnológicos ao processo educacional e ampliou as possibilidades de ensino e aprendizagem com a utilização de tablets, computadores e internet, além de softwares educacionais, como plataformas de ensino a distância e aplicativos interativos. A iniciativa de modernizar a infraestrutura escolar torna as aulas mais dinâmicas e interessantes para os(as) alunos(as). Com acesso a conteúdos atualizados, o desenvolvimento de habilidades digitais, de criatividade e de pensamento crítico se expandem.
O projeto se desenvolveu com o uso de celulares, tablets, datashow, tela digital, som, imagem, aplicativos de mapas mentais, aplicativos de estudos on-line e aplicativos de jogos nos quais a construção de conhecimento foi a prioridade. Nas aulas de Geografia, por exemplo, a ferramenta utilizada foi o Google Earth, e, nas aulas de inglês, plataformas de murais colaborativos, criação de vocabulário, filmes com legenda, som de conversação e quizzes transformaram a sala de aula. Os(As) estudantes realizaram tarefas, como criar hipertextos, e-mail, planilhas, slides, trabalhos científicos e mapas mentais, além de aprender a pesquisar na internet, usar inteligência artificial, utilizar aplicativos de ensino e estudo, bem como lidar com gamificação.
Para a professora de inglês Sulyen Dantas, a abordagem pedagógica foi inspiradora. “Tenho a honra de destacar o nosso projeto de integração de tecnologias nas aulas de Inglês, que tem sido uma verdadeira transformação em nossa abordagem pedagógica. Foi uma experiência enriquecedora e inspiradora. Juntos, incorporamos ferramentas tecnológicas que tornam o aprendizado mais dinâmico, interativo e acessível para todos os alunos. As atividades colaborativas, o uso de materiais multimídia e as plataformas digitais permitiram uma imersão completa na língua inglesa. Este projeto não apenas modernizou nossas aulas, mas também aumentou significativamente o engajamento e a motivação dos estudantes. Acredito firmemente que estamos preparando nossos alunos para um futuro onde a familiaridade com as tecnologias serão essenciais”, afirmou.
A implementação das tecnologias promove um ambiente de estudo mais colaborativo, interativo e lúdico. Com o aprendizado tecnológico, os(as) estudantes da Emplo estão prontos(as) para os desafios do futuro, com mais aptidão e consciência no uso da tecnologia.
Pedro Rodrigues Serra Vieira de Souza, aluno do 7º ano da Emplo, comentou sobre sua experiência. “Eu gostei muito de participar do projeto, eu gosto muito da temática e do uso de tecnologias. Eu entendi sobre como é necessário cuidados nas redes sociais e na Internet. Que eu devo me proteger e não me expor ou ser responsabilizado pelo uso incorreto das tecnologias. Aprendi que, ao usar as tecnologias, do outro lado tem outra pessoa e que devemos ser responsáveis pelas nossas atitudes”, contou.
O projeto enriqueceu a experiência educacional, além de proporcionar uma base sólida para que os(as) alunos(as) se destaquem no mundo digital. Introduzir o uso da internet na escola é uma maneira de formar adultos(as) que produzem conhecimentos em diversas áreas.
Estudantes usam a tecnologia para realizar suas atividades escolares
#paratodosverem: na imagem, estudantes estão sentados(as) em carteiras escolares na sala de aula, usando o celular. As paredes são bege e o chão é cinza. Na parede da esquerda, há um mural com o alfabeto pendurado.
Foto: Acervo da Emplo
Cantata de Natal da RME-BH no aniversário da cidade
Apresentação de corais das escolas municipais movimenta BH com musicalidade
O aniversário de 127 anos de Belo Horizonte, no dia 12 de dezembro, foi marcado pela “Cantata de Natal” das escolas municipais da cidade. Com o tema “Cantos da cidade: da cena de hoje aos sonhos do amanhã”, a apresentação dos corais finalizou o ano com arte, cultura e a magia do Natal.
As apresentações foram divididas em dois turnos, com cerca de 200 estudantes em cada, às 9h30 e às 14h30, na escadaria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O repertório contou com oito músicas populares e contemporâneas da cena atual de compositores(as) da cidade, cantadas por estudantes, com idade entre 6 e 15 anos, de 19 escolas municipais. Luane Isabele Marques Mendes Luz, aluna do 7º ano na Escola Municipal Professora Maria Mazarello, conta sua experiência na apresentação de Natal: "Eu fiquei muito nervosa, mas também muito feliz por ter conseguido. Mantive a calma, respirei fundo e, quando acabou, me senti realizada", declarou.
Para o professor Welington Ramos Guimarães, membro da Diretoria da Educação Integral, a Cantata abre muitas oportunidades para as crianças. “Pensando no canto coral, o projeto oferece aos estudantes, além da oportunidade de estarem com profissionais e professores qualificados, um impacto muito significativo na vida estudantil. Além da questão artística, a exposição do estudante nesse processo ajuda na sua preparação técnica e pessoal. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer artistas locais que não têm a mesma divulgação que outros artistas de alcance nacional. A pesquisa permitiu conhecer movimentos e artistas próximos a eles, como a cena do rap e os MCs de Belo Horizonte”, afirmou.
O projeto de cantatas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) reúne os corais das escolas municipais em apresentações que acontecem desde 2012. As escolas são convidadas a participar, no início do ano, com processos formativos, ensaios didáticos, estudos sobre os temas e encontros com os profissionais de música. Nesse movimento artístico, cada apresentação possui um tema. No dia 30 de setembro, a primeira edição deste ano foi a “Cantata da Primavera”.
“Ver que as pessoas estão passando aqui em frente e parando para assistir as crianças cantando é o que nos move. As crianças aqui são artistas, e a nossa recompensa é o aplauso e o reconhecimento. Ver toda essa área preenchida e mais pessoas parando para assistir é muito prazeroso, é o feedback que gostamos de ter. Chegar lá na frente como maestro e ver as crianças rindo e curtindo o momento é gratificante. Se eles estão se divertindo, pra mim está super legal”, relata Paulo Ricardo Castro Costa, regente da Cantata.
A cidade foi presenteada pelo seu aniversário em um local especial, a Avenida Afonso Pena, no clima natalino, com o talento e o esforço dos(as) estudantes e envolvidos(as) no processo da “Cantata de Natal”.
Crianças cantam na escadaria da Prefeitura
#paratodosverem: na imagem há crianças organizadas em uma escadaria com roupas coloridas para cantar. À esquerda, crianças vestidas com blusa preta e calçadas com luvas brancas apresentam-se com a Língua Brasileira de Sinais.
Foto: Gabriela de Castro
Atividades de Robótica são concluídas com certificação
Clic promove ação de reconhecimento da participação de estudantes da RME em Torneio de Robótica
No dia 6 de dezembro, foi realizada a cerimônia de encerramento das atividades de Robótica do Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), no auditório do 8º andar da Secretaria Municipal de Educação. A ação certificou alunos(as) que participaram do “Torneio de Robótica”, realizado tanto em nível regional (em maio), quanto em nível municipal (em setembro). O evento também foi contemplado com música ao vivo e atividade de acolhimento para os(as) estudantes.
O "Dando um Clic na Robótica”, inicialmente, propôs-se a abranger a Educação Infantil e o Ensino Fundamental das regionais, com as atividades relacionadas à Robótica, durante o mês de maio. As equipes desenvolveram robôs para superar um mapa de desafios e realizaram pesquisas com o tema "STEAM Eco-Arte: Transformando Consciência em Ação". A proposta instigou os(as) participantes a responderem à pergunta "Como podemos usar nossa criatividade e sensibilidade para resolver problemas ambientais e tornar nosso mundo um lugar melhor para viver?", conectando tecnologia e arte com a conscientização ambiental. A medida estimula a investigação e o pensamento crítico, além de fomentar a criatividade e a inovação dos(as) alunos(as) ao promover a comunicação e a apresentação, privilegiando a narrativa e a ludicidade da cultura STEAM (desenvolvimento das áreas de Ciência, Tecnologia, Humanidades, Engenharia, Artes e Matemática, de forma interdisciplinar e dinâmica).
O torneio começou no primeiro semestre, com etapas regionais, e culminou na fase municipal durante o festival de Robótica, que foi realizado durante a “Semana da Educação”. A ação destacou o compromisso da Rede Municipal de Educação (RME) com a formação de jovens inovadores(as) e preparados(as) para os desafios do futuro. As escolas premiadas são a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Gameleira, representando a Educação Infantil, e a Escola Municipal Mestre Paranhos, de Ensino Fundamental, reforçando o papel da Robótica na construção de novas habilidades para os(as) estudantes.
As ações articuladas pelo “Dando um Clic na Robótica” não só celebram o potencial da educação tecnológica, como fortalecem o aprendizado de forma prática e inspiradora, aproximando crianças e jovens de um futuro promissor e consciente. “É um evento que dá ênfase a uma realidade tecnológica presente na nossa realidade, mas pouco retratada. Ver alunos envolvidos e tendo esse contato com a Robótica é um alívio, pois significa que estão caminhando junto com nossa realidade tecnológica. Isso é muito importante, já que estamos vivendo uma era de tecnologia imensa e sabemos que nosso futuro será cada vez mais dependente dela”, aponta Fernando Miranda dos Santos, responsável pela tecnologia da EM Presidente Itamar Franco, sobre o torneio de Robótica.
Estudantes da Rede recebem certificados de Robótica
#paratodosverem: fotografia colorida de três alunos da Rede no evento de certificação de Robótica do Clic. Eles estão uniformizados em cima do palco, ao lado de uma robô. Atrás deles, há um telão com o logotipo do Clic.
Foto: Gabriela de Castro
Projeto SER na EM João Pinheiro com o Shopping “CerEja”
Estudantes da EJA compartilham sonhos e “compram” no bazar do shopping "CerEJA"
A finalização do “Projeto SER 2024” para os(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal João Pinheiro (EMJPI) ocorreu na noite de 28 de novembro, com um coquetel de inauguração do “Shopping CerEja”, um espaço simbólico em que os(as) participantes compartilharam seus sonhos e puderam adquirir peças em um bazar beneficente.
O evento celebrou as ações de 2024 do projeto “SER: Sonhos, Estratégias e Realizações”, uma iniciativa para implementar, em toda a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH), o tema educação financeira, conteúdo transversal do currículo escolar. Representantes da Gerência da Educação de Jovens e Adultos (Gerja) e convidados(as) ligados(as) ao empreendedorismo participaram do encerramento, compartilhando histórias inspiradoras sobre como tornar os sonhos realidade.
Para incorporar a proposta da educação financeira, o evento contou com um bazar de doações em que estudantes possuíam um cartão de crédito fictício para simular a compra de peças de roupa no bazar. Na etiqueta de cada peça, havia mensagens de empoderamento e incentivo. Além desse aprendizado dinâmico, música ao vivo, petiscos, sucos e relatos de experiências movimentaram a noite.
A coordenadora das turmas da EJA da EMJPI, Alexsandra Brandão, fala sobre o projeto. “Nosso shopping chama-se 'CerEja', uma homenagem ao fruto que simboliza o sucesso, o amor e a realização dos sonhos. O logotipo do projeto representa a jornada de cada um dos estudantes, que, com esforço e dedicação, lutam para conquistar seu lugar ao sol”, afirmou.
Durante o encerramento, oito “árvores dos sonhos” foram expostas, para que os(as) participantes pudessem escrever seus sonhos, como abrir um pequeno negócio ou conquistar um futuro digno para a família. O projeto como um todo objetivou valorizar os sonhos dos(as) alunos(as), ao promover a reflexão acerca dos desejos pessoais e aspirações para o futuro.
A aluna da EJA Roseni Felício dos Reis Romualdo, de 43 anos, comenta sobre seu aprendizado com a aplicação do projeto: “Eu gostei muito, a professora mostrou vídeos motivacionais sobre não desistir dos sonhos e falou sobre a importância e necessidade do controle financeiro. Aprendi que é preciso saber gastar e economizar para guardar o que sobrou e não fazer dívidas, aprendi a refletir sobre minha vida e minha história. A atividade do orçamento financeiro pessoal e familiar me mostrou o quanto é importante saber lidar com o dinheiro. A professora ensinou muita coisa boa e uma delas não vou esquecer: que, para o meu sonho se realizar, preciso de estratégias e planejamento”, declarou.
O “shopping” dos sonhos retratou os sonhos como uma possibilidade alcançável, para dar aos(às) estudantes a experiência de seguir em busca de suas metas, pois, independentemente da idade, há tempo para sonhar e transformar a vida.
Coquetel dos(as) participantes do “Projeto SER”
#paratodosverem: várias pessoas levantam uma taça vermelha de plástico para fazer um brinde.
Foto: Acervo da EMJPI
Projeto ensina ortografia por meio de ditados
“Quinta Ortográfica” é realizada, semanalmente, na EM Edith Pimenta da Veiga
O projeto “Quinta Ortográfica”, desenvolvido pela professora Graciele Gonzaga, da Escola Municipal Edith Pimenta da Veiga, é voltado para os(as) estudantes do 7º ano. Com o objetivo de aprimorar a ortografia, a escuta e a escrita de palavras de alunos(as) com dificuldades ortográficas variadas, o projeto propõe uma série de ditados temáticos semanais, selecionados com a ajuda dos(as) próprios(as) estudantes. A cada quinta-feira, a turma é convidada a realizar o ditado temático, no qual as palavras são ditadas com atenção ao ritmo, para que todos(as) possam acompanhar. Além disso, a ação diferencia-se por utilizar música e cinema para despertar a atenção dos(das) alunos(as), tornando o aprendizado mais divertido.
A ideia do projeto surgiu a partir de uma orientação da coordenação pedagógica, que destacou a importância de desenvolver, além da escrita, a habilidade de “saber ouvir” – uma competência fundamental no processo de aprendizagem. O projeto inclui a prática de ditados temáticos que exploram diferentes classes de palavras, como verbos, substantivos e adjetivos, e se baseia em temas que despertam o interesse dos(as) estudantes, como música e cinema. "A participação dos estudantes na escolha dos temas tem sido uma motivação a mais para eles. Ao trabalhar com temas como músicas e filmes que eles gostam, conseguimos tornar o aprendizado mais dinâmico e envolvente", comenta Graciele Gonzaga. Segundo a professora, o exercício não apenas aprimora a ortografia e a caligrafia, mas também fortalece a concentração e a capacidade de autocorreção dos(as) educandos(as).
O projeto já está gerando bons resultados e promete se consolidar como uma prática pedagógica de sucesso na escola, promovendo a valorização da escrita e da escuta atenta entre os(as) jovens(as). “Meu dia favorito da semana é a quinta-feira, pois tem ditado, que eu amo. A nossa professora faz vários ditados diferentes, e todos os alunos amam”, afirma Emily Nicolle Pinheiro Costa, estudante do 7º ano da escola.
Estudantes aprendem ortografia de maneira dinâmica
#paratodosverem: fotografia colorida de um caderno, no qual está escrito o depoimento de Emily Nicolle sobre a prática de ditados.
Foto: Acervo da EM Edith Pimenta da Veiga
Câmara EJA encerra atividades de 2024
Projeto promove engajamento de estudantes da EJA nas políticas públicas
A cerimônia de encerramento do projeto “Câmara EJA” (Caeja), desenvolvido por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed/BH) e a Câmara Municipal de Belo Horizonte (Escola do Legislativo), foi realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, no dia 3 de dezembro. A mesa de autoridades do evento foi composta pelo presidente da Câmara Gabriel Azevedo; pela diretora da Coordenação das Atividades Regionais da Smed Shirley de Cássia Miranda, representando o gabinete da Educação; pelo gerente da Escola do Legislativo Roberto de Almeida e por Sidenil Rosa Secundino, Daniella Cristina Palhares e Maria Batista, representantes dos(as) alunos(as) das escolas municipais Francisca de Paula, Israel Pinheiro e Padre Henrique Brandão, respectivamente.
Durante a cerimônia, os(as) representantes dos(as) alunos(as) envolvidos(as) na Caeja fizeram uma entrega simbólica das propostas elaboradas durante o projeto ao presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Depois, houve apresentações culturais da banda “Alto Batuque”, da EM Israel Pinheiro, e do aluno Phelippe Simão, da EM Francisca de Paula. Por fim, ocorreu a entrega dos certificados aos(às) estudantes, aos(às) professores(as) e às escolas participantes do “Câmara EJA”. Envolveram-se com a atividade de encerramento cerca de trinta estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que participaram do projeto em 2024. Ao longo de quase cinco meses de atividades, os(as) educandos(as) puderam aprender um pouco mais sobre conceitos ligados ao universo da política e da cidadania, bem como sobre a dinâmica de construção de políticas públicas, com destaque para as oportunidades de participação popular nesse processo.
O Caeja tem como objetivo contribuir para a formação cidadã de estudantes matriculados(as) na modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, por meio da oferta de atividades educativas a respeito do papel do Poder Legislativo. Criado em 2019, está em sua quarta edição e tem sido realizado anualmente, exceto em 2020 e 2021, quando as atividades precisaram ser interrompidas em função das exigências da pandemia da Covid-19. A iniciativa já contou com a participação de dez escolas municipais e marca a extensão das atividades da Escola do Legislativo para o universo da Educação de Jovens e Adultos.
Diego de Oliveira, gerente de Educação de Jovens Adultos, explica como funciona o projeto: “As atividades são organizadas em encontros iniciais com gestores e professores, além de um encontro de mobilização com os estudantes. Após esses momentos iniciais, são realizados seis encontros formativos, e o projeto é encerrado com uma formatura no auditório Amita de Barros, da Câmara Municipal”. Oliveira ressalta ainda a importância da iniciativa para a formação política dos(as) alunos(as): “O ‘Câmara EJA’ tem gerado impactos positivos para os estudantes, que desenvolvem e elaboram projetos de lei como forma de intervenção diante dos problemas e oportunidades identificados durante as formações. Para o ano de 2024, os estudantes escolheram como tema o Centro de Saúde, focando na Unidade Básica de Saúde, que integra a atenção primária à saúde, conforme estabelecido pela Lei 8.080.”
Estudantes da Caeja entregam projetos de lei na Câmara Municipal
#paratodosverem: fotografia colorida do presidente da Câmara Gabriel Azevedo, da diretora da Coordenação das Atividades Regionais Shirley de Cássia Miranda, do gerente da Escola do Legislativo Roberto de Almeida e de Sidenil Rosa Secundino, Daniella Cristina Palhares e Maria Batista, representantes dos(as) alunos(as) participantes do projeto. Todos(as) estão em pé e, atrás deles(as) há uma parede repleta de quadros retratando pessoas.
Foto: Gabriela Maciel Oliveira de Castro.
Estudantes dialogam sobre como devem se tratar
EM Prefeito Aminthas de Barros promove ambiente saudável em sala de aula
A Escola Municipal Prefeito Aminthas de Barros realizou, em novembro, uma atividade intitulada de “Círculo de Consenso” com estudantes do 5º ano. O objetivo desse projeto era desenvolver acordos sobre o tratamento que os(as) alunos(as) deveriam dispensar aos(às) colegas no dia a dia.
A dinâmica começou com um círculo formado por cadeiras da sala de aula dispostas ao redor de um tecido redondo com palavras-chave destacadas, como respeito, cooperação e colaboração. Primeiramente, foi criado um estado de calma e receptividade dos(as) estudantes, garantindo que todos(as) pudessem se ver e se ouvir. Para organizar os momentos de fala, foi passado o “objeto da palavra”, uma ferramenta que assegura que apenas quem o segura pode falar.
A primeira atividade convidou cada estudante a compartilhar algo positivo que notou sobre seus(suas) colegas ou sobre a turma na última semana. Em seguida, foi feito o questionamento principal: “O que podemos fazer para que todos(as) se sintam respeitados(as) na sala de aula?” As respostas deveriam ser curtas e objetivas para que a turma inteira pudesse participar. Outro tema trabalhado foi “Como você se sente quando é interrompido(a) ou desrespeitado(a)”, promovendo um momento de empatia e entendimento entre os(as) estudantes e consolidando uma base para o próximo passo: a construção conjunta de normas simples de convivência.
O projeto foi encerrado de forma prática, com os(as) alunos(as) elaborando um conjunto de regras de comportamento que foi registrado em um cartaz exposto na sala de aula. Também foi feito um agradecimento individual a cada estudante, valorizando o envolvimento de cada um(a) no processo.
A professora Eliana Rodrigues Maia comentou sobre como a atividade foi desafiante, mas gratificante ao mesmo tempo: "Formar uma roda de conversa com os alunos do 5º ano que apresentam comportamentos desafiadores foi uma estratégia que colaborou para o bom comportamento das crianças."
Já a assistente social Mônica Vanessa diz ter sido um projeto proveitoso: "Foi um momento produtivo e que deve ser contínuo, para preparar o aluno para a escuta.
Estudantes conversam e entendem sobre como devem se tratar
#paratodosverem: alunos(s) uniformizados(as) estão sentados(as) em cadeiras que formam um círculo, em uma sala de aula. Ao centro, no chão, há um tecido sobre o qual estão dispostas as palavras-chaves citadas no texto.
Foto: Acervo da EM Prefeito Aminthas de Barros
- Boas Práticas 20 de dezembro e Especial – Mês da Consciência Negra
Boas Práticas Especial – Mês da Consciência Negra
Escolas da RME celebram o mês da consciência negra
Instituições promovem projetos que vizibilizam o movimento negro
Este ano, foi a primeira vez que o dia 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, foi comemorado como feriado nacional. As escolas da Rede Municipal de Educação de BH (RME-BH) fizeram seu papel para que essa data não passasse despercebida pelos(as) estudantes.A Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Diretoria da Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial (Deid) fazem todos os esforços possíveis para providenciar uma educação antirracista para toda a comunidade escolar, como formações, rodas de conversa, projetos institucionais, e muito mais, sempre buscando promover a igualdade, a equidade e a luta contra o racismo. Assim, alguns projetos se destacaram ao longo do ano e representaram o quão forte é a luta antirracista na RME-BH.
Projeto Kizomba
Desde 2010 a Escola Municipal Secretário Humberto Almeida (Emsha) coordena o projeto “Kizomba”, uma prática pedagógica que engloba todas as disciplinas escolares para promover atividades teóricas e práticas sobre cidadania, tendo como temática principal o estudo dos quilombos para ampliar os conhecimentos dos(as) alunos(as) sobre as tradições, as singularidades, as pluralidades, as religiosidades, os saberes, a ancestralidade, a negricidade, o antirracismo e as resistências do matriarcado quilombola.
Em 2024, o projeto foi ganhador do prêmio Educar do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert). A coordenadora pedagógica geral da Emsha, Carolina Saldanha, relata que a criação e manutenção do projeto é um trabalho conjunto e que novas temáticas serão adicionadas no futuro do Kizomba, “Sempre buscando reforçar o respeito à diversidade (...) o projeto Kizomba ampliou porque até então, a gente só utilizava quatro salas lá embaixo para visitação e hoje já tem uma adesão maior de professores, assim, a gente já expandiu aqui para cima.(...) abrindo a biblioteca, abrindo mais duas salas de aula e o laboratório de ciências (...) e esse ano a gente tá trazendo também a questão das etnias indígenas, dos Pataxós e dos Xacriabás e buscando estudar outras culturas tornando o mais ampla possível a questão da diversidade dos povos brasileiros.”.Premiação do Prêmio CEERT com os responsáveis pelo projeto Kizomba
#paratodosverem: em um palco, diversos(as) educadores(as) da equipe pedagógica da EM Secretário Humberto Almeida aceitam prêmio em SP. Estão em um local fechado com um slide sendo projetado atrás dos(as) profissionais.
Foto: Acervo Smed.
Mulheres Negras
A Escola Municipal Florestan Fernandes, em sua XIV Mostra de Cultura Afro-Brasileira e Africana, que ocorreu no dia 30 de novembro, teve como tema “Mulheres Negras”. A finalidade da Mostra foi investigar e destacar a trajetória, os desafios e as contribuições das mulheres negras na sociedade brasileira.
O objetivo da escola foi destacar a presença de mulheres negras em diferentes campos da sociedade brasileira e nas diversas áreas do conhecimento e, por meio da pesquisa, conhecer histórias inspiradoras, criando um ambiente mais acolhedor e propício ao desenvolvimento de todas as estudantes, profissionais e mulheres negras da comunidade escolar. O projeto incluiu estudantes da educação infantil até o 3º ciclo, com as respectivas temáticas: “Mulheres negras nas ciências e na comunicação” e “3º ciclo: histórias de resistência: mulheres negras nas lutas emancipatórias”.
Para o trabalho, a escola recebeu depoimentos gravados de várias mulheres negras famosas, como Mc Sophia, rapper e compositora de São Paulo que enviou um vídeo para as turmas que pesquisavam sua atuação na música.
A instituição também contou com a presença da autora Patrícia Santana, que tomou um chá com a turma da Educação Infantil e conversou sobre seu livro mais recente, “Um dia feliz”, da editora Aletria.
Aline Aguiar, jornalista da Rede Globo, esteve na escola e se surpreendeu com a organização da entrevista realizada pela turma. A repórter deixou uma mensagem em sua rede social contando sobre a visita à escola.
Mural étnico-racial: Empoderadas
A Escola Municipal Hilda Rabello Matta colocou a mão na massa e produziu um mural etnico-racial, uma colaboração entre funcionários(as) e estudantes. A ideia surgiu após a escola ter participado de uma formação ofertada pelo Serviço Social do Comércio (SESC), com a participação da escritora e pesquisadora Luana Tolentino.
A construção do mural teve coordenação e monitoria da Escola Integrada, e contou com a participação oficial de 20 estudantes, porém todos os(as) alunos(as) estavam convidados a participar da atividade.
O mural trouxe à tona nos(as) estudantes um senso de orgulho, de acordo com os responsáveis pela prática, "Como somos bonitos!", foi o que uma das crianças do primeiro ciclo comentou ao contemplar o mural que deu a eles um sentido de representatividade e pertencimento.
Afrogincana
A Escola Municipal João do Patrocínio (EMJP) propôs um mês com atividades diversificadas para celebrar o mês da consciência negra, incorporando ações lúdicas e vivências da cultura afro-brasileira para que os(as) estudantes e a equipe escolar pudessem contemplar várias relações étnico-raciais na prática que levou o nome “Afrogincana”.
A EMJP trabalha em peso com sua equipe e seus(suas) alunos(as) para construir uma comunidade escolar antirracista. Márcia Regina Lima, coordenadora geral da EMJP, comentou sobre o projeto: “Nosso projeto institucional tem sido trabalhando as relações étnico-raciais para nos tornarmos uma escola antirracista. É com grande satisfação que vemos a participação e o engajamento da comunidade escolar e nossas crianças se perceberem representadas”.
Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra
No dia 21/11, a Diretoria da Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial (Deid) organizou uma homenagem ao Dia da Consciência Negra e ao Dia Nacional de Zumbi, com programação voltada às equipes da Secretaria Municipal de Educação (Smed) sobre a cultura afro-brasileira. Estiveram presentes servidores(as) e convidados(as), e uma carta que afirma o compromisso da Smed com as políticas étnico-raciais foi assinada.
Na celebração houve músicas afro-brasileiras performadas por capoeiristas do Programa Escola Integrada (PEI) e foram abordadas questões da história e cultura africana, além do combate ao racismo no ambiente educacional. A Smed incluiu uma atividade prática e interativa chamada “O que é preto para você?”, em que o público foi convidado a escrever sobre momentos, histórias, frases e pessoas que inspiram e dão à cor preta o lugar do cuidado e dos afetos.
Maria das Mercês V. da Cunha, da Gerência das Relações Étnico-Raciais, abordou a contribuição da Rede Municipal de Educação (RME) para combater o racismo. Ela destacou: "A Smed tem o compromisso de celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, momento também de reconhecer as políticas e as práticas pedagógicas que têm sido consolidadas em nossa Rede Municipal de Educação, tornando-a uma referência nacional, como demonstrado pelos diversos prêmios recebidos pelas escolas e pelos profissionais da Educação (...)”
Selo BH sem Racismo – Emei Santa Cruz
A Escola Municipal de Educação Infantil Santa Cruz não ficou de fora. Neste ano a escola recebeu o Selo BH Sem Racismo que compõe o Programa de Certificação em Promoção da Igualdade Racial, prêmio que foi conquistado graças aos diversos esforços da Emei, como aperfeiçoar o vocabulário, ampliar as definições de violência, oferecer formação continuada, atuar estrategicamente na comunidade, entre outros.
Os projetos da Emei Santa Cruz são diversos e vão desde rodas de conversas e formações com a temática antirracista até a organização de festas e eventos com a presença dos pais que também levem a discussão da luta antirracista até os(as) estudantes. Os frutos da Emei Santa Cruz e seus esforços para viabilizar um futuro menos preconceituoso já estão sendo colhidos. O aluno Bernardo de 5 anos, por exemplo, entendeu com as práticas da escola que cuidar do próximo é de importância para que se sinta realizado, “Quando a gente cuida do colega , ele fica feliz e a gente também”.
Africa game
Dentro da Escola Municipal Cônego Sequeira, foi desenvolvido uma prática para que os(as) estudantes pesquisem e aprendam sobre os países da África, que levou o nome de “Africa game – reciclando e conhecendo os países do continente mãe”. Durante o projeto, que tomou forma durante as aulas de inglês, primeiramente, os(as) alunos(as) tiveram seus conhecimentos prévios testados em um quiz, depois foi estudado um poema em inglês de um autor africano.
Os(As) estudantes conduziram uma pesquisa sobre quais eram os países da África, suas capitais, línguas, moedas, curiosidades e pontos turísticos. Ao fim, cada aluno(a) reproduziu uma bandeira de um dos países. A atividade se encerrou com a produção de um jogo com CDs e mapas.
Mostra Cultural: "A África está no Brasil"
A Escola Municipal Professor Edgar da Matta Machado também acredita que valorizar a diversidade é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consistente, portanto a escola tem organizado o projeto “A África está no Brasil”, uma colaboração entre as turmas da Educação Infantil, tendo como objetivo explorar e reconhecer as influências africanas na cultura brasileira.
Para isso, o projeto incluiu atividades lúdicas próprias para a faixa etária dos(as) participantes, a escola destacou as contribuições africanas na música, nas artes, na literatura e nas brincadeiras infantis. As crianças tiveram a oportunidade de apresentar seus conhecimentos no dia 09/11, ao prepararem uma exposição que representava a rica herança cultural africana em um evento aberto às famílias. Os pais ficaram encantados, e Miran da Silva Braga Zenatelli, mãe da aluna Antônia Braga Zenatelli comentou “Gostaria de parabenizar a escola pela realização da mostra cultural sobre a África. Foi uma experiência enriquecedora e emocionante acompanhar a apresentação dos trabalhos das crianças, incluindo o da minha filha. O evento proporcionou um mergulho nas diversas culturas africanas, promovendo o conhecimento e o respeito pela diversidade, algo essencial para a formação das crianças.”Estudantes expõem seus trabalhos sobre a África na Mostra Cultural da escola
#paratodosverem: em uma sala colorida, com artes dos estudantes espalhados, pais e crianças apreciam os trabalhos feitos pelas turmas.
Foto: Acervo EM Professor Edgar da Matta Machado
Projeto Personalidades Negras
A Escola Municipal Padre Flávio Giammetta organizou pela primeira vez o Projeto Personalidades Negras, com o objetivo de ensinar aos(às) estudantes sobre a contribuição das pessoas negras em nossa sociedade e sua luta por um mundo menos racista.
Assim, a escola apresentou pessoas negras, atuais e do passado, muitas vezes invisibilizadas, à comunidade escolar, promovendo a discussão e atuando a partir da realidade nacional e local na criação de diálogos sobre Consciência Negra. A reflexão tratou sobre o contexto de vida do povo negro incentivando a ressignificação desses temas em prol de uma cultura de promoção e defesa da diversidade e da igualdade racial, sensibilizando seus(suas) alunos(as) para pautas antirracistas.
O projeto foi feito ao longo do ano, culminando em uma mostra cultural com a proposta de um festival de musicalidade africana e afro-brasileira, com o tema “Aringa: é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” (Provérbio africano). Aringa quer dizer “aldeia fortificada” na África Ocidental e, a partir desse significado, todos os envolvidos no projeto foram levados a pensar sobre a palavra aldeia e sobre a importância de nos fortalecermos no coletivo na luta por uma educação antirracista.
Projeto Zum
O Projeto Institucional ZUM, do Centro de Educação Integral Escola Municipal Paulo Mendes Campos, propõe a criação e implementação de uma abordagem pedagógica inovadora, fundamentada na promoção da educação pública integral, ao mesmo tempo que visa abranger todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A iniciativa surgiu por conta da necessidade de formar cidadãos que compreendessem e valorizassem a identidade cultural de seu território, promovendo assim uma educação significativa e anticolonial. O projeto Zum é um coletivo de projetos, o que permitiu o armazenamento, a troca e o compartilhamento de iniciativas. Seu formato colaborativo possibilitou a multiplicação de práticas antirracistas, a valorização da diversidade cultural para toda a comunidade escolar, conectando ciência, arte e educação patrimonial, promovendo a polinização de ideias em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva. Alguns dos projetos em meio ao Zum contam com visitas de campos a museus com exposições que tratam sobre o tema e quilombos.
O projeto Zum acaba por dar um novo senso de identidade aos(às) alunos(as), como dito pela aluna Ana Karolyne Bispo, estudante do 9º ano, “O Projeto Zum é uma coisa muito importante para nós, pois tem pesquisa, conhecimento da nossa ancestralidade e que tudo isso faz parte da nossa história enquanto povo”.Estudantes visitam o Quilombo Família Mattias em Santa Tereza
#paratodosverem: Em frente a um muro branco com um portão, uma turma de alunos(as) posa para a foto, a maioria está em pé, em cima da calçada enquanto os outros estão sentados no meio fio.
Foto: Acervo CEI Escola Municipal Paulo Mendes Campos
Boas Práticas – 20 de dezembro
Emei Santa Cruz se engaja em projetos pedagógicos
A escola articulou diversas práticas educativas e lúdicas no segundo semestre
A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Cruz se engajou em diversas ações educacionais, no segundo semestre de 2024. De projetos que promoveram o lazer e a diversão entre as crianças até mostras científicas que evidenciaram o trabalho feito cotidianamente na escola, a instituição se destacou pela participação nas atividades pedagógicas propostas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) e também pela articulação de práticas envolvendo os(as) alunos(as).
Participação na Semana da Educação
A “Semana da Educação”, realizada em setembro de 2024, foi um verdadeiro marco para a comunidade escolar da Emei Santa Cruz. A instituição participou de três atividades: “Torneio de Robótica”, “Tecendo Laços” e “Horta dos Sabores”.
Com a exposição de Robótica, os(as) alunos(as) que participaram do torneio levaram bandeiras da equipe, robôs feitos de materiais reutilizáveis e jogos criados no espaço maker de criação da escola. Já no projeto “Tecendo Laços”, a exposição contou com mostras de quadros de pinturas com personalidades negras, álbum de fotos, materiais de cerâmica e bonecos indígenas e africanos. Por fim, com o projeto “Horta dos Sabores”, além das plantas cultivadas na horta da escola, trabalhos realizados com os carimbos da natureza ficaram expostos. No estande da horta, foram oferecidos chás medicinais para os(as) visitantes.
Os projetos contaram com o apoio das famílias dos(as) estudantes, e os comentários sobre as exposições foram repletos de admiração e respeito. A Emei Santa Cruz recebeu convites para novas exposições em outros projetos, como a “Mostra de Iniciação Científica Escolar” (Mice), evidenciando o impacto significativo desses trabalhos.
Para Rúbia, professora da escola, além de a “Semana da Educação” ser um momento de valorização dos trabalhos da Emei, também representou um momento de diversão para os(as) estudantes: "Foi um dia muito especial para as crianças. Elas se divertiram bastante, conhecendo novos projetos e trabalhos desenvolvidos por outras escolas."
Outubro Kids na Emei Santa Cruz
Durante o mês de outubro, a Emei realizou uma variedade de atividades que enriqueceram o aprendizado das crianças. Com o objetivo de promover o conhecimento, mas também de fortalecer os laços entre alunos(as) e professores(as), as práticas proporcionaram momentos que criaram memórias afetivas e de muito lazer.
Foi realizado, nesse período, um dia de “Kid Wash”, no qual as crianças puderam se refrescar de maneira divertida. Houve também eventos, como a apresentação de mágicos e a peça de teatro da Dona Baratinha, que proporcionaram muita diversão e impulsionaram a criatividade e a imaginação dos(as) estudantes. O trabalho com números de mágica e narrativas envolventes trouxe ainda risos e admiração para todos(as) os(as) presentes.
Além disso, celebrou-se o “Dia do Cabelo Fashion”, em que a criatividade foi o centro das atenções, incentivando todos(as) a expressarem sua individualidade e estilo. Os(As) pequenos(as) também se divertiram bastante no espaço maker, com a criação de um brinquedo indígena, o kabuletê. Já em outro momento, houve contação de histórias, realizada pela professora Dra. Janayna Alves Brejo, da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg). Trata-se do projeto “O Conto que as Caixas Contam”, que possui uma abordagem indígena, dialogando com um dos princípios da escola, que é o respeito e a promoção da igualdade racial.
Equoterapia em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais
No dia 4 de outubro, a equipe da Emei Santa Cruz, composta por direção, psicóloga, assistente social, coordenadora e professoras, realizou uma visita, com as crianças e as famílias participantes, ao Centro de Equoterapia do Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes (Cercat). Lá participaram de uma roda de conversa sobre a equoterapia e seus benefícios.
Foi um momento de integração, acolhimento e aprendizado. As crianças puderam interagir com os cavalos, enquanto as famílias tiveram a possibilidade de compreender o impacto positivo que essa atividade pode promover no desenvolvimento físico, mental, emocional e social dos(as) alunos(as). O encontro foi uma oportunidade não apenas de conhecer novas formas de interação, mas também de fortalecer os laços entre os familiares e a escola.
"É uma emoção tão grande! Só estando aqui para sentir essa emoção, como as crianças interagem com os animais e se sentem à vontade", conta Cátia, mãe de Hermes e de João, alunos da Emei.
Participação da Emei Santa Cruz na 25° Edição da UFMG Jovem
A participação das crianças da Emei Santa Cruz na “25ª UFMG Jovem”, que foi realizada nos dias 7 e 8 de outubro, foi marcada pela oportunidade que os(as) estudantes tiveram de interagir com alunos(as) de diversas partes do Brasil, apresentando seus projetos nas áreas de Robótica Criativa, Questões Étnico-Raciais e Horta Sustentável. Cada estudante, com entusiasmo e dedicação, compartilhou seu conhecimento e suas experiências, mostrando o impacto de suas iniciativas e produções. As famílias marcaram presença, acompanhando de perto o desenvolvimento dos(as) alunos(as).
Momentos como esse são importantes não apenas para o desenvolvimento cognitivo, mas também para o desenvolvimento pessoal dos(as) estudantes, reforçando valores como trabalho em equipe, responsabilidade e inovação. Além disso, os(as) alunos(as) foram avaliados por especialistas, e, como reconhecimento pelo esforço e pela contribuição, foram certificados(as), simbolizando o sucesso de mais essa etapa de aprendizado.
Esse evento reforça o papel fundamental da Educação Superior e do Ensino Médio alinhados à Educação Infantil no empoderamento dos(as) estudantes, preparando-os(as) para os desafios futuros e para serem agentes de transformação em suas comunidades e no restante da sociedade. "Fiquei muito feliz de poder apresentar os nossos projetos na ‘UFMG Jovem’ e ganhar um certificado pelos trabalhos”, expressa Débora, aluna da Emei Santa Cruz.
Explorando o Universo: o Planetário e a Aventura dos Foguetes
No dia 30 de outubro, o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic) realizou uma experiência interestelar na Emei Santa Cruz. As crianças tiveram a oportunidade única e lúdica de utilizar o planetário para viajar pelo espaço e conhecer de pertinho os mistérios do universo, vendo as estrelas, os planetas e as constelações ganharem vida diante dos seus olhos. Além disso, também participaram de uma atividade com foguetes feitos de garrafa PET com os(as) professores(as) do Clic.
O momento foi um sucesso, com todos(as) se divertindo ao verem os foguetes sendo lançados para o alto, estimulando a curiosidade e o interesse pela ciência e pela tecnologia. O dia foi um verdadeiro espetáculo de aprendizado e diversão, em que as crianças não só “viajaram pelo espaço”, mas também soltaram a imaginação e puderam vivenciar a experiência científica de uma forma bastante divertida. "Eu gostei muito do planetário, foi irado. Eu quero ir para a lua com meu amigo", relata João, aluno da Emei Santa Cruz.
Participação na Mostra de Investigação Científica Escolar (Mice)
A Emei Santa Cruz teve a honra de participar da 4ª edição da “Mostra de Investigação Científica Escolar” (Mice), realizada na Escola Integrada Poeint, no Barreiro, nos dias 6 e 7 de novembro. O evento evidenciou o conhecimento e a criatividade de jovens e crianças. A escola foi representada pelo projeto “Horta dos Sabores”, que enfatiza as ervas medicinais africanas e indígenas em solo brasileiro. O projeto faz parte da ação “Selo BH sem Racismo”, que compõe o “Programa de Certificação em Promoção da Igualdade Racial”, pelo qual a Emei Santa Cruz foi certificada na categoria “Excelência”, devido às suas práticas educativas de valorização das culturas africanas e indígenas, que exploram a riqueza cultural e histórica das tradições afro-brasileiras e indígenas, destacando a diversidade como um pilar essencial na formação cidadã e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
A participação no Mice reafirma o compromisso da Emei Santa Cruz com a educação de qualidade e com a valorização das diferenças, inspirando as crianças a investigarem, criarem e transformarem o mundo ao seu redor. Foi um momento de muito aprendizado e troca de experiências com as escolas e as creches representadas. "A experiência de participar da Mice trouxe para a Emei novas possibilidades de conhecer projetos de sustentabilidade, inovação tecnológica e criatividade", conclui Walquiria Almeida, diretora da Emei.
Alunos(as) da Emei Santa Cruz participam da 4ª edição da Mice
#paratodosverem: fotografia colorida de crianças e da equipe escolar da Emei Santa Cruz em frente ao estande de mostra científica da escola. As crianças, uniformizadas, estão sentadas e, ao lado delas e também atrás, está a equipe escolar.
Foto: Acervo Emei Santa CruzTarde de autógrafos da EM Fernando Dias Costa
O livro produzido por estudantes recebeu cerimônia na Smed e autógrafos
A tarde do dia 26 de novembro foi ilustremente marcada por autógrafos dos(as) escritores(as) mirins da “11ª Jornada Literária”, cujo tema é o “Bem Viver”, que vem do termo guarani “Teko Porã”, a filosofia do bem viver. Vinte alunos(as) da Escola Municipal Fernando Dias Costa (EMFDC) estiveram presentes na Biblioteca da Secretaria Municipal de Educação (Smed) para autografar o produto de uma linda jornada pedagógica de conhecimento, o livro “Bem Viver – Corpo e Natureza em Harmonia”, pensado, escrito e ilustrado por eles(as).
Para prestigiar os(as) literatos(as), o secretário municipal adjunto de Educação Marcus Valério de Figueiredo Clemente esteve presente no evento, juntamente com profissionais que trabalham nas gerências pedagógicas da Smed. A gerente de bibliotecas Maria Socorro Figueiredo Lages ficou radiante pelo resultado. “Essa tarde de autógrafos com os alunos autores é um projeto pedagógico e artístico que trabalha o protagonismo e o bem viver, ‘teko porã’, que é o tema da nossa ‘11ª Jornada Literária’. O caminho para a produção de um livro pelos estudantes é a construção do conhecimento. Eles trabalham o clima escolar, o respeito, a afetividade, o cotidiano e há a construção de leitura, de escrita e de convivência. A Educação Integrada é transformadora. É com muita alegria que temos como produto um livro tão valioso escrito pelas crianças”, afirmou.
O projeto “Jornada Literária” abrange estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com o objetivo de produzir um livro. A ação faz parte do programa “Leituras em Conexão”, criado em 2017, em prol de implementar e potencializar ações de incentivo à leitura nas escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) e na Rede Parceira. Seu ideal é que os(as) participantes compreendam a leitura como um processo amplo, e, para isso, eles(as) passam por interações cotidianas e diversas estratégias para articular oralidade, leitura e escrita.
Um dos autores, Christian Wagner dos Santos Brito, estudante do 6º ano na EMFDC, contou sua experiência enquanto estava no evento. “Quando nossos professores chegaram com essa ideia para gente, que todo ano tem na nossa escola, eu fiquei animado porque eu nunca tinha participado, mas aí eu falei: vou participar neste ano. E foi uma experiência muito boa de você mesmo produzir o texto, ser o autor, estar com seus colegas em um lugar como esse, com tantas pessoas importantes presentes. Então, ajudou no nosso desenvolvimento de produzir textos, e eu sei agora que eu consigo escrever textos e foi muito bom, eu gostei muito”, declarou.
Nesta edição, a Rede Municipal de Educação abordou os povos originários do Brasil e comunidades prósperas, histórias e culturas, para reforçar a importância de diálogo à luz do objetivo maior da Jornada: possibilitar vivências no universo da escrita literária, ampliando os horizontes dos(as) alunos(as) como autores(as). Dessa forma, é possível construir, expressar e compartilhar significados sobre diversos textos, sejam eles verbais ou não-verbais.
Aluna e autora, Gabrielle autografa um exemplar da obra
#paratodosverem: uma estudante autografa um exemplar do livro “Bem viver – corpo e natureza em harmonia”, sentada em uma mesa com mais estudantes. À sua frente, uma mulher sorri enquanto aguarda o autógrafo.
Foto: Vitória LapaTrabalhando o nome da turma
Emei Ipiranga organiza oficina de artesanato para pais e alunos(as)
A Turma Jacaré, da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Ipiranga, comprometeu-se a estudar sobre o animal, junto às famílias. As crianças, que têm de 4 a 5 anos, aprenderam sobre como os jacarés nascem, vivem e se alimentam, entre outros, por meio de pesquisas e de um trabalho de conscientização sobre a importância do respeito aos animais em geral e sobre a preservação das espécies.
Durante todo o projeto, foram trabalhados jogos, músicas, brincadeiras, histórias e vários tipos de registros, que se concluíram no dia 23/11, com a criação de um jacaré de 3 metros. A instituição convidou as famílias a produzirem o jacaré a partir de materiais recicláveis, como embalagens de ovos, tampinhas de garrafa PET e papelão.
Patricia Torrent Lisboa, mãe do aluno Daniel, disse ter se divertido durante a oficina e se sentido no lugar do filho: “Achei a iniciativa da oficina muito bacana. Tivemos um momento de interação entre as famílias e envolvimento nas atividades da escola e das nossas crianças. Estivemos no lugar delas por alguns momentos, tendo que usar da criatividade e trabalho em equipe para a realização da tarefa.”
Famílias fazem jacaré com material reciclado
#paratodosverem: em uma sala, as famílias posam para foto. À frente delas, em cima de algumas mesas, está o jacaré de 3 metros, confeccionado com caixas de ovos na cor verde. Atrás delas, há uma estante com caixas contendo material escolar.
Foto: Acervo da Emei TimbirasAprendendo a lidar com as emoções
EM Jardim Vitória estuda os sentimentos em prol de uma melhor convivência escolar
A Escola Municipal Jardim Vitória, durante os meses de setembro, outubro e novembro, trabalhou as emoções e os sentimentos com as turmas do 3º ano. O projeto foi elaborado com o intuito de criar, em sala de aula, um momento em que os(as) estudantes poderiam expressar seus sentimentos e desenvolver o hábito de ouvir os(as) outros(as) respeitosamente.
A iniciativa foi inspirada pelo filme “Divertida Mente”, que propiciou a discussão sobre como lidar e controlar as emoções no dia-a-dia. Para orientar a prática, foram utilizadas atividades lúdicas a fim de trabalhar a identificação e o reconhecimento de emoções básicas, como alegria, medo, nojo, tristeza e raiva. A escola usou como eixo as competências gerais da Educação Básica da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O projeto foi atrelado à área do conhecimento que compreende as linguagens, utilizando atividades que incluem leitura, escrita espontânea, pensamento, imaginação, interpretação, linguagem oral e escrita. Algumas das práticas utilizadas envolveram leitura de poesias e histórias, músicas, brincadeiras, desenho livre, recorte, colagem, jogos e dinâmicas que atuam de acordo com os campos de experiências, habilidades e competências referentes à Educação Socioemocional, de forma a construir conhecimento de maneira integrada, tornando o aprendizado mais efetivo.
A psicóloga da escola, Luciana Coelho, parabenizou a professora responsável pela iniciativa e sua organização: "Este projeto foi muito rico em informações, em exemplos lúdicos e em interação com o público. A professora Gizele executou com destreza e muita leveza, tornando integral a participação de todos os presentes. Certamente serão colhidos excelentes frutos de todo conhecimento adquirido."
A assistente social Heloísa Verçosa comentou estar maravilhada pelo projeto e seus efeitos: "Estou encantada com a produção e os resultados incríveis proporcionados pelo projeto ‘Emoções e sentimentos’. Foi um privilégio participar com vocês!"
Trabalhando emoções e sentimentos
#paratodosverem: em uma sala de aula, a professora e as crianças, vestidas como personagens do filme “Divertida Mente”, posam para a foto. À frente delas, há mesas com doces, comidas e refrigerantes. Ao fundo, na parede, está escrito em um quadro branco, enfeitado com balões amarelos: “Projeto emoções e sentimentos – Professora Gizele 3ºA”. Acima do quadro, está escrito o abecedário em letras de fôrma e cursiva. Dos dois lados do quadro, há desenhos coloridos pelas crianças.
Foto: Acervo da EM Jardim Vitória“Educação, Arte e Territorialidade” com arte e cultura
Comunidade escolar sensibiliza ao fazer releituras de Portinari sobre o cotidiano
A equipe da Escola Municipal Herbert José de Souza (EMHJS) mostrou sensibilidade ao trabalhar “Educação, Arte e Territorialidade”. Por meio de releituras fotográficas de obras de Candido Portinari, retratou-se o cotidiano da comunidade escolar com muita criatividade. O projeto iniciou-se em março, quando a professora Creusa Aparecida Pereira Teodoro e o coordenador-geral Saint Clair Marques da Silva tiveram a ideia de tirar fotos que representassem artisticamente a realidade. A culminância do “Educação, Arte e Territorialidade” ocorreu na mostra cultural da escola, em novembro.
A professora Creusa Aparecida Pereira Teodoro, idealizadora do projeto, mostrou-se entusiasmada com todo o empenho conquistado. “Escolhemos trabalhar com esse tema tão importante baseado principalmente nas obras de Portinari, que, através de seus quadros, gravuras, murais, revela a alma brasileira das crianças, homens e mulheres, demonstrando que a arte é algo cheio de sensibilidade! Ele retrata a infância, modo de vida, dificuldades enfrentadas pela raça e cor. Relacionamos tudo isso com os dias atuais!”, contou.
A primeira ação referente ao projeto foi conhecer os arredores do bairro e da escola, com campo, horta, porquinhos, moradores(as) e natureza. Na escola, em espaços estratégicos, toda a equipe e estudantes pensaram e recriaram as cenas pintadas por Portinari com muita originalidade. Para isso, foram utilizados materiais recicláveis, tecidos coloridos e muita criatividade. A releitura envolveu alunos(as) de várias turmas e turnos, funcionários(as) de apoio, professores(as) e toda a comunidade escolar, que se empenharam em um resultado encantador. Foi um momento importante para diálogos sobre as dificuldades e lutas de cada um(a), assim como retratado pelo pintor. Os ideais da iniciativa foram voltados para o valor da vida, o trabalho, o suor e o respeito pelo povo que luta por dias melhores.
Kelvin Nikolas de Lima Marques, professor de Educação Física da EMHJS, foi modelo para a releitura da obra “Flautista” e expôs um relato sobre sua luta contra a discriminação. “Em muitas ocasiões na minha vida, o preconceito racial foi uma das maiores dificuldades. Sendo sujeito negro, de cor preta, estar em lugares onde a elite branca dominava, era desconfortável para alguns. Com 16 anos, consegui ingressar em uma universidade. Assim que me formei, consegui o primeiro emprego, passei em segundo lugar em um processo seletivo de pós na UFMG e tenho conquistado um lugar bom na comunidade das relações étnicos-raciais”, relatou.
Ponto alto cultural do projeto, os(as) alunos(as) das turmas B e E do 2º ano fizeram uma excursão com a equipe escolar para a Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha, onde puderam apreciar de perto as obras de “Candinho”, apelido de Candido Portinari. Foi uma oportunidade de conhecer e vivenciar a cultura de museus, sobre a qual as crianças tiraram dúvidas e ouviram a história, além de compartilharem conhecimentos.
Entre as obras selecionadas, estão: “Lavrador de Café”, “Empinando Pipas”, “Palhacinhos na Gangorra”, “Futebol”, “Espantalho”, “Menino com Chapéu de Papel”, “Colônia Sentada”, “Mulata com Vestido Branco” e “Meninos Brincando”. Foi uma experiência engrandecedora para todos(as) os(as) participantes, com muito aprendizado e reflexões importantes, a qual movimentou o ano de 2024 na Escola Municipal Herbert José de Souza.
Releitura da pintura “São Francisco”, de 1941
#paratodosverem: há um painel em cima de uma mesa escolar, feito em isopor, com duas imagens. A imagem da esquerda mostra a obra de Candido Portinari “São Francisco”. A imagem da direita é uma fotografia da releitura feita pela escola, bem parecida com a obra original.
Foto: Acervo da EMHJSEM Rui da Costa Val planta miniflorestas
Parceria entre duas secretarias municipais é estreada na instituição
Uma parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) culminou na iniciativa de um projeto que objetiva restaurar áreas urbanas em escolas municipais de Belo Horizonte e integrar programas de Educação Ambiental e Climática ao currículo escolar. Para isso, planeja-se plantar espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado.
A primeira escola a participar do projeto foi a Escola Municipal Rui da Costa Val, que teve o plantio inicial no dia 14 de novembro e incorporou a temática das miniflorestas às atividades pedagógicas da instituição, incentivando a interação dos(as) estudantes com o meio ambiente e promovendo a consciencialização sobre sustentabilidade.
Em Belo Horizonte, as miniflorestas estão sendo incorporadas em diversas áreas da cidade como estratégia para restaurar florestas urbanas, proporcionando, assim, benefícios ecológicos e educacionais, além de revitalizar áreas verdes. A coordenadora da instituição, Adriana Reis, comenta sobre a importância desse projeto para a preservação do ambiente: “O resgate da natureza e o plantio das árvores torna-se essencial para a preservação do ambiente do qual necessitamos para viver. A Escola Municipal Rui da Costa se faz presente e parceira deste movimento.”
Projeto viabiliza a plantação de muda dentro da escola
#paratodosverem: várias pessoas adultas e estudantes posam para a foto em um espaço aberto com árvores ao fundo; algumas delas seguram o tronco da árvore recém-plantada.
Foto: Acervo da EM Rui da Costa Val
Juventudes Transformadoras da EJA
Encerramento no CRJ celebra a formação de lideranças ativas
O encerramento do projeto “Imersão em transformação para juventudes” movimentou o Centro de Referência das Juventudes (CRJ) na noite de 28 de novembro, com a participação de jovens entre 15 e 24 anos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O projeto faz parte de um movimento dos “Territórios Transformadores”, da Ashoka, uma organização com foco no empoderamento de jovens de diferentes regiões a qual visa enfrentar desafios sociais, como a crise climática, a desigualdade racial, questões de gênero e o acesso desigual à educação.
Amanda Barboza, coordenadora da EJA na Escola Municipal Dom Orione, conta sobre o impacto do projeto. “A imersão Juventudes Transformadoras na EJA proporcionou a nossos estudantes maior conhecimento de suas potencialidades e, dessa forma, contribuiu em sua formação pessoal e social. Vimos os alunos iniciando a jornada inseguros, e hoje conseguiram vencer essa barreira e inclusive já estão no mercado de trabalho. Um projeto de fato transformador, que se aproxima da realidade do aluno, engajando este a transformar seu futuro, através do conhecimento de si e da sociedade em sua volta”, afirmou.
Em uma parceria com a Ashoka, o projeto “Juventudes Transformadoras” envolve estudantes de três escolas da Rede Municipal de Ensino: 33 alunos(as) da EM Professor Edson Pisani, 23 da EM Dom Orione e 28 da EM Dinorah de Magalhães Fabri. O objetivo da iniciativa é capacitar jovens para compreenderem os desafios que enfrentam em suas escolas e comunidades, em prol de torná-los(as) protagonistas na transformação desses problemas. Por meio de três encontros e atividades colaborativas de formação de habilidades, a juventude é incentivada a entender seu potencial como agente de mudança social. A cada encontro, uma jovem transformadora da Ashoka visita e forma jovens, em articulação com outros(as) de todo o Brasil, entendo o potencial da juventude na transformação da sociedade.
Lisamara Emilia Correa Leme, psicóloga escolar do “Projeto Psicólogos e Assistentes Sociais” (PAS) na Escola Municipal Professor Edson Pisani, vê o “Juventudes Transformadoras” como uma oportunidade de acolhimento e envolvimento dos(as) estudantes da EJA em atividades que despertem interesse e continuidade nos estudos. “A imersão ‘Juventudes Transformadoras’ foi uma atividade de socialização entre os adolescentes que despertou curiosidade e reflexões sobre sonhos, futuro e envolvimento com a realidade do território. Um dos pontos fortes foi a mediação da Érica, por ter a faixa etária aproximada dos estudantes, com linguagem dinâmica, facilitou a participação destes, contribuindo para a ampliação do repertório de habilidades, como criatividade e fortalecimento dos laços sociais”, contou.
Na cerimônia de encerramento, houve um encontro entre os(as) estudantes das três escolas, com músicas, fala do gerente do CRJ e convidados(as) da Ashoka. Foram apresentados os processos de problemas encontrados nas escolas, as iniciativas e os planos de ações desenvolvidos para solucioná-los. Ao fim, os(as) educadores(as) e os(as) estudantes participaram de uma dinâmica de sensibilização para testar as habilidades transformadoras.
Luciana Pereira da Fonseca, estudante da EJA na Escola Municipal Dinorah de Magalhães Fabri, teve uma experiência engrandecedora. “Para mim foi uma experiência muito boa, inclusive na EJA, porque meu maior sonho era concluir o Ensino Fundamental para poder conseguir chegar ao Ensino Médio. Eu fiquei muito feliz, foi muito bom conviver com os jovens do projeto e eu aprendi muito com eles. O projeto (‘Juventudes Transformadoras’) é muito bom, eles ajudam muitas pessoas. Foi uma oportunidade de conversar, dividir opiniões e sugestões”, declarou.
A imersão “Juventudes Transformadoras" fomentou o trabalho em equipe e a troca de experiências com outros(as) jovens de diferentes partes do Brasil. Com o apoio da Ashoka, o projeto proporcionou fortalecimento para a juventude ser protagonista da transformação social.
Estudantes da EJA concluem sua participação no projeto
#paratodosverem: em pé, estudantes e educadores(as) formam um círculo. Um jovem está com microfone na mão e os(as) demais estão ouvindo. É um espaço amplo e coberto, com um grafite ao fundo, na parede.
Foto: Soraya BritoProtagonismo juvenil em projeto nas escolas municipais
Projeto Juventudes Transformadoras é concluído com certificações e confraternização
O encontro de imersão de estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental participantes da ação “Juventudes Transformadoras” foi realizado, no dia 4 de dezembro, na Escola Municipal Polo de Educação Integrada (Poeint), no Barreiro. Os(as) 150 alunos(as) envolvidos(as) no projeto e, consequentemente, participantes do encontro, estudam nas escolas municipais Poeint, Oswaldo França Júnior, Gracy Vianna Lage, Antônio Salles Barbosa e Carolina Maria de Jesus. Representando o Gabinete da Secretaria Municipal de Educação (Smed), esteve presente a diretora de coordenações regionais Shirley de Cássia Pereira Machado de Miranda. Participaram também profissionais da Rede Municipal de Educação (RME), como professores(as), coordenadores(as), gerentes e diretores(as) regionais.
A programação do evento incluiu café da manhã, momento de falas institucionais e certificação das escolas participantes do projeto “Juventudes Transformadoras”, tanto por sua participação na “Jornada Literária” quanto pelas propostas de ação e intervenção junto às comunidades escolares. O dia foi organizado com gincanas, atividades no planetário, plantação de ipês, almoço coletivo e conferências sobre os projetos criados.
O projeto “Juventudes Transformadoras" é resultante de uma parceria da Gerência de Bibliotecas (Gerbi) com a Gerência dos Anos Finais do Ensino Fundamental (Gafef) e a Gerência da Educação de Jovens e Adultos (Gerja). A iniciativa visa criar espaços para que os(as) jovens sejam protagonistas de suas histórias, contribuindo ativamente para a transformação das comunidades escolares e dos territórios nos quais estão inseridos(as), reconhecendo o potencial transformador da juventude e buscando promover práticas inovadoras e engajadoras em prol de uma sociedade mais justa e sustentável.
Os(As) estudantes participantes produziram também o livro da “11ª Jornada Literária”. Helena, do 8º ano da EM Poeint, conta que o tema trabalhado pela escola durante o projeto foi seletividade alimentar: "O projeto foi muito interessante. A proposta também foi ótima, e tudo foi muito divertido e dinâmico. Gostei bastante! O nosso tema foi a seletividade alimentar dos alunos, e foi bem importante estudar sobre isso, porque estava acontecendo muito desperdício. Então, decidimos começar um projeto envolvendo esse tema. Criamos um questionário digital, e os(as) alunos(as) foram respondendo”.
O projeto piloto, desenvolvido ao longo de 2024, promoveu encontros quinzenais nessas instituições, trabalhando habilidades e potencialidades transformadoras. Foi desenvolvida uma trilha de habilidades de protagonismo juvenil, identificando problemas e incentivando que cada escola e grupo de estudantes propusessem intervenções em relação aos problemas identificados. “O projeto ‘Juventudes Transformadoras' foi um marco importante na valorização dos estudantes dos Anos Finais e da EJA, promovendo sua posição como protagonistas de suas histórias. Por meio de uma escuta ativa, amorosa e responsável, foi possível abrir caminhos para uma educação integral em Belo Horizonte, que reconhece e acolhe as singularidades e potências desse público”, pontua Socorro Lages, gerente da Gerbi, principal articuladora da ação na Smed. “A construção de espaços de diálogo que reflitam as vivências, os desafios e os sonhos desses jovens é essencial para gestores, professores e demais pessoas que precisam repensar práticas pedagógicas, adotando metodologias inovadoras e reflexivas. Além disso, o fortalecimento de articulações intersetoriais se apresenta como uma estratégia indispensável para integrar diferentes dimensões da vida escolar, comunitária e social, potencializando um processo educativo verdadeiramente transformador”, acrescenta.
Viviane Lemos de Oliveira Belga, professora de Língua Portuguesa e Literatura e referência do projeto “Juventudes Transformadoras” na Gafef, explica a relevância da iniciativa: “Toda professora e todo professor deseja que seus estudantes aprendam os conteúdos, se tornem pessoas melhores e sejam felizes na escola. O projeto ‘Juventudes Transformadoras’ nos fez vivenciar essa experiência. Foram oito encontros intensos e transformadores com um grupo de estudantes de cada escola participante. Ao perceberem que as situações de conflito atrapalham a rotina dos estudos, os estudantes se sentiram corresponsáveis e viram que são capazes de mudar isso. Eles deram sugestões pertinentes e realizaram ações possíveis, com a linguagem deles, com grande frescor criativo e envolvente, próprio dos adolescentes, demonstrando afeto, conhecimento intelectual e humano, desenvolvimento da capacidade de ouvir e de falar, além da capacidade discursiva tanto na oralidade, quanto na escrita, tendo ampliado, também, conhecimentos gerais. Assim, o que vivenciamos foi um projeto que despertou as dimensões emocionais e intelectuais, fortalecendo uma educação verdadeiramente integral.”
Érica Lisboa, de 20 anos, foi fundamental na articulação dessa iniciativa na Gerência de Bibliotecas. Nascida em Alfenas, ela desenvolveu um projeto que alcançou mais de 30 países e, aos 17 anos, foi eleita Jovem Transformadora pela Ashoka, uma organização sem fins lucrativos que lidera um movimento global para criar um mundo no qual todas e todos se reconheçam como agentes de transformação positiva na sociedade. Por meio da realização de uma parceria com a ONG, Érica desempenhou um papel essencial para que o “Juventudes Transformadoras” fosse desenvolvido. “Minha participação no ‘Juventudes Transformadoras’ foi muito mágica e especial. Acompanhei todas as escolas e estive em todos os encontros, o que me enriqueceu muito como jovem defensora de um mundo melhor. Pude guiar, aprender e principalmente ser transformada por esse projeto que tanto pulsa os sonhos dos jovens estudantes por um mundo melhor”, conta. “O projeto é o primeiro do Brasil, sendo marco histórico por uma educação integral e transformadora no cenário público. Para mim, foi uma enorme honra fazer parte da criação dessa nova proposta e forma de se pensar uma sociedade melhor, partindo da educação pública para a busca da sustentabilidade, paz e equidade”, completa.
Equipe da Smed certifica direção da EM Polo de Educação Integrada
#paratodosverem: fotografia colorida de profissionais da RME no palco do auditório da EM Poeint. Ao centro, Shirlei e Chrisley, diretoras da escola e da Diretoria de Ensino Fundamental, respectivamente, seguram um certificado.
Foto: Gabriela Maciel Oliveira de CastroSmed encerra a 11ª edição da Jornada Literária
Gerência de Bibliotecas organiza entrega de certificados às escolas participantes
O teatro do Centro de Educação Integral (CEI) Imaculada Conceição, no dia 10/12, foi o cenário da finalização do projeto “Jornada Literária”, uma iniciativa que ocorre há 11 anos e encanta estudantes e professores(as) da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH). O “Jornada Literária” é um projeto conduzido pela Gerência de Bibliotecas (Gerbi), vinculada à Secretaria Municipal de Educação (Smed), e tem como objetivo principal implementar e potencializar ações de incentivo à leitura nas escolas das redes Própria e Parceira. Sua concepção primordial é a de que a leitura deve ser compreendida como parte de um processo amplo e complexo.
A iniciativa gira em torno de formações para docentes, com o objetivo de ajudá-los(as) a trabalhar a produção de livros ou relatos com suas turmas. O tema da “Jornada Literária” sugerido em 2024 aos(às) participantes foi “Teko porã: bem viver, reciclagem e menos consumismo”, convidando-os(as) a escrever sobre os povos originários do Brasil e apresentando suas comunidades prósperas, suas histórias e culturas. Neste ano, o projeto bateu um recorde ao publicar um total de 114 livros e relatos de professores(as).
Os(As) estudantes e autores(as) Bernardo Samuel Alves de Souza Nunes e Bruna Gonçalves Ribeiro, da Escola Municipal José Xavier Nogueira, compartilharam um pouco sobre como foi a experiência de participar da iniciativa. Bernardo afirmou ter sido desafiador: “Foi uma experiência muito legal, porque fazer um livro não é fácil. Tem que pensar em muitas coisas, e eu acho que é isso.” Já Bruna comentou sobre o aprendizado do trabalho em equipe: “Foi bem legal, porque a gente foi soltando e discutindo as ideias até que todo mundo gostasse de uma ideia para o livro.”
Maria do Socorro Figueiredo, da Gerbi, fala sobre a importância do projeto
#paratodosverem: Maria do Socorro fala ao microfone, no centro do palco. Ela é loira e usa um vestido azul. À frente do palco, podem-se notar cabeças de estudantes e educadores(as) presentes, atentos(as) ao que está sendo dito. Ao fundo, há balões que compõem o cenário e um cartaz onde está escrito “Leituras em Conexão – Jornada Literária das Escolas Municipais de Belo Horizonte”.
Foto: Silvia Lanna
- Boas Práticas – 13 de dezembro e Especial – Diálogos Interculturais
Boas Práticas Especial – Diálogos Interculturais
Parceria entre Smed e UFMG promove culturas indígenas
“Diálogos Interculturais” faz parte das ações formativas da Gerência das Relações Étnico-Raciais
A agenda formativa “Diálogos Interculturais: tecendo pedagogias para o reconhecimento, a valorização e a reparação da história e das culturas indígenas no espaço escolar”, articulada pela Gerência das Relações Étnico-Raciais (Gerer), ocorreu, em 22 de outubro. O evento reuniu, no Auditório Neidson Rodrigues, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG), mais de 300 educadores(as), representantes dos Núcleos de Estudos das Relações Étnicos-Raciais (Nerer), de todas as Diretorias Regionais (Dires).
Evento promove valorização e reparação histórico-cultural indígena
#paratodosverem: fotografia colorida de uma mesa, composta por cinco professores(as). A mesa é decorada com livros e uma faixa, na qual está escrito: “Somos todos iguais nas diferenças!”
Foto: Acervo da Gerer/Smed.
Eles(as) tiveram a oportunidade de assistir à palestra do doutorando Angelo Pataxó e dialogar com as experiências de professores(as) indígenas dos povos Xakriabá e Pataxó, do curso Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei), da FaE/UFMG, e professores(as) da Rede Municipal de Educação (Creche Esperança e Escola Municipal Pedro Aleixo).
Agenda formativa teve participação de docentes da UFMG e da UFSB
#paratodosverem: fotografia colorida de decorações que representam a cultura indígena. Há desenhos, uma boneca e um chocalho.
Foto: Acervo da Gerer/Smed.
A atividade foi resultado de uma parceria com a Fiei/UFMG e possibilitou reflexão sobre a efetivação da Lei nº 11.645/08 e suas diretrizes, que tratam da Educação das Relações Étnico-Raciais e da História e Culturas Indígenas. Angelo Pataxó, professor e mestre em Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), ressalta a relevância da prática: “É muito importante falar sobre nossas lutas e resistências, socializando também um pouco dos nossos saberes e fazeres. Acredito que o espaço escolar é um dos melhores lugares para discutirmos essa cultura, especialmente por sermos os povos originários.”
Formação contou com a presença de 300 profissionais da Educação
#paratodosverem: fotografia colorida de uma mesa, composta por cinco professores(as). A mesa é decorada com livros e uma faixa, na qual está escrito: “Somos todos iguais nas diferenças!”
Foto: Acervo da Gerer/Smed.
Boas Práticas – 13 de dezembro
Seminário promove partilha de estagiários(as)
Smed convida estagiários(as) a compartilharem suas vivências em projeto dos Anos Iniciais
A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed), por meio da Gerência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Giefu), organizou, no dia 19/11, o seminário “Compartilhando Vivências: atuação dos estagiários, junto aos professores, potencializando o processo de alfabetização dos estudantes”. O seminário foi a culminância de uma ação formativa que aconteceu durante todo o ano de 2024 para os(as) estagiários(as) do “Projeto Reforço Escolar: atendimento diferenciado em sala de aula”.
O “Reforço Escolar” visa ampliar as possibilidades de intervenções pedagógicas por meio de metodologias diferenciadas de apoio aos(às) alunos(as) do 1º ao 5º ano. A atuação dos(as) estagiários(as) em sala de aula junto aos(às) professores(as) regentes que trabalham com Língua Portuguesa e Matemática é fundamental no apoio à implementação da proposta, possibilitando que os(as) estudantes sejam atendidos(as) em suas necessidades de aprendizagem, em grupos diversificados.
O encontro, que ocorreu no período da manhã e da tarde, serviu como espaço para que estagiários(as) pudessem apresentar suas práticas. Os(as) estagiários(as) Dayanne Alves dos Santos (EM Lídia Angélica), Dayanne Priscilla Bueno (EM Moysés Kalil) e Pedro Henrique da Silva (EM Professor Amilcar Martins) compartilharam o trabalho realizado como suporte à mediação da aprendizagem dos(as) estudantes. Durante sua fala, Pedro comentou sobre a felicidade de poder apresentar sua experiência em sala de aula: “Fiquei muito feliz, é uma honra compartilhar aqui com vocês um pouquinho da minha prática.”
A diretora do Ensino Fundamental, Chrisley Soares Félix, também esteve presente durante os encontros, juntamente com Adriana Mota, gerente dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e comentou sobre a importância do papel dos(as) estagiários(as) nos Anos Iniciais: “Esse projeto é muito importante, pois os estagiários atuam junto aos estudantes dando a eles atenção de pertinho e podem ajudá-los a sanar as dificuldades no processo de aprendizagem. São um apoio tanto aos estudantes quanto ao professor. Por sabermos o quanto esse olhar próximo é fundamental, é que esse projeto deve continuar no ano que vem.”
Para a mediação sobre as práticas vivenciadas, tivemos como convidadas as professoras mestres em Educação: Mariana Rocha Eller Miranda, Sterlayni Aparecida Duarte e Simone Regina Pinto Pereira. Elas apresentaram significativas reflexões sobre os processos de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e em Matemática.
Partilha e inspiração com os(as) estagiários(as)
#paratodosverem: em um palco, o estagiário Pedro Henrique da Silva fala para a plateia de demais estagiários(as). Atrás dele, há um projetor com slides que guiavam sua apresentação.Foto: Silvia Lanna.
Professores(as) de Educação Física participam de formação
O seminário Corpo e Movimento foi promovido pela Giefu/Smed
A culminância da formação “Corpo e Movimento: Reflexões Teóricas e Práticas” ocorreu no dia 21/11, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), campus Buritis. A ação foi promovida pela Gerência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Giefu), por meio de um seminário com o objetivo principal de estreitar o diálogo entre a universidade, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e as escolas municipais.
O seminário “Corpo e Movimento” abordou temas como: “Formação (inicial e continuada) de professores(as) de Educação Física: diálogos possíveis entre escolas de Educação Básica e a universidade”; “Educação Física escolar na perspectiva inclusiva” e “Corpo de cultura - educação para o esporte e educação por meio do esporte”.
O encontro, que ocorreu no período da manhã e da tarde, iniciou-se com apresentações artísticas de estudantes das escolas municipais Hugo Werneck (coreografia da professora Maria Cecília Mourão Impellizzeri e do professor João Paulo Silva de Carvalho) e Santos Dumont (coreografia da professora Aline Oliveira Dias Moura). A seguir, houve palestras e o compartilhamento de boas práticas para os(as) professores(as) de Educação Física presentes.
A primeira fala foi do professor Dr. Admir Soares de Almeida Júnior, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que abordou o tema “Formação (inicial e continuada) de professores(as) de Educação Física: diálogos possíveis entre escolas de Educação Básica e a universidade”, implicando possibilidades de parceria dos(as) professores(as) nos projetos de estágio supervisionado da UFMG.
Posteriormente, a professora Mara Catarina Evaristo, da Gerência das Relações Étnico- Raciais da Secretaria Municipal de Educação, propôs reflexões sobre o tema “Corpo de Cultura - Educação para o Esporte e Educação por Meio do Esporte”, ressaltando o papel da Educação Física na luta contra o racismo e na promoção de um espaço inclusivo e seguro nas escolas. Nas palavras da educadora: “Precisamos pensar o esporte na perspectiva dialógica, como estratégia para erradicação do racismo e promoção da igualdade racial.”
Encerrando as palestras, a professora Dra. Graciele Massoli Rodrigues, com o tema “Educação Física escolar na perspectiva inclusiva”, enfatizou a importância de entender cada criança como um indivíduo único que produz cultura e cuja participação precisa ser considerada e potencializada no cotidiano escolar.” Ao ressaltar a criança como agente social, Graciele discutiu a necessidade de reinventar práticas tradicionais visando a aulas mais inclusivas.
Outro momento de grande destaque foram as apresentações orais das boas práticas de Educação Física nos Anos Iniciais, dos(as) professores(as) Ronaldo Martins Santos (EM Professor Mello Cançado), Priscila Kermell Vieira Paraguai (EM Professora Alice Nacif), Rithelle Brena Rodrigues Gomes (EM Jonas Barcellos Corrêa) e Manoel Pantuzzo (EM Ana Alves). Os(as) docentes explanaram sobre as práticas corporais desenvolvidas com os(as) estudantes nas escolas supracitadas, tendo por aporte o Currículo Mineiro.
O evento encerrou-se com um lanche e sorteios para os(as) participantes, em um momento de interação e descontração.
Diálogos e reflexões com professores(as) de Ed. Física em formação
#paratodosverem: há uma plateia de pessoas de costas para a imagem. Na frente delas, a professora Graciele M. Rodrigues fala em um microfone. Atrás dela, há um slide escrito “Educação Física Escolar na perspectiva inclusiva”.
Foto: Silvia Lanna.Concursos premiam ações de combate ao trabalho infantil
Prêmios do MPT e do TRT promovem conscientização de estudantes sobre direitos trabalhistas
A Secretaria Municipal de Educação (Smed) realizou, no dia 25 de novembro, a cerimônia de premiação da etapa municipal do “Prêmio Ministério Público do Trabalho (MPT) na Escola” e do “II Concurso de Redação” do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. O evento, realizado no Auditório do Centro de Educação Integrada Imaculada, tem por objetivo incentivar a participação dos(as) estudantes que estão matriculados(as) do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental em atividades de prevenção e de combate ao trabalho infantil. As premiações são ações do “Projeto Resgate à Infância - Eixo Educação'', aderido pela Smed desde 2018.
O “Prêmio MPT”, promovido pelo Ministério Público do Trabalho, é uma ferramenta educativa que visa transformar o conhecimento sobre direitos trabalhistas em ações concretas de conscientização e mobilização nas escolas, com um papel significativo na luta pela erradicação do trabalho infantil e pelo fortalecimento dos direitos trabalhistas. No ano de 2024, a Rede Municipal de Belo Horizonte teve 42 escolas inscritas, e 12 trabalhos foram selecionados para a etapa estadual. Desses trabalhos, quatro foram classificados para a etapa nacional. Já o “Concurso de Redação”, promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, é direcionado a estudantes das escolas públicas das redes municipal e estadual de Minas Gerais. O tema trabalhado pelos(as) alunos(as) foi “Diga NÃO ao trabalho infantil e SIM à educação”. Participaram do concurso estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental regularmente matriculados(as).
Os trabalhos premiados foram expostos durante a cerimônia, que foi aberta com uma mesa de conversa entre Gabriel Sousa Rios Marques de Azevedo, subsecretário de Articulação da Política Pedagógica da Smed, a representante do gabinete, Marília de Dirceu Salles Dias, diretora de Políticas Intersetoriais na Smed, Elvira Cosendey, do Ministério do Trabalho e Emprego, e Marta Gusmão, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT3). O debate abordou o trabalho infantil, reforçando o processo de conscientização estudantil. Dias reforçou a relevância do assunto em sua fala: “Essa é uma pauta que não é fácil, pois passa por uma questão financeira que não é só a Educação que vai resolver, mas que temos o papel de combater.”
Pedro Augusto Magalhães Santos e Victor Gabriel Rocha de Jesus Gomes são estudantes do 5º ano da Escola Municipal Luiz Gonzaga Júnior e ficaram em 2º lugar na etapa nacional da categoria “Desenho” do Prêmio MPT. Leidineia Martins Braga, professora dos alunos, conta que Pedro começou a vender seus desenhos depois do prêmio: “Foi incrível participar do projeto. Trabalhamos na escola com uma sequência didática sobre o tema proposto focada nas turmas do quarto e do quinto ano. Fizemos uma seleção dentro da própria escola, envolvendo todas as turmas com as quais eu trabalhava. Os alunos se dedicaram muito, e os trabalhos foram realizados seguindo todas as regras do concurso, utilizando cartolinas para a apresentação. Participamos da etapa municipal e ficamos muito felizes em conquistar o primeiro lugar para a escola. Depois, seguimos para a etapa seguinte e conquistamos o segundo lugar. Ficamos extremamente felizes com essa conquista e temos certeza de que esse é apenas o primeiro de muitos prêmios que eles vão ganhar.”
5º ano da EM Luiz Gonzaga Júnior conquista medalhas no Prêmio MPT
#paratodosverem: fotografia colorida dos alunos do 5º ano Pedro e Victor. Entre eles, está Leidineia, professora que orientou os trabalhos premiados. Os três estão com medalhas.
Foto: Gabriela de Castro.
Seminário celebra 20 anos de Políticas EducacionaisO evento reúne palestras, oficinas e diálogos sobre equidade, diversidade e literatura
O “Seminário Consolidando Políticas e Pedagogias para a Equidade na Educação” marca a culminância de atividades formativas da Secretaria Municipal de Educação (Smed) em 2024, ao passo que celebra os 20 anos da política que instituiu o “Kit Literário” e o “Kit de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena”. As atividades de encerramento foram divididas entre os dias 2, 3 e 4 de dezembro em um cronograma repleto de conhecimento e diversão.
Os eventos também finalizaram os trabalhos dos Núcleos de Estudos das Relações Étnico-Raciais e da “VI Mostra de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena”. Organizado pela Gerência das Relações Étnico-Raciais e pela Gerência de Bibliotecas, em parceria com outras gerências da Smed, o encerramento buscou, por meio de palestras, oficinas e mesas de diálogos, apresentar práticas inovadoras e debater perspectivas para fortalecer a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME/BH), avançando na construção de políticas educacionais inclusivas e na promoção de equidade no ambiente escolar.
No dia 2 de dezembro, das 19h às 21h, a consolidação teve início com uma live transmitida pelo YouTube que abordou a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). Bernadete Quirino Duarte Blaess, da Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial (Deid), e Maria Socorro Figueiredo Lages, gerente de Bibliotecas, compuseram a mesa de abertura.
Após suas falas, a mesa oficial foi composta pelo subsecretário Gabriel Saulo Rios Matos Sobrinho e por Bárbara Bof, diretora de Promoção dos Direitos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e da Fundação Municipal de Cultura (FMC). A palestrante convidada, professora e doutora Zara Figueiredo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC), destacou índices, desafios e legislações essenciais sobre educação inclusiva e diversidade.
O segundo dia de atividades foi marcado por mesas de diálogos com relatos mediados sobre diversas práticas pedagógicas e oficinas para turmas, realizadas na Smed. Alguns dos temas e das práticas pedagógicas abordados: história e cultura africana e indígena, com oficina de capoeira; potencialização do “Kit de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena”; colóquio de Português como Língua de Acolhimento no Ensino Básico; oficina de Língua Espanhola e música popular latina; oficina de cinema como ferramenta para a educação das relações étnico-raciais e oficina de literatura que acolhe.
Gabriel Calebe, estudante da Escola Municipal Polo de Educação Integrada, tem 14 anos e contou sua alegria em participar da atividade de capoeira. "Foi uma experiência muito boa que tive junto com o Gustavo, que é o professor Espoleta. Eu pude conhecer pessoalmente o mestre Tyson e alguns outros. Gostei muito de entender sobre os toques primitivos da capoeira e principalmente da roda, porque pude jogar com muitos mestres e me apaixonei. Foi incrível", destacou.
Para finalizar a programação, no dia 4, foi transmitida uma live no YouTube, às 19h, intitulada “Lendo Palavras, Lendo o Mundo: a importância da literatura na construção de subjetividades e de modos de ser e estar no mundo”, em homenagem ao “Kit Literário”. A live foi mediada por Valéria Coimbra, da Gerência de Bibliotecas, e contou com convidados(as) como as escritoras Maria do Carmo Ferreira Costa e Márcia Wayna Kambeba, além do professor doutor Eduardo de Assis Duarte. Representando a Smed, Bernadete Quirino Duarte Blaess e Maria Socorro Figueiredo Lages abriram a apresentação. A mesa foi composta pela bibliotecária escolar Carolina Tecila e Flávia Oliveira, da Gerência das Relações Étnico-Raciais.
A autora indígena Márcia Kambeba abordou na live a escrita indígena. “Todas as formas de vivência devem ser respeitadas, a gente tem que ensinar primeiramente a partir da sala de aula, antes de chegar no colo da família. É assim que é na aldeia. Quando a gente escreve literatura indigena é porque nós precisamos falar de um lugar. Muitos escritores falaram por nós, mas agora nós falamos por nós mesmos. Nós escrevemos diretamente do nosso corpo-água território”, declarou.
Durante os três dias de evento, as práticas pedagógicas e o diálogo sobre a educação inclusiva e equitativa foram construídos brilhantemente. As palestras, oficinas e mesas refletiram sobre a importância da literatura e das relações étnico-raciais no ambiente escolar, e o resultado foi uma rica troca de saberes em prol da diversidade e da inclusão.
Estudantes participam de mesa sobre capoeira
#paratodosverem: várias crianças estão sentadas no chão de madeira de uma sala. Todas vestem-se de branco e olham, atentamente, para frente. Ao fundo, há um círculo de cadeiras com pessoas adultas sentadas.
Foto: Silvia Lanna.Respeitando as diferenças nos jogos
Estudantes reestruturam regras de jogos para incluir pessoas com deficiências
Os alunos e as alunas do 7º ano da Escola Municipal José Maria Alkmim (EMJMA) aprenderam sobre a construção de jogos e suas regras. A professora Ana Angélica os(as) desafiou a adaptar jogos para pessoas com alguma deficiência. A missão foi inspirada pela educadora Nara Lúcia Ferreira, que trabalha na escola e que é deficiente visual.
Com isso, as crianças, motivadas pelo carinho que nutriam pela professora Nara, colocaram a mão na massa. A turma se separou em grupos, e cada um teve a sua ideia de como criar jogos inclusivos. Os trabalhos foram exibidos na “Amostra Cultural” da escola e foram bastante elogiados.
A professora Ana Angélica, responsável pelo projeto, comentou que a atividade fez seu papel de sensibilizar e aproximar os(as) alunos da realidade das pessoas com deficiência: “Considero que a experiência, com certeza, alcançou o objetivo de sensibilizar os visitantes a terem mais empatia com as pessoas com deficiência, já que vários visitantes puderam se colocar no lugar do outro. Além disso, foi plantada a sementinha nos alunos, a respeito da diversidade, da inclusão, do Braille, de ser um ser humano empático, de forma a tornar a escola e o mundo lugares melhores.”
Alguns(mas) estudantes que participaram da prática falaram como foi criar estes jogos. Enzo Leonardo, aluno da professora Ana, disse que foi uma experiência divertida: “Eu adorei participar disso, pois nós fizemos algo bom e acessível usando nossa criatividade e pensamentos e jogamos como se tivéssemos uma deficiência visual, o que nos fez nos colocarmos no lugar do outro. Eu participaria de novo disso e com ainda mais ideias criativas."
A aluna Maria Eduarda Silva comentou sobre o seu projeto e o que foi preciso para desenvolvê-lo: “Meu grupo fez um labirinto em forma de coração. Fazer o trabalho não foi uma tarefa fácil porque tínhamos que pensar em algo legal e divertido, tínhamos que pensar nos mínimos detalhes, pensar em qual formato, cor , espessura. Mas no final foi muito legal e prazeroso ter participado desse projeto."
Por fim, Lorraine Luz Portela contou sobre o que aprendeu durante esse projeto: "Eu e minhas amigas fizemos o trabalho de jogo da memória para pessoas com deficiência visual. Confesso que deu bastante trabalho na hora de fazer, principalmente na escrita braille. Foi difícil, pois nunca havia escrito, mas depois eu peguei o jeito. Lógico que eu tenho muito que aprender e melhorar, mas, com o tempo, eu consigo melhorar.”
Alunos(as) aprendem sobre inclusão por meio de jogos, na EMJMA
#paratodosverem: na foto, uma mulher e uma criança estão vendadas enquanto jogam um jogo da velha adaptado para pessoas com deficiência visual.
Foto: acervo da EM José Maria Alkmim.RME é prata em Olimpíada Internacional de Matemática
Estudantes da Rede se destacam na competição no Catar e mostram o potencial da educação pública
A competição global ocorreu na Qatar Foundation
#paratodosverem: na imagem, um aluno, um professor e uma aluna posam juntos para a foto, segurando a bandeira nacional do Brasil à frente. O menino, à esquerda, segura o certificado de menção honrosa que recebeu; enquanto a menina, à direita, exibe sua medalha de prata. O docente, ao centro, sorri orgulhoso das conquistas dos(as) estudantes. Todos(as) estão vestidos(as) com traje formal e transbordam satisfação, refletindo o clima de celebração e realização do momento.
Foto: Fábio Andrade Machado.
Dois estudantes da Escola Municipal Cora Coralina, localizada na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, conquistaram reconhecimento internacional ao representar a capital mineira na “World Mathematics Team Championship” (WMTC), a renomada “Olimpíada Internacional de Matemática”. Realizado entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro, em Doha, no Catar, o evento reuniu jovens talentos de 20 países. Emanuelle Mello Ribeiro, de 15 anos, foi premiada com a medalha de prata, e Isaac Miguel Gomes Rodrigues, de 11 anos, recebeu uma menção honrosa, destacando-se entre mais de 800 competidores(as) de 20 países.
Emanuelle Mello foi condecorada com a medalha de prata na cerimônia de premiação realizada no dia 1º de dezembro. Emocionada, ela compartilhou: “A prefeitura me proporcionou uma grande oportunidade ao possibilitar minha viagem para participar da WMTC, uma competição internacional de Matemática, que neste ano aconteceu no Catar. Eu amei a experiência de conhecer novas pessoas, culturas, adquirir novos aprendizados e, principalmente, realizar a prova. Só tenho a agradecer por esses oito dias incríveis e acredito que, a partir de agora, muitas portas se abrirão.”
Já Isaac, que também conquistou uma menção honrosa, expressou sua satisfação com a experiência: “Minha viagem a Doha, no Catar, foi uma experiência incrível que ficará marcada para sempre na minha memória. Desde o início, fiquei impressionado com a beleza do lugar, mas o que realmente me conquistou foram os momentos vividos durante as provas. Foi desafiador, sem dúvida, mas cada etapa trouxe aprendizado e superação. A cerimônia de premiação foi legal, com muita emoção. Para terminar com estilo, ganhei uma menção honrosa, que representa tudo o que conquistei nessa jornada. Sem dúvidas, foi uma viagem inesquecível!”
A competição global ocorreu na Qatar Foundation, e os(as) estudantes enfrentaram provas individuais, por revezamento e por equipes, no dia 29 de novembro. Para o Professor Fábio Andrade Machado, responsável pela formação de Isaac e Emanuelle, a conquista foi um momento de grande emoção. “Hoje é um dia muito especial para mim, professor desses estudantes fantásticos. Estou extremamente emocionado e feliz por testemunhar a conquista dos meus estudantes em Doha, Catar. Este momento é uma prova de que, com dedicação e compromisso, podemos alcançar grandes resultados. Acredito firmemente em uma educação pública de qualidade, capaz de transformar vidas e criar novas oportunidades”, afirmou.
A trajetória rumo ao Catar: a etapa nacional em Campinas
A jornada de Isaac e Emanuelle até o Catar começou meses antes da competição internacional. Em agosto de 2024, durante a etapa nacional da “World Mathematics Team Championship”, realizada em Campinas-SP, os(as) estudantes da Escola Municipal Cora Coralina se destacaram ao conquistar seis premiações, consolidando seu lugar na fase global do evento.
Entre os dias 23 e 25 de agosto, a escola participou da "Pré-WMTC", a etapa internacional da competição que reúne alunos(as) de todo o mundo para resolver o mesmo conjunto de questões simultaneamente. Na edição deste ano, 143 estudantes de diversas regiões do Brasil, além de alunos(as) do Peru, marcaram presença. A Escola Municipal Cora Coralina enviou oito alunos(as), do 5º ao 9º ano, que se classificaram por meio de uma seletiva interna. Os(As) participantes competiram em modalidades como provas individuais, desafios de revezamento e competições por equipes.
O desempenho da equipe foi excepcional, com a conquista de duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. Essa performance de destaque garantiu a classificação de Isaac e Emanuelle para a etapa global da WMTC, que ocorreu em Doha, no Catar.
O Campeonato Mundial de Equipes de Matemática WMTC
A WMTC é uma prestigiada olimpíada internacional de Matemática que reúne jovens talentos de todo o mundo. O evento, realizado anualmente, tem como objetivo estimular o raciocínio lógico, a resolução de problemas complexos e o trabalho em equipe. A competição envolve provas individuais e por equipes, além de desafios de revezamento, proporcionando aos(às) estudantes uma experiência única de aprendizado e intercâmbio cultural. A participação na WMTC é uma excelente oportunidade para jovens talentos se desafiarem e se destacarem em um cenário global.
Outras conquistas da Escola Municipal Cora Coralina
A conquista na WMTC reflete o esforço contínuo da Escola Municipal Cora Coralina, que tem se destacado ao longo dos anos, nas olimpíadas acadêmicas. Em 2024, os(as) estudantes da escola conquistaram mais de oitenta medalhas em diversas competições, reforçando a reputação da instituição na educação pública. Entre as recentes conquistas, estão seis medalhas na etapa nacional da “Olimpíada de Matemática WMTC”, realizada em Campinas-SP (ouro, prata e bronze), nove medalhas na “Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica” (OBA), cinquenta medalhas de rubi na “Olimpíada de Matemática Matific”, dez medalhas na “Olimpíada Canguru de Matemática” (ouro, prata e bronze), e três medalhas de bronze e duas menções honrosas na “Olimpíada Internacional Copernicus de Matemática”.
Em 2023, os(as) alunos(as) da escola conquistaram 125 medalhas em diversas olimpíadas científicas, com destaque para quatro medalhas na “Olimpíada Científica Jatiense”, na 16ª “Olimpíada Canguru de Matemática”, na “13ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica” (OBA) e na “17ª Mostra Brasileira de Foguetes” (Mobfog); uma medalha na “Olimpíada Brasileira de Robótica” (OBR); dezoito medalhas na “Olimpíada Mandacaru de Matemática”; seis na “Olimpíada Internacional de Matemática e do Conhecimento” (OIMC) e cinquenta medalhas na “Olimpíada de Matemática Matific”.
Em 2022, a escola também obteve resultados notáveis, conquistando 120 medalhas, incluindo oito na “Olimpíada Canguru de Matemática”, na “11ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica”, na “19ª Mostra Brasileira de Foguetes”, entre outras conquistas.Vereadores(as) mirins visitam o COP
Participantes do Camir realizaram atividades práticas de resolução de problemas cotidianos
Estudantes participantes do projeto “Câmara Mirim” (Camir) realizaram, nos dias 6 e 13 de novembro, uma visita técnica ao Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), no bairro Buritis. A visita técnica faz parte das atribuições dos(as) vereadores(as) mirins e, consequentemente, das ações previstas durante a execução do projeto. A edição 2024 englobou as seguintes escolas municipais de Belo Horizonte: Dom Orione, Henriqueta Lisboa, Luiz Gonzaga Junior, Maria Silveira, Milton Campos, Oswaldo França Júnior, Professora Acidália Lott, Solar Rubi, Tristão da Cunha e Zilda Arns. Além dessas instituições, conta também com a participação de escolas das redes estadual e privada.
Partindo de discussões sobre temas de ordem social, ambiental, econômica e política, o Camir é voltado para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Durante a execução do projeto, são desenvolvidas diversas atividades educativas em que os(as) vereadores(as) mirins aprendem sobre o processo legislativo, utilizando como instrumento pedagógico a formação de um parlamento mirim do Município. Já o COP é um espaço estratégico de tomada de decisões. Vinculado à Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, o espaço tem o papel de monitorar a cidade 24 horas por dia, utilizando mais de 4.000 câmeras e todo tipo de sensor para tentar antecipar as diversas situações que podem ocorrer.
Os(As) vereadores(as) mirins, durante a visita, tiveram a possibilidade de escutar a fala de representantes da Guarda Municipal sobre a importância do trabalho de servidores(as) públicos(as), principalmente em relação aos esforços cotidianos direcionados para fazer a cidade capaz de superar obstáculos e lidar com situações adversas. Além disso, tiveram a oportunidade de ouvir também a Sr.ª Geórgia Ribeiro, diretora do COP. “A visita dos vereadores mirins é de fundamental importância para desenvolver a cidadania desses alunos, que já são cidadãos e, no futuro, serão adultos exercendo funções importantes. É essencial que eles compreendam o papel que têm a exercer e que a Câmara Municipal desempenha na formulação de leis que colaboram para uma melhor estruturação da cidade”, explica Ribeiro. “Uma cidade mais bem organizada depende de investimentos e recursos para o monitoramento e a resposta a diversos problemas urbanos. Por exemplo, é na Câmara que se discute e viabiliza o uso de tecnologias voltadas ao monitoramento de infraestrutura, além de projetos preventivos fundamentais que permitem antecipar problemas”, acrescenta.
Os(as) alunos(as) ainda participaram de uma atividade prática de resolução de problemas. Foram apresentadas aos grupos de estudantes situações adversas cotidianas a serem resolvidas, como acidentes de carro. Diante disso, eles(as) estabeleceram quais autoridades deveriam ser acionadas prioritariamente. Depois, houve uma visita à sala de controle e de monitoramento, que dá acesso ao que acontece em toda a cidade. Marcelo Lima de Souza Oliveira, do 9° ano da EM Henriqueta Lisboa, é vice-presidente da Câmara Mirim. Ele ressalta a importância da visita: “Normalmente, a gente acha que não tem alguém por trás das coisas. Por exemplo, quando você liga para a polícia, acha que vai direto para a delegacia, mas, na verdade, o chamado passa pelo COP. Essa experiência mudou minha visão, porque agora sei para quem ligar e entendo que tem uma equipe de apoio por trás de tudo isso.”
Visita ao COP promove o exercício da cidadania na prática
#paratodosverem: fotografia colorida de vários(as) participantes do projeto “Câmara Mirim” em frente ao painel de monitoramento do COP, que mostra imagens de câmeras da cidade inteira.
Foto: Gabriela de Castro.Câmara Mirim encerra sua 15ª legislatura
Encerramento na Câmara Municipal envolve estudantes, professores(as) e familiares
A 15ª legislatura do projeto “Câmara Mirim” chegou ao fim, no dia 27 de novembro. A ação de educação para a cidadania, que se efetiva por meio da formação política e do debate sobre temas de ordem social, ambiental, econômica, política e outros, é realizada em parceria entre a Câmara Municipal de Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Belo Horizonte, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e o Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais.
Anualmente ocorrem votações nas escolas participantes, para que sejam escolhidos(as) três vereadores(as) mirins em cada uma. As dez escolas municipais participantes em 2024 reuniram 123 candidatos(as) para as eleições, totalizando trinta eleitos(as). A partir disso, os(as) vereadores(as) mirins formulam projetos, aprendem sobre as leis e sobre o processo eleitoral, entre outros.
O encerramento contou com a presença de Shirley de Cássia Pereira Machado de Miranda, representante da Smed; da presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereadora Marcela Trópia, representando o presidente, Sr. Gabriel Sousa Marques de Azevedo; do doutor Carlos Donizetti Ferreira da Silva, juiz auxiliar da presidência do TRE-MG; do gerente da Escola do Legislativo, Roberto Edson de Almeida, e, finalmente, dos(as) três vereadores(as) mirins eleitos(as), Ana Beatriz Soares Teixeira (presidente da Câmara Mirim), Marcelo Lima dos Santos de Oliveira (vice-presidente da Câmara Mirim) e Lucca Rodrigues de Oliveira (secretário geral da Câmara Mirim), na mesa diretora da 15ª edição.
O evento foi aberto com o hino nacional brasileiro, cantado pelo coral da Escola Municipal José Maria Alckmin, seguido pela apresentação do coral da Escola Municipal Henriqueta Lisboa. Ainda foi exibido um vídeo que destacou momentos que os(as) vereadores(as) mirins vivenciaram durante o projeto. Ocorreu também a entrega de um documento com as propostas e os resultados produzidos pelos(as) estudantes, além da entrega dos certificados aos(às) estudantes participantes, aos(às) professores(as) responsáveis e às escolas. Por fim, o coral da EM Henriqueta Lisboa apresentou de novo para todos(as) na plateia de pais, professores(as), colegas e demais vereadores(as) mirins.
Marcelo Lima, vice-presidente da Câmara Mirim e aluno do 9º ano na EM Henriqueta Lisboa, contou um pouco sobre como foi participar do projeto e o que mudou neste ano com o “Câmara Mirim”: “É um projeto muito legal e muito importante. A gente se coloca no lugar dos vereadores, né? Eu era meio tímido, e isso melhorou. Minha comunicação melhorou. Minha forma de me expressar melhorou também. É bem interessante, esse projeto fez melhorar a questão da confiança de falar em público. Tenho mais confiança na minha fala.”
O secretário geral da Câmara Mirim e aluno da EM Dom Orione, Lucca Rodrigues de Oliveira, também falou sobre sua experiência durante o projeto: “É sempre muito legal ter esse convívio na Câmara, poder trabalhar com os projetos e conhecer outras pessoas. É como se fosse um networking. Tudo é muito legal, tudo é muito interessante. Desde que eu entrei no projeto, minha cabeça abriu por diversos motivos, em diversos sentidos, conhecendo outras pessoas, outras visões de mundo, outras percepções e opiniões. É uma experiência fantástica e que a gente é muito grato por poder participar dela. Esse projeto te faz querer ter uma participação política maior.”
Estudantes fecham ciclo na Câmara Municipal de Belo Horizonte
#paratodosverem: em um palanque, os(as) componentes da mesa do evento posam para foto que registra o momento no qual o aluno Marcelo entrega documento para a vereadora Marcela Trópia. Atrás deles(as), há um telão com o slide contendo a logo do “Câmara Mirim”.
Foto: Silvia Lanna.Encerramento do Programa UPT em parceria com a CGU
Escolas recebem certificado de participação em cerimônia na Controladoria-Geral da União
O encerramento do programa “Um por todos e todos por um! Pela ética e cidadania” (UPT) aconteceu no auditório da Controladoria-Geral da União (CGU), no dia 28 de novembro. O público foi de 140 pessoas e contou com quatro estudantes e um(a) professor(a) de referência por escola; um(a) representante da Diretoria Regional de cada escola; Adriana Mota Ivo Martins, representando a Gerência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Giefu) da Secretaria Municipal de Educação (Smed); o subsecretário de Articulação da Política Pedagógica, Gabriel Saulo Rios Matos Sobrinho, e a superintendente da Controladoria-Geral da União no Estado de Minas Gerais, Raquel de Melo Todeschini.
O programa, parceria da Smed com a CGU, é um projeto de cidadania e protagonismo estudantil voltado para o aprendizado da ética e da cidadania. O Ensino Fundamental dispõe de materiais para ter uma formação crítica, com consciência de seus direitos e deveres. Em 2024, 28 escolas participaram com cerca de 1.600 estudantes, após serem selecionadas em diálogo com as Diretorias Regionais.
No evento de encerramento, o coral infantil composto por crianças estudantes da Escola Municipal Maria das Neves apresentou uma bela performance do “Hino Nacional” e de outras músicas. O subsecretário Gabriel Sobrinho demonstrou seu orgulho pelo resultado do projeto. “Agradeço a todos os parceiros, em especial à CGU, por sua colaboração essencial. Conseguimos impactar positivamente mais de 1.600 alunos em 28 escolas. Estamos comprometidos em fortalecer, cada vez mais, esse e outros futuros projetos, para formar cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Parabenizo, em especial, aos nossos estudantes, que demonstraram grande entusiasmo e dedicação, mostrando que o protagonismo juvenil é, sim, possível e necessário”, destacou.
O programa, que é uma iniciativa da CGU em parceria com o Instituto Maurício de Sousa, é uma iniciativa para despertar nos(as) estudantes o senso de cidadania, de ética, de participação e de responsabilidade. O Instituto Maurício de Sousa disponibiliza materiais de apoio da Turma da Mônica, que contribuem para o aprendizado da ética e da moral das crianças. As atividades proporcionam uma formação crítica aos(às) estudantes dos Anos Iniciais (1º ao 5º) do Ensino Fundamental.
Com o UPT, as escolas alcançaram reflexões sobre os valores da democracia e da convivência social na comunidade. Há intenção de dar continuidade ao projeto em 2025, com sua expansão para outras escolas.
Participantes recebem certificado de participação
Foto: Vitória Lapa
#paratodosverem: o público que participou do evento está no auditório sorrindo e com as mãos para o alto. Há crianças e adultos, alguns(mas) deles(as) com o certificado nas mãos.Encerramento do Aluno Auditor e do Ouvidor Jovem 2024
A cerimônia finalizou atividades de 2024 com entrega de certificados e apresentações artísticas
O encerramento dos projetos “Aluno Auditor” e “Ouvidor Jovem” ocorreu no auditório do Teatro Francisco Nunes, na manhã do dia 3 de dezembro. A plateia encheu-se de jovens de todas as escolas participantes e autoridades como a controladora-geral adjunta Cláudia Fusco, o ouvidor do Município Gustavo Nassif e o secretário municipal adjunto de Educação de Belo Horizonte Marcus Valério de Figueiredo Clemente. Para representar os(as) jovens, a aluna Sarah Caroline Ferreira da Silva, da Escola Municipal Presidente Itamar Franco, representou o “Aluno Auditor” e a aluna Beatriz Rafaela Rodrigues de Souza, da EM Prof. Lourenço de Oliveira, representou o projeto “Ouvidor Jovem”.
O ouvidor do Município, em sua presença ilustre para prestigiar os(as) estudantes, ficou feliz com os resultados obtidos. “É uma alegria estar aqui para celebrar o encerramento dos projetos ‘Aluno Auditor’ e ‘Ouvidor Jovem’. Sem a Educação, não é possível avançar, e a participação de vocês na governança das escolas é fundamental para colhermos os frutos de um futuro melhor. Continuem sendo protagonistas dessa mudança. Eu tenho muita esperança no futuro de vocês”, afirmou.
Em 2024, nove escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte participaram do “Ouvidor Jovem”, e dezesseis, do “Aluno Auditor”. Para encerrar as atividades, o Teatro Francisco Nunes recebeu apresentações artísticas de dança, exibição de vídeos dos(as) coordenadores(as) dos projetos, bem como entrega de certificados e fotos.
O eixo central do “Ouvidor Jovem” é permitir que os(as) estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tenham um lugar de protagonismo e um desenvolvimento pleno, focando no controle social e na participação cidadã no dia a dia, mesmo dentro da escola. A metodologia do projeto consiste em fases de divulgação da proposta, captação de alunos(as) que desejam se candidatar ao cargo de ouvidor(a) jovem, campanha eleitoral e, posteriormente, o início das atividades como ouvidor(a). Cada escola elege um(a) ouvidor(a) e dois(duas) suplentes, cujo mandato tem a duração de um ano letivo.
O projeto “Aluno Auditor” também tem como objetivo a participação na política pública e no controle social. Ele atua por meio de ações de auditoria e monitoramento, para promover a difusão de conhecimentos e a reflexão de professores(as), colaboradores(as) e estudantes sobre problemas, causas e soluções no contexto escolar. Cada escola participante possui de 25 a 40 estudantes selecionados(as) para serem auditores(as).
A ideia da auditoria dos(as) alunos(as) no “Aluno Auditor” é mostrar, na prática, como o diálogo entre o setor público e os(as) cidadãos(ãs) é responsável pela observação de oportunidades de melhorias, tanto na escola quanto na cidade. Os(as) auditores(as) são responsáveis por receber as propostas e refletir sobre quais são as medidas práticas, tais como mudanças comportamentais ou ações articuladas, para atingir mais qualidade. Os(As) ouvidores(as) jovens são o canal direto de comunicação da comunidade escolar com a Prefeitura de Belo Horizonte. Ao exercerem o papel de incentivadores(as), catalisadores(as) e propulsores(as) da importância da participação na comunidade escolar, os(as) participantes aprimoram as políticas públicas do Município.
Ao comentar sobre o projeto “Aluno Auditor”, a representante Sarah Caroline Ferreira da Silva contou sobre sua experiência. “Ao participar do projeto, tendemos a valorizar os espaços da escola e adquirimos conhecimentos que levaremos para toda vida. O projeto nos coloca no centro das mudanças e, assim, sentimos o poder de transformar o espaço que é do nosso cotidiano. Deixo o convite de fortalecer e dar continuidade ao projeto, pois ele contribui para a nossa formação como cidadãos atuantes capazes de resolver problemas”, declarou.
Sarah, representante do “Aluno Auditor”, sobe ao palco
#paratodosverem: a imagem mostra o palco do Teatro Francisco Nunes com luzes baixas e chão de madeira. Ao fundo, há um slide escrito “Cerimônia de encerramento”, em fundo laranja. À esquerda, Gustavo Nassif e Cláudia Fusco estão sentados(as) em cadeiras. No meio, a estudante Sarah fala, em pé, ao microfone, acompanhada pelo subsecretário Marcus Valério e a estudante Beatriz, ambos(as) sentados(as) em cadeiras.
Foto: Vitória Lapa.
- Boas Práticas 06 de dezembro e Especial – Selo Nacional Criança Alfabetizada
Boas Práticas Especial – Selo Nacional Criança Alfabetizada
Secretaria Municipal de Educação recebe Selo Ouro do MEC
A Smed conquistou Ouro no Selo Nacional do Compromisso com a Alfabetização de 2024
A Prefeitura de Belo Horizonte foi premiada com o “Selo Nacional Criança Alfabetizada”, na categoria Ouro, pelo Ministério da Educação (MEC), um reconhecimento do processo de alfabetização dos(as) alunos(as) da Rede Municipal de Educação de BH. O resultado foi anunciado nesta quinta-feira (5) e destaca as práticas adotadas pelas secretarias de Educação de todo o país para garantir o aprendizado. A Secretaria Municipal de Educação de BH (Smed-BH) alcançou 90 pontos.
Crianças exploram a literatura no Cantinho da Leitura
#paratodosverem: na imagem, três crianças, um menino e duas meninas, estão sentadas no chão da sala de aula, com livros nas mãos. Atrás delas, há uma pequena estante de três prateleiras com livros infantis. À direita, um garoto, sentado em sua carteira escolar, faz atividades.
Foto: Ascom/Smed.
Um marco essencial para atingir uma boa pontuação no Selo foi a implementação da “Bolsa de Formação” pelo município, com base na Lei nº 11.679/2024 e regulamentada pela Portaria Smed nº 125/2024, que incentivou maior participação dos(as) docentes da Educação Infantil no curso "Leitura e Escrita na Educação Infantil". Esse curso contou com a participação de mais de 70% dos(as) professores(as) que atuam na Pré-Escola. Essa iniciativa, inserida no Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, fortaleceu a formação profissional e corroborou para o reconhecimento da qualidade do trabalho educacional por meio do “Selo Nacional Criança Alfabetizada”.
O secretário de Educação, Bruno Oitaven Barral, reflete sobre o aprendizado das crianças. “Essa conquista é um reflexo do esforço coletivo de toda a Rede Municipal de Educação. Investir na alfabetização das nossas crianças é investir no futuro da nossa cidade e na transformação social. O ‘Selo Nacional Criança Alfabetizada', na categoria Ouro, reafirma o compromisso da nossa gestão com a formação e deixa claro que estamos no caminho certo, valorizando nossos professores e garantindo oportunidades reais de aprendizado para nossas crianças desde os primeiros anos de escolarização", comemora.
A Gerência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Giefu) da Secretaria Municipal de Educação levou ao MEC projetos como o reforço escolar, formações, boas práticas, iniciativas de leitura e programas, bem como atividades que ocorrem nas escolas municipais e na Smed de forma individual. Além disso, a construção de um Plano de Trabalho do Município para ampliar ações de alfabetização, a existência de um sistema de monitoramento da aprendizagem e de projetos de recomposição de aprendizagem, de projetos de incentivo à leitura e a implementação de projetos institucionais são exemplos do trabalho dos(as) educadores(as), da gestão da Smed e da comunidade escolar que garantem um ensino de qualidade e promovem a inclusão e o aprendizado nas escolas municipais.
Aumento da nota
O índice de estudantes alfabetizados(as) no 2º ano do Ensino Fundamental teve um aumento na nota de 77,2, em 2022, para 88,15, em 2023 (dados do Sistema Mineiro de Avaliação), o que evidencia o avanço significativo na qualidade da alfabetização e o impacto positivo do compromisso firmado nas escolas, além de refletir o empenho dos(as) educadores(as) com o aprendizado das crianças. O reconhecimento das conquistas educacionais por meio do Compromisso Nacional é de extrema relevância, pois motiva a continuidade e o aprimoramento das práticas pedagógicas.
Ao explicar como foi feita a organização para que essa entrega fosse possível, Adriana Mota Ivo Martins, gerente dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, comentou que houve esforços de várias gerências e diretorias para que a inscrição fosse feita: “Todas as diretorias e gerências pedagógicas se mobilizaram para organizar a documentação necessária para a comprovação das condicionalidades exigidas, relacionadas aos programas e aos projetos de leitura, ao sistema de avaliação e monitoramento, à formação de professores e gestores, à materialidade e aos projetos de recomposição das aprendizagens e boas práticas”.
Na prática
A Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira implementou o “Cantinho de Leitura” em todas as salas de aula do 1º e do 2º ano, ação que faz parte de uma das condicionalidades do Selo. O diretor Douglas de Castro Guimarães comentou sobre a realização do programa. “Essa é uma proposta muito boa, que tem privilegiado os estudantes a terem acesso aos livros e permite aos professores criarem novas possibilidades de exploração da leitura em sala de aula”, afirmou.
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo Governo Federal por meio do Decreto nº 12.191, em setembro de 2024, visa garantir o direito à alfabetização das crianças até o final do 2º ano do Ensino Fundamental e foca na recuperação das aprendizagens das crianças dos 3º, 4º e 5º anos afetadas pela pandemia. O objetivo principal é reconhecer os esforços das secretarias estaduais, distritais e municipais de Educação em prol da alfabetização e celebrar os avanços alcançados. A inscrição das secretarias se dá de forma voluntária, por meio de termo acessível no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Os municípios vencedores serão convidados a receber seus prêmios no Ministério da Educação (MEC), em 2025.
O Selo é um programa fundamental para o desenvolvimento dos(as) alunos(as) e para o fortalecimento do sistema público de Educação. É uma iniciativa que reforça o compromisso da Prefeitura de BH em garantir a educação de qualidade e a construção de um futuro mais justo e igualitário para todos(as).
Boas Práticas – 06 de dezembroMemória do patrono escolar resgata história de jurista
Heráclito de Moura Sobral Pinto foi importante defensor dos direitos humanos
A Escola Municipal Sobral Pinto tem desenvolvido, durante o mês de novembro, o projeto “Memória do Patrono Escolar”. Com o objetivo não só de tornar conhecida a história da personalidade por trás do nome da escola, como também de refletir sobre a universalidade dos direitos humanos neste mês da Consciência Negra, a comunidade escolar se dedicou aos estudos sobre o jurista Heráclito de Moura Sobral Pinto, que se consolidou como um importante defensor dos direitos humanos, especialmente durante a ditadura do Estado Novo e a Ditadura Militar instaurada no Brasil, após o golpe de 1964.
Sobral Pinto dá nome à escola desde 1992, um ano depois de seu falecimento no Rio de Janeiro, aos 98 anos. O barbacenense defendeu presos políticos na ditadura de Getúlio Vargas e na cívico-militar pós-64, tendo como destaque o resgate de Anita – filha de Luís Carlos Prestes e Olga Benário –, que havia sido entregue aos nazistas. Também se distinguiu na garantia da Constituição, quando foi negado o direito à candidatura de Juscelino Kubitschek, em 1954.
A memória dessa importante figura histórica foi fomentada pela comunidade escolar por meio da exibição de vídeos e documentários, além da realização de palestras e da produção de textos, promovendo um diálogo com os ideais defendidos por Sobral Pinto. "Resgatar a memória do patrono Sobral Pinto é essencial para nosso trabalho pedagógico e social na Escola Municipal Sobral Pinto", afirma o diretor Rui Barbosa.
EM Sobral Pinto promove estudos sobre trajetória do patrono
#paratodosverem: fotografia em preto e branco do jurista e defensor dos direitos humanos Heráclito de Moura Sobral Pinto.
Foto: acervo da EM Sobral Pinto.Sustentabilidade a partir da cultura indígena
Projeto da EM Pedro Guerra trabalha temáticas como agricultura familiar e pluralidade cultural
A educação ambiental a partir da perspectiva dos povos indígenas é o foco do projeto “Sustentabilidade e o Resgate da Cultura Ancestral Indígena”, desenvolvido com os(as) alunos(as) dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Pedro Guerra. A prática, desenvolvida pela professora Keith Miranda, tem por objetivo dialogar com os(as) estudantes da disciplina Estudos Integrados sobre a importância da agricultura familiar, na cidade e no campo, por meio da valorização e do respeito às pluralidades culturais presentes no Brasil. Para isso, as crianças têm a possibilidade de construir o Viveiro, um laboratório vivo por meio do qual elas conhecem vários tipos de plantas e sementes, formulam hipóteses e registram um diário de campo.
O projeto também tem promovido o contato com a literatura indígena, como também a experiência de conhecer lideranças dos povos originários. O intuito de trabalhar esses conhecimentos com as crianças é ajudar a promover a valorização do meio ambiente, a compreensão da origem e os caminhos dos alimentos até a mesa. A prática desperta ainda o interesse por hábitos alimentares saudáveis e reforça a singularidade do contato com a terra por meio de brincadeiras e demais experiências, como produção e colheita. Dessa forma, é possível desenvolver uma relação de respeito e cuidado entre os(as) estudantes e a natureza.
Um dos trabalhos em campo foi a experiência com as joaninhas doadas pela Secretaria do Meio Ambiente de Belo Horizonte. As crianças puderam experienciar a função da joaninha como um inseto que funciona como “gari” do meio ambiente. Além de estudarem sobre o bichinho, os(as) alunos(as) liberaram as larvas no Viveiro da escola, para eliminarem, de modo natural, as pragas das plantinhas. Também tiveram a oportunidade de visitar a exposição “Maravilhas da Natureza”, no Serviço Social do Comércio (Sesc) Venda Nova, que apresentou insetos gigantes com informações sobre suas respectivas funções.
Atividades de campo fazem parte da metodologia do projeto
#paratodosverem: fotografia colorida de crianças da Rede em um ambiente externo que possui uma horta.
Foto: acervo EM Professor Pedro Guerra.Aprender de forma prática com o Clic
Clic instala planetário itinerante para escolas da Rede Municipal
O projeto “Planetário Clic”, organizado pelo Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), é uma iniciativa que começou em maio de 2024 e que leva as crianças a conhecerem o universo dentro da escola. Um planetário é uma sala de projeção que simula o céu noturno e o espaço sideral com uma precisão impressionante. É possível viajar pelo universo explorando a composição e a vida ativa de milhões de estrelas, bem como de inúmeros outros astros, a exemplo de planetas, luas, cometas, asteroides e meteoros.
O “Planetário Clic” é uma ferramenta pedagógica potente, cujo objetivo é aguçar ainda mais o interesse pelo conhecimento científico e pelos avanços da exploração espacial, desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH).
Para que o “Planetário” vá a alguma instituição, a escola precisa se inscrever via formulário, com a capacidade máxima de 50 estudantes. O planetário é montado na escola, e a turma é dividida em dois grupos, enquanto um explora o espaço do planetário, o outro faz atividades criativas com metodologias ativas, a partir dos temas das ciências do espaço.
O “Planetário Clic” também participa de eventos da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, algumas de suas aparições mais recentes foram na Semana da Educação 2024 e na Mostra de Investigação Científica Estudantil (Mice) 2024.
A proposta de itinerância do “Planetário Clic” para as escolas da RME-BH é uma realidade, e, já em 2024, foi possível viver essa primeira experiência na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Cruz, regional Nordeste. Foram atendidas 15 turmas, totalizando 240 crianças de 2 a 6 anos de idade, divididas nos turnos da manhã e da tarde.
Uma das articuladoras do projeto, Alcione da Anunciação Caetano, comentou sobre os futuros planos para que o “Planetário Clic” cresça ainda mais: “Para 2025 a intenção é atender a demanda da maioria das instituições da RME que se apresenta latente e pulsante.”
Planetário Clic é montado na Mice
#paratodosverem: em um ginásio com paredes de vidro, está o planetário, uma estrutura redonda, azul e inflável. Crianças de camisa e boné verde esperam em uma fila, para entrar.
Foto: Vitória Lapa.Rebobina, o musical que abraçou as gerações na EMDJXN
Rebobina mostrou os talentos estudantis de forma enriquecedora
O palco da Escola Municipal Doutor José Xavier Nogueira foi o cenário de uma apresentação especial. O musical “Rebobina” resgatou grandes clássicos do cinema para encantar pais, alunos(as) e professores(as), marcando, de modo inesquecível, as memórias de todos(as).
O musical levou as crianças a darem o melhor de si em uma performance que envolveu dança, música e muita emoção. A apresentação explorou músicas e cenas icônicas de filmes, como “Cantando na chuva”, “Footloose”, “Chaplin”, “O mágico de Oz” e “Dirty dancing”, além de animações atuais, como “Sing”, “Trolls” e “Rio”. Assim, permeou as décadas de 1930, 1960, 1970, 1980, 1990 e chegou até a contemporaneidade, com momentos de nostalgia seguidos de aplausos calorosos.
O musical foi uma oportunidade para desenvolver talentos artísticos e também para trabalhar a timidez, a autoconfiança e o trabalho em equipe. A escolha do figurino foi um dos detalhes que chamou atenção. Cada peça representou os filmes, com carinho e dedicação dos(as) envolvidos(as) na produção.
A aluna Lavínia brilhou no palco, ao lado de seus(suas) colegas e foi um exemplo do impacto positivo que o projeto teve sobre os(as) estudantes. Para sua mãe, Laís de Castro, a EM Dr. José Xavier Nogueira é mais do que um espaço educacional: “A Escola Integrada é muito mais do que um local de estudo para Lavínia. É um lar, uma família. Os monitores são verdadeiros exemplos, dedicados a extrair o melhor das crianças, não apenas nos ensaios, mas também na vida”, afirmou a mãe ao falar sobre a experiência de sua filha.
Assim, o musical foi uma celebração da criatividade, do esforço e do talento dos(as) alunos(as). Para eles(as), foi uma oportunidade de vivenciar experiências únicas, enquanto, para os familiares e os(as) educadores(as), foi a confirmação de que a Integrada está cumprindo seu papel de garantir aos(às) estudantes habilidades para além do conhecimento acadêmico.
Alunos(as) com o figurino de “O Mágico de Oz”
#paratodosverem: a imagem mostra uma criança vestida de homem de lata, duas meninas caracterizadas como a personagem Dorothy, uma de bruxa e um garoto vestido de leão.
Foto: Acervo da EMDJXN.EM Francisca de Paula organiza ações contra o bullying
Escola cria projeto que incentiva resolução de conflitos de forma amistosa
Desde abril de 2024, a Escola Municipal Francisca de Paula vem trabalhando com os(as) estudantes o projeto “Dona Empatia”, para tentar compreender e reduzir os conflitos existentes entre as crianças no ambiente escolar, no que tange ao relacionamento interpessoal e aos impactos na convivência.
Os(As) estudantes do 1º ao 5º ano participaram de rodas de conversa sobre o que é bullying e tiveram a oportunidade de se expressar sobre o assunto. Outra dinâmica preparada pela escola incluía uma boneca de pano chamada “Dona Empatia”, que portava a carta e a caixa da empatia. A boneca lia a carta para os(as) estudantes falando sobre o tema e propunha uma brincadeira. A caixa passava de mão em mão, ao som de uma música. Quando a música parava, o(a) aluno(a) com a caixa tirava uma figura de dentro dela, e a turma discutia sobre a imagem. O objetivo era promover a reflexão sobre formas de resolução de conflitos sem violência.
Durante a dinâmica da caixa da empatia, foram apresentadas figuras e imagens que representavam a exclusão e o racismo, além de inclusão e respeito às diferenças. Os(As) próprios(as) estudantes refletiram sobre essas temáticas e reconheceram ser importante combater o racismo e a falta de respeito às diferenças.
A iniciativa agradou aos(às) estudantes. Luiza Beatriz Belan, do 5º ano, comentou sobre o impacto do projeto no ambiente escolar: "O projeto ‘Dona Empatia’ foi muito importante na escola, porque ajudou a diminuir os apelidos, as ofensas e as brincadeiras maldosas. É um projeto que deve sempre estar sendo desenvolvido nas escolas, porque ajuda a parar com o bullying."
Escola promove discussões contra o bullying
#paratodosverem: em uma sala de aula, uma turma com três educadoras posa para foto; à esquerda, duas alunas seguram um cartaz escrito “Dona Empatia”; ao centro, um menino, sentado, segura a caixa da empatia e, ao fundo, há um quadro em que está escrito: “Bullying não é brincadeira”.
Foto: acervo da EM Francisca de Paula.Afrogincana celebra o Novembro Negro
Estudantes vivenciam cultura afro-brasileira na Escola Municipal João do Patrocínio
Para celebrar o Novembro Negro, a Escola Municipal João do Patrocínio (EMJP) propôs um mês com atividades diversificadas na temática. De ações lúdicas a vivências da cultura afro-brasileira, a equipe escolar contemplou várias relações étnico-raciais com o que chamaram de “Afrogincana”.
A Lei nº 10.639/03 estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos escolares, e, para além dela, a EMJP trabalha em direção a algo mais amplo, visando criar uma escola antirracista. Márcia Regina Lima, coordenadora geral da EMJP, comentou sobre o projeto: “Nosso projeto institucional tem sido trabalhando as relações étnico-raciais para nos tornarmos uma escola antirracista. É com grande satisfação que vemos a participação e o engajamento da comunidade escolar e nossas crianças se perceberem representadas.”
Com seu projeto literário “Calendário Afroindígena” e várias outras ações, o currículo da escola abarca a cultura africana e afro-brasileira durante todo o ano letivo. No contexto do Novembro Negro, a temática ajudou os(as) estudantes a experenciarem significativamente a cultura afro. Em um estudo dirigido, as crianças pesquisaram sobre uma personalidade negra, juntaram fotos, nomes e biografias e confeccionaram um mural.
Durante o ano letivo, o tema é trabalhado com discussões, pesquisas e debates, a partir da leitura dos livros do Kit Afro em sala de aula. Dessa forma, os(as) alunos(as) desenvolvem o gosto pela leitura e o hábito de praticá-la, além de estudar a história da cultura africana e afro-brasileira por meio da literatura. Ao longo do desenvolvimento do projeto, são realizadas leituras coletivas, com interpretação oral e reconto das histórias por meio de desenhos que serão colocados em um cartaz.
Na “Afrogincana”, além das atividades em sala, os(as) estudantes também tiveram a oportunidade de conhecer jogos e brincadeiras de origem africana na Educação Física, dançar zumba nos recreios, construir brinquedos ou instrumentos afro-indígenas e participar de jogos com testes de conhecimento sobre a temática. Dessa forma, o aprendizado foi pautado na ética, no respeito e na valorização do outro, além de ajudá-los a se defenderem da discriminação e do preconceito.
Crianças do 3º ano se divertem na “Afrogincana”
#paratodosverem: no pátio da escola, quatorze crianças uniformizadas seguram um cartaz colorido escrito “XUCURU – CARIRI”, com vários desenhos colados.
Foto: acervo da EMJP.Projeto RobôEduca
Uma experiência de Robótica Pedagógica na EM Professor Daniel Alvarenga
Os(As) professores(as) Ricardo Lima e Lorena Costa são responsáveis por organizar o Laboratório de Robótica Pedagógica, RobôEduca, da Escola Municipal Professor Daniel Alvarenga. A prática tem como principal objetivo promover o desenvolvimento de habilidades práticas e cognitivas por meio da integração de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM).
O projeto é dividido em grupos de até seis alunos(as), que usam kits de Robótica, computadores e demais materiais necessários para desenvolver o pensamento crítico e criativo, fomentar a aprendizagem colaborativa, promover a alfabetização tecnológica, aplicar teoria à prática e incentivar o protagonismo estudantil.
Os(As) alunos(as) só têm elogios ao projeto. Sophia Vitória, estudante do 8ºano A, comentou se divertir durante as aulas: “Eu gosto da Robótica porque é muito legal, a gente se diverte muito e se comunica com os colegas”. Sua colega, Keyla Rodrigues, disse se interessar muito pelo que a aula tem a oferecer: “A Robótica é interessante porque a gente aprende mais coisas, aprende a montar. A gente se diverte, ri.”
Projeto de Robótica faz sucesso entre estudantes
#paratodosverem: em uma sala de aula, há seis garotas sentadas. Nas mesas, à frente delas, há caixas com peças para a construção de um robô. Ao fundo, está o professor, em pé.
Foto: acervo da EM Professor Daniel Alvarenga.“Wolbito na Escola” incentiva a pesquisa científica
O trabalho, apoiado por programa trazido ao Brasil pela Fiocruz, foi premiado pela Febrat
Desde 2023, estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Francisca de Paula desenvolvem o projeto “Wolbito na Escola”, o qual tem consultoria do World Mosquito Program (WMP), grupo de empresas sem fins lucrativos da Universidade de Monash que trabalha para proteger a comunidade global de doenças transmitidas por mosquitos. A organização, trazida para o Brasil pela Fiocruz, proporcionou apoio pedagógico para que os(as) alunos(as) experimentassem o cotidiano de pesquisadores(as).
A ideia do projeto surgiu após a palestra da equipe do “Evita Dengue” na escola, em 2023. As crianças ficaram curiosas e queriam saber mais sobre a Wolbachia, que é uma bactéria presente em cerca de 50% dos insetos, mas não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução dessas doenças. A escola entrou em contato com o WMP, que forneceu as informações e os materiais para observarem as fases de desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti com Wolbachia.
Todas as descobertas foram divulgadas na escola, e os(as) estudantes ganharam o título de multiplicadores do Método Wolbachia, que descreve o desenvolver dos ovos do Aedes Aegypti com Wolbachia. Foi realizada ainda a “Multiplicação do Método” para toda a comunidade escolar, por meio da apresentação e da divulgação do trabalho em feiras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat). A escola conquistou o primeiro lugar na Febrat e ganhou três bolsas de iniciação científica para as crianças.
Neste ano de 2024, os(as) três bolsistas decidiram usar as redes sociais para divulgar informações sobre a Wolbachia e o método, alcançando mais pessoas na luta contra o mosquito Aedes aegypti. Então, pesquisaram e optaram pela produção de vídeos, com a parceria da equipe do WMP, que esteve na escola, por dois dias, para as gravações. Também participaram do quadro "Tá com dúvida? A gente responde”, veiculado no Instagram do WMP Brasil, às sextas-feiras.
A pesquisa focou em desenvolver a observação nos(as) estudantes, própria da investigação científica. “Acredito que participar de um projeto da relevância do Wolbachia foi uma forma de incentivar os estudantes a se engajarem em atividades práticas de iniciação científica por meio da investigação, estimulando a criatividade, a autonomia, o desenvolvimento do pensamento crítico e a resolução de problemas do cotidiano”, ressalta Cynthia Maria B. M. Alves, diretora da escola e coparticipante.
Alunos(as) ganham bolsas de iniciação científica para produção de conteúdo
#paratodosverem: fotografia colorida de três crianças uniformizadas sentadas atrás de uma mesa, com lupas e tubos para experimentos científicos. Na parede, à direita, há fotos e desenhos das crianças. Ao fundo, está um cartaz com asas coloridas e, entre elas, está escrito “Nas asas do Wolbito” e o nome da escola: “Esc. Municipal Francisca de Paula”.
Foto: acervo da EM Francisca de Paula.EM Francisco Bressane de Azevedo faz programa de rádio
Projeto incentiva estudantes a aprenderem sobre o rádio
Em parceria com o projeto de extensão “Serelepe”, da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Escola Municipal Francisco Bressane de Azevedo iniciou um projeto que incentiva as crianças do 2º ano a aprenderem sobre o rádio e sua história. Durante as práticas, houve aprendizagem sobre materialidade, gêneros, estilos e possibilidades dos programas de rádio. O radialista da Rádio Itatiaia Adilson Martins visitou a escola para contar sua experiência com o mundo do rádio, atiçando a curiosidade dos(as) estudantes. Além disso, todo mês, uma bolsista ligada à UFMG ia até a escola, para orientar os(as) alunos(as) em seus estudos.
Depois de muita pesquisa, os(as) estudantes criaram seu próprio programa: a “Rádio da Turma”. Ele gira em torno de um evento escolhido pelos(as) alunos(as), e, a partir disso, juntamente com uma professora, decidem como irão desenvolver o tema durante o programa, produzem um roteiro e gravam os áudios, que depois são passados para a bolsista responsável, para edição.
Até agora, os(as) estudantes produziram cinco programas diferentes, que são então transmitidos para toda a escola. Apesar de o programa ser elaborado pelas crianças do 2º ano, todas as turmas participam em alguns momentos de narração. O projeto “Rádio da Turma” tem sido muito benéfico para fluência leitora das crianças, bem como para a produção coletiva de textos, na perspectiva do letramento. As crianças também estudam sobre diferentes gêneros musicais, pois precisam selecionar as músicas que serão tocadas, além de explorar sonoridades.
Para a diretora, Yvete Braga Teixeira, a rádio representa uma oportunidade para as crianças se expressarem e aguçarem seus talentos. “O rádio na escola se destaca como um espaço para estimular os talentos dos estudantes através da música, das experiências vividas, da poesia, da redação de roteiros, de comemorações e outras situações. Por meio dos programas de rádio, os estudantes têm a oportunidade de expressar sua criatividade, a sua originalidade, desenvolvendo habilidades artísticas e de comunicação sob a orientação da professora referência de turma. A cada apresentação feita pela turma, já fica a curiosidade do próximo programa. As crianças participantes se sentem orgulhosas e encantadas quando ouvem a apresentação de um feito que foi organizado e apresentado por eles.”
Estudantes aprendem sobre o rádio na prática
#paratodosverem: em uma sala de aula, alunos(as) posam para a foto, com três educadoras e o radialista Adilson Martins. Cada criança segura um saco de presente vermelho, com brindes da rádio Itatiaia.
Foto: acervo da EM Francisco Bressane de Azevedo.
Homenagem à Consciência Negra na SmedA solenidade incluiu capoeira, música latina e reflexões importantes
Na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed), em 21/11, ocorreu homenagem ao Dia da Consciência Negra e ao Dia Nacional de Zumbi, com programação voltada às equipes da Smed sobre a cultura afro-brasileira. Estiveram presentes servidores(as) e convidados(as), e uma carta que afirma o compromisso da Smed com as políticas étnico-raciais foi assinada.
Na celebração houve músicas afro-brasileiras performadas por capoeiristas do Programa Escola Integrada (PEI). Eles(as) também abordaram questões da história e cultura africana, além do combate ao racismo no ambiente educacional. A Smed incluiu uma atividade prática e interativa chamada “O que é preto para você?”, em que o público foi convidado a escrever sobre momentos, histórias, frases e pessoas que inspiram e dão à cor preta o lugar do cuidado e dos afetos.
"Ao celebrarmos nacionalmente e marcarmos essa data em todo o Brasil, reforçamos o compromisso que temos com a transformação. Quando vejo as discussões sobre o racismo no processo educacional, sinto o dever de reforçar o nosso compromisso público e as ações que estamos realizando. É preciso refletir profundamente sobre os conceitos e, na nossa rede, trabalhamos o antirracismo de forma prática, indo além da teoria, com atitudes e comportamentos respeitosos no convívio diário. Assino agora essa carta com o coração cheio de alegria, por fazer parte de uma rede educacional mais igualitária para todos, independentemente de cor, gênero ou idade", afirmou o Secretário Municipal de Educação, Bruno Barral, que também esteve presente no evento e assinou a carta.
Apresentações interculturais, como dança e música, celebraram as tradições plurais do Brasil. O músico Aldo Pablo Miranda Soto encantou a todos(as) com músicas latinas de seu país, enquanto a apresentação da Roda de Capoeira de Ton Guimarães e dos(as) monitores(as) de capoeira do PEI animou os(as) presentes, exaltando a luta e a resistência da população negra.
Maria das Mercês V. da Cunha, da Gerência das Relações Étnico-Raciais, abordou a contribuição da Rede Municipal de Educação (RME) para combater o racismo. Ela destacou: "A Smed tem o compromisso de celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, momento também de reconhecer as políticas e as práticas pedagógicas que têm sido consolidadas em nossa Rede Municipal de Educação, tornando-a uma referência nacional, como demonstrado pelos diversos prêmios recebidos pelas escolas e pelos profissionais da Educação. Nossa rede, que conta com quase 70% de estudantes negros, enfrenta os desafios da permanência e da aprendizagem, sendo impossível dissociar esse processo de uma pedagogia antirracista. Essa compreensão foi construída ao longo dos anos pelas equipes administrativas e pedagógicas, com a convicção de que a aprendizagem de qualidade só é possível em um ambiente acolhedor, antirracista, que valoriza as diferenças e respeita a diversidade de cada indivíduo."
A RME possui vários projetos educativos voltados para a promoção da diversidade e a inclusão racial escolar, como a implementação de projetos de leitura que abordam a história e a cultura negra na literatura brasileira. Assim, a Smed apenas ratificou seu compromisso com a educação antirracista e com a promoção da igualdade de oportunidades.
A celebração do 20 de Novembro comprova a importância da adesão à Política Nacional de Equidade, que inclui a educação das relações étnico-raciais e a educação escolar quilombola, instituída pelo Ministério da Educação (MEC) em 14 de maio de 2024.
Grupo capoeirista se apresenta na celebração
#paratodosverem: a imagem mostra um homem tocando um tambor e os demais músicos, à sua direita, com berimbaus e microfones. O homem sorri olhando para o colega que está à sua esquerda. Todos estão em um ambiente com paredes e chão bege e há um banner ao fundo.
Foto: Vitória Lapa.
- Boas Práticas 29 de novembro e Especial – Jogos da Primavera
Boas Práticas Especial – Jogos da Primavera
Jogos da Primavera fomentam esporte, lazer e cultura na Rede
Abertura e encerramento do campeonato contou com apresentações artísticas de alunos(as)
A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, organizou a terceira edição dos “Jogos da Primavera”. Realizados pelas escolas municipais, eles incentivam o interesse pelo esporte, promovendo a prática de oito modalidades esportivas e cinco paradesportivas. As cerimônias de abertura e encerramento foram realizadas, respectivamente, nos dias 28 de agosto e 26 de novembro, no BeFly Hall, com mais de cem escolas participantes e com um público de, aproximadamente, 3 mil pessoas, entre atletas, professores(as), técnicos(as) e autoridades presentes, além de atletas convidados(as).
Alunos(as) apresentam dança folclórica do Amazonas em encerramento
#paratodosverem: fotografia colorida de alunos(as) apresentando coreografia inspirada no Festival de Parintins. Eles vestem vermelho e azul.
Foto: Gabriela de Castro
O evento de abertura contou com a presença da Guarda Municipal, do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, do secretário de Educação, Bruno Barral, e da secretária de Esportes e Lazer, Adriana Branco. Ocorreu o hasteamento das bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Belo Horizonte, a execução do Hino Nacional, o juramento do atleta e a chegada da tocha olímpica. O desfile dos(as) atletas e a participação das mascotes do Clube Atlético Mineiro, do Cruzeiro e do América também integraram o momento.
Estudantes tocam percussão na abertura dos “Jogos da Primavera”
#paratodosverem: fotografia colorida de alunos(as) tocando tambores.
Crédito: Silvia Lanna.
Ianny Bambirra, professor da EM Santos Dumont, organizou uma bateria com seus(suas) alunos(as). “A experiência com a abertura dos jogos foi muito positiva. As crianças e os adolescentes estavam ansiosos para participar do evento. Foi um orgulho muito grande para nossa escola ter a nossa percussão num papel tão importante. Recebemos diversos elogios por parte de muitos outros coordenadores e de pessoas presentes. Fomos convidados a abrir outros eventos da Secretaria de Educação”, conta o professor.
Rui Ferraz, da Diretoria de Educação Integral, pontua que, em 2024, houve número recorde de escolas participantes: “Isso, cada vez mais, demonstra que os ‘Jogos da Primavera’ já fazem parte do calendário da Rede Municipal. O objetivo é que os jogos permaneçam, ampliem o número de modalidades esportivas e aumentem o número de participantes nas edições futuras.”
EM Antônio Salles Barbosa com o troféu de 1° lugar geral
#paratodosverem: fotografia colorida de educadores(as) e vários(as) alunos(as) da EM Antônio Salles Barbosa com um grande troféu e uma bandeira da escola, em um ginásio.Foto: Gabriela de Castro
Houve premiações gerais e individuais em todas as modalidades. Carlos Delgado, professor e coordenador da EM Antônio Salles Barbosa, escola campeã geral dos “Jogos da Primavera”, ressalta a importância dos jogos: “Estamos muito satisfeitos pelo troféu e pelas medalhas, mas, principalmente, pelo crescimento e pelo envolvimento da equipe, que se comprometeu e chegou até o final. Para uma grande parte dos alunos, o momento dos jogos foi o mais feliz do ano.”
Boas Práticas – 29 de novembro
Olhar o mundo com afeto
Estudantes da EM Professor Pedro Guerra aprendem sobre seus sentimentos e como lidar com eles
O afeto é norteador para trabalhar a autoestima, a identidade de cada um(a), a afirmação, para cultivar vínculos, externar a gentileza e respeitar o(a) outro(a) com consciência. Tendo isso em vista, a Escola Municipal Professor Pedro Guerra organizou um trabalho para ajudar seus(suas) alunos(as) a expressarem seus sentimentos de maneira respeitosa, desenvolverem as atitudes presentes em sala de aula e poderem estender esse comportamento para além do ambiente escolar.
O projeto conta com leituras de livros sobre os sentimentos e rodas de conversa, para que os(as) estudantes possam discutir sobre seus sentimentos. Os objetivos do trabalho são: desenvolver nas crianças as diversas fases socioemocionais, trabalhar a coletividade, ensinar a importância do afeto, da gentileza consigo e com o outro, bem como garantir que os(as) alunos(as) adquiram a consciência da necessidade de respeitar, valorizar, afetar o outro com amor, gentileza e aplicação de práticas comprometidas com a transformação social, por meio da escuta afetiva de cada indivíduo. Os(As) estudantes realizam uma atividade diferente no mês para que possam se enturmar e trabalhar tudo que é proposto no projeto.
Keith Miranda de Freitas, professora de 1° e 2° ciclos responsável pelo projeto, explica um pouco melhor sobre o projeto e sua importância: "O projeto tem como objetivo sensibilizar nas crianças o autocuidado, e isso se estende para além da comunidade escolar, as crianças reproduzem a gentileza em todos os aspectos também no ambiente doméstico. Assim, a relação escola-família tem uma maior proximidade e essa parceria recai de forma muito positiva sobre o aprendizado dos alunos. As crianças amam os momentos da aula do afeto.”
SPA dos pés, acolhimento num ambiente para compartilhar e ouvir
#paratodosverem: há duas fileiras de crianças uniformizadas sentadas no chão, viradas umas para as outras, sorrindo, com os pés em bacias de água.
Foto: acervo da EM Professor Pedro Guerra.Estudantes da Rede Municipal ganham prêmio em competição
EM Salgado Filho ganha ouro e prata na Olimpíada Nacional de Ciências
A “Olimpíada Nacional de Ciências” é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com patrocínio da Petrobras e parcerias, como a Universidade Federal do Piauí, a Sociedade Brasileira de Física, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Butantan. Nos dias 16/8 e 13/9, a Escola Municipal Salgado Filho participou da “Olimpíada Nacional de Ciências". Com 23 estudantes participantes, é a quarta vez que a instituição participa do evento, e o sucesso se repete. Em 2019, a escola levou uma medalha de ouro e agora, ouro e prata.
A prova é dividida em duas etapas, ambas são avaliações objetivas sobre a área de Ciências da Natureza. Durante o ano, os 23 alunos(as) foram orientados(as) e ensinados(as) pelos(as) professores(as). Dois(Duas) estudantes foram medalhistas: Alinne Lara Bicalho da Luz levou ouro e Jônatas Ambrosio Gonçalves levou prata.
Os(As) educadores(as) da instituição têm orgulho de seus(suas) alunos(as). A diretora, Rogéria Cardoso, comenta sobre a alegria que esse prêmio simboliza, em função da dificuldade de conquistá-lo: "Ficamos muito felizes com o resultado da nossa escola, visto que pouquíssimas escolas no Brasil inteiro conseguem medalhas de ouro."
A coordenadora, Nidia Amaral, falou da importância da competição: “É uma olimpíada de extrema importância, pois aumenta a conscientização sobre o papel da ciência e da pesquisa para a sociedade."
Estudantes ganham medalha na “Olimpíada Nacional de Ciências”
#paratodosverem: Alinne e Jônatas posam para foto, lado a lado, segurando o próprio certificado de participação nas Olimpíadas.
Foto: acervo da EM Salgado Filho.
Projeto ensina poesia e celebra a primavera na EMMD
Estudantes trabalham a imaginação com o tema "indígenas" na apresentação de poemas
Na Escola Municipal Magalhães Drumond (EMMD), setembro foi marcado pela poesia e pela primavera. Os(As) alunos(as) foram apresentados(as) a essas temáticas devido ao fato de o equinócio da primavera ocorrer no dia 22 de tal mês e ao aprendizado das habilidades de linguística. O projeto “Primavera combina com poesia” foi uma proposta de fazer um sarau de poesias para trabalhar o estudo e a leitura de poemas.
Tudo começou com uma demanda dos(as) próprios(as) estudantes em conhecer mais sobre poesia. Havia um conhecimento prévio acerca do tema, e os(as) educadores(as) aproveitaram o interesse para abrir portas para o aprendizado. Para iniciar, os(as) professores(as) leram o livro “Poesias na varanda”, de Sônia Junqueira, para todas as turmas, além de conversarem sobre a temática, para ampliar a busca do saber.
Após a interação dos(as) educandos(as) com os poemas, surgiu a proposta de um sarau de poesias, após explicação de o que é um sarau. O projeto foi uma grande oportunidade para os(as) alunos(as) exercerem a criatividade diante de um gênero literário tão pouco explorado. Cada turma escolheu um assunto para orientar a apresentação, e a turma do 3º ano optou por falar sobre indígenas.
Durante todo o mês de equinócio, foram realizados encontros na biblioteca, para abordar poesias e entrelaçar o gênero com a primavera, com as flores e os ipês, árvores muito comuns no país que florescem nessa época do ano. Também foi explorado o tema sobre os indígenas, com confecção de brinquedos.
As apresentações ocorreram na semana de 23 a 27 de setembro, no turno da manhã, quando os(as) estudantes foram avaliados. Por fim, para marcar a estação, a equipe de alunos(as) e professores(as) enfeitou o muro da entrada da escola, na rua Contendas, com árvores de ipê, feitas com papel crepom, papel cartão e flores feitas de forminhas para docinhos, nas cores branco, amarelo, rosa e roxo.
Camila Miguel, coordenadora do turno da manhã, contou: “Pudemos perceber o envolvimento das crianças nas apresentações e o esforço que cada um fez para se preparar para a leitura de uma poesia para os colegas. Parabéns à equipe envolvida e aos estudantes.”
As atividades foram importantes para que os(as) alunos(as) pudessem explorar a leitura de poesias e aprofundar o estudo de poemas, tão importante para conectar a criança com a leitura. A expectativa dos(as) educadores(as) após a abordagem é de que os(as) estudantes estejam mais sensíveis ao estudo, à escrita e à leitura de poemas ao longo do ano.
Menina segura cartaz com seu trabalho, na Escola Municipal Magalhães Drumond
#paratodosverem: uma menina segura um cartaz feito em cartolina amarela que contém o poema “Cinco pedrinhas”, com autoria de Marco Hailer e ilustrações de Raul Aguiar.
Foto: Dorothy Neiva.Estudantes da Rede Municipal participam de Olimpíada
EM Jonas B. Corrêa leva prata na Olimpíada de Português Nacional
Em uma grande conquista para a educação pública, estudantes da Escola Municipal Jonas Barcellos Corrêa, localizada no Bairro de Petrópolis, em Belo Horizonte, destacaram-se na “Olimpíada de Português” (OP), competição nacional que desafia alunos(as) do Ensino Fundamental e do Médio a aprofundarem seus conhecimentos sobre a Língua Portuguesa. Neste mês de novembro, três estudantes da escola foram premiados(as): um conquistou medalha de prata e os(as) outros(as) receberam menção honrosa. As provas ocorreram em duas etapas, sendo a última realizada em setembro deste ano.
Superando desafios e conquistando resultados
A instituição de ensino, situada na regional Barreiro de Belo Horizonte, participou da “Olimpíada de Português” com os(as) alunos(as) do 7º ano (categoria C), e os resultados superaram as expectativas. A escola se empenhou para inscrever os(as) estudantes que conseguiram passar pelas duas etapas da competição. No total, seis alunos(as) chegaram à fase final, e três conquistaram medalhas e menções honrosas: Fábio Junior Pereira da Silva, que garantiu a medalha de prata; Emanuelle Dourado de Castro, que recebeu uma menção honrosa; e Bernardo Silva Coelho, que também foi agraciado com uma menção honrosa.
“Participar de uma Olimpíada é um marco na vida dos alunos e reforça o nosso compromisso com a educação da comunidade escolar. Vemos que esses alunos, ao se engajarem em um projeto tão desafiador, se sentem mais motivados a aprender e a desenvolver suas habilidades linguísticas”, destacou a professora Kelli Cristian de Queiroz, que, junto à colega Fabiana Batista de Barcelos, acompanhou os(as) estudantes durante todo o processo.
A competição, que envolve escolas públicas e privadas de todo o país, é uma oportunidade para os(as) alunos(as) ampliarem seus conhecimentos sobre a Língua Portuguesa e sua aplicação prática, estimulando o raciocínio crítico por meio de questões que envolvem gramática, literatura e interpretação de texto.
Emanuelle Dourado, uma das premiadas com menção honrosa, compartilhou sua experiência: “Fazer a prova da Olimpíada foi uma experiência única, que me rendeu muito conhecimento e aprendizado. Fiquei muito ansiosa pelo resultado e, quando vi que fui premiada, fiquei muito feliz e agradecida por ter participado. Foi um desafio que valeu a pena!”
Já Fábio, o aluno que conquistou a medalha de prata, disse ter se emocionado com o reconhecimento: “Foi uma honra fazer parte dessa competição. Me senti desafiado, e, a cada etapa, aprendi mais sobre a língua portuguesa e sobre mim mesmo. Essa medalha é um símbolo de todo o esforço que tivemos, e estou muito orgulhoso por poder representá-la.”
Olimpíada de Português: desafios e oportunidades
A “Olimpíada de Português” é um evento nacional criado por um grupo de professores(as) e estudiosos(as) da área com o objetivo de promover o bom uso da Língua Portuguesa entre os(as) jovens. Desde sua criação, a OP tem incentivado os(as) estudantes a refletirem sobre a língua de maneira divertida e educativa, utilizando problemas, jogos e desafios idiomáticos que estimulam a análise crítica.
Com o apoio de um Comitê Científico formado por linguistas e professores(as) universitários(as) de Letras, a Olimpíada garante a qualidade das provas e a relevância dos conteúdos abordados, tornando-se uma das competições educacionais mais importantes do país.
Perspectivas para o futuro
A unidade escolar já se prepara para a próxima edição da “Olimpíada de Português”, com a expectativa de poder inscrever mais alunos(as). “Nosso objetivo é que todos os nossos estudantes possam participar e se beneficiar dessa oportunidade. Acreditamos que, com o empenho de todos, podemos ampliar ainda mais nossa participação”, completou a professora Kelli.
Os(As) estudantes da Escola Municipal Jonas Barcellos Corrêa, com suas conquistas, demonstraram o potencial que a educação pública tem de trilhar um caminho para o sucesso.
Eles são exemplo de dedicação e superação, inspirando outros(as) jovens a seguirem seus passos e a buscarem, também, seu lugar de destaque nas mais diversas áreas do conhecimento.
Sobre a Olimpíada de Português
A “Olimpíada de Português” é uma competição nacional destinada a alunos(as) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas. Criada com o propósito de promover o bom uso da Língua Portuguesa, ela envolve provas que testam habilidades em gramática, literatura e interpretação. Cada edição da OP busca fomentar a reflexão crítica sobre o uso da língua, com questões desafiadoras e materiais que estimulam a análise literária e idiomática, com o respaldo de um Comitê Científico composto por linguistas e professores(as) universitários(as).
Estudantes trilham seu caminho no mundo do conhecimento
#paratodosverem: a imagem, em cores vibrantes, captura cinco estudantes posando para a foto dentro de um quiosque. Com expressões alegres e serenas, eles(as) transmitem uma sensação de harmonia e felicidade.
Foto: Fabiana Batista de Barcelos.Ouvidores Jovens visitam o COP-BH
Estudantes da Rede participaram de evento para aprenderem sobre a gestão da cidade
Nos dias 29 e 31 de outubro de 2024, um grupo de 27 estudantes do Ensino Fundamental, eleitos como Ouvidores Jovens, teve a oportunidade de conhecer de perto a dinâmica do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). A visita técnica ao COP, um dos maiores centros de monitoramento e gestão integrada da cidade, foi promovida pelo “Projeto Ouvidor Jovem”, criado pela Subcontroladoria de Ouvidoria do Município (Suouvi), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed).
O projeto, que desde 2014 estimula a participação ativa de estudantes de 7º a 9º ano nas questões administrativas da cidade, visa aproximar o público jovem da gestão pública, promovendo maior compreensão sobre os serviços prestados pela prefeitura e, sobretudo, incentivando o protagonismo dos(as) estudantes na construção de uma cidade mais justa e eficiente. Ao longo de sua trajetória, o “Ouvidor Jovem" tem se consolidado como uma importante ferramenta de educação cívica, com a participação de escolas das Diretorias Regionais de Educação da capital. Neste ano, nove escolas estão envolvidas na iniciativa, com a presença de 27 ouvidores(as) jovens, eleitos(as) por seus(suas) colegas de classe.
O que foi a visita?
A visita ao COP-BH foi uma experiência imersiva para os(as) alunos(as), que puderam acompanhar de perto como são monitorados diversos serviços essenciais para a cidade, como o trânsito, a segurança pública e a manutenção de áreas públicas. A Diretora do COP, Geórgia Ribeiro, explicou a importância de aproximar os(as) jovens da realidade do Centro de Operações: "Essa troca com os estudantes não só amplia o entendimento deles sobre a administração pública, como também contribui para o constante desenvolvimento de soluções criativas que podem melhorar a vida dos cidadãos", disse.
Segundo Geórgia, o COP-BH utiliza tecnologias de ponta para integrar diversas áreas da administração municipal e é fundamental para garantir a eficiência na resposta às necessidades da população, como em situações de emergência, mobilidade urbana e segurança.
Impacto nos(as) estudantes
O “Projeto Ouvidor Jovem” tem mostrado como a participação ativa de jovens pode gerar um impacto real na percepção dos(as) alunos(as) sobre o funcionamento da cidade. Para Tereza Silva, integrante da equipe de coordenação do projeto, a iniciativa é uma forma de despertar a coletividade e o trabalho em equipe no atendimento das demandas dos(as) cidadãos(ãs). O projeto ressalta a importância do sentimento de pertencimento junto à cidade e o exercício da cidadania.
A estudante Laís Cristina Oliveira Pires, da Escola Municipal EM Carlos Lacerda, destacou a relevância do contato direto com a gestão pública. "Eu não sabia o quanto a cidade depende de um trabalho organizado e de como tudo está interligado, desde a segurança até a limpeza das ruas. A visita foi muito interessante e me fez perceber que posso contribuir para melhorar a minha comunidade. Participar deste projeto me fez ver Belo Horizonte de uma forma nova. Conheci pessoas incríveis e percebi a importância do trabalho do COP-BH para a segurança da cidade. Aprendi a agir em diferentes situações e percebi como pequenas atitudes podem fazer a diferença. Isso me motivou a continuar contribuindo para melhorar a cidade, com mais empatia e cuidado com o próximo”, afirmou.
Já Evellyn Victoria de Souza Mendes, aluna da Escola Municipal Salgado Filho, compartilhou sua empolgação ao conhecer o funcionamento interno do COP-BH: "Foi incrível ver de perto como tudo funciona e entender que, por trás de cada decisão tomada, existe muito planejamento e trabalho. Agora, acho que temos mais ideias para sugerir na escola e na nossa comunidade".
Contribuindo para o futuro
A visita ao COP-BH é apenas uma das muitas ações realizadas pelo “Projeto Ouvidor Jovem”, que, ao longo do ano, também promove palestras, rodas de conversa e outros encontros com gestores(as) públicos. A intenção é oferecer aos(às) estudantes uma visão mais ampla sobre o papel da prefeitura na gestão urbana, além de criar uma cultura de participação ativa nas questões que afetam diretamente o cotidiano da cidade.
A expectativa para os próximos anos é que o projeto continue se expandindo e alcançando mais escolas, ampliando o número de jovens ouvidores(as) e promovendo o debate sobre a gestão pública em todas as regiões de Belo Horizonte.
Estudantes da Rede conhecem os bastidores do COP-BH
#paratodosverem: a imagem colorida mostra um grupo de pessoas, composto por pessoas adultas e adolescentes, sorrindo e posando para a foto em frente aos telões usados para monitorar o funcionamento de BH.
Foto: Lolly Counny.Museu das Minas e Metais exibe exposição da RME
Fotografias tiradas por estudantes ficarão no museu até novembro
O projeto “Um olhar uma luz” é uma iniciativa organizada pela Diretoria da Educação Integral (Died) da Secretaria Municipal de Educação desde 2010. Neste ano, em sua IX edição, as produções feitas durante a atividade serão expostas no Museu das Minas e do Metal, em uma coleção com o nome de "O Planejado e o Inesperado". A exposição foi inaugurada no dia 24 de outubro e fica no museu até o dia 24 de novembro.
O objetivo do projeto é que, a cada ano, seja dado um tema a ser fotografado pelos(as) estudantes da Rede Municipal de Educação (RME) de Belo Horizonte que participam do projeto.
Em 2024, os(as) participantes foram convidados(as) a pensar sobre as responsabilidades individual e coletiva, levantando questões sobre como a população contribui para a melhoria ou a deterioração do ambiente ao seu redor. O projeto faz com que os alunos(as) levantem questões a exemplo de "Como nos relacionamos com as pessoas e com o lugar em que vivemos?" Os resultados encontrados surpreendem os olhos sensíveis em obras diversas, orquestradas em conjunto.
Arnaldo Godoy – escritor, poeta, jornalista, professor e criador do PL que posteriormente se tornou a Escola Integrada – marcou presença na inauguração e comentou sobre seu encontro com uma das estudantes que teve sua foto exposta: “Tive a oportunidade de conversar com a Valentina, aquela menina que ficou muito emocionada no começo, e perguntei: 'Valentina, o que você colocou na sua foto?' Eu contei para ela que sou cego, e ela me respondeu: 'Eu fotografei para mostrar que há uma cidade que é bem cuidada e outra que não é, uma cidade que é rica e outra que é pobre.' Foi isso que a Valentina me disse. Eu fiquei impressionado!"
Juan Rafael Vale Ferreira, aluno de 12 anos da escola Carlos Drummond de Andrade, foi um dos estudantes que, além de ter sua fotografia exposta, também discursou para a plateia na inauguração. Ele comentou sobre sua obra, uma foto de várias mãos segurando um bocado de terra com plantas: “(...) Ela [a professora] queria uma imagem com a temática de meio ambiente, então eu tive a ideia de usar as mãos para simbolizar a relação com o ambiente. Juntei algumas pessoas para fazer a foto comigo. Na composição, coloquei as mãos juntas, com terra e folhas por cima, simbolizando a união. Fazer essa foto envolveu todo um estudo, uma pesquisa, pensar na composição de como ela seria. Foi muito legal!"
Como a população contribui para melhorar ou deteriorar o ambiente
#paratodosverem: em uma sala com pouca luz, um garoto olha para uma das obras expostas; ao redor, outros(as) estudantes e visitantes apreciam as demais fotografias.
Foto: Silvia Lanna.
Palácio das Artes apresenta espetáculo com escolas da RME
Espetáculo conta com 12 escolas e mais de 300 estudantes
Desde 2016, a Diretoria da Educação Integrada, (Died), da Secretaria Municipal de Educação, (Smed), organiza o projeto “Nos Palcos da Cidade”, baseado na dança. A iniciativa visa estimular a comunidade escolar a conhecer e valorizar os espaços culturais ao dar a oportunidade de estudantes e monitores(as) levarem as danças coreografadas pelas instituições de ensino municipais.
No dia 29/10, foi apresentado o espetáculo “Cidade Mosaico”, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Com 12 equipes de escolas de toda Belo Horizonte, o espetáculo entregou uma experiência única, reunindo 384 estudantes na apresentação e uma plateia de 1.200 pessoas, contando com demais escolas e pais.
Os números musicais convidaram o público a uma viagem de longe para perto. A proposta era que os(as) estudantes demonstrassem como o olhar de cada um(a) pode moldar e transformar a cidade. Assim, por meio da dança, os(as) alunos(as) e o público redescobriram Belo Horizonte, valorizando suas raízes. Ao final, houve uma dança surpresa para as equipes de dança participantes, os(as) monitores(as) de dança prepararam uma dança especial, que chocou seus(suas) alunos(as) e a plateia.
As preparações para a apresentação foram intensas, além das atividades recorrentes do projeto e os ensaios individuais em cada escola com sua respectiva coreografia, a Smed foi palco de um ensaio geral no dia 22 de outubro, uma semana antes do espetáculo.
Ao longo do ano, os(as) participantes passam por um processo educativo e formativo que culmina na apresentação de um espetáculo. Esses encontros formativos são dedicados aos(às) monitores(as) de dança, abordando temas como produção artística, uso do espaço cênico, composição em grupos e noções de figurino e de cenografia.
Maria Cecília tem 9 anos, é aluna da Escola Municipal Cônsul Antônio Cadar e foi uma das dançarinas presentes. Em depoimento, ela disse que se esforçou muito para fazer uma grande performance e que estava muito feliz: “Eu já apresentei em outros lugares, mas é a primeira vez que apresento no Palácio das Artes e estou com as minhas amigas aqui. Estou gostando muito, sabe? Estou realmente gostando. Foi muito legal! A gente se esforçou bastante para que ficasse perfeito, e ficou perfeito!".
Cristiene Valente, a monitora de dança da EM Hélio Pellegrino, disse que todo o esforço valeu a pena: “Foi muito trabalhoso, mas valeu a pena. Nossas crianças fizeram um show ali, foi emocionante.”
Solo dos estudantes com passos de capoeira
#paratodosverem: a foto é escura, a única luz vem de cima, iluminando e mostrando dois garotos lutando capoeira. O da direita tem as pernas cruzadas enquanto se movimenta para desviar do golpe do garoto à direita, que tem a perna estendida no ar, angulada na direção do outro garoto.
Foto: Silvia Lanna.FEIMC exibe projetos feitos por estudantes da RME
Festival é conclusão de projeto que elabora perspectivas sobre BH a partir do audiovisual
No dia 31 de outubro (quinta-feira), foi realizada a mostra de projetos do “VIII Festival Educação Integral de Minicurtas de Belo Horizonte” (FEIMC). O evento ocupou o Teatro Fábrica de Artes, no bairro Lagoinha, exibindo trabalhos audiovisuais a partir da temática “O planejado e o inesperado”. Os(as) estudantes puderam, dessa forma, transmitir pensamentos sobre as dinâmicas envolvendo a cidade e a natureza como protagonistas, além de elaboraram possíveis alternativas para questões cotidianas, como a poluição e a desigualdade social. Foram premiadas as escolas municipais Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Cônego Raimundo Trindade, Tristão da Cunha, João Pinheiro, Salgado Filho, Senador Levindo Coelho, Professor Pedro Guerra, Maria Silveira e Dora Tomich Laender.
Durante o evento, os(as) estudantes ouviram os(as) convidados(as) Simon Brethé (coordenador do curso de Cinema de Animação e Artes Digitais da Escola de Belas Artes/Universidade Federal de Minas Gerais), Jéssica Andrade, Jéssica Cerveira, Isaias Pereira, Gabriel Toledo e Felipe Animachado (estudantes da Faculdade de Belas Artes) e Laly Cataguases (roteirista e diretor na Pólen Estúdio de Animação), que participaram da banca que julgou os trabalhos audiovisuais. Os(as) alunos(as) tiveram também a oportunidade de fazer perguntas aos(às) profissionais sobre a área, tirando dúvidas sobre a atuação nesse campo.
O FEIMC foi desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, houve as inscrições para o projeto. Ao todo, foram dez escolas e quatrocentos(as) estudantes envolvidos(as) no projeto de minicurtas. Na segunda etapa, os filmes foram produzidos e inscritos pelas categorias animação, documentário ou ficção. Já na terceira etapa, houve a avaliação dos filmes, feita por uma comissão constituída por cinco estudantes da Faculdade de Belas Artes, curso de cinema de Animação e Artes Digitais. Os aspectos considerados foram: coerência com o tema, roteiro, criatividade, originalidade, linguagem, figurino e atuação. Foi organizada também a votação popular, no período de 23 a 30 de setembro. A quarta etapa, por fim, foi a Mostra.
De acordo com Vanessa Vieira Barbosa, da Diretoria de Educação Integral, o objetivo deste momento é oferecer ferramentas para que esses(as) estudantes sigam produzindo trabalhos audiovisuais: “O FEIMC existe desde 2011, já são 13 anos de festival de minicurtas das nossas escolas municipais. Tivemos que dar uma pausa nas nossas produções por causa da pandemia, mas neste ano estamos trazendo esse evento de volta graças ao engajamento dos alunos. Fizemos uma programação inteira para incentivar que os meninos possam continuar fazendo produções.”
Todas as crianças e as escolas participantes receberam medalhas e certificados. Luiza tem 12 anos e está no sétimo ano da EM Vinícius de Moraes. Ela relata a emoção ao participar do projeto: “Foi muito legal! É uma honra ter recebido esse prêmio. Fiquei muito feliz, de verdade. A gente não conseguiu o primeiro lugar, mas o segundo lugar já é uma honra. Eu amei! Com certeza, quero participar de novo do festival.”
Alunos(as) e monitores(as) da EM Senador Levindo Coelho recebem prêmio
#paratodosverem: fotografia colorida de crianças e monitores(as) da Rede com medalhas e troféus do FEIMC.
Foto: Gabriela Maciel Oliveira de Castro.Tristão da Cunha organiza projeto sobre ancestralidade
Projeto mensal alavanca discussões étnico-raciais
A partir de 2024, a Escola Municipal Tristão Cunha tem organizado o projeto “Ancestralidade e Literatura”, com o objetivo de promover a temática étnico-racial a partir de discussões mensais com apoio em obras literárias. O objetivo das ações realizadas é sensibilizar o público, em especial os(as) estudantes, para essa temática, somando-se às demais realizadas nesse espaço sob um mesmo objetivo, o de promover as culturas negra e indígena em suas diversas formas de manifestação e representação.
O desenvolvimento do projeto conta com a narração de livros pelo bibliotecário para as turmas, logo depois ocorrem rodas de conversa pautadas nas obras lidas e em seus temas. Os livros foram selecionados considerando eixos temáticos como tradição oral, pessoas da história, diversidade das características físicas ou fenotípicas e religiosidade.
Para cada livro lido com as turmas, realizamos discussões a respeito das tradições africanas, indígenas e afro-brasileiras, mobilizando elementos lúdicos representativos das histórias, além de mapas e globos terrestres, para indicar as origens das autoras e dos autores, assim como dos locais onde se passam as histórias lidas e/ou de origem dos(as) escritores(as).
As professoras reforçam ter tido retorno positivo do projeto, ao incentivar a leitura. A diretora Valda Pereira dos Santos mencionou a satisfação com a construção do projeto, destacando a possibilidade de ser desdobrado em ações em sala de aula, de acordo com cada professor(a).
O bibliotecário da escola e responsável pelo “Ancestralidade e Literatura”, Matheus Aguiar de Carvalho, disse que a ação faz um bom trabalho em aproximar as crianças de realidades e tradições negras e indígenas: “O projeto se mostrou pertinente para aproximar as turmas de livros em que são abordadas temáticas de cunho étnico-racial, mas que nem sempre são procurados pelo público à primeira vista (...). Esse foi um dos motivos de termos proposto o projeto em conjunto com a coordenação e a direção da escola, de promover a familiaridade necessária dos estudantes com esse acervo. As rodas de conversa acompanhadas da leitura dos livros permitiram promover o debate acerca da tradição oral, da valorização da diversidade de tons da pele negra, dos costumes indígenas e os modos de enxergar a presença humana na natureza, entre outros temas.”
Crianças discutem a respeito das tradições africanas e indígenas
#paratodosverem: em uma biblioteca, crianças com roupas coloridas se sentam no chão em um círculo; no canto direito, o bibliotecário segura um livro, mostrando-o às crianças e lendo a obra em voz alta. As mesas e cadeiras do recinto envolvem a roda, que toma a maior parte do espaço do ambiente.
Foto: acervo da Escola Municipal Tristão Cunha.Eleições escolares 2024: democracia na prática
Estudantes se candidataram para prefeito(a) e vereadores(as) e aprenderam sobre democracia
Inspirada no ano eleitoral que movimentou todos os municípios, a Escola Municipal Américo Renê Giannetti (Emarg) realizou sua própria eleição, dando aos(às) alunos(as) a oportunidade de se candidatarem e votarem para "prefeito" e "vereadores(as)". A iniciativa, que tem como objetivo promover a compreensão e a vivência da democracia, mobilizou a comunidade escolar, tornou o ambiente educacional mais dinâmico e incentivou a participação política.
A proposta foi criar um ambiente de aprendizado sobre o processo eleitoral e instruir sobre a importância da participação cidadã. A eleição escolar seguiu o modelo das eleições nacionais, com direito a candidaturas, debates e a votação. Os alunos(as) tiveram a oportunidade de se candidatar aos cargos de prefeito e vereador(a) do turno em que estudam. A campanha foi intensa, com candidatos(as) se esforçando para conquistar os votos dos(as) colegas.
No dia da votação, a equipe de informática criou uma urna usando um tablet com um aplicativo que simulava o sistema de urnas eletrônicas utilizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e seguiu todo o procedimento de uma eleição real. Os(as) candidatos(as) receberam um número de identificação, para a integridade e o anonimato do voto.
A importância da cidadania e da democracia foi um relevante aprendizado durante todo o processo, além de contribuir para a formação do caráter cidadão, abordando assuntos da sociedade, do cotidiano, da política e da civilidade. A estudante do 3º ano e candidata à prefeita da Integrada, Marcelle Zica, comentou sobre sua experiência: “Achei muito interessante esse projeto e me candidatei como prefeita. Foi legal pensar em propostas e também usar a urna igual à que meus pais votaram no domingo.”
As eleições escolares realizadas na Emarg possibilitaram o preparo dos(as) jovens para se tornarem cidadãos(ãs) conscientes. Ao simular um processo eleitoral, os(as) alunos(as) aprenderam sobre a importância do voto e vivenciaram o impacto que suas escolhas têm.
Urna utilizada pela EM Américo Renê Giannetti
Foto: acervo da Emarg.
#paratodosverem: a imagem mostra uma simulação da urna eletrônica feita com um tablet. À direita, uma mão de criança digita número para votar em vereador(a).
- Boas Práticas 22 de novembro e Especial – Autism Journey Follow the Science
Boas Práticas Especial – Autism Journey Follow the Science
Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte ganha repercussão internacional em evento sobre autismo
A Diretora de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico Racial, Bernadete Quirino, representou a Secretaria Municipal de Educação no evento “Autism Journey Follow the Science” em Fort Lauderdale, na Flórida (EUA)
Nos dias 8 e 9 de novembro, foi realizado o “Autism Journey Follow the Science” em Fort Lauderdale, na Flórida (EUA). O evento, que possui o intuito de reunir especialistas e membros da comunidade científica internacional para promover debates sobre os avanços e práticas na área do autismo, contou com a colaboração de Bernadete Quirino Duarte Blaess, diretora de Educação Inclusiva na Secretaria Municipal de Educação (Smed). A participação se concretizou por meio de um vídeo gravado por Blaess, que foi exibido durante a programação.
Bernadete Quirino em sua participação por vídeo no evento “Autism Journey Follow the Science”
#paratodosverem: fotografia colorida retirada do vídeo no qual Bernadete Quirino, diretora de educação inclusiva da Smed, participa do evento.Foto: Acervo Ascom
O convite para que Bernadete colaborasse com a programação foi feito pela Neurobrinq Ind. Com Equip Elétricos Ltda, start up da área da tecnologia, que busca alternativas para otimizar o tempo e aumentar a qualidade dos recursos nos serviços oferecidos na educação e na saúde. Neste evento, a Neurobrinq fez uma apresentação sobre os seus recentes desenvolvimentos e inovações. “Seria uma imensa honra para nós reservar um espaço nesta apresentação para que a Sra. Bernadete Blaess possa compartilhar um pouco do extraordinário trabalho que a Secretaria de Educação de Belo Horizonte tem realizado na inclusão de crianças autistas”, ressalta a carta convite da empresa enviada à Smed. “Estamos certos de que a contribuição da Sra. Bernadete enriquecerá significativamente o evento, proporcionando uma visão valiosa das iniciativas pioneiras implementadas em Belo Horizonte, e servirá de inspiração para outras comunidades ao redor do mundo.”
A fala de Blaess se concretizou por meio de um vídeo e teve como foco o fato de que Belo Horizonte foi a primeira capital do país a investir em salas multidisciplinares, que agregaram inúmeras possibilidades pedagógicas para uso dos recursos tecnológicos com todos(as) os(as) estudantes. Cada Sala Multidisciplinar conta com um ambiente interativo, contendo simuladores de chuva e vento, acionamento de jatos de spray de água e de ar, difusores de essências olfativas, piscina de bolinhas de led, feixes de fibras ópticas, bolhas de sabão, colunas de bolhas iluminadas, além de softwares de produção de filmes com um painel sensorial tátil. Esses recursos funcionam interligados com a Inteligência Artificial (IA), que controla o ambiente de acordo com a atividade realizada. Por exemplo, se a atividade é sobre chuvas, a sala é ambientada com mudanças de luzes, spray de água e outros recursos, concomitantemente à atividade. Além disso, são criados bancos de atividades relativas ao tema, para que o(a) estudante possa aprofundar seus conhecimentos e ampliar sua aprendizagem.
Sala multiuso é estratégia para uma educação mais inclusiva e dinâmica
#paratodosverem: Fotografia colorida de alunos(as) e alguns adultos utilizando a sala multiuso. Elas assistem a um vídeo interativo gerado pelo projetor. Há uma luz de fundo azul e bolhas de sabão estão sendo liberadas por um aparelho.Foto: Acervo Ascom.
Ela ressalta que se trata de uma consequência do período pandêmico, no qual foi necessário um investimento maior em tecnologia: “Se nós pudemos tirar algum proveito dessa situação, foi exatamente o grande investimento que a educação no município de Belo Horizonte fez nas tecnologias digitais. Hoje são 27 escolas na Rede que possuem sala multidisciplinar. É uma experiência ousada, que traz o uso das salas para as diferentes idades”. Dessa forma, os(as) estudantes que apresentam algum tipo de deficiência ou com transtorno do espectro do autismo se beneficiam das atividades e dos jogos proporcionados nestes espaços, com foco no desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
A diretora destaca também que, inicialmente, a ideia era que as salas fossem um recurso para dentro do Serviço de Atendimento Educacional Especializado. Contudo, a infinitude de recursos e possibilidades mudou esse pensamento, estendendo esses acessos a todos os(as) estudantes: “Acreditamos que não poderíamos trazer esse recurso exclusivamente para os estudantes com deficiência, e que seria maravilhoso que ele estivesse disponível para toda a escola, exatamente para proporcionar um trabalho coletivo de troca de aprendizagem entre estudantes com deficiência e estudantes sem deficiência. Dessa forma, é garantida a devida acessibilidade dentro do que é a necessidade específica de cada estudante. É exatamente essa experiência que tem sido de sucesso nas escolas.”
Atualmente, 27 escolas da Rede já possuem salas multiuso
#paratodosverem: Fotografia colorida de uma das salas multiuso da Secretaria Municipal de Educação.Foto: Acervo Ascom
Blaess conta ainda como funcionam as práticas pedagógicas desenvolvidas nas salas: “Há a possibilidade de trabalhar com as crianças da Educação Infantil contações de histórias com os meninos no processo de alfabetização, a identificação das letras e a escrita do seu nome. Tudo isso a partir de uma experiência lúdica. Também é possível que esse espaço seja utilizado pelo Ensino Fundamental e pelas turmas de Educação de Jovens e Adultos. Então a sala é utilizada por todo esse público, sendo possível trabalhar qualquer conteúdo, como clima, relevo, corpo humano e matemática.” Além disso, são realizados encontros mensais de “Relato de Experiências”, que têm por objetivo enriquecer a rede com propostas pedagógicas possíveis de se realizar nestas salas.
Boas Práticas – 22 de novembro
Incentivo à leitura no Parque Municipal
Secretaria Municipal de Educação promove Piquenique Literário durante a Virada Cultural
A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio de uma ação intersetorial com a Fundação de Cultura, promoveu, pelo segundo ano consecutivo, um “Piquenique Literário” durante a “Virada Cultural”, no dia 25 de agosto, das 9 às 12 horas. Com o objetivo de incentivar a leitura, o evento fez parte do percurso do Parque Municipal Américo Renné Giannetti (entrada pela avenida Afonso Pena), ocupando o gramado na parte de trás do Teatro Francisco Nunes. Os(As) convidados(as) puderam participar não só de sessões de contação de histórias, mas também de brincadeiras e do resgate de cantigas da cultura popular brasileira.
O grupo de contadores(as) de histórias é composto por sete profissionais da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH). As apresentações foram mediadas por Valéria Coimbra, da Gerência de Bibliotecas; as histórias selecionadas fazem parte da literatura afro-brasileira, do folclore nacional e da literatura indígena, como o conto “As serpentes que roubaram a noite”, do autor Daniel Munduruku. Coimbra relata que as crianças foram ao evento acompanhadas pelas famílias: “Os professores, os diretores e os coordenadores das Emeis convidadas levaram lanches, que servimos durante o piquenique. Colocamos toalhas no gramado próximo ao lago principal do Parque Municipal. Professores da Rede Municipal de Educação que também são contadores de história profissionais contaram histórias de forma alternada”. As narrativas foram feitas por Rose Amaral, Roza Oliveira, de Gau de Laet, Valéria Coimbra e Marcos Messias.
Além disso, o “Projeto Integrarte” realizou uma série de atividades lúdicas, com a integração entre brincadeiras e literatura. A “Carreta Digital” também marcou presença na “Virada Cultural” e disponibilizou auxílio para a efetivação do Cadastro Escolar, com a finalidade de requerer vagas na Rede Municipal em 2025. O evento foi acompanhado por intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras), com o objetivo de viabilizar a inclusão de todas as crianças.
Ao todo, dez escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) participaram do projeto: José Isidoro Filho; Professora Marta Nair Monteiro; Granja de Freitas; Goiânia; Vila Senhor dos Passos; Guarani; Grajaú; Vila Leonina; Vila Antena e Jardim dos Comerciários. Além dos(as) estudantes da Rede, o evento também contou com a presença de outras crianças que estavam no parque. “Como o ‘Piquenique Literário' foi um evento aberto e no parque, várias crianças participaram com suas famílias. Muitos alunos das nossas escolas municipais foram voluntariamente, acompanhados de seus parentes, para participar do piquenique. Logo, não foram necessariamente apenas os estudantes dessas Emeis”, explica Coimbra. Cerca de 520 estudantes participaram do momento.
Público celebra Virada Cultural no Parque Municipal
#paratodosverem: Em um plano aberto, várias pessoas se sentam em frente a um homem e a uma mulher, que estão em pé falando. Ao fundo, há árvores e um céu azul.
Foto: acervo da Ascom.
Curso intensivo de Libras para profissionais da EducaçãoAção inclusiva promove equidade e acesso a oportunidades e direitos
Na última segunda-feira, 19/8, o Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Cape) da Prefeitura de Belo Horizonte abriu, até o dia 22/8, inscrições para o “Curso Intensivo de Libras” que ocorrerá nos meses de agosto e setembro. A iniciativa é uma ação formativa que objetiva promover a inclusão no mercado de trabalho de profissionais da Educação das escolas municipais e instituições parceiras de Educação Infantil. Esse é um importante passo em direção à acessibilidade da Língua Brasileira de Sinais (Libras) que auxilia a Associação dos Surdos de Minas Gerais (ASMG).
O curso ocorrerá de modo virtual, ministrado por instrutores(as) de Libras da ASMG, e promete capacitar profissionais da Educação bem como abrir novas oportunidades para a comunidade surda. O público-alvo dessa campanha são os(as) estagiários(as), servidores(as) e demais profissionais que atendem a comunidade escolar.
O curso contará com seis turmas de 20 horas, distribuídas em dez encontros virtuais, por meio do Google Meet, com link a ser disponibilizado posteriormente. As turmas com início em agosto (1, 2 e 3) terão aulas do dia 26/8 ao dia 6/9. Já nas turmas programadas para iniciar em setembro (4, 5 e 6), as aulas ocorrerão do dia 9/9 ao dia 20/9. Ao todo são 150 vagas, divididas em horários diversos. Confira a escala de cada turma:
Turma 1: de 8h a 10h (25 vagas);
Turma 2: de 13h a 15h (25 vagas);
Turma 3: de 19h a 21h (25 vagas);
Turma 4: de 8h a 10h (25 vagas);
Turma 5: de 13h a 15h (25 vagas);
Turma 6: de 19h a 21h (25 vagas).
A capacitação conta com emissão de certificado para os(as) participantes que obtiverem, no mínimo, 70% de presença e de aproveitamento. Esse curso, ainda, visa proporcionar uma formação rápida e eficaz para aqueles(as) que desejam se aprofundar na comunicação com pessoas surdas e promover maior inclusão no mercado de trabalho da área da Educação. O conteúdo será voltado para vocabulário, alfabeto manual, números, saudações, apresentação pessoal e família. Todos os temas irão enfatizar a apresentação da língua no contexto educacional do espaço da Smed.
O curso intensivo foi desenvolvido para atender às necessidades de profissionais da Educação. A importância dessa formação se reflete na demanda por profissionais capacitados(as) em comunicação inclusiva, na qual a habilidade em Libras torna-se um diferencial na valorização das pessoas com deficiência auditiva no ambiente educativo.
O estudo de Libras é, acima de tudo, uma promoção ao respeito pela equidade e garantia de que todos(as) tenham acesso às oportunidades e aos direitos que merecem. Com o apoio do Cape, espera-se que mais formações como essa venham efetuar-se, para um futuro no qual a comunicação e a compreensão mútua sejam acessíveis a todas as pessoas.
Aula do intensivo ocorre on-line
#paratodosverem: a imagem é um print da aula de Libras que foi tirado de um computador. No centro, há um slide sendo exibido com a palavra “LIBRAS” escrita em cores do arco-íris e símbolos correspondentes às letras. À direita, há quadros que mostram a imagem da câmera dos(as) participantes.
Foto: acervo Smed.EM José Maria Alckmin nas olimpíadas de Matemática
Equipe de alunos(as) da RME brilha e leva medalhas de ouro nas etapas regional e nacional
Um grupo de vinte estudantes, de três diferentes turmas do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Maria Alckmin, ganhou medalha de ouro nas etapas estadual e nacional da “Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras”, que foi realizada em maio deste ano. O engajamento dos(as) alunos(as) foi articulado pelo professor de Matemática Fábio Aparecido Simão. Os resultados foram divulgados em agosto.
Essa é a segunda olimpíada de Matemática de que a EM José Maria Alckmin participa neste ano. Na primeira delas, a “Canguru de Matemática”, os(as) estudantes do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental conquistaram seis medalhas de bronze e três menções honrosas.
A “Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras” é disputada em equipes. A equipe formada pelos(as) estudantes têm um tempo determinado para resolver nove problemas, sendo que um deles é em uma língua estrangeira. Nesse caso, eles escolhem em qual língua irão responder e devem traduzir a questão para a língua portuguesa, resolvê-la e traduzir a resolução para a língua original. Como o tempo é pequeno, a equipe deve se dividir em pequenos grupos, e cada grupo resolve um problema, de acordo com suas melhores habilidades. As questões são de álgebra, geometria, cálculo, quebra-cabeças, entre outros. As equipes disputam entre si, de acordo com as regiões do Brasil; logo, os(as) alunos(as) competiram com equipes de São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As equipes de cada região são premiadas com medalhas de bronze, prata e ouro regional. Essas têm o resultado comparado com o resultado das equipes medalhistas de todo Brasil, e as que obtêm os melhores resultados são novamente premiadas com medalhas de bronze, prata e ouro nacional.
A equipe da EM José Maria Alckmin foi medalha de ouro regional e nacional, sendo que nacionalmente figura entre as dezenove equipes premiadas de Belo Horizonte. Dessas dezenove equipes, somente três são de escolas públicas.
Estudantes da EM José Maria Alckmin se destacam em olimpíadas de Matemática
#paratodosverem: fotografia colorida de três estudantes da Rede fazendo atividades em uma mesa redonda.
Foto: acervo EM José Maria Alckmin.
Semana Julina na EM Rui da Costa Val
EM Rui da Costa Val promove semana julina nos 30 anos da escola
O “Arraiá do Rui da Costa Val" foi um projeto desenvolvido pela comunidade escolar, durante os meses de junho e julho de 2024, que culminaram nas atividades festivas na segunda semana de julho. Neste ano, em comemoração aos 30 anos da escola, a dinâmica foi marcada pela autenticidade, configurando-se por meio da tradição regional brasileira em sua diversidade cultural, regional e musical. O objetivo foi promover o conhecimento acerca das características da festa junina, valorizando e demonstrando atitudes de respeito ao trabalho no campo, assim como às culturas regionais brasileiras.
Durante seu processo de elaboração, o projeto envolveu ensaio de danças típicas, confecção de balão e bandeiras, casamento caipira, socialização de informações sobre o tema com o conhecimento que cada criança/adolescente possui, confecção de decoração, desenho, atividades com cruzadinhas e caça-palavras, músicas, dramatizações, confecção de mural e brincadeiras típicas.
Houve comidas e músicas típicas do período junino, como canções de Luiz Gonzaga e Elba Ramalho, compondo a ambientação da tradicional festividade popular que acontece todo mês de junho, em homenagem a Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29).
Alunos(as) e professores(as) celebram semana julina
#paratodosverem: fotografia colorida de crianças dançando quadrilha na quadra da escola. No centro da imagem, há um homem em trajes juninos usando um microfone para conduzir a dança.
Foto: acervo EM Rui da Costa Val.
Festival do Conhecimento na EJA celebra Cora Coralina
EJA da EM Cora Coralina monta um cenário inspirado na poetisa que dá nome à escola
No dia 28 de setembro, a Escola Municipal Cora Coralina realizou o “Festival do Conhecimento”, em que os(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresentaram o projeto “Cantinho de Cora Coralina”. A iniciativa teve como objetivo resgatar e celebrar a vida e a obra da famosa poetisa e doceira que dá nome à instituição, e o evento se encheu de cor e emoção.
Os(as) estudantes apresentaram os trabalhos realizados no decorrer do ano, quando transformaram a sala de aula em um espaço acolhedor e nostálgico e puderam compartilhar com os(as) visitantes um pouco da rica biografia de Cora Coralina. Uma das partes mais marcantes do cenário foi a linda colcha de retalhos exposta, o que evocou memórias em várias pessoas. Além disso, foi possível ver objetos antigos que rememoram a vida da poetisa, como as máquinas de datilografia e de costura.
O cantinho ainda contou com uma exposição de poesias, telas pintadas à mão e artesanato, todos inspirados na obra da escritora. Além disso, a gastronomia também tomou conta do espaço, com a degustação de receitas que remetem aos doces e quitutes que Cora tanto apreciava, como diversos bolos.
Mariana Coelho Dutra, estudante da EJA Alfabetização, compartilhou sua emoção ao reviver memórias de infância durante o evento. “Eu voltei aos tempos da minha infância, quando eu morava numa casinha na roça”, declarou. Sua fala reflete o impacto que a obra de Cora Coralina ainda exerce sobre aqueles(as) que a conhecem, evocando sentimentos de simplicidade e nostalgia.
O “Festival do Conhecimento” não apenas teve o papel de homenagear uma figura importante da literatura brasileira, mas também proporcionou aos(às) alunos(as) da EJA uma oportunidade de expressar sua criatividade e seu conhecimento, como uma forma de reafirmar o valor da educação como meio de resgate cultural e pessoal.
Com a realização de eventos como esse, a Escola Municipal Cora Coralina demonstra a valorização da cultura e da história, além de promover um ambiente de aprendizado que vai além da sala de aula.
“Cantinho de Cora Coralina” tem visitas à exposição
#paratodosverem: colagem de duas imagens. À esquerda, a placa escrita “Cantinho de Cora Coralina” está decorada com flores em uma parede azul. À direita, seis pessoas adultas e uma criança posam para a foto na exposição.
Foto: Ascom/Smed.
GincanEJA 2024EJA promove evento para fortalecer laços e combater a evasão escolar
Atividade de arremesso (basquete) na quadra, praticada por estudantes da EJA
#paratodosverem: seis estudantes mulheres arremessam a bola em uma cesta de basquete, à noite, enquanto uma fica abaixo da cesta para pegar a bola.
Foto: Ascom/Smed.
Nos dias 24 e 26 de setembro de 2024, ocorreu, no Centro de Atenção ao Cidadão (CAC) de Venda Nova, a “GincanEJA 2024”, uma gincana organizada para as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da região. O objetivo do evento foi promover a integração entre as escolas e incentivar a presença dos(as) estudantes no segundo semestre. A gincana contou com uma variedade de atividades lúdicas e recreativas para estimular a socialização e o engajamento dos(as) participantes.
Da organização
A “GincanEJA” deste ano foi coordenada por Rosângela Vilar Duarte, além de uma grande equipe de monitores(as) do CAC, e envolveu oito das dezesseis escolas da modalidade EJA. Com isso, o evento reuniu cerca de setenta alunos(as), no primeiro dia, e 140, no segundo, um número expressivo para essa modalidade de ensino.
As atividades foram planejadas para atender a diferentes faixas etárias, garantindo uma experiência diversificada e inclusiva para todos(as) os(as) participantes. As unidades de Educação representadas foram as escolas municipais Carlos Drummond de Andrade, Moysés Kalil, Dora Tomich Laender e Cônego Raimundo Trindade (no primeiro dia); além da Adalto Lúcio Cardoso, da Professor Pedro Guerra, da Joaquim dos Santos, e da Gracy Vianna Lage (no segundo).
Entre as atividades desenvolvidas, destacaram-se:- esportes de equipe: futebol, basquete (arremesso) e peteca, para uma competição saudável e trabalho em equipe.
- atividades recreativas: hidroginástica e recreação na piscina, pensadas especialmente para os(as) estudantes mais velhos(as), proporcionando uma opção acessível e divertida, além de refrescante.
- zumba: a dança atraiu participantes de todas as idades, promovendo interação e alegria. A movimentação do corpo é um dos pilares para o bem-estar geral.
Alunos(as) se divertem na atividade de recreação dentro da piscina
#paratodosverem: a imagem mostra quatro estudantes adultos se divertindo na piscina, à noite.
Foto: Ascom/Smed.
A “GincanEJA 2024” alcançou sucesso ao promover a integração entre os(as) alunos(as); contribuiu também para fortalecer laços entre os(as) colegas e os(as) educadores(as). O evento cumpriu um papel pedagógico importante, pois atuou como estratégia eficaz de combate à evasão escolar e manteve os(as) estudantes motivados(as) por meio das atividades coletivas. Um dos principais incentivos da frequência na escola se dá pelas amizades cultivadas e pelo apoio mútuo.
Os(As) coordenadores(as) da EM Moysés Kalil e da EM Dora Tomich Laender, Eliete Campos e Karlyle Miamoto, respectivamente, contaram que os(as) estudantes adoraram a noite no CAC, pois foi muito agradável e esportiva. Miamoto ainda comentou sobre a possibilidade de futuros eventos esportivos em 2025, no mesmo espaço.
Com isso, a “GincanEJA 2024” proporcionou uma experiência positiva e enriquecedora, alcançando os objetivos de inclusão e participação. A colaboração entre as escolas da Regional Venda Nova e o apoio do CAC foram fundamentais para o sucesso do evento.
Mesmo com algumas dificuldades, como limitações de transporte e a presença variável entre os(as) alunos(as), o evento demonstrou que é possível reunir grandes grupos de diferentes instituições em harmonia.
Para o futuro, a ideia é manter uma ação pedagógica contínua em 2025, a fim de aumentar a motivação e a participação dos(as) estudantes. A realização de eventos como esse é uma boa estratégia para fomentar a interação e o desenvolvimento social entre os(as) alunos(as) da EJA, em prol de um ambiente escolar mais integrado.Escola apresenta música em Libras na Semana da Educação
A EM Professora Efigênia Vidigal fez uma apresentação inspiradora e inclusiva
Desde a chegada de uma estudante surda, a Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal, juntamente com o professor Caick Franckllyn Silva, contratado pela Associação de Surdos, tem feito um esforço para que seja instituída uma educação bilíngue na escola, com o objetivo de que, assim, todos(as) os(as) estudantes e os(as) professores(as) tenham conhecimentos básicos da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Cada turma, do 1⁰ ao 5⁰ ano, tem aulas de Libras ministradas pelo educador, com acompanhamento das professoras referências de turma, uma vez por semana.
Dois anos após o início desse projeto, houve aumento de alunos(as) fluentes, e a escola começou a apresentar musicais em Libras. Eles(as) já haviam se apresentado na festa junina da escola.
Durante a “3ª edição da Semana da Educação”, neste ano, os(as) estudantes apresentaram o musical "Olha para o céu, meu amor!", de Luiz Gonzaga. O grupo ensaiou, durante oito semanas, para o espetáculo.
A apresentação é uma forma de visibilizar e apreciar esse projeto, o professor Caick comentou a importância dessa apresentação: “Eu acho muito importante divulgar trabalhos relacionados à Língua Brasileira de Sinais. Eu estou muito feliz!”
Estudantes apresentam música em Libras
#paratodosverem: foto em grupo com alunos(as) que apresentaram o musical. Todos(as) vestem blusas pretas e crachás de identificação. Ao fundo, há árvores.
Foto: acervo da EM Professora Efigênia Vidigal.2ª Semana do Idoso na EJA da EM Professora Helena Abdalla
Segunda edição do evento contou com arte, dança e importantes reflexões sobre a terceira idade
Estudantes da EJA seguram suas obras de arte pintadas à mão
#paratodosverem: muitos alunos e alunas seguram o quadro que pintaram para tirar a foto. Estão dispostos em três fileiras horizontais, uma à frente da outra. Eles(as) estão em uma quadra com chão e parede verdes.
Foto: Acervo da EM Professora Helena Abdalla.
O Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade são comemorados no dia 1º de outubro. Para marcar essa data, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Professora Helena Abdalla (Empha) celebrou a segunda edição da “Semana do Idoso”, do dia 1º ao dia 3 de outubro, com diversas atividades voltadas ao público 60+.
A EJA propôs a semana com reflexões e atividades sobre o tema da terceira idade para incluir todos os(as) seus(suas) estudantes, com o objetivo de desenvolver habilidades e competências relacionadas às pessoas idosas, como suas questões, necessidades e expectativas, além de incentivar o respeito, a valorização e a inclusão dessas pessoas em todos os setores da sociedade.
A programação contou com uma sessão de filme acompanhada de pipoca e refrigerante. O longa assistido foi “Um senhor estagiário”, direção de Nancy Meyers, que conta a história do viúvo Ben Whittaker (interpretado por Robert De Niro), contratado como estagiário em uma startup de sucesso. O tema central evoca a união de gerações e demonstra como a experiência e a juventude se complementam. O filme é bem leve e aborda a temática da discriminação de pessoas mais velhas em vagas de empresas, com muita delicadeza e bom-humor.
Após o filme, foi proposta uma roda de conversa sobre a capacidade que as pessoas têm de aprender, independentemente da idade, de forma a incentivar novas experiências e instigar o pensamento da convivência entre diferentes gerações.
No segundo dia de evento, houve uma oficina de pintura em tela com o tema “EJA sou eu”, em que os(as) estudantes usaram da criatividade para colorir quadros com que se identificavam e para expressarem suas emoções. Essa atividade proporciona, principalmente, desenvolvimento de concentração, atenção e relaxamento.
Estudantes se alongam com o professor Gleydson
#paratodosverem: diversos alunos e alunas da EJA estão em uma quadra, em fileiras horizontais, fazendo alongamentos. Em frente, está o professor Gleydson demonstrando o movimento que os(as) estudantes precisam fazer.
Foto: Acervo da EM Professora Helena Abdalla.
No último dia da “2ª Semana do Idoso”, na EJA da Escola Municipal Professora Helena Abdalla, o professor de Educação Física Gleydson Dias de Oliveira complementou a programação com uma conversa sobre a importância da atividade física para o envelhecimento saudável, além de uma aula em grupo, ao ar livre. A aula incluiu alongamentos no início e no fim, bem como danças para promover um momento de atividade física, leveza, divertimento e interação.
Para fechar com chave de ouro, as telas pintadas no dia anterior foram expostas na escola e visitadas por todos(as) os(as) estudantes. Cada um(a) dos(as) idosos(as) recebeu um mimo em forma de caneca personalizada, com uma mensagem e balas dentro. As telas foram entregues para os(as) respectivos(as) artistas levarem como recordação de uma semana tão agradável.Outubro Prateado movimenta idosos(as) da EJA
Conjunto de ações ocorridas na Smed e no CRPI foi voltado ao público 50+
A Secretaria Municipal de Educação (Smed) promoveu um projeto de ações para o público 50+ da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no ano de 2024. O projeto celebra, do dia 22 ao dia 24, o “Outubro Prateado", mês de valorização da pessoa idosa, no Centro de Referência da Pessoa Idosa (CRPI) e na sede da Smed.
O programa do “Outubro Prateado” evidencia a importância da Educação de Jovens e Adultos em Belo Horizonte, que conta com 6.514 estudantes idosos(as) apoiados(as) e valorizados(as) pela equipe da Educação municipal, uma significativa representatividade nas turmas da EJA.
Realizado pela Gerência da Educação de Jovens e Adultos (Gerja), o projeto, que está em sua segunda edição, visa incentivar o envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável. As ações são voltadas para os(as) estudantes com mais de 50 anos da EJA e para frequentadores(as) com mais de 60 anos do CRPI, em prol de valorizar a pessoa idosa e ampliar ações intersetoriais voltadas para essa parcela da população.
As ações incentivam a preservação da autonomia e da independência das pessoas idosas e também buscam sensibilizar a sociedade sobre as questões do envelhecimento, ao mesmo tempo em que oferecem atividades físicas, artísticas e formativas, em prol do fortalecimento da dignidade das pessoas nessa faixa etária. As oficinas já existiam no CRPI, ministradas por trabalhadores(as) locais que já atuam com pessoas idosas desse espaço público e gratuito. Com as ações, ganharam o apoio de docentes e assessores(as) pedagógicos(as) da Smed, bem como de convidados(as) externos(as), para a promoção do evento.
Mara Cristina Rodrigues Santos, professora da EJA na Escola Municipal Professor Edgar da Mata Machado, contou um pouco sobre a relevância das ações: “A importância de se estar no evento é dar visibilidade para esses estudantes, principalmente para os estudantes da EJA que estão com mais de 60 anos. Eu achei muito importante quando vi o convite, principalmente para eles conhecerem o CRPI, pois muitos não conhecem, não sabem que existe um Centro de Referência na cidade. Mas é importante eles conhecerem para se sentirem valorizados.”
A abertura do evento foi uma atividade ao vivo, pelo canal da Smed no Youtube, a qual foi gravada para reprise pelas escolas para as turmas da manhã e da tarde. A live contou com um diálogo sobre a campanha e a apresentação da dinâmica do evento, da qual participaram Luana Magalhães de Araújo Cunha (subsecretária municipal de Direitos de Cidadania); Josué Valadão (secretário municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania); Bruno Oitaven Barral, secretário municipal de Educação (Smed); Chrisley Soares Félix (diretora da Diretoria do Ensino Fundamental da Smed – Defu/Smed); Diego de Oliveira (gerente da Gerência da Educação de Jovens e Adultos – Gerja/Smed) e Renata Martins Costa de Moura (diretora da Diretoria de Políticas para a Pessoa Idosa – Dpei/CRPI).
Para abrir a programação cultural, a tarde da quarta-feira (23) foi repleta de apresentações artísticas, como o musical da Velha Guarda da Pedreira, a oficina de balé do Programa Escola Integrada (PEI) da Escola Municipal Sobral Pinto (Dire-NE) e o musical do CRPI de voz e violão. As apresentações tiraram o fôlego e encantaram os(as) idosos(as) por meio da música e da dança. Finalizando o dia, a partir das 19h, o público foi convidado a participar de oficinas de dança, musicalização e postura cênica, além de prestigiar a apresentação cultural do Grupo Sarandeiros, do Colégio Santo Agostinho de Contagem, e do Grupo Baião de Rua. Houve ainda o Planetário do Clic, na quadra do subsolo da Smed, para contar curiosidades e explorar o espaço sideral.
A apresentação da Velha Guarda da Pedreira emocionou Mara Cristina: “Uma das coisas que chamou bem atenção foi quando eu vi a apresentação da Velha Guarda da Pedreira, porque vamos fazer um trabalho da questão da consciência sobre a luta do povo negro na nossa cidade, a história desse povo aqui, que não é algo que está longe, pois trabalhamos a questão da consciência negra com muito distanciamento, mas está próximo da gente. (...) A Pedreira tem uma história muito forte de resistência, com uma população do início da Pedreira, como que ela começou, então, por isso, vai ser muito engrandecedor para nossa turma. Foi algo que motivou bastante que eles viessem.”
No último dia de evento, ocorreram no CRPI diversas oficinas, como a de Origami e a de Trilhas no Parque. O público também foi contemplado com a Academia da Saúde pela manhã e um grandioso baile, à noite, com música ao vivo. Outubro foi marcado por uma longa programação no CRPI durante todo o mês, o que levou à reflexão sobre a qualidade de vida e sobre o bem-viver dessa parcela da sociedade. É importante que as pessoas idosas tenham acesso aos bens artístico-culturais, bem como ao conhecimento, que, atrelado ao lazer e ao esporte, garantem uma boa qualidade de vida.
Estudante da EJA na Escola Municipal Professor Edgar da Mata Machado, Joselita disse que gosta de participar dos eventos, para movimentar o corpo e porque faz bem à saúde. Ela acrescentou que não conhecia o CRPI, que tinha vontade de conhecer e que o evento trouxe essa oportunidade.
A educação ao longo da vida visa promover ações que alcançam mais amplamente a vida dos sujeitos, independentemente da idade. Para isso, as ações do “Outubro Prateado" foram pensadas coletivamente e em prol da promoção do envelhecimento saudável para a população belo-horizontina.
Apresentação do Centro de Referência da Pessoa Idosa com voz e violão
#paratodosverem: no plano de frente da imagem, é possível visualizar diversas pessoas idosas vestidas com camiseta branca, de costas, tocando violão e cantando sentadas em cadeiras plásticas. Ao fundo, a plateia composta por idosos(as) assiste à apresentação. O local é uma grande quadra coberta, com muitas cadeiras plásticas.
Foto: Vitória Lapa.Smed e SMSA promovem ação em prol do Outubro Rosa
Palestra de ginecologista buscou conscientizar sobre o diagnóstico precoce do câncer
O final do mês de outubro na Secretaria Municipal de Educação (Smed) foi marcado por uma ação especial para tratar sobre a saúde da mulher. A atividade, ocorrida no dia 28, no auditório do 8º andar da Smed, foi uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Houve um bate-papo entre o público e a médica ginecologista Daisy Martins Rodrigues, em que se solicitou a todos(as) que vestissem uma peça de roupa rosa para simbolizar o compromisso com a prevenção ao câncer de mama.
Os(as) funcionários(as) da Smed foram convidados(as) a participar, juntamente com os(as) estudantes da Escola Municipal Caio Líbano e as mães dos(as) alunos(as) da Escola Municipal Santo Antônio. A ação ocorreu em prol do apoio à campanha anual do “Outubro Rosa" e teve o objetivo de reforçar a conscientização e o cuidado com a saúde, principalmente em relação ao câncer de mama e ao câncer de colo de útero.
Para abrir o momento, a professora e gestora de políticas públicas Rebeca Cristina Nunes Lloyd Gonçalves, que atua no Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania (Necc) da Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial (Deid) falou sobre as lutas dos direitos das mulheres em diversos campos, como na Saúde, no Social e na Educação. Sua fala incluiu pautas importantes, como o ativismo contra a violência doméstica e a importância de chamar a atenção, em espaços vulneráveis, para o autocuidado e o autoexame, pois muitos(as) não possuem acesso à saúde e às informações nos contextos da desigualdade.
Andreia de Oliveira Costa, servidora da Smed na equipe de monitoramento das escolas, deu um depoimento emocionante sobre a dor que sentiu ao perder sua mãe de 58 anos para o câncer de mama, alertando para o cuidado com a saúde da mulher e a prevenção desse câncer: “Se amem, se cuidem e se olhem no espelho, porque não é fácil para quem tem a doença e para quem convive com a pessoa que está doente. Façam o autoexame todo mês e procurem o ginecologista e o mastologista, isso tudo é muito importante. Se amem! Nós mulheres precisamos nos amar primeiro para amar o outro.”
É preciso sempre destacar a importância do cuidado com a saúde da mulher e de todos os corpos, independentemente da situação. A visibilidade da campanha “Outubro Rosa" e o olhar cuidadoso para mulheres e crianças são essenciais para prevenir o câncer de mama, pois o diagnóstico precoce é o mais importante para a cura.
A médica ginecologista Daisy Martins Rodrigues explicou a importância da palestra: “Falar do autocuidado para a mulher sempre é importante, principalmente aqui na Secretaria de Educação, pois são pessoas que vão atuar como transmissoras do conhecimento. Então, isso sempre é significativo para chegar em todas as populações, desde as mais vulneráveis às menos vulneráveis. O importante de falar de autoconhecimento é para ensinar o que nós, como mulheres, precisamos melhorar na nossa qualidade de vida, indo desde o rastreamento do câncer de colo ao câncer de mama, durante o nosso envelhecimento. Envelhecer bem e cuidar do corpo, da mente e da alma é essencial para a mulher envelhecer com qualidade de vida.”
A ação promovida pela Smed em parceria com a SMSA foi um marco importante na conscientização sobre a prevenção do câncer de mama. Ao reunir servidores(as), estudantes e suas famílias, a iniciativa ressaltou a importância do autocuidado, do diagnóstico precoce e do empoderamento feminino. As reflexões reforçam a necessidade de garantir a saúde das mulheres e da rede de apoio na comunidade como um passo fundamental na luta contínua pelos direitos das mulheres.
Dra. Daisy ministra roda de conversa sobre o câncer de mama
#paratodosverem: a imagem mostra a médica ginecologista Daisy M. Rodrigues em frente a uma televisão em que passa um slide escrito “câncer de mama”, com uma foto de várias mãos juntas. A médica veste um macacão azul-escuro e segura um microfone enquanto fala e gesticula sobre o tema. As paredes que contornam o cenário são amarelas e há um ventilador de parede ao fundo, no canto esquerdo.
Foto: Vitória Lapa.25ª UFMG Jovem
Escolas da RME brilham na 25ª edição do UFMG Jovem, com projetos inovadores e sociais
Nos dias 7 e 8 de outubro, as escolas da Rede Municipal de Educação (RME) de Belo Horizonte marcaram presença na “25ª edição do UFMG Jovem”, evento realizado no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento, que neste ano homenageou o escritor mineiro Fernando Sabino, destacou a integração entre Educação Básica e universidade, promovendo a troca de saberes, a inovação e o protagonismo dos(as) estudantes(as). Com o lema “Minas é um mundo: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, a feira se transformou em um grande espetáculo de criatividade, onde alunos(as) e professores(as) de diversas partes do estado de Minas Gerais apresentaram projetos científicos e culturais.
As atividades, que envolveram desde desafios de expressão até conversas com cientistas, passaram a integrar oficialmente o “3º Congresso Nacional de Inovação e Popularização da Ciência”. A 25ª edição do evento trouxe uma série de iniciativas que destacaram a diversidade cultural, o uso de tecnologias sociais e o impacto positivo da educação na formação dos(as) cidadãos(ãs). Entre as atividades, o desafio “O meu segredo para ser feliz” convidou os(as) jovens a refletirem sobre a felicidade, utilizando diferentes formas de expressão, como desenhos, vídeos e áudios. Já o #ExploraUFMG ofereceu um espaço interativo para o público conhecer mais sobre as pesquisas realizadas na universidade.
Projetos de impacto social e ambiental das escolas municipais de BH
As escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) se destacaram, especialmente, pela abordagem de temas de relevância social e ambiental. Os projetos apresentaram soluções criativas e inovadoras, muitas delas voltadas para a sustentabilidade, a saúde pública e a inclusão social. A participação dos(as) estudantes(as) da RME-BH na feira mostrou o potencial da educação pública em gerar ideias transformadoras e o impacto positivo que a troca de experiências pode proporcionar.
Entre os projetos que chamaram atenção, destacaram-se iniciativas voltadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e Zika. A Escola Municipal Francisca de Paula, por exemplo, apresentou o projeto "Luz, Câmera, Ação: Tá com Dúvida sobre a Wolbachia? A Gente Responde", que aborda o uso da bactéria Wolbachia no combate ao mosquito. De acordo com os alunos Davi e Benjamin, o projeto surgiu após a exibição de um vídeo do cientista Júlio, que explicou como a bactéria pode ser utilizada para reduzir a transmissão de doenças, tornando o mosquito um aliado na luta contra a dengue. “É interessante saber até onde esse mosquito consegue voar e propagar a doença”, contou Davi, de 10 anos.
Já na Escola Municipal Maria de Magalhães Pinto, o projeto “Mapas Mentais na Matemática” visou incentivar o protagonismo juvenil no ensino de Matemática, utilizando ferramentas criativas e autônomas para construção de material de estudo. A professora Liliane Rezende Anastácio compartilhou o entusiasmo dos(as) alunos(as), explicando como o uso dos mapas mentais tem favorecido o aprendizado e contribuído para a construção do conhecimento de forma mais colaborativa e dinâmica.
Na Escola Municipal Henriqueta Lisboa, a integração entre saúde e meio ambiente foi tema central de um projeto sobre a relação entre alimentação saudável e o combate ao Aedes aegypti. O professor Alexandre Diniz Silva explicou que os(as) estudantes do 5º ano investigam como uma dieta balanceada pode ajudar a prevenir a proliferação do mosquito, trazendo à tona a conexão entre práticas saudáveis e a preservação ambiental. A bióloga Alessandra Resende contou que a proposta visou convidar os(as) alunos(as) a analisarem a escola sob uma nova ótica ambiental, realizando um diagnóstico das práticas sustentáveis já existentes e propondo melhorias, com o objetivo de criar um projeto sustentável para a nova sede da escola.
O compromisso das escolas com a sustentabilidade também se refletiu no projeto da Escola Municipal Paulo Mendes Campos, que propôs melhorias na infraestrutura da escola, como a criação de mais áreas verdes e a implementação de lixeiras para coleta seletiva. O estudante João Gabriel Malafaia, do 9º ano, destacou a importância de envolver toda a comunidade escolar nas ações ambientais. “Queremos tornar nossa escola mais sustentável, aumentar as áreas verdes e melhorar a reciclagem”, explicou. A bióloga Alessandra Resende contou que a proposta visou convidar os(as) alunos(as) a analisarem a escola sob uma nova ótica ambiental, realizando um diagnóstico das práticas sustentáveis já existentes e propondo melhorias, com o objetivo de criar um projeto sustentável para a nova sede da escola.
Em um projeto paralelo, a Escola Municipal de Educação Infantil Santa Cruz, com o “Horta dos Sabores”, em que abordou práticas sustentáveis com a participação ativa das crianças no cultivo de hortas e no uso de espaços pequenos para plantio. A professora Rúbia Cristina Tavares, que coordena o projeto, destacou a importância do aprendizado prático e da conscientização ambiental desde os primeiros anos escolares. "Trabalhamos com as crianças em todas as etapas, do preparo à colheita, e o que produzimos é usado nas refeições da escola", contou. A educadora Maria de Jesus Pereira da Silva, também envolvida no projeto, ressaltou a participação da comunidade escolar nas atividades, como as oficinas de plantio em garrafas PET, que têm sido um sucesso, especialmente em famílias com pouco espaço. O projeto também propõe um trabalho interligado com a temática étnico-racial, utilizando o cultivo de ervas medicinais como ponto de partida para reflexões sobre saúde e cultura.
A “25ª edição do UFMG Jovem” não apenas celebrou o conhecimento, mas também evidenciou a capacidade das escolas da rede municipal de Belo Horizonte em inovar, propor soluções para problemas locais e engajar seus alunos na construção de um futuro mais justo e sustentável. Com projetos que vão desde a educação ambiental até a busca por soluções para questões de saúde pública, as escolas municipais mostraram que a educação pública pode ser um poderoso motor de transformação social. Como afirmou Takahashi, professora da Escola Municipal Francisca de Paula, a parceria entre a universidade e as escolas públicas é essencial para o desenvolvimento de novos conhecimentos e a promoção de uma sociedade mais consciente e inovadora. "A parceria entre a universidade e a escola pública é muito importante. Participar desses eventos é uma oportunidade de divulgar nosso trabalho e engajar mais pessoas", concluiu.
O evento foi marcado pela participação ativa dos(as) estudantes
#paratodosverem: a imagem mostra três estudantes da Rede Municipal – dois meninos e uma menina – no estande de apresentação do trabalho que exibiram na mostra da UFMG. O estande está decorado com informações sobre o mosquito Aedes aegypti, e os(as) alunos(as) seguram frascos contendo larvas, para demonstração.
Foto: Vitória Lapa.Glossário de gírias na EM Padre Henrique Brandão
O projeto ressalta a importância da linguagem na valorização da identidade juvenil
As gírias fazem parte do cotidiano das escolas, uma vez que são definidas como expressões informais utilizadas na comunicação dos(as) jovens. Os(As) adolescentes trazem, na ponta da língua, uma parte importante de sua identidade. Considerando que a compreensão dessas diferentes linguagens é fundamental para a comunicação entre diferentes gerações, a professora de Português Joara Maria de Campos Menezes, da Escola Municipal Padre Henrique Brandão, tem realizado a prática do “Glossário de gírias”, que explora as principais expressões usadas por seus(suas) alunos(as) do 9º ano. O projeto tem se repetido todos os anos.
O glossário é construído ao longo de uma semana de aula em que se conversa bastante a respeito das diferenças de uso das linguagens formal e informal. Aos poucos, os(as) estudantes vão lembrando do seu vocabulário diário e contando para a professora sobre as gírias mais usadas por eles(as), bem como o significado de cada uma delas. Em 2023, por exemplo, Menezes registrou expressões como “foi de Vasco” e “foi de submarino”. Em 2024, também houve novidades, como o “vermelho”, que faz menção ao cartão vermelho e manda os intrometidos embora. Há ainda gírias de Belo Horizonte que nunca saem de moda: “de rocha”, “fraga” e “paia".
Nesse processo, além do aprendizado de habilidades básicas da língua portuguesa, os(as) alunos(as) sentem que parte importante da sua identidade adolescente é valorizada dentro do ambiente escolar. O trabalho realizado pela professora e por estudantes em 2024, além de ser registrado no quadro e em cadernos, virou um banner, exposto para que toda a comunidade escolar possa conferir o significado das gírias, contribuindo para o estabelecimento de uma comunicação respeitosa e efetiva entre educadores(as) e alunos(as). Segundo Patrícia Januário, vice-diretora da escola, a prática é fundamental para que os(as) estudantes se entendam como sujeitos do próprio aprendizado: “Esse trabalho movimenta as turmas e aproxima as gerações, professores e estudantes, e faz com que os adolescentes sintam-se protagonistas de sua aprendizagem.”
Iniciativa busca viabilizar maior comunicação entre educadores(as) e estudantes
#paratodosverem: fotografia colorida de uma criança e um adulto observando o banner do glossário de gírias, colocado em uma parede pintada de azul, vermelho e amarelo.
Foto: Joara Maria de Campos Menezes.
- Boas Práticas 14 de novembro e Especial – Festivais Regionalizados
Boas Práticas – 14 de novembro
Jogos e instrumentos matemáticos
EM João Pinheiro desenvolveu projeto que mistura diversão e matemática
Entre os meses de junho e dezembro de 2024, os(as) estudantes das turmas do 2º e do 3º ano da Escola Municipal João Pinheiro estão desenvolvendo um projeto focado no aprendizado da matemática. A atividade envolve o uso de jogos e instrumentos matemáticos de diferentes etnias e culturas para fazer com que o ensino da disciplina seja produtivo e divertido para os(as) alunos(as).
Os jogos escolhidos se misturam à história de diversos povos por meio do tempo. O contato com esses jogos contribuiu muito, para além das atividades matemáticas tradicionais, propiciou experiências importantes em relação a questões como identidade e diversidade étnica, pensamento matemático, estrategismo, antecipação de movimento e prazer na aprendizagem.
O professor responsável, Augusto Junior de Oliveira, comentou que o projeto incentivou os(as) estudantes a participarem mais das aulas e do aprendizado: “O projeto trouxe grande engajamento dos alunos na participação das propostas desenvolvidas. Havia grande interesse nos jogos e grande empenho na realização das tarefas mais tradicionais. O misto de instrumentos serviu como força motriz no processo de ensino e aprendizagem.”
Aprendendo matemática de forma criativa.
#paratodosverem: na foto, duas crianças se sentam a uma mesa, jogando com garrafas PET cortadas, onde guardam bolinhas.
Foto: acervo da EM João Pinheiro.
Semana da Infância oferece diversão e aprendizadoSecretaria Municipal de Educação organiza diversas oficinas para estudantes da Rede
Ação que visa evidenciar a importância de uma proposta pedagógica sensível que articule as vivências e as experiências na infância, a “Semana da Infância” ocorreu entre os dias 19 e 23 de agosto. As escolas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, tanto da rede municipal quanto da rede parceira, foram convidadas a organizar e movimentar suas crianças durante essa semana especial, com diversas atividades pedagógicas.
Nos dias 21 e 22, 42, instituições visitaram a Secretaria Municipal de Educação (Smed) para participar de oficinas que ofereceram atividades diferenciadas, as quais proporcionaram aos(às) alunos(as) experiências e vivências qualificadas e diferentes daquelas que já realizam no espaço escolar. Entre elas, ocorreram oficinas focadas em diversos temas, como jogos matemáticos, meio ambiente, contação de histórias, ciências e robótica.
As turmas de 4 e 5 anos da Escola Municipal Milton Campos aproveitaram as oficinas do dia 22, participando da contação da história “As serpentes que roubaram a noite”, do autor indígena Daniel Munduruku. A história foi contada e encenada de forma dinâmica e envolvente, e as crianças puderam ser protagonistas da narrativa durante os momentos de musicalidade.
A experiência foi de encanto, tanto para as crianças quanto para os(as) educadores(as). A professora e coordenadora da Educação Infantil da EM Milton Campos, Emília Alves da Cruz, descreveu o evento como uma inspiração para as próximas atividades a serem desenvolvidas em sala de aula: “Nós, professoras, fomos impactadas, pois nos sentimos estimuladas a selecionar literaturas escritas por autores indígenas e negros. Ninguém melhor para contar sua história que o povo que a vive!”
Além da primeira atividade, os(as) estudantes de 4 anos da EM Milton Campos também participaram de diversas outras brincadeiras que estimulam o movimento e o desenvolvimento motor e corporal, como brincadeiras de roda e futebol de tecido. As crianças da turma de 5 anos se divertiram ao se envolverem na oficina “Dando um Clic na Ciência”, quando desenvolveram a experiência de pintura com água, bicarbonato e urucum. De acordo com a professora Emília, o experimento dialoga com atividades trabalhadas em sala, o que estimulou os(as) alunos(as) a se interessarem mais por ciência.
Em depoimento, a direção da EM Milton Campos agradeceu à Smed pela oportunidade de participar no projeto: “A direção e o corpo docente da Escola Miltom Campos parabenizam a Secretaria Municipal de Educação, a organização e a equipe envolvida na promoção do evento e agradecem a oportunidade em ter participado!”
Crianças aprendem e se divertem durante a semana da criança
#paratodosverem: foto tirada em plano aberto; nela há várias crianças em uma sala com paredes coloridas e um quadro branco pintando com tinta, juntamente com educadores(as).
Foto: acervo da Smed.Escritas inventivas
Oficina de criação de poemas integra projeto na EM Edith Pimenta da Veiga
O Projeto “Embarcações inventivas” é uma atividade de formação leitora e de produção textual da Escola Municipal Edith Pimenta da Veiga. A ação é direcionada a estudantes do 7º ano que necessitam de incentivo para o gosto pelo mundo literário e pela escrita, o que possibilita a ampliação dos conhecimentos sociais e culturais.
Como parte do projeto, os(as) alunos(as) foram instigados(as) a produzirem poemas com recortes de bandeirinhas e de corações com o tema das festas juninas. Foram criados, por meio de releituras, textos informativos e nuvem de palavras relacionados à temática.
O projeto foi um grande sucesso, e a aluna Milena Barbosa comentou que achou a atividade junina proveitosa: “Eu gostei da produção textual de criar um poema junino, pois essa atividade é diferente. Gosto muito das aulas de Português.”
Estimulando a leitura e a escrita de forma criativa
#paratodosverem: na foto há um papel decorado com cinco corações vermelhos e um coração azul, cactos roxos, azuis e verdes e bandeirinhas de festa junina coloridas. Dentro de cada coração, há frases, como: “Dançar, pular, amar”, “Bandeiras”, “Comer, viver, poder”, “Cores”, “Brincar, sonhar, falar” e “Amores”.
Foto: acervo da EM Edith Pimenta da Veiga.Hospital das Clínicas recebe novas turmas da EJA
Iniciativa cria novas turmas da EJA em hospitais, permitindo que pacientes estudem
No mês de setembro, o Hospital das Clínicas, vinculado à Escola Municipal Santos Dumont, na Regional Leste, começou a atender três novas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) externas ao espaço escolar. A iniciativa visa apoiar pacientes em tratamento de hemodiálise. As aulas nos turnos da tarde e da noite já começaram, e a turma da manhã está programada para iniciar em outubro.
Com essa nova iniciativa, o Hospital das Clínicas se torna a terceira unidade hospitalar na cidade a oferecer essa modalidade de ensino. A primeira foi o Centro de Nefrologia do Hospital Evangélico, que atualmente abriga nove turmas.
O Hospital São Francisco já conta com quatro turmas, totalizando 16 em funcionamento até outubro, atendendo a uma demanda específica e importante.
A proposta é necessária para garantir o direito à educação ao longo da vida, permitindo que pacientes que querem se alfabetizar ou concluir o Ensino Fundamental possam fazê-lo durante o tratamento.
As aulas são ministradas enquanto os(as) pacientes estão conectados(as) às máquinas de hemodiálise, aproveitando o tempo disponível de forma produtiva. Além de promover a educação, essa iniciativa traz benefícios significativos para a vida dos(as) participantes.
Sérgio Wagner, coordenador das turmas de EJA externas do Hospital das Clínicas, afirma que a Escola Municipal Santos Dumont aceitou a abertura das vagas com grande honra. Em seu trabalho com a EJA, ele considera a experiência um diferencial que, na prática, já gera elogios de funcionários(as), acompanhantes de pacientes e dos(as) próprios(as) pacientes.
"Os alunos estão tão empolgados que têm demandado material a mais que o programado em nosso cronograma, o que nos causa grande satisfação pelo retorno do trabalho realizado. Eu reconheço que essa iniciativa é de um significado que não se mede só pela quantidade, mas pela qualidade do resultado na vida dos educandos e seus familiares. Um alívio perante a sofrida realidade da hemodiálise, uma esperança e um momento especial de atenção que até então não existia. Penso que essa iniciativa é um grande ato de cidadania, e somos agraciados por fazermos parte desse momento", afirma Sérgio Wagner.
Na visão do coordenador, a certificação no nível fundamental abre portas para novas oportunidades acadêmicas e também ajuda na melhoria da autoestima e na visão de futuro desses indivíduos, contribuindo com a saúde mental.
Com essa nova abordagem, o Hospital das Clínicas reafirma seu compromisso com a promoção da saúde e da educação, integrando cuidados médicos e desenvolvimento pessoal em um ambiente que acolhe e transforma vidas.
A EJA no setor de hemodiálise é um exemplo de como é possível inovar e atender as necessidades de uma população que enfrenta desafios, garantindo que todos(as) tenham a chance de sonhar e construir um futuro melhor.
Aluno da EJA estudando no hospital
#paratodosverem: a imagem mostra um senhor debruçado sobre uma poltrona, com um lápis na mão, respondendo a uma atividade em uma prancheta, com uma folha de papel. Ele está no hospital, em tratamento, enquanto estuda.
Foto: Ascom/Smed.Pintura rupestre incentiva conhecimento e criatividade
Atividade sensorial com arte na EM Prefeito Souza Lima
Os(as) alunos(as) da Escola Municipal Prefeito Souza Lima participaram de uma aula de Artes especial, inspirada pelas representações artísticas pré-históricas realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre: as artes rupestres.
Durante a aula, os(as) estudantes produziram as próprias tintas, utilizando areia, água e cola, quando tiveram oportunidade de desenvolver o tato, a sensibilidade, o traço e a coordenação motora. Em um outro momento, todos(as) apreciaram as produções artísticas elaboradas com tinta na aula de Artes.
Todos(as) puderam constatar a importância desse projeto, como a auxiliar de Apoio ao Educando Adriana Regina, acompanhante da aluna Maria Eduarda. A auxiliar comentou sobre como os(as) estudantes aproveitaram a atividade: "Os alunos amaram colocar as mãos na massa."
Estudantes produzem artes relacionadas ao conhecimento histórico
#paratodosverem: cinco crianças, em um ambiente aberto, fazem pinturas com os dedos em folhas de papel branco.
Foto: acervo da EM Prefeito Souza Lima.Robótica sustentável
Oficina integra conceitos de Ciência, Engenharia e Matemática com atividades práticas
Estudantes do 2º e do 3º ciclo da Escola Municipal Dinorah Magalhães Fabri têm a oportunidade de participar da oficina de Robótica, desenvolvida por seu núcleo da Escola Integrada. Nela os(as) alunos(as) estimulam o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas em grupo, em quatro momentos.
Os(As) estudantes primeiro aprendem sobre os conceitos básicos de Robótica, como programação e os componentes principais de um robô. Em seguida, estudam sobre montagem e construção, usando kits como Lego e materiais recicláveis, que permitem aos(às) alunos(as) construir robôs funcionais. A penúltima fase constitui-se em um aprofundamento da programação e da automação, em que eles(as) aprendem sobre o desenvolvimento de programas que controlam os robôs, conceitos de lógica, loops, entre outros. No último momento, ocorre a apresentação do projeto final, na qual os(as) estudantes precisam mostrar o robô desenvolvido e falar sobre ele.
A atividade é muito proveitosa e dá aos(às) participantes conhecimentos de extrema importância, como: aprendizagem prática de Engenharia e programação, resolução de problemas complexos de maneira inovadora e importância da colaboração e da comunicação eficaz entre colegas.
Os(As) estudantes aprendem, de forma prática e inovadora, sobre as áreas de Tecnologia e Robótica. O aluno Sander Eliedgar Goudeth Bermudez, do 8º ano, comenta que gosta de participar do projeto por ser algo que aperfeiçoa seus conhecimentos sobre Robótica e sua habilidade de resolução de problemas. Ele também recomenda a prática para seus(suas) colegas: "Participar da oficina de Robótica tem sido uma experiência incrível para mim. Antes de começar, eu não sabia nada sobre Robótica ou programação, mas agora sinto-me muito mais confiante. Aprendemos a montar e programar robôs, o que parecia ser algo muito complicado, mas o monitor de Informática tornou tudo mais fácil de entender.
Uma das coisas que mais gosto é o trabalho em equipe. Cada projeto que fazemos é um desafio, e precisamos de colaborar com os colegas para encontrar soluções. Lembro-me de um projeto em que tivemos que criar um robô capaz de seguir uma linha preta no chão. No início, o nosso robô não funcionava bem, mas, depois de várias tentativas e ajustes, conseguimos. Foi muito gratificante ver o nosso robô completar o percurso corretamente.
Além de aprender sobre tecnologia, sinto que desenvolvi outras habilidades importantes, como a resolução de problemas e a paciência. Adoro ver como as nossas ideias podem se tornar realidade através da Robótica. Esta oficina despertou em mim um grande interesse por áreas como a Engenharia e a Programação, e agora estou a considerar seguir uma carreira nessa área, no futuro.
Recomendo esta oficina a todos os meus colegas. É uma oportunidade fantástica para aprender coisas novas, divertir-se e preparar-se para o futuro", finaliza o estudante.
Atividade estimula o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas
#paratodosverem: na foto, há vários(as) estudantes uniformizados(as) sentados(as) em uma mesa, usando peças de Lego, rodas e fios para montar seus robôs.
Foto: acervo da EM Dinorah Magalhães Fabri.Tampatinhas: mobilização em prol dos animais de rua
Crianças juntam tampinhas de garrafas em projeto para ajudar os animais e o meio ambiente
A “Semana do Meio Ambiente” de Belo Horizonte tem movimentado a Escola Municipal Padre Francisco Carvalho Moreira com a participação da escola no “Festival Natureba BH”. Visando ao trabalho com a questão ambiental e animal, o projeto denominado “Tampatinhas” tem incentivado os(as) estudantes por meio da recolha de tampinhas de garrafas, caixas de leite e outros itens recicláveis para doação à organização não governamental (ONG) Tampatinhas, que inspirou a escolha do nome do projeto. A entidade cuida de animais abandonados nas ruas.
O projeto de cuidado ambiental iniciado pela Escola Integrada pretende auxiliar os animais em situação de rua. O “Tampatinhas” iniciou-se com a professora Vanessa Bayerl Zuqui de Oliveira, quando ela teve curiosidade sobre a coleta de tampinhas de garrafas realizada pela vice-diretora Suellen Batista de Paula, para auxiliar no cuidado com animais.
As tampinhas vão de garrafas PET a tampas de produtos de limpeza, por exemplo, xampu, creme dental, hidratante, óleo de cozinha, requeijão, margarina, suco, maionese e molho, além de lacres e latinhas que também podem ser doados. Os itens também são lavados para evitar a proliferação de odores e bactérias. Todas as doações que chegam à ONG Tampatinhas são vendidas, resultando em lucros a serem revertidos na castração de animais de rua.
A partir dessa iniciativa, família, alunos(as) e profissionais da Educação se mobilizaram para essa ação de coleta de tampinhas diversas de reciclagem para enviar à ONG. Como os(as) estudantes muitas vezes consomem suco ou refrigerante em recipientes descartáveis, as idealizadoras do projeto pensaram em estimulá-los(as) a doarem para essa campanha. Dessa forma, as embalagens não viram lixo e ajudam a entidade.
Para esse trabalho, os(as) alunos(as) Fábio Arthur Aquino Batista, Luane Vitória Silva e Arthur Aquino Batista fizeram um podcast denominado “Padreco's Cast”, para incentivar o programa a auxiliar a ONG Tampatinhas nos cuidados com os animais de rua. A transmissão sonora foi apresentada na “Semana do Meio Ambiente” e faz parte do “Festival Natureba BH”.
Além de ajudar os animais com a renda das tampinhas, o projeto retira do meio ambiente vários quilos de materiais recicláveis, que prejudicam córregos e leitos de rios. A ação do projeto “Tampatinhas” foi muito bem sucedida e terá continuidade com uma gincana denominada “Eco Friends".
Crianças juntam tampinhas com ajuda da professora
#paratodosverem: colagem de quatro imagens. A primeira (à esquerda; superior) mostra três crianças e uma professora ao redor de um computador. A segunda (à direita; superior) apesenta um garoto sentado em frente à tela do computador. A terceira (à esquerda; inferior) tem a professora e duas crianças com uma folha de papel cada. A última, no canto inferior direito, mostra dez crianças sentadas no chão, ao redor de diversas tampinhas de garrafa separadas nas cores verde, vermelho, branco, preto, azul e amarelo.
Foto: Ascom/Smed.Exposição no Centro Infantil Pupileira
Creche parceira expõe obras com temática indígena como encerramento para a Semana da Infância
Para encerrar o Mês da Infância com chave de ouro, o Centro Infantil Pupileira Ernani Agrícola organizou uma mostra de trabalhos com temática indígena. A exposição “Apoena: aquele que enxerga longe” ocorreu no dia 30/8 e teve peças produzidas pelos(as) estudantes.
A mostra foi organizada por idade, e cada faixa etária fez uma contribuição de peças de arte que ensinavam sobre o tema, como bijuterias, cartazes, chás e diversas outras experiências sensoriais relacionadas à cultura indigena. Os cartazes expostos foram uma colaboração das famílias, e os(as) alunos(as) tiveram a experiência de levar o conhecimento da sala de aula para casa e trabalhar junto com seus pais e responsáveis para criar uma peça informativa e criativa.
Um dos pais, Thiago, pai da Catarina, disse que as crianças se superaram com a exposição e que essas atividades despertam o interesse da criançada: “Ela [Catarina] chega em casa contando tudo que aprendeu sobre os povos indígenas, sobre a cultura do Nordeste, sobre tudo.”
Exposição reúne famílias e estudantes para celebrar a cultura indígena
#paratodosverem: na foto, em primeiro plano, há uma placa com o escrito “Apoena”, e a tradução, em português, abaixo da palavra: “Aquele que enxerga longe”. No terceiro plano, podem-se ver estudantes e seus familiares aproveitando o evento.
Foto: Silvia Lanna.
EM Santo Antônio expõe mostra no Museu MineiroCom artigos feitos pelos(as) próprios(as) alunos(as), a escola eleva brilho do museu
O coletivo “Nós” é um grupo formado por pessoas adultas com distúrbios neurológicos e intelectuais e conta com 60 integrantes, com idades entre 19 e 65 anos. Os(As) integrantes desse coletivo produziram, num espaço de criação artística na Escola Municipal de Ensino Especial Santo Antônio, ao longo de oito meses, peças inclusas na experiência estética contada nas entrelinhas entre a fantasia, o atípico, a emoção e a loucura, exposta no Museu Mineiro.
Para produzir as obras, os(as) artistas utilizaram material têxtil, que teve como resultado produções poéticas de memórias pessoais, familiares e de sustentabilidade, as quais se transformaram em memórias coletivas, costuradas por meio de fios e retalhos. O objeto artístico produzido perpassa o utilitário, ressignificando roupas usadas e resíduos têxteis, gerando para o grupo novos sentidos, convertendo-se em joias, esculturas, painéis, objetos e instalações que incorporaram técnicas de tecelagem, costura, bordados, estamparias e tingimentos.
Dulce Couto, professora responsável pela ação, comentou sobre a importância pedagógica desse projeto em um tempo limitado: “O impacto pedagógico foi conseguir, num tempo de oito meses de trabalho em sala de aula, desenvolver habilidades de socialização, de trabalho coletivo, de produção, variando diferentes técnicas artísticas, de conhecimento acerca da arte e suas expressões, de empoderamento sobre a capacidade de produzir beleza e poder mostrar para o outro essa beleza.”
Quando perguntada sobre a inspiração para a exposição, Dulce afirmou: “A motivação foi a força das expressões contidas nas obras, a persistência dos alunos, mesmo com limitações em aprender técnicas nunca antes experimentadas por eles e a quantidade e qualidade das produções artísticas.”
A abertura da exposição, que contou com educadores(as) da escola e alunos(as), ocorreu no dia 25 de setembro, já a exposição em si ficou aberta para visitação no Museu Mineiro até dia 16 de outubro.
Parentes e estudantes vão ao museu prestigiar as obras
#paratodosverem: na imagem, há uma parede preta cheia de obras coloridas feitas com materiais têxteis e um grupo de pessoas admirando-as.
Foto: Silvia Lanna.
Cantata da Primavera 2024 homenageia cena musical de BH
Projeto convida escolas a pesquisa sobre novos artistas no meio musical de Belo Horizonte
No dia 30 de setembro de 2024, foi realizada a “Cantata da Primavera", na Sala Minas Gerais. O evento contou com a participação de 34 escolas de diversas regionais e é o resultado de uma pesquisa feita pelos(as) alunos(as) sobre a nova cena musical de Belo Horizonte, que culminou na escolha do repertório da Cantata 2024. Os(As) representantes das escolas deveriam sugerir músicas de tema livre e músicas cuja temática expusesse os almejos sobre a “BH de amanhã”. Durante a apresentação, foram cantadas composições de artistas como Cruvinel, Banda Enversos e Clara Lima.
Welington Ramos Guimarães, da Diretoria de Educação Integral (Died), um dos responsáveis pelo planejamento e pela execução do projeto, explica que as atividades de pesquisa e os ensaios musicais são articuladas, majoritariamente, no período integral: “A Cantata, além de ser um momento para criar coisas lindas como a apresentação, é também um pretexto para aprofundarmos em algumas questões, tanto artísticas quanto sociais. Todo ano, desde 2016, temos um tema definido e que é trabalhado a partir de abril, e é um projeto que vem crescendo graças ao engajamento dos estudantes.”
Entre os(as) artistas autorais da cena musical de Belo Horizonte homenageados(as) pelas crianças, estão Cruvinel e Dan Oliveira, autores da música “A senha”, apresentada pelos(as) estudantes. Os artistas participaram do momento e expuseram a emoção de escutar uma de suas composições na voz das crianças da Rede Municipal de Educação. “A composição é um momento um pouco solitário, e a gente nunca sabe onde essa música vai parar. Quando recebemos o convite de estar aqui hoje foi uma grande surpresa, pois acreditávamos que era uma música com uma melodia complicada. Ao chegar aqui e ver os(as) meninos(as) cantando a letra inteira, percebemos ainda mais essa importância de dar a oportunidade das crianças conhecerem música nova”, pontua Dan Oliveira.
A Cantata é um projeto que surgiu em 2012, quando a Secretaria reuniu os diversos corais das escolas para uma apresentação coletiva. A primeira exibição ocorreu em dezembro daquele ano e recebeu a denominação de “Cantata de Natal”. Em outras oportunidades, as escolas municipais presentearam a cidade com cantatas de Inverno, da Primavera e muitas outras de Natal.
Estudantes da Rede cantam a música da banda belorizontina Enversos
#paratodosverem: fotografia colorida do maestro regendo o coral de crianças na Sala Minas Gerais.
Foto: Gabriela de Castro.
Boas Práticas Especial – Festivais Regionalizados
Festivais Regionalizados do PEI: talento e diversidade
Festivais ocorreram em todas as regionais de BH com apresentações e trabalhos sobre a cidade
No dia 24 de setembro, o Parque Jornalista Eduardo Couri foi palco de uma verdadeira festa de criatividade e de confraternização na regional Centro-Sul. Ocorreu a abertura dos “Festivais Regionalizados do Programa Escola Integrada”, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (Smed) para celebrar e valorizar o trabalho das escolas. Em 2024, os festivais tiveram como tema “Afetividade e ambiente: a cidade que temos e a cidade que queremos”.
Esse grande evento proporcionou interação entre as escolas de uma mesma regional. Dessa forma, os(as) educandos(as) puderam compartilhar o que foi produzido e o que aprenderam nas oficinas do Programa Escola Integrada (PEI). 145 escolas estiveram presentes nos festivais.
Crianças se apresentam no Festival Regional da regional Noroeste
#paratodosverem: crianças se apresentam no palco com um número de dança; as meninas estão vestidas com longas saias coloridas e fitas nos braços e os garotos usam chapéus de palha e camisa xadrez.Foto: Vitória Lapa.
Na regional Centro-Sul, por exemplo, cerca de 900 estudantes participaram do evento. A estrutura montada incluiu 9 tendas para exposição de vários trabalhos dos(as) alunos(as) nas oficinas. As apresentações artísticas foram um dos pontos altos do festival, com vários números pela manhã e à tarde, incluindo modalidades de capoeira, taekwondo, teatro e música. O público total do evento foi de cerca de 19.000 pessoas.
Os Festivais Regionalizados foram abertos a toda a comunidade e abrangeram todas as escolas municipais de Ensino Fundamental, inclusive as da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Cada escola levou uma demonstração artística, que foi apresentada em um palco, e o evento também contou com uma mostra de projetos exposta em área separada em cada regional. A infraestrutura do evento incluiu palco, barracas para exposições, tendas e malhas tensionadas para a decoração.
Número circense dançante movimentou o Festival Regional da Pampulha
#paratodosverem: no palco, duas crianças se equilibram em tábuas de madeira em cima de um cilindro, e ao fundo uma garota levanta outra, que faz um espacate no ar. Ao fundo, outros(as) estudantes assistem nas arquibancadas.Foto: Vitória Lapa.
Caroline Guimarães Rodrigues, assessora do PEI da regional Pampulha, destacou que o Festival Regionalizado é uma grande oportunidade de interação entre as escolas municipais de BH, permitindo que cada uma mostre um pouco do vasto trabalho desenvolvido na Escola Integrada.
Rodrigo Borges, assessor do PEI na regional Venda Nova, também ressaltou a grandiosidade do Festival Regionalizado, que ocorreu no dia 4 de outubro, na EM Geraldo Teixeira da Costa (Geteco). O evento contou com a participação de 28 escolas de ensino fundamental e a escola de ensino especial, somando cerca de 1.900 participantes, incluindo estudantes, professores(as), monitores(as) e pais. Foram realizadas 32 apresentações artísticas, além de uma roda de capoeira e exposições de trabalhos dos(as) alunos(as). Rodrigo enfatizou o apoio da BHTrans para garantir o transporte seguro e a colaboração da equipe da Diretoria Regional de Educação Venda Nova e da Diretoria da Educação Integral (Died). Ele também agradeceu à diretora Matilde Olimpia Piedade pela acolhida e infraestrutura.
Cada festival teve a identidade própria de cada comunidade. As apresentações nos palcos variaram entre dança, teatro, percussão, coral e números circenses. Cada uma teve um tema importante, como valorização da cultura nativa, bullying, meio ambiente, dentre outros. Todos os projetos foram desenvolvidos nas oficinas do Programa Escola Integrada. Os festivais deram a visibilidade devida às ações do PEI, para reforçar o protagonismo estudantil e a criatividade.
Karina Viana, coordenadora do PEI na EM Padre Edeimar Massote, da regional Noroeste, compartilhou sua empolgação sobre o evento. Essa valorização do talento estudantil é um dos objetivos principais do festival, em prol de celebrar as conquistas coletivas.
Na regional Norte, Maria Luiza Navarro de Menezes, da EM Josefina Souza Lima, parabenizou a todos pela grande dedicação. Doris Maria Fonseca Ferreira, da EM Maria Silveira, complementou, elogiando o esforço para que ocorressem apresentações belíssimas, reflexo da felicidade de cada aluno(a) participante. Sônia dos Santos França, da EM Secretário Humberto Almeida, também compartilhou sua empolgação, afirmando que todos(as) brilharam.
Alegria contagiante das crianças da Centro-Sul
#paratodosverem: várias meninas vestidas com maiô lilás levantam as mãos e sorriem em direção ao palco. Estão sentadas em cadeiras plásticas, debaixo de uma grande tenda, onde há mais crianças com roupas diferentes.Foto: Vitória Lapa.
O clima de satisfação dos(as) estudantes foi uma forte avaliação sobre a potencialidade e a importância dos festivais, o que demonstra que seus objetivos foram cumpridos. O apoio das coordenadorias de atendimento regional da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZB), da Guarda Municipal, da BHTrans e da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) ao lado da Educação de BH também foi indispensável para o sucesso e a grandiosidade desse tradicional evento.
Heron Domingues Reis de Farias, coordenador do PEI da regional Nordeste, elogiou a realização do Festival Regionalizado, que contou com muita inclusão e organização no Parque Ecológico Renato Azeredo, no bairro Palmares. Ele destacou a importância da coordenação da equipe da Died e a colaboração da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que disponibilizou água.
Heron também enfatizou a riqueza cultural, a diversidade das apresentações, o empenho dos(as) estudantes e a dedicação dos(as) monitores(as), verdadeiros protagonistas do Programa. Ele agradeceu especialmente pela dedicação dos(as) professores(as) coordenadores(as) e destacou a importância de se mostrar a pluralidade de vivências que o PEI proporciona.
O Festival Regionalizado da regional Leste foi uma celebração encantadora e encerrou os dias de evento. No dia 31 de outubro, na Praça Duque de Caxias, houve uma festa regada a apresentações emocionantes e trabalhos incríveis desenvolvidos pela equipe do PEI, que contribuíram para engrandecer a Educação em Belo Horizonte.
- Boas Práticas 8 de novembro e Especial Semana da Educação
Boas Práticas – 8 de novembro
Encontros formativos para professores(as) do PIP
Capacitação possibilita troca de experiências e ampliação de metodologias
A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte está promovendo encontros formativos mensalmente para todos(as) os(as) professores(as) que atuam no “Projeto de Intervenção Pedagógica” (PIP). Esses encontros são realizados em todas as escolas municipais e buscam a troca de experiências entre os(as) docentes visando à melhoria das estratégias metodológicas. Os encontros formativos do PIP têm duração total de 21 horas e abrangem atividades síncronas virtuais e presenciais.
O “Projeto de Intervenção Pedagógica” consiste na realização de atividades propostas por professores(as) do Ensino Fundamental para que os(as) alunos(as), dos anos iniciais aos anos finais, desenvolvam múltiplas habilidades e trabalhem diversas competências interdisciplinares, focando no aprendizado de Língua Portuguesa e de Matemática.
O PIP já esteve presente na Rede Municipal de Educação de BH, mas não funcionou nos últimos oito anos. O projeto retornou em março e em formato híbrido, com previsão de acontecerem encontros mensais até o mês de novembro. Além de ser uma experiência pedagógica, a prática reforça o trabalho em grupo, envolve atividades dinâmicas e novas formas de aprendizado.
O trabalho pedagógico desenvolvido pelo “Projeto de Intervenção Pedagógica” faz com que os(as) alunos(as) adquiram uma ressignificação do aprendizado e obtenham materiais de apoio, subsídios teóricos e orientações.
Com uma visão ampla e aberta do aprendizado, é possível trabalhar com as crianças valores como a inclusão, o acesso, a diversidade, os tempos de vivência, os laços com a comunidade e o território.
Professora aplica o PIP para estudantes da Rede Municipal de Educação
#paratodosverem: na imagem, uma professora está sentada no chão em um ambiente externo. Ela tem cabelos loiros e usa um casaco preto. Ao seu redor, há duas meninas do lado direito, ambas com camiseta verde, uma escreve no caderno e a outra observa. Do lado esquerdo, há um menino deitado e um sentado, ambos de blus laranja, atentos à atividade. As crianças são do Ensino Fundamental. No centro, a professora segura uma caneta e observa a atividade dos(as) estudantes, que estão escrevendo. O chão é cinza, e aparece uma parte da parede azul-claro.
Foto: Ascom/Smed.
Escola Municipal de BH se destaca nos Jogos Escolares
Estudantes da EM Acadêmico Vivaldi Moreira brilham nos Jogos Escolares 2024 e ganham medalhas
Isaac Souza Barcelos é autista, tem 14 anos e está representando Minas Gerais pelo segundo ano consecutivo nos “Jogos Escolares de Minas Gerais” (Jemg). Neste ano de 2024, ele conquistou medalha de ouro nas modalidades atletismo olímpico, com 80m, e paralímpico, com 250m; além de medalha de bronze no salto em distância, alcançando 1.500m.
Isaac faz parte da equipe de atletismo do Centro de Treinamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 2022 e recebe bolsa atleta graças ao projeto de treinamento do Programa Escola Integrada. Segundo o aluno, cada vitória traz um sentimento único, como se fosse a primeira. O caminho para chegar a essas vitórias foi duro e com muitas barreiras, que foram vencidas com muito treino e dedicação.
Maria Eduarda tem 11 anos e teve o pé direito amputado quando tinha dois anos e meio, por consequência de um acidente de carro. Durante a competição, ela conquistou 3 medalhas de ouro: na modalidade de atletismo paralímpico, 60m, 200m e no salto em distância. Segundo a aluna, durante as provas ela sentiu nervosismo e ansiedade, pois foi a sua primeira experiência em competições, mas, ao ganhar as provas, sentiu-se muito realizada com suas vitórias.
Os(As) estudantes são treinados(as) em um projeto do Programa Escola Integrada, que ocorre ao longo do ano, no campo do Etelvina Carneiro, com o auxílio dos(as) monitores(as) de esporte da Escola Integrada, que foram os(as) responsáveis pela iniciativa em 2017. Os(as) alunos participantes, ao completarem o 9º ano, passam pelos testes para atuar nas equipes de Atletismo do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG e do Cruzeiro. Cabe ressaltar que, além de atletas nas modalidades olímpicas, a escola também tem estudantes se destacando nas modalidades paralímpicas.
A competição ocorreu até o dia 20/07. A escola já participa dos jogos há cinco edições, apesar de este ano estar participando com o maior número de atletas até então: 20, 10 meninos e 10 meninas. Além disso, a instituição também prepara estudantes/atletas para os “Jogos Escolares de Belo Horizonte” e para os “Jogos da Primavera” da PBH. Neste ano, a escola recebeu o primeiro lugar geral dos “Jogos Escolares de Minas Gerais.”
Estudantes vão a Governador Valadares e conquistam medalhas
#paratodosverem: estudantes se juntam para serem fotografados(as) vestidos(as) com camisas verde neon. Na frente do grupo, seguram uma bandeira com o nome e o símbolo da escola. O espaço no entorno deles(as) é aberto e cheio de árvores.
Foto: EM Acadêmico Vivaldi Moreira.Volta às aulas com a entrega de kits literários
Projeto da PBH completa 20 anos de história e incentiva leitura na Rede Municipal de Educação
No início do segundo semestre letivo, a partir de 1º de agosto, os(as) estudantes da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) vão receber cerca de 460.000 livros de literatura. Essa iniciativa faz parte do projeto “Kit Literário”, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), que completa 20 anos de história na capital. A distribuição conta com um livro para as crianças da Educação Infantil e dois livros para os(as) estudantes do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O “Kit Literário” é uma política pública da Prefeitura de Belo Horizonte que visa estimular a leitura e incentivar a formação de novos(as) leitores(as). Os kits serão entregues aos(às) estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos da RME, bem como da Rede Parceira, composta por creches que atendem crianças na capital.
Nos meses de maio e junho, os livros foram entregues diretamente nas escolas pelas editoras. Neste semestre, em agosto, a Gerência de Bibliotecas (Gerbi) fará a complementação da quantidade de livros que faltaram e enviará para as escolas, via Regional.
A entrega do material aos(às) alunos(as) é feita pelas escolas de acordo com o cronograma pedagógico de cada instituição de ensino. Dessa forma, há diversas maneiras qualificadas e educativas para que as crianças e as famílias compreendam a importância do recebimento dos livros. As escolas realizam atividades como caça ao tesouro, feiras e eventos especiais para ampliarem a divulgação em toda a comunidade escolar.
O programa tem como proposta distribuir kits contendo livros selecionados com grande variedade de gênero e temas, para atender diferentes faixas etárias e interesses. Com isso, a Prefeitura democratiza o acesso à cultura e contribui para o desenvolvimento pessoal e educacional dos(as) estudantes.
Livros do “Kit Literário” 2024
#paratodosverem: a imagem mostra uma mesa coberta com vários livros infantis coloridos. Os livros têm capas diversas, ilustradas com personagens das histórias e estão todos fechados. A mesa é de cor bege claro.
Foto: Ascom/Smed.
Busca ativa visa garantir permanência nas escolas da RME-BH
Monitoramento de frequência da Smed promove acesso, inclusão e aprendizado
Um dos pontos principais para a educação ocorrer é a permanência escolar. Para garantir o acesso e a continuidade do aprendizado, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) está promovendo diálogos sobre o monitoramento da frequência dos(as) estudantes da Rede Municipal de Educação (RME) em Belo Horizonte.
O programa de busca ativa tem por objetivo monitorar e acompanhar a frequência escolar para prevenir o abandono e a evasão escolar. Trata-se de uma iniciativa para assegurar que os(as) alunos(as) permaneçam na escola até a conclusão de seus estudos, como forma de estimular o aprendizado por meio da rotina e do hábito.
O monitoramento de frequência estudantil é uma prática essencial para garantir a eficácia do sistema educacional e o sucesso acadêmico dos(as) estudantes. É um processo complexo que envolve uma construção coletiva da comunidade escolar para firmar uma articulação entre a família e a escola, além de implementar intervenções necessárias para melhorar a participação escolar.
O primeiro passo para o monitoramento é a identificação dos motivos, que permite a detecção precoce pela escola de problemas como falta de motivação, dificuldades acadêmicas ou questões pessoais que possam estar impactando a frequência. O monitoramento é essencial para a promoção de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficiente.
Além disso, apurar a frequência e registrar diariamente é um importante meio de identificar os(as) alunos(as) não frequentes para que haja um acompanhamento que fortaleça o acesso, a permanência e o aproveitamento escolar.
A permanência escolar é um fator crucial para garantir o acesso contínuo e eficaz à educação, e o monitoramento da frequência estudantil desempenha um papel fundamental nesse processo. A iniciativa da Secretaria de Educação de Belo Horizonte demonstra compromisso de solucionar os possíveis problemas que podem estar levando à evasão escolar. Ao identificar e abordar precocemente os desafios enfrentados pelos(as) estudantes, é possível implementar intervenções que promovam um ambiente de aprendizado saudável para as crianças.
Dessa forma, a articulação entre a família e a escola, sustentada por um acompanhamento constante e detalhado, não só fortalece a participação escolar, mas também contribui significativamente para o sucesso acadêmico do corpo discente. A prática contínua de monitoramento e registro da frequência é um pilar essencial para a construção de uma trajetória educacional bem-sucedida e para a formação de cidadãos(ãs) bem preparados(as) para o futuro.
Crianças em sala de aula da RME-BH
#paratodosverem: a imagem retrata uma sala de aula com várias crianças sentadas nas cadeiras, todas de costas. Elas usam um uniforme, que varia de verde para branco. A sala é iluminada pela luz que entra pela janela. As mesas estão organizadas em fileiras e, sobre elas, há cadernos e materiais escolares. Ao fundo, há duas pessoas adultas sentadas na fileira do canto esquerdo.
Foto: Silvia Lanna.Abertura da Semana da Infância em Belo Horizonte
Evento contou com seminário, além de apresentações pedagógicas e artísticas
Na segunda, 19 de agosto, a cidade de Belo Horizonte deu início à “Semana da Infância”, um evento que abarca uma semana inteira com muitas programações, aprendizado e reflexões sobre a educação de crianças. A abertura foi marcada por um seminário no auditório do Centro de Educação Imaculada Conceição (CEI), que aconteceu em dois turnos (das 9h às 11h e das 14h às 17h) para oportunizar maior participação do público.
O seminário contou com relatos de experiências exitosas de escolas e instituições parceiras, além da mediação de profissionais da Diretoria de Educação Infantil e da Gerência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A abertura foi uma cerimônia vibrante e cheia de atividades, que contagiou todos(as) os(as) presentes, que eram representantes de escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) e de Ensino Fundamental (Emefs) e instituições parceiras, com muita brincadeira e compromisso com o desenvolvimento infantil.
Em especial, a Creche Comunitária Pingo de Gente apresentou os projetos que estão em desenvolvimento com as crianças e mostrou ao público uma apresentação cultural e musical voltada para a cultura africana, com o uso de diversos tambores. Também fizeram relatos as Emeis São João Batista e São Gabriel, as Emefs Theomar de Castro Espíndola e Prefeito Oswaldo Pieruccetti, além da instituição parceira Creche Lar Dorcas.
O evento teve início na Praça da Liberdade, onde ocorreram atividades dinâmicas e exercícios pedagógicos voltados para os(as) educadores(as). Em seguida, o subsecretário de Educação em Belo Horizonte, Gabriel Saulo Rios Sobrinho, discursou no auditório do CEI sobre a importância de práticas pedagógicas que geram aprendizagens de modo significativo. A cerimônia de abertura foi um momento para incentivar a reflexão e o compromisso com os direitos da criança a uma infância plena, garantindo o desenvolvimento integral e o bem-estar delas.
A cerimônia foi também uma oportunidade de conhecer o trabalho feito pela Rede Municipal com as crianças de diversas comunidades da cidade. Foram demonstrados a criatividade e o potencial dos jovens em suas vivências, com atividades pedagógicas sobre a educação e o meio em que se encontram. Houve a exploração de técnicas artísticas e do desenvolvimento motor dos(as) pequenos(as), permitindo a expressão e o aprendizado de forma lúdica.
Além das atividades recreativas, houve reflexões sobre a importância da brincadeira no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, ademais do papel dos(as) profissionais da Educação na promoção de um ambiente seguro e saudável. Por meio de eventos como esse, busca-se fortalecer a consciência coletiva, ao mostrar a importância de se garantir que cada criança tenha acesso a oportunidades que favoreçam seu crescimento e bem-estar.
Com uma programação rica e diversificada, o mês de agosto, considerado um marco para a infância, ainda teve atividades durante toda a semana, até o dia 25 de agosto, instituído como o Dia Nacional da Educação Infantil.
Após a abertura no dia 19, a semana continuou com o Dia de Dengos e Cafunés, na temática “apoena”, com o objetivo de trabalhar a sustentabilidade e o cuidado com o planeta, além de contribuir para o engajamento das crianças, das famílias e dos(as) profissionais da Educação, em dinâmicas que priorizam o pertencimento. Nos dias 21 e 22 de agosto, foram ofertadas oficinas e brincadeiras no Centro de Línguas Linguagens Inovação e Criatividade (Clic) e no jardim da Secretaria Municipal de Educação (Smed), juntamente com a contação de histórias na biblioteca, para crianças de 4 e 5 anos.
Perto do encerramento da semana, a sexta-feira, dia 23, proporcionou uma roda de conversa online pelo canal do YouTube com o tema “Educação Infantil: uma história de lutas e conquistas em Belo Horizonte”. Para fechar com chave de ouro, as escolas irão participar da Virada Cultural no domingo, dia 25, no Parque Municipal Américo Renê Giannetti, com um Piquenique Literário das 9h às 11h30.
Palhaço Figurinha com crianças da RME-BH na Semana da Infância 2024
#paratodosverem: na imagem, é possível ver um palhaço ao lado esquerdo de quatro crianças pequenas em pé. Eles(as) estão em frente a uma televisão, um banner, alguns desenhos em um quadro e uma mesa com itens variados de ciências. Há várias crianças sentadas assistindo a eles(as).
Foto: Silvia Lanna.Programa Nós promove formação sobre Justiça Restaurativa
Ação conjunta entre Smed e Ministério Público beneficia o clima escolar nas escolas da RME-BH
No dia 16 de outubro, foi iniciada mais uma formação do “Curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz”, iniciativa promovida a partir da parceria da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A medida visa promover práticas de Justiça Restaurativa, tendo como público-alvo educadores(as) e integrantes da Guarda Municipal e é vinculada ao Programa Nós. Conforme os princípios da Justiça Restaurativa, a ideia é que os(as) participantes do curso sejam capazes de instituir e mediar rodas de diálogo envolvendo vítimas e transgressores dentro do ambiente das escolas. Assim, em grupos conduzidos por um(a) facilitador(a), a comunidade escolar busca reparar os danos causados por agressores(as) contra seus pares ou educadores(as). Além da resolução mais rápida dos conflitos, evita-se o uso de ferramentas punitivas desproporcionais, sobretudo em caso de pequenos desvios de conduta.
O primeiro encontro, mediado por Samuel Duarte dos Santos, facilitador de Justiça Restaurativa, foi realizado em formato de meia lua para que existisse uma posição mais igualitária entre todas as pessoas que participavam da formação. A metodologia retoma conhecimentos ancestrais e dialoga com as ideias de conciliação e restauração. A formação teve como prioridade a possibilidade de educadores(as) e guardas municipais interagirem entre si e compartilharem experiências. “Esse curso vai nesse percurso informativo, e esperamos que ele traga ferramentas que possam auxiliar a desatar nós nas suas proposições, tanto enquanto educadores quanto no setor da segurança”, pontuou Santos.
Fernanda Mota, da Diretoria Regional Noroeste, ressalta a importância de medidas como essa para a boa administração de conflitos no meio escolar: “É muito importante revermos diversas práticas ao longo da trajetória pedagógica e unir esse olhar restaurativo com as práticas pedagógicas dentro das escolas. A formação é uma oportunidade ímpar.”
Os Núcleos para Orientação e Solução de Conflitos Escolares são o resultado de uma parceria entre o Ministério Público, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Defensoria Pública de Minas Gerais, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e as secretarias municipal (de Belo Horizonte) e estadual de Educação e integra representantes da comunidade escolar indicados(as) pelas diretorias das escolas, credenciados(as) para atuar como agentes de Justiça Restaurativa nas escolas. A proposta apareceu em uma comissão de Justiça Restaurativa, em 2015, em resposta aos índices elevados de acionamento da polícia pelas escolas, e tem como objetivo que esses(as) voluntários(as) possam colaborar na solução de conflitos nas escolas. Desde 2018, mais de 107 mil estudantes de escolas municipais de Belo Horizonte foram beneficiados(as) pelo programa.
Formação com agentes da Educação e da Segurança
#paratodosverem: imagem colorida de um círculo de conversa. O foco está em um homem de terno preto virado de costas. Ao fundo, guardas municipais e professores(as) olham em sua direção.
Foto: Gabriela de Castro.Festival Natureba 2024
Estudantes da Rede Municipal de Belo Horizonte foram levados a uma mostra de filmes
O “Festival Natureba BH”, em parceria com o “Programa EcoEscola BH”, do Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), levou as escolas municipais do Ensino Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a participarem das sessões de cinema socioambiental, no período da manhã e/ou da tarde, nos dias 5, 6 e 7 de junho de 2024. Durante a “Semana do Meio Ambiente”, ocorreram, de forma presencial, exibição de filmes, debates e ações com foco em temas socioambientais e culturais. O projeto foi realizado no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti e no Cine Santa Tereza.
Cada sessão contou com a exibição de sete filmes e uma atividade lúdica de conscientização ambiental envolvendo os(as) estudantes, com duração de 1 hora e 20 minutos. Participaram 32 escolas de 9 regionais.
O aluno Gustavo dos Santos Alves (5º ano), da Escola Municipal Honorina de Barros, disse ter se divertido muito durante a atividade e a mostra de filmes: "Eu gostei muito de participar do ‘Festival Natureba’ porque fizemos o podcast e ele foi apresentado na ‘Mostrinha’. Eu aprendi a cuidar do meio ambiente, dos seres humanos e animais. O filme que mais gostei na ‘Mostrinha Natureba’ foi o ‘A Menina e o Mar’."
Mostra de filmes sobre o meio ambiente anima os(as) estudantes da RME-BH
#paratodosverem: imagem mostra um teatro lotado com alunos(as) assistindo a um filme.
Foto: acervo da Smed.Automação dos acervos literários
Bibliotecas de escolas da RME-BH têm seu sistema de empréstimo de livros otimizado
A Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) dará um passo rumo à modernização, com a implementação de um novo sistema de automação para o gerenciamento dos acervos literários das bibliotecas escolares. Essa medida vai otimizar a administração dos livros e também proporcionar uma experiência mais acessível para os(as) alunos(as). A base utilizada nas bibliotecas é o Pergamum, que conta com um sistema online e pode ser acessado em qualquer equipamento conectado à internet. Portanto, o(a) usuário(a), de posse do endereço da base, poderá obter todos os materiais cadastrados.
A automação inclui a implementação de um software de gestão bibliográfica que irá facilitar a localização e o rastreamento dos livros, a fim de agilizar o processo de empréstimo e a devolução. Com essa tecnologia, as bibliotecas passam a ser integradas, o que possibilita o acesso a todas as obras existentes em qualquer escola da RME-BH. Para isso, basta pesquisar na base de dados do sistema por autor(a) ou por título e verificar qual unidade possui o livro no acervo.
Esse projeto trará também benefícios significativos para os(as) alunos(as), que terão mais precisão na hora de pegar um livro, além de facilitar o acesso de todos(as) às obras, bem como ao histórico do(a) usuário(a) e das obras. Vitor, estudante da Escola Municipal João Pinheiro, contou que gostou do sistema Pergamum, porque ficou muito mais fácil o empréstimo e a devolução dos livros.
O processo de automação foi iniciado pela Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte em 2019 e está sendo implementado aos poucos. No período atual, a automação conta com 113 unidades no processo: 35 concluídas, 78 em fase de catalogação dos acervos e 26 já com a circulação dos materiais no Pergamum. Hoje as bibliotecas municipais contam com 112.714 títulos catalogados na base e 575.841 exemplares inseridos.
O sistema automatizado permite a catalogação e o controle de empréstimos e devoluções de livros de forma mais eficiente. A automação promete eliminar a burocracia e os processos manuais que sobrecarregam os(as) profissionais da biblioteca. Dentre as melhorias, destaca-se o controle do patrimônio bibliográfico da unidade escolar, precisão na busca de informações do acervo, agilidade no empréstimo e otimização dos serviços oferecidos pelas bibliotecas.
A automatização do sistema ainda possibilita à Rede Municipal de Educação desenvolver projetos pedagógicos junto ao corpo docente, com foco nos(as) estudantes, bem como promover intercâmbio entre as bibliotecas, além de otimizar o espaço e o tempo da biblioteca que poderá ser utilizada para simultâneas atividades.
Para que a automação seja efetivada nas unidades escolares, são propostas melhorias dos espaços físicos das bibliotecas, bem como dos equipamentos tecnológicos, dos acervos e dos recursos humanos. Na Emei Califórnia II, houve reforma na biblioteca para modernizar e aperfeiçoar o ambiente de leitura das crianças, que já conta com o sistema Pergamum.
A integração dos acervos ao novo sistema está sendo realizada de forma gradual, para garantir que todas as informações sejam transferidas corretamente e que o sistema funcione plenamente antes da completa substituição dos processos manuais. Além disso, são ofertados treinamentos periódicos para as equipes envolvidas no processo, além de produção de materiais instrucionais no intuito de auxiliar os(as) operadores(as) do sistema.
A automação das bibliotecas escolares é um compromisso com a inovação e a melhoria da Educação. Além de facilitar a administração do patrimônio, com uma gestão mais eficiente dos acervos e uma experiência de leitura aprimorada, os(as) estudantes estarão mais envolvidos(as) com o processo acessível, dinâmico e eficiente da leitura.
Estudantes utilizando o sistema automatizado da biblioteca
#paratodosverem: estudante entregando o livro para ser identificado pelo sistema de automação. O garoto usa uniforme verde da escola. Atrás dele, há uma garota na fila. Há também um computador e uma bibliotecária sentada em frente a ele, para usar o sistema.
Foto: Vitória Lapa.Escola municipal de BH ganha prêmio em São Paulo
EM Secretário Humberto Almeida é referência com oficinas e discussões antirracistas
Desde 2010 a Escola Municipal Secretário Humberto Almeida (Emsha) coordena o projeto “Kizomba”, uma prática pedagógica que engloba todas as disciplinas escolares para promover atividades teóricas e práticas sobre cidadania.
O prêmio Educar do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), foi criado em 2002 e tem como objetivo identificar, reconhecer, dar visibilidade e apoiar práticas pedagógicas vinculadas à temática étnico-racial, na perspectiva da garantia de uma educação de qualidade para todas e todos e, mais especificamente, de combate ao racismo e de valorização da diversidade étnico-racial.
Na última semana, ocorreu o encontro de educadores(as), que se encerrou com a premiação do prêmio Educar. A EM Secretário Humberto Almeida foi uma das representantes da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte e foi premiada em São Paulo.
Anterior à premiação, as equipes de educadores(as) participaram de diversas palestras e diálogos dentro do encontro que leva o nome de “Diálogos, antirracistas, educação, democracia e equidade”. Além disso, tiveram que relatar ao representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) as práticas postas em ação na escola.
A coordenadora do projeto “Kizomba”, Sônia dos Santos França, relata que o prêmio é uma conquista de extrema importância para que demais projetos como o “Kizomba” tenham mais visibilidade e incentivo: “É fundamental para Belo Horizonte. É muito importante porque fortalece politicamente a Secretaria Municipal de Educação nas suas diretrizes.(...) Eles são de fundamental importância. Que continuem exercendo essas formações e fortaleçam os professores, as direções, as coordenações para que essas práticas sejam visibilizadas não só dentro das escolas, dentro da cidade e dentro do país como a gente agora está sendo.”
O projeto Kizomba
O projeto “Kizomba” tem como temática principal o estudo dos quilombos e visa ampliar os conhecimentos dos(as) alunos(as) sobre as tradições, as singularidades, as pluralidades, as religiosidades, os saberes, a ancestralidade, a negricidade, o antirracismo e as resistências do matriarcado quilombola.
A prática conta com aulas expositivas, sensibilizações, oficinas, rodas de conversas, trabalho de campo, sequências didáticas, intervenções artísticas, formações, apresentações de dança, de canto, de capoeira, de painéis e de percussão, jogos, brincadeiras, murais, alimentação ancestral, fotografias, vídeos, mosaicos, exposições, obras literárias e apresentações com a participação efetiva da comunidade escolar.
O projeto é referência e agrada os(as) estudantes da instituição. Ana Clara Rodrigues, aluna do 7º ano, disse apreciá-lo por nunca ter experienciado algo parecido em outras instituições: “Eu gosto da ‘Kizomba’ porque ela é única, apenas nossa escola possui. É inspiradora e nos ensina a combater o racismo.”
Estudantes aprendem e se divertem em projeto baseado nos quilombolas
#paratodosverem: aluna dança com visitantes, que vestem roupas coloridas com estampas floridas, em um ginásio.
Foto: acervo da EM Secretário Humberto Almeida.Melhorias em escola municipal encanta estudantes
Alunos(as) aprovam reforma e renovação que deu nova vida à escola
A Escola Municipal Israel Pinheiro passou recentemente por uma reforma em alguns dos seus espaços. O intuito dessa reforma foi fazer com que esses ambientes fossem mais bem aproveitados a fim de melhoria das experiências vivenciadas neles.
As benfeitorias realizadas incluíram a pintura do piso dos pátios, a revitalização de espaço para a escola integrada, a revitalização da cantina, a pintura do piso da quadra, a revitalização do jardim central, o reboco no muro da rua dos fundos da escola, o alteamento do muro e a intervenção no banheiro acessível.
Os(As) estudantes ficaram animados(as) com as reformas. O aluno Keven Ryan Martins da Silva comentou que a escola ficou mais agradável depois da renovação: “Sobre a nova pintura de chão, agora tá ficando mais lindo, ficou renovado, entendeu? Várias cores bonitas também. Eu gostei muito dessa pintura.”
Escola Municipal Israel Pinheiro passa por renovação e colore o ambiente
#paratodosverem: imagem do prédio da escola, pintado em cores vibrantes, com o céu azul ao fundo.
Foto: acervo da EM Israel Pinheiro.
Boas Práticas Especial – Semana da Educação
Semana da Educação – BH Educa 2024
Evento reitera educação de qualidade e integração social
Entre os dias 16 e 20 de setembro, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi o cenário da 3ª Semana da Educação – BH Educa. Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), o evento teve como objetivo apresentar ao público os projetos e as práticas pedagógicas das escolas da Rede Municipal de Ensino (RME-BH).
No dia 16, ocorreu a abertura do evento no Teatro Francisco Nunes, que contou com a presença do secretário municipal de educação, Bruno Barral, e do prefeito de BH, Fuad Noman. Logo após, ainda no teatro, houve o seminário Educação Inclusiva: Diálogos Intersetoriais, um espaço para psicólogos(as) e assistentes sociais da rede discutirem seus trabalhos no ambiente escolar. Esse evento foi uma parceria entre a Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-racial (Deid) e a Diretoria de Políticas Intersetoriais (Dpin).
Entre os dias 16 e 20 de setembro, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi o cenário da 3ª Semana da Educação – BH Educa. Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), o evento teve como objetivo apresentar ao público os projetos e as práticas pedagógicas das escolas da Rede Municipal de Ensino (RME-BH).
No dia 16, ocorreu a abertura do evento no Teatro Francisco Nunes, que contou com a presença do secretário municipal de educação, Bruno Barral, e do prefeito de BH, Fuad Noman. Logo após, ainda no teatro, houve o seminário Educação Inclusiva: Diálogos Intersetoriais, um espaço para psicólogos(as) e assistentes sociais da rede discutirem seus trabalhos no ambiente escolar. Esse evento foi uma parceria entre a Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-racial (Deid) e a Diretoria de Políticas Intersetoriais (Dpin).Abertura contou com discussões entre educadores(as).
#paratodosverem: a foto é de um palco, o fundo é escuro, em primeiro plano, Marcelle, Diretora do programa Escola Integrada, fala, de pé, em um palanque, enquanto os(as) demais convidados(as) estão sentados(as).
Foto: Silvia Lanna
Do dia 18 ao dia 20 de setembro, a programação da Semana da Educação foi voltada, principalmente, para professores(as) e estudantes da RME-BH. Com 191 escolas inscritas, o público estimado foi de cerca de 3 mil pessoas. Durante os três dias, ações envolvendo diversos setores da Smed foram realizadas. A Diretoria de Educação Integral (Died), responsável pela organização geral do evento, promoveu o Espaço Cidadania, stand em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Nesse espaço, projetos como Câmara Mirim, Orçamento Participativo da Criança e do Adolescente, Ouvidor Jovem e Aluno Auditor foram apresentados ao público, expondo Projetos de Leis criados pelos(as) estudantes e uma simulação de votação em urna eletrônica. Danielle de Almeida Silva, do TRE-MG, explica a dinâmica: “A ideia seria para as crianças poderem simular uma votação para vereador e prefeito. A gente quer implementar isso com um treinamento de leitura e de eleitores. Pode ser feito tanto com as crianças quanto com alguns adultos, porque muita gente tem dificuldade. Essa versão, por ser apenas para dois cargos, está bem simples e funcional”.
Outra ação da Semana da Educação executada pela Died foi “A Escola na Roda de Capoeira”, espaço onde foram realizadas rodas de capoeira, maculelê e samba. Wellington Ramos Guimarães, responsável pela articulação da iniciativa, conta que a mostra foi pensada tendo como base o projeto “Escola na Roda de Capoeira”, iniciado em 2012. Essa atividade era uma grande roda de capoeira na Praça da Estação, envolvendo todas as escolas que possuíam capoeira.
Outro setor da Smed que participou ativamente das ações da Semana da Educação foi o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), apresentando os stands Dando um Clic em Ciências do Espaço-Planetário, Exibição da Série Clube Lubi Nuci, Dando um Clic em Ciência, Dando um Clic na Imagem e no Movimento, Dando um Clic em Línguas Modernas e Migrações, Dando um Clic em Xadrez, Dando um Clic em Robótica, Dando um Clic em Criatividade, Dando um Clic em Animaginação e Dando um Clic em Educação Ambiental. Entre as atividades, destaca-se os festivais de xadrez e de robótica.
Outra atração da Semana da Educação foi o palco montado para apresentações dos(as) alunos(as). Diversos números de dança foram apresentados pelos(as) estudantes da Rede, contemplados pela comunidade escolar e pelos pais. Tuany e Lorrayne, mães de alunas da EM Monsenhor João Rodrigues de Oliveira, declararam estarem impressionadas com as coreografias realizadas pelas filhas e destacaram a importância da fomentação da cultura na escola para o desenvolvimento de uma atividade pela qual as crianças já se interessavam, que é a dança.Escolas animam a semana da educação com apresentações
#paratodosverem: Em um palco coberto por uma lona colorida, crianças fazem apresentação de dança.
Foto: Vitória Lapa
Algumas das crianças estão em pé, agachadas para que as outras possam se equilibrar em suas pernas.
A programação contou também com uma grande mostra de projetos. Foram 71 tendas de diferentes escolas, creches e instituições exibindo um pouco do trabalho construído cotidianamente na Rede. Um grupo de alunas da EM Henriqueta Lisboa, por exemplo, apresentou uma pesquisa feita sobre alimentos ultraprocessados, enquanto a EMEI Santa Cruz levou alguns trabalhos feitos na horta da escola com foco em ervas medicinais.
Além disso, a Semana da Educação também proporcionou, nesses três dias, outras atividades em diferentes stands, como o EJA na cidade, Escotismo-Guarda Municipal, Equidade na educação, Trilhas do Conhecimento, Proteção, Garantia de direitos e Intersetorialidade, Leituras em conexão: Contação de história e Espaço Brincante-Esporte Esperança.
Na manhã do dia 20, o encerramento da Semana da Educação foi marcado pelo vibrante "Cortejo pela Educação Integral". Esse evento reuniu escolas, percussão e atrações circenses, partindo da Praça Afonso Arinos seguindo para a porta do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em direção ao palco principal.
O cortejo é uma rica manifestação cultural que celebra a diversidade e a energia do povo brasileiro, incorporando o espírito da cultura mineira. Com a participação de diversas escolas e de grupos de percussão formados por alunos(as) e artistas circenses, a festa reforçou as tradições populares e a criatividade da comunidade.
O desfile marcou uma celebração e tornou-se um símbolo da união entre arte, educação e comunidade. Ao final do cortejo, o secretário Bruno Barral fez um pronunciamento, reafirmando o compromisso da cidade com a educação de qualidade e a importância do engajamento de toda a sociedade nesse processo.
O evento entregou um final à Semana da Educação com um espetáculo de cores, sons e emoções, reafirmando a força da Educação Integral como pilar essencial para o desenvolvimento social.Cortejo fecha a Semana da Educação 2024
#paratodosverem: A foto foi tirada em cima de um palco, onde Bruno Barral, secretário de educação municipal fala para uma plateia de crianças e adultos embaixo de uma lona colorida.
Foto: Vitória Lapa
- Boas Práticas – 04 de julho e Especial Educação – BH Educação Nota 10
Boas Práticas – 04 de julho
Projeto Relações Étnico-Raciais na Educação Infantil
Iniciativa de combate ao racismo pelo resgate da ancestralidade na Emei Profª Marília Tanure
Iniciado em maio, o projeto “Relações Étnicos-Raciais na Educação Infantil” é uma ação da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Professora Marília Tanure Pereira que busca compreender como as crianças da faixa etária entre cinco e seis anos percebem as relações afro-indígenas e étnico-raciais por elas vivenciadas na escola. A iniciativa propõe considerar os(as) estudantes como protagonistas na construção de sua própria cultura, exercendo o papel de agentes sociais ativos e criativos. Também foi realizada uma análise dos usos e significados dos termos raça, racismo, preconceito e discriminação racial na sociedade brasileira.
O projeto surgiu a partir da identificação de que ainda faltam referências imagéticas que expressam a existência de crianças pretas na sociedade brasileira. Em suas relações com outras crianças e com pessoas adultas, meninos e meninas apresentam dificuldade em explicar a diversidade étnico-racial e entram em conflito quanto à dicotomia feio/bonito, quando falam sobre pessoas pretas, pois o branco é imposto a muitos(as) alunos(as) como o ideal de beleza estética, e o preto é pensado como inferior esteticamente. Por isso, a necessidade de práticas educacionais intencionais na escola, por meio de histórias e cantigas de rodas dos ancestrais, por exemplo, com o intuito de valorizar a cultura africana de forma lúdica, alegre e prazerosa para os(as) estudantes.
Também foi considerada a escuta das crianças como instrumento de coleta de dados, e optou-se pela observação do(a) participante por meio do desenho articulado com a oralidade bem como por instrumentos didáticos-pedagógicos próprios da rotina da Educação Infantil: roda de conversa e cultura indígena afrodescendente, utilizando-se diversos recursos com os(as) alunos(as), como contação de histórias, música, acessórios, comidas típicas, desenho, pintura, reconto, momentos de reflexão coletiva e cantigas.
Adla Vianna de Carvalho Cota, vice-diretora escolar, relata ter sido muito gratificante e emocionante participar ativamente desse projeto junto à equipe escolar e à comunidade: “É importante ressaltar sobre o cultivo de valores para nossas crianças, principalmente o respeito à ancestralidade e à valorização da cultura afro-brasileira. Precisamos olhar para as nossas práticas em diferentes contextos, se quisermos mudar a realidade. Pensar, refletir e agir contra a desigualdade, a violência e o racismo.”Práticas de valorização étnico-racial ganham destaque na escola.
#paratodosverem: fotografia colorida de 22 pessoas na Festa da Família da escola. Algumas mulheres usam saias vermelhas longas.
Foto: acervo Emei Professora Marília Tanure Pereira.Degustação de poesias para crianças de fino trato
Estudantes aprendem sobre música e poesia e desfrutam de um coquetel com suas famílias
Os(As) alunos(as) da Escola Municipal Prefeito Souza Lima estudaram o poeta Manoel de Barros. Aprenderam sobre a história do autor, pesquisaram as poesias, fizeram uma leitura colaborativa juntamente às professoras e desenvolveram apresentações baseadas na obra do poeta, musicalizadas pelo grupo Crianceiras, disponível no Youtube. A partir do trabalho desses artistas, as crianças se apropriaram da sonoridade das letras e palavras de forma lúdica. Além de trabalhar o gênero poesia, os(as) estudantes puderam começar a desenvolver o gosto pela leitura e pela música como instrumento de aprendizado, de socialização e de apreciação artística.
Ao final do evento, que contou com a presença da maioria dos pais e dos(as) responsáveis, houve um delicioso coquetel, com degustação de sucos e quitandas, culminando num delicioso momento de socialização, arte e interação com a comunidade. O evento foi um sucesso, de acordo com o diretor Henrique Gomes, que também afirma ter sido a tarde proveitosa para os(as) alunos(as) e as famílias: “A tarde foi muito agradável e a satisfação foi geral.”Poesia e diversão, na EM Prefeito Souza Lima.
#paratodosverem: na imagem, várias crianças fantasiadas de animais ou de vestido posam para foto.
Foto: acervo da EM Prefeito Souza Lima.Estudantes treinam jiu-jitsu com a Guarda Municipal
Ação da EM Fernando Dias Costa inspira autoestima e promove novas aprendizagens
Os(as) alunos(as) da Escola Municipal Fernando Dias Costa, localizada na regional Leste de Belo Horizonte, tiveram um encontro especial nesta semana. Em parceria com a Guarda Municipal, participaram de um treinamento de jiu-jitsu em um centro de treinamento cedido pela antiga Escola Municipal São Rafael.
Sob a supervisão do educador Marcos César, os estudantes que participam do Programa Escola Integrada (Pei) foram treinados, dentro da própria instituição, para tirar o melhor proveito desse momento. Essa atividade já é parte do cotidiano dos(as) estudantes, que inclusive já conquistaram, ao longo dos anos, medalhas de ouro, prata e bronze em campeonatos na capital.
A diretora da regional de educação Leste, Juliana Borges Faria, enfatizou que o encontro teve como objetivo proporcionar novas aprendizagens e inspirar os(as) alunos(as) a sonhar alto. “Emocionante ver o empenho da equipe da EM Fernando Dias Costa colocando os estudantes como protagonistas, dando oportunidade a esses jovens de conhecer as possibilidades de movimentos com o corpo, além do fortalecimento da construção da autoestima. Excelente a parceria com a Guarda Municipal que recebeu a escola com prontidão e gentileza realizando o sonho de muitos estudantes”, destacou a diretora.
Os(as) estudantes se mostraram entusiasmados com a experiência e demonstraram interesse em continuar se dedicando ainda mais ao jiu-jitsu. A parceria com a Guarda Municipal promete trazer ainda mais benefícios para eles(as), que estão cada vez mais engajados(as) em ampliar seus horizontes e conhecimentos.
Angel Josué Rondon Caraballo, aluno do 4° ano, descreveu sua participação no treinamento como uma experiência muito legal. “Eu cheguei ao Brasil vindo da Venezuela em busca de educação e meu pai veio em busca de oportunidades de emprego. Assim que ingressei no país, fui matriculado na escola Fernando Dias Costa e fui recebido com grande hospitalidade. Estou bastante satisfeito com as aulas de jiu-jitsu, onde hoje possuo a graduação de faixa preta. Participar do treinamento com a Guarda Municipal foi uma experiência muito, muito legal. Sinto-me extremamente grato pela acolhida calorosa que recebemos aqui no Brasil, é algo que me deixa muito feliz, não tenho palavras para expressar minha gratidão.”
A escola, por meio dessa iniciativa, reafirma seu compromisso em proporcionar aos(às) estudantes vivências enriquecedoras e oportunidades de crescimento pessoal e social. A parceria com a Guarda Municipal é mais um passo no caminho para oferecer uma educação de qualidade que estimule o desenvolvimento integral dos(as) alunos(as).Estudantes participam de treinamento promovido pela Guarda Municipal.
#paratodosverem: foto colorida de vários(as) estudantes usando quimonos azuis. Os(As) estudantes estão sentados no chão e atrás deles, de pé, estão os(as) monitores(as) da Guarda Municipal, também vestidos(as) com quimonos azuis, pretos e brancos.
Foto: acervo EM Fernando Dias CostaEmei Santa Maria realiza festa junina
Festa teve como tema “Ser Criança é Bom Demais”
No dia 15 de junho aconteceu a festa junina da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Maria, que pertence à Diretoria Regional de Educação Oeste (Dire-O). A festa teve como tema “Ser Criança é Bom Demais”.
A manhã foi contemplada com apresentações de danças de todas as turmas da escola. As crianças de 1 a 5 anos performaram coreografias tipicamente juninas, além de terem se divertido com o touro mecânico e com as tradicionais brincadeiras da festa, como pescaria e boca do palhaço.
Além disso, a comunidade escolar se deliciou com pipoca e caldo de mandioca. A escola recebeu a festa com decorações juninas, e proporcionou espaços temáticos para fotografias.Estudantes, famílias e professores(as) se divertem com festa junina.
#paratodosverem: Fotografia colorida de três meninas com trajes juninos. Ao fundo, há mais pessoas aproveitando a festa.
Foto: acervo Emei Santa Maria
Make Music Day 2024
EM Professor Amílcar Martins participa de ação mundial de mobilização pela música
O “Make Music Day” é uma ação global, apoiada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que convida todos(as) a compartilharem a música com outras pessoas, seja em formato de vídeo, na rua, em casa seja como a Escola Municipal Professor Amílcar Martins (Empam) fez: em sala de aula.
A escola montou um grupo de professores(as) que organizaram os(as) alunos(as), para construir duas interpretações musicais ímpares, que permitiram os(as) estudantes a conexão com a música.
Karla Tereza Ocelli Costa, professora de Educação Física, relata que foi emocionante ver os(as) alunos(as), que normalmente são tímidos(as), expressarem-se pela música: “Um dos dias mais lindos vividos na Empam. Ver meus estudantes se expressando musicalmente, vencendo a timidez, o medo do "julgamento", e principalmente acreditando na construção coletiva totalmente desvinculada dos famigerados "pontos" tão valorizados, foi uma experiência única. Romper com hierarquias, colocando o estudante como autor de seu percurso escolar. Inesquecível!”.Ação para espalhar a arte pela Rede Municipal de Educação.
#paratodosverem: foto tirada na diagonal mostra duas fileiras com estudantes sentados(as) enquanto outros(as) alunos(as) estão em uma plataforma, em pé, atrás, segurando uma bandeira escrita “EM Prof. Amílcar Martins. Make Music. 21 de junho”. Todos(as) seguram balões brancos.
Foto: acervo da EM Professor Amílcar Martins.Cuidando de quem cuida
Emei Santa Maria faz encontro com mães atípicas da escola
Em parceria com a psicóloga do projeto PAS, a Sra. Tainara Agostinha, encontros mensais com as mães atípicas da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Maria têm sido organizados desde maio. O projeto visa oferecer apoio e cuidado às mães, além de abrir um espaço de troca de experiências.
As rodas de conversa acontecem à noite, a partir das 18h30, e vão até às 20h50. As genitoras que não têm rede de apoio podem deixar seus(suas) filhos(as) em uma sala próxima à reunião, para que não precisem perder a conversa, e são recebidas com um lanche.
No primeiro encontro, as mães foram recepcionadas por uma performance de teclado, feita pela coordenadora Cleide. O ambiente é preparado para que elas se sintam acolhidas e fiquem à vontade. Os encontros e as discussões, coordenados por Tainara Agostinha de Jesus Alacoque da Silva, são ricos e emocionantes. A proposta da escola é expandir esse projeto para todos os pais da escola.
A coordenadora de turno, Maria de Souza Franca, comenta sobre a importância das reuniões para as mães: "Os encontros foram muito ricos, acolhedores e emocionantes. As mães sentiram-se acolhidas e ouvidas. Foi muito gratificante proporcionar esses encontros para as mães atípicas. Estou ansiosa pelo próximo encontro."Encontro para mães atípicas oferece conforto e troca de experiências.
#paratodosverem: na imagem, há mulheres sentadas em cadeiras, organizadas em uma roda. À direita, há uma mesa com comidas, bebidas e um jarro com flores cor-de-rosa.
Foto: acervo da Emei Santa Maria.Festa da Família da Emei São Gabriel
Evento lúdico é organizado para estudantes e suas famílias
Com o objetivo de potencializar a importância da infância no desenvolvimento das crianças e fortalecer a relação entre família e escola, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) São Gabriel planeja, anualmente, sua Festa da Família. Neste ano, as celebrações e as atividades foram diversas, para animar a criançada e alegrar as famílias.
A festa contou com dois palhaços, que fizeram brincadeiras e dinâmicas com o público, possibilitando um momento de envolvimento e diversão. O evento também ofereceu oficinas para que os(as) estudantes e suas famílias pudessem brincar, criar, interagir e usar a imaginação.
Algumas das atividades ofertadas foram: pintura de rosto, dança das cadeiras, jogo da memória visual, cineminha, confecção de viseiras, criação artística de pratos saudáveis, jogos de associação e pintura de avental de cozinheiro(a).
Ao final, as crianças saíram da escola empolgadas e felizes com suas produções, enquanto as famílias delas estavam gratas pela oportunidade de ter participado do evento. “Obrigada pela Festa da Família! Estava tudo lindo e foi muito divertido! Deus abençoe vocês.”, agradeceu Amanda Letícia Lopes de Deus, mãe do aluno Miguel Lopes Coelho.Momento de alegria, arte e diversão em família.
#paratodosverem: na foto há uma família com pai, criança e mãe, sentados(as) a uma mesa, sorrindo e mostrando um desenho, há materiais de artesanato na mesa. Ao fundo, há mais pais e crianças em outras mesas, desenvolvendo atividades com papel.
Foto: acervo Emei São Gabriel.Regional Centro-Sul celebra kits literários com café
Evento enaltece a importância do Kit Literário e do Kit Afro-brasileiro, Africano e Indígena
Em 2024, as políticas públicas do Kit Literário e do Kit Afro-brasileiro, Africano e Indígena da Prefeitura de Belo Horizonte completam 20 anos. Dessa forma, diversas atividades estão sendo desenvolvidas na Rede Municipal de Educação (RME) para destacar a importância dessa medida. Uma dessas iniciativas foi articulada pela Diretoria Regional de Educação Centro-Sul (Dire-CS), sob a gerência de Luiz Henrique Borges, com a organização das equipes de assessoria pedagógica e em parceria com a Gerência de Bibliotecas (Gerbi), que foi a realização de um Café Literário no Museu de Artes e Ofícios, no dia 26 de junho.
A programação teve abertura com o recital “O Caso da Vara”, de Machado de Assis, um dos contos mais famosos do escritor, inicialmente publicado na Gazeta de Notícias, no ano de 1891. A história foi interpretada por Emerson Carvalho, professor assessor pedagógico na Dire-CS. Depois, houve um momento de relatos de experiências das professoras envolvendo os livros do kit das ações referentes ao Projeto Leituras em Conexão das escolas municipais Paulo Mendes Campos (educação infantil) e Ulysses Guimarães.
Posteriormente, foi realizada uma apresentação do coral infantil da EM Maria das Neves. Para encerrar o evento, houve um bate papo e uma sessão de autógrafos com a escritora Thaís Guimarães, autora dos livros “Senhor Relógio” e “Pássaro para Sonhar” (que fazem parte do Kit Literário).Regional Centro-Sul celebra 20 anos de políticas públicas literárias.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma mesa. Sobre ela, há um bolo, sanduíches, balas, pequenos papéis com versos de poesia e uma placa em que está escrito “Café Literário Dire-CS”.
Foto: acervo Dire Centro-SulCapulana, um pano estampado de histórias e Luakam e a boneca Anaty
Emei Elos organiza atividades artísticas com livros sobre cultura africana
A partir do projeto “Tecendo Laços, Lendo o Mundo, Estética e Poesia”, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Elos iniciou um trabalho com o livro “Capulana, um pano estampado de histórias”, de Heloísa Pires e Mário Lemos. A história foi contada explorando a riqueza da cultura africana em forma de poesia. Durante a contação, as crianças desenhavam costumes e tradições africanas aprendidos. Os(As) estudantes experienciaram o contato com os tecidos, utilizando-os como vestimenta, produzindo oficina de tecidos, enfeite de cabelo ou conforme a imaginação, a partir das histórias contadas.
Em outro momento, foi contada a história “Luakam e a boneca Anaty”, da autora Nadia Alonso, relacionando-a ao trabalho com o livro “Capulana, um pano estampado de histórias”. A partir da segunda leitura, os(as) alunos(as) participaram de oficina de tecidos e colagem, criando personagens e bandeirões. As crianças ficaram envolvidas nas atividades/brincadeiras desenvolvidas durante as oficinas de criação no Ateliê Brincante.
A comunidade participou apreciando a exposição na entrada da Emei, durante o trânsito dos(as) estudantes ao chegarem e saírem da escola.Arte em tecido revela traços da cultura africana.
#paratodosverem: duas crianças posam para a foto, usando vestido e touca de pano feitos durante a atividade.
Foto: acervo da Emei Elos.Especial Dpin
Aperfeiçoando experiências e conhecimentos dentro e fora da Rede
O Departamento de Políticas Intersetoriais (Dpin), da Secretaria Municipal de Educação, organiza, entre outros, formações e palestras, para os(as) alunos(as) e os(as) educadores(as), com o intuito de aperfeiçoar o clima escolar e as relações interpessoais nas escolas. Os temas postos em discussão pelo Dpin são de extrema importância no ambiente escolar e pavimentam o caminho para uma Rede Municipal de Educação (RME) mais segura e amistosa.
Algumas das ações do Dpin, em 2024, giraram em torno da prevenção, notificação e proteção de crianças e adolescentes, bem como da mobilização das escolas para a inclusão da temática da erradicação e do combate ao Trabalho Infantil nos currículos. O departamento trabalhou para que as escolas se empenhassem em discutir tais assuntos, ao promover a participação das escolas nos projetos “Prêmio MPT na escola”, do Ministério Público do Trabalho, e “II Concurso de Redação Justiça do Trabalho na Escola", realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com o tema "Diga não ao trabalho infantil e sim à educação”. Ambos fizeram os(as) estudantes se engajarem na causa, de forma criativa.
O Dpin também organizou uma formação para os(as) profissionais da Educação, o seminário "Diálogos sobre Trabalho Infantil no Tráfico de Drogas", realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e com a participação da Drª Luciana Marques Coutinho, procuradora do Ministério Público do Trabalho. A ação alcançou, aproximadamente, 600 profissionais, que tiveram a oportunidade de conhecer os dados da pesquisa “Trabalho Infantil e Tráfico de Drogas: entre a Proteção e a Criminalização de Jovens em Belo Horizonte”, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) e do Núcleo de Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo (Psilacs), ambos da Universidade Federal de Minas Gerais. O evento levou a um debate sobre a temática, sendo um momento de reflexão sobre uma situação tão delicada.Seminário contra o trabalho infantil.
#paratodosverem: na foto, em um auditório, há fileiras de cadeiras com pessoas participando da formação. Ao fundo, há uma tela com slides sobre o assunto em pauta.
Foto: acervo Dpin.
Fora da RME, o Dpin também trabalhou para aperfeiçoar os(as) profissionais da Polícia Militar que têm contato direto com os(as) estudantes. A professora Fabiana Regis preparou uma aula para o curso de treinamento do grupamento da Guarda Municipal que ficará responsável pelo atendimento das escolas da Rede Municipal. Foi a primeira vez que essa formação incluiu assuntos relacionados à educação e justiça restaurativa em seu currículo. Fabiana explica que o assunto deve ser explorado para que as relações dentro do ambiente escolar sejam pacíficas: “Essa ação de formação em justiça restaurativa é em parceria com o Ministério Público, tem um termo de cooperação técnica em parceria com a Smed, e as práticas restaurativas, elas são mais uma possibilidade da escola, dos profissionais melhorarem as relações dentro da escola, cuidar dos relacionamentos escolares, visando à prevenção e ao cuidado com os conflitos, para que esses conflitos escolares não se transformem em violência dentro da escola.”
O policial municipal Gilmar Barbosa, que participou da aula, conta que foi uma experiência que abriu portas para a melhora de seu trabalho: “A partir de tudo que a gente aprendeu aqui, somado com o que a gente já fez também, com certeza vai nos adicionar, e muito, ao nosso trabalho junto com as escolas, porque é um trabalho que a gente lida cotidianamente com essas crianças e abriu um leque muito grande na fala que ela trouxe pra gente.”Aula sobre justiça restaurativa ministrada pela professora Fabiana Regis para a Guarda Municipal.
#paratodosverem: na foto, Fabiana, uma mulher loira, branca, de cabelos cacheados curtos vestindo uma blusa branca com listras pretas e calça preta, está de costas, falando com a turma de policiais municipais trajados de uniforme.
Foto: Silvia Lanna.
Boas Práticas Especial – BH Educação Nota 10
A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta quarta-feira (3/7), o “BH Educação Nota 10” – um pacote de 10 ações e projetos inovadores com o objetivo de promover uma educação inclusiva, segura e de qualidade para todos os estudantes da Rede Municipal de Educação (RME) e transformar a educação na cidade em 2024. O evento contou com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman; do secretário de Educação, Bruno Barral, vários(as) secretários(as) municipais e servidores(as) da Rede, que lotaram o Salão Nobre da Prefeitura, na manhã desta quarta-feira (3/7).
Fuad Noman assina homologação do Concurso da Educação de BH.
Foto: Gabriel Patim
#paratodosverem: Foto colorida de uma mesa em que estão presentes várias pessoas, incluindo o prefeito de Belo Horizonte, que assina um papel, ao centro; e o secretário municipal de educação à sua esquerda. Ao fundo, uma tela na qual está escrito “BH Educação Nota 10. Secretaria Municipal de Educação – 2024”.O prefeito Fuad Noman anunciou a convocação de 1 mil professores(as) e a ampliação de 1,8 mil vagas para atender crianças em tempo integral ainda neste ano na capital. A lista oficial dos convocados será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (4). Além dos(as) professores(as), serão chamados 39 bibliotecários(as) e 339 assistentes administrativos. As nomeações dos(as) aprovados(as) no concurso do edital 3/2023 acontecerão ao longo deste semestre, uma média de 250 pessoas por mês.
A Prefeitura também prevê a construção de 12 escolas, das quais 11 serão dedicadas à educação infantil e uma ao ensino fundamental. Essa iniciativa visa atender à crescente demanda por vagas e proporcionar melhores condições de aprendizado desde a primeira infância até a conclusão do ensino fundamental. As novas escolas serão equipadas com infraestrutura moderna e adequada às necessidades de estudantes e professores(as), reforçando o compromisso da PBH com a educação de qualidade.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Bruno Barral, um novo concurso também está em planejamento. “Dessa maneira, garantimos um quadro de profissionais mais preparado e atualizado, com impacto direto na melhoria das aprendizagens de nossos estudantes e na tranquilidade das famílias”, disse o secretário. Além do anúncio das nomeações, o secretário apresentou um balanço das políticas públicas adotadas pela Prefeitura para a Educação.Bruno Barral discursa em evento para anunciar pacote de ações.
Foto: Gabriel Patim
#paratodosverem: foto colorida do secretário de educação de Belo Horizonte discursando.Política de Inclusão
A Prefeitura ampliará o Atendimento Educacional Especializado (AEE), dobrando o número de salas de aula de 95 para 200. Serão adquiridos softwares de comunicação alternativa para os(as) alunos(as) e estruturadas oficinas para estudantes com altas habilidades e superdotação, bem como a formação de até 5 mil professores(as) da rede.
Novas escolas
Para atender à demanda em toda a Rede Municipal de Ensino, foi definida a construção de 12 escolas por meio de Parceria Público-Privada (PPP), sendo 4 Emeis – com obras iniciadas em 2024 –, 7 Emeis e 1 Emef com obras previstas para 2025 e entrega no mesmo ano.
Ampliação de vagas na Rede
Serão ampliadas vagas em tempo integral e parcial, atendendo a uma demanda crescente por educação infantil e fundamental. Serão 1.800 novas vagas em tempo integral para crianças já matriculadas em 2024 e que hoje estão em horário parcial. Em 2025 haverá a expansão de vagas na educação infantil (cerca de 2.400 novas vagas em tempo integral ou 4.800 em tempo parcial) e no ensino fundamental (960 novas vagas), com a inauguração das 12 novas escolas.
Programa PROSEGUE
Em parceria com a Guarda Municipal, será implantado o Grupamento de Patrulhamento Escolar (GPE) com 9 viaturas e 40 agentes, priorizando a prevenção da violência e a segurança das escolas municipais. O PROSEGUE tem como objetivo principal a criação de um portfólio de ações escolares preventivas focadas no policiamento comunitário e de proximidade.
Programa Escola nas Férias
São oferecidas práticas de lazer e cultura, além de refeições diárias durante as férias escolares.
Formação para Candidatos do Processo Eleitoral de Diretores(as) Escolares
Cerca de 1.300 candidatos(as) participarão de formação focada em gestão democrática, pedagógica e administrativa, preparatórias para as eleições do triênio 2025/2027 (cargo de diretor(a) e função de vice-diretor(a) de Emeis e Emefs).
Programa Cesta nas Férias
Em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, é feita a distribuição de cestas básicas no período das férias escolares para estudantes de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza para reduzir a insegurança alimentar. Serão distribuídas neste mês mais de 39 mil cestas, em um investimento de quase R$ 5 milhões.
Kit Literário
Em 2024 comemora-se 20 anos do Kit Literário. Trata-se de uma política que visa a ampliação do processo de leitura e alfabetização dos(as) alunos(as) da rede municipal, oferecendo a eles(as) e aos familiares a possibilidade de formação de um acervo pessoal, potencializando a criação de um ambiente familiar de leitura, letramento literário e o estreitamento do contato com os livros.
Aumento de 50% no número de bibliotecários(as) e 30% de assistentes administrativos educacionais
A nomeação de novos profissionais busca fortalecer o quadro das bibliotecas, que têm um papel estratégico na formação integral dos(as) estudantes, assim como de toda a comunidade escolar, bem como fortalecer o quadro das secretarias das escolas.
Programa de formação Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI)
Concede bolsa de formação a professores(as) como mecanismo de incentivo à participação na formação desenvolvida no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, instituído pelo Decreto Federal 11.556/23, com investimento previsto de R$ 22,2 milhões. Cerca de 2 mil professores(as) que atuam em turmas de pré-escola estão participando do LEEI, recebendo mensalmente o incentivo com previsão de término até dezembro/2024.
- Boas Práticas – Semanas de 21 a 28 de junho
Boas Práticas – 28 de junho
Batalhas de dança em escola municipal de BH
Escola Municipal Tristão da Cunha dá espaço para estudantes se expressarem pela dança
Na Escola Municipal Tristão da Cunha, as batalhas de dança são organizadas para os(as) alunos(as) do Programa Escola Integrada. Em uma batalha de dança, as pessoas que se arriscam mostram seu talento em até 50 segundos. Ao participar, os(as) estudantes que ficam em 1º e em 2º lugar ganham troféus, enquanto todos(as) os(as) outros(as) que passam na seletiva para as batalhas ganham medalhas e aqueles(as) que se inscreveram ganham certificados, como premiação simbólica.
Além de proporcionar momentos de atividade física, a dança também fornece o desenvolvimento de várias habilidades: criatividade, concentração, coordenação motora, capacidade de resolver problemas, autonomia, trabalho em equipe, entre outras. Ao observar os(as) estudantes participantes nas batalhas de dança durante as aulas, percebe-se uma melhora no comportamento ligado à atenção e ao companheirismo dentro da sala de aula regular. Além disso, as batalhas também trazem aos(às) alunos(as) qualidades, como foco, determinação e disciplina.
O professor responsável, Warley Martins, falou sobre a importância dessa experiência para o desenvolvimento social das crianças: “Essa batalha é, na verdade, um momento de troca de experiências e aprendizados, desde a coragem de se expor diante outras pessoas, de confiar em suas habilidades, mas também gera essa conexão com os colegas, de olhar no olho, sorrir e brincar.” A escola conta com o Trice Dance, seu grupo de dança oficial, que revela talentos todos os dias, nas apresentações dentro e fora do ambiente escolar.Atividade trabalha expressão corporal, companheirismo e foco.
#paratodosverem: na imagem, há duas meninas de camisa verde dançando em frente a uma multidão sentada em uma arquibancada colorida de azul, amarelo e vermelho e a uma mesa com os juízes. A menina da esquerda está olhando para a menina da direita, que está no meio de um passo de dança.
Foto: acervo EM Tristão da Cunha.Escola de Pais amplia parceria entre escola e famílias
Em rodas de conversa, EM Carmelita Carvalho Garcia aproxima-se das famílias e da comunidade
Desde o início do ano, a Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia já realizou quatro encontros do projeto “Escola de Pais”. Com o objetivo de debater assuntos de relevância para a comunidade escolar com as famílias, a proposta é que a prática seja permanente, de forma que os laços com os pais e com os(as) responsáveis sejam ampliados, e a escola se torne cada vez mais participativa.
O projeto é realizado como um convite para os pais de todos(as) os(as) estudantes, para os(as) alunos(as) da escola de todos os anos e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem como para a comunidade local. O último encontro, que aconteceu em junho, ressaltou a importância da família na formação de crianças e adolescentes. Trouxe uma reflexão sobre a importância da participação das famílias nas questões escolares e sobre como o diálogo com a escola promove sustentação às crianças e aos jovens em sua formação pedagógica, emocional e social.
Rita de Cássia Florentino Vaz, que atuou por 20 anos na escola nas funções de orientadora e diretora, foi a responsável por mediar essa roda de conversa. A educadora ressalta a importância do projeto: “A roda de conversa de que eu participei me fez ter a certeza, a partir dos relatos dos pais, que a escola Carmelita está no caminho de uma construção onde a família é parte. O pertencimento é muito importante na valorização da pessoa.”Educadores(as) e famílias debatem participação na comunidade escolar.
#paratodosverem: fotografia colorida de nove pessoas na quadra da escola. Uma dessas pessoas está em pé, e as outras estão sentadas em cadeiras verdes. Há uma mesa forrada de branco perto delas.
Foto: acervo EM Carmelita Carvalho Garcia.Esporte escolar na EM Marlene Pereira Rancante
Experiência para aquisição de habilidades físicas, emocionais e sociais
Em 2023, a Escola Municipal Marlene Pereira Rancante (EMMPR) ganhou o primeiro lugar nos Jogos da Primavera e, em 2024, permanece firme nessa caminhada esportiva, inscrevendo 35 estudantes para participar do Jogos Escolares de Belo Horizonte (JEBH), competindo contra escolas municipais, estaduais, federais e particulares, nas modalidades badminton, atletismo e vôlei de praia.
A equipe de badminton já conquistou o 3º lugar geral entre as escolas. Individualmente, ganharam o 3º lugar feminino e o 2º lugar masculino, Módulo I. No Módulo 2, conquistaram o 1º lugar feminino.
No último final de semana de maio, ocorreram as competições de atletismo, nas quais os(as) alunos(as) obtiveram sucesso nas modalidades individuais. Eles(as) levaram para casa várias medalhas e, para a escola, os troféus de 2º e de 3º lugar geral, no Módulo I, bem como o 2º lugar geral feminino, além do 1º lugar geral masculino, no Módulo II. Assim, foram classificados(as) 17 atletas para representarem a cidade de Belo Horizonte na etapa estadual de atletismo, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg), que ocorrerão em Governador Valadares, no período de 15 a 21 de julho de 2024. O monitor de atletismo da escola, Davit Monteiro, disse que os(as) alunos(as) têm grandes chances de repetirem o feito de 2023 e se classificarem para as estaduais. Ele também comentou que os(as) atletas encontram-se ansiosos(as) e motivados(as), dedicando-se vigorosamente aos treinos preparativos, com o máximo de disciplina e dedicação.
Firme na formação integral dos(as) adolescentes, a EMMPR segue promovendo um trabalho voltado para o desenvolvimento de sua comunidade escolar e torcendo pelo sucesso de todos(as) os(as) seus(as) estudantes.Equipe de atletismo da EM Marlene Pereira Rancante.
#paratodosverem: 9 estudantes e 3 pessoas adultas posam para foto, segurando suas medalhas. O adulto no centro e alguns(mas) alunos(as) a seu lado levantam troféus. Eles(as) estão em um ginásio e, ao lado direito deles(as), há 3 bandeiras: de Minas Gerais, do Brasil e de Belo Horizonte.
Foto: acervo da EM Marlene Pereira Rancante.Soletrando com o 4º ano
Alunos(as) da EM Deputado Renato Azeredo participam de campeonatos de soletrar
As três turmas do 4º ano da Escola Municipal Deputado Renato Azeredo participam de competições de soletrar mensalmente. A atividade permite a prática da leitura e da escrita, bem como proporciona aos(às) alunos(as) a chance de memorizar a grafia de palavras mais complexas da língua portuguesa de forma lúdica, melhorando a atenção e a memória dos(as) estudantes, entre outras vantagens.
Todo mês, as turmas se encontram no pátio da escola para soletrar. Antes de colocarem as habilidades em prática, os(as) alunos(as) treinam durante as aulas em sala, trabalhando as palavras por meio de leitura, escrita, cruzadinha, caça-palavras, atividades em duplas e outras. As palavras soletradas, escolhidas de acordo com a dificuldade, são sorteadas para que cada estudante soletre. A turma que obtiver mais acertos é a campeã da rodada. Os campeões ganham prêmios que variam a cada mês, como pega-varetas, canetinha, dominó etc. A atividade também permite que se converse com os(as) estudantes sobre ganhar e perder, motivando-os(as) na brincadeira, participação e aprendizagem.
Os(As) alunos(as) se mostram felizes em participar e falam positivamente sobre o projeto. Emanuelle dos Santos Souza, aluna que participa da atividade, diz que a competição a ajuda a escrever as palavras corretamente: “Eu estou participando do soletrando e pra mim é tipo um ensinamento para nos ajudar com as palavras que têm o som parecido, por exemplo, ‘irreconhecível’, que podemos confundir o C pelo S. Outro exemplo, ‘desejo’ que podemos confundir o som S com o do Z. Eu gosto muito de participar do soletrando, principalmente por ser um aprendizado.”Estudantes aprendem e se divertem em competição de soletrar.
#paratodosverem: em primeiro plano, um menino de cabelo curto, com blusa verde, segura um microfone enquanto soletra; em segundo plano, há uma mulher de vestido azul com detalhes bege, que o assiste.
Foto: acervo da EM Deputado Renato Azeredo.Diálogos Dançantes e encontro de professores(as)
Died fomenta a valorização do Programa de Educação Integral por meio de eventos
No dia 20 de junho (quinta-feira), o Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) sediou a 1ª edição do projeto “Diálogos Dançantes" e o “2º Encontro dos(as) Professores(as) Coordenadores(as) do Programa Escola Integrada”. As iniciativas foram elaboradas pela Diretoria de Educação Integral (Died).
Um dos objetivos do encontro foi apresentar a nova diretora de Educação Integral, Marcelle Azzi, e a nova gerente do Programa Escola Integrada (PEI), Érika Cecílio. Além disso, também foi discutida a perspectiva do PEI, focada em ocupar a cidade, os territórios, as praças e os parques, bem como em dar visibilidade aos(às) estudantes, aos(às) monitores(as) e às ações. Houve ainda o lançamento da publicação "Rua da Bahia: Território Educativo", da professora Vanessa Barboza Araújo, seguido pela realização de uma dinâmica com os(as) professores(as) coordenadores(as), em que foram realizados percursos pela Praça da Liberdade e pela Rua da Bahia, proporcionando uma vivência afetiva pela cidade.
“Nossa intenção é realizar encontros mensais com as professoras e os professores, sempre levando-os para espaços diferenciados na cidade e que estimulem a criatividade. Queremos trabalhar tanto questões técnicas do programa como também realizar uma formação com as bases da educação integral. Essa iniciativa é muito importante para estreitar os laços entre esses profissionais e fortalecer esse grupo”, explica Azzi.
A primeira edição dos “Diálogos Dançantes” propôs o encontro de escolas que desenvolvem estilos de dança diferentes no PEI, para partilhar suas práticas e vivenciar diferentes experiências estéticas. Houve a participação da Escola Municipal Belo Horizonte (hip-hop) e da Escola Municipal Fernando Dias Costa (balé). Azzi ressalta a importância da iniciativa para a valorização das oficinas e vivências do Programa Escola Integrada, ao ocupar espaços culturais da cidade com as performances: “Queremos fazer cada vez mais uma rede de trocas entre os monitores e as escolas. Além disso, há a interessante possibilidade de os estudantes (de diferentes escolas) se conhecerem, como também terem contato com a diversidade entre os estilos de danças. Essa troca de experiências é muito rica para os alunos.” Marcos Alves, monitor da EM Belo Horizonte, avalia o projeto como um ato de cuidado com a dança nas escolas: “Sei da importância que a dança tem em vários aspectos, não só pra mim mas para todos que praticam. Esse espaço (que a Educação Integrada dá) é fundamental para que estudantes possam mostrar o que eles estão aprendendo.”Estudantes se apresentam no projeto “Diálogos Dançantes”.
#paratodosverem: fotografia colorida de dez alunas se apresentando, usando roupas de balé, de collant preto com saia e meia-calça brancas. Ao fundo, à direita, dois funcionários do museu assistem à apresentação.
Foto: Gabriela de Castro.Figurinha: o palhaço em defesa da ciência
Apresentação une arte e ciência no combate à desinformação e no incentivo ao estudo
O projeto “Dando um Clic com o Figurinha”, viabilizado por meio do Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), representa inovação ao promover a ciência pela apresentação do Figurinha, personagem de um palhaço. Com uma proposta dinâmica e interativa, utilizando instrumentos musicais, propondo desafios e trava-línguas, os(as) estudantes são convidados a participarem de experimentos científicos e a encontrarem explicações para essas práticas. A iniciativa tem sido realizada nas escolas como uma forma de combater o negacionismo científico e de divulgar as possibilidades do Clic. O último evento foi na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Nair Monteiro.
A apresentação se inicia com um jingle reproduzido em mídia eletrônica anunciando a chegada do Figurinha. A canção aborda o palhaço Figurinha divulgando o Clic e suas diversas áreas: Artes, Ciências, Robótica, Programação e outras. As ciências, de um modo geral, são abordadas com experimentos “disfarçados” de magia. Logo em seguida, a arte faceira do Figurinha é descoberta pelos(as) estudantes, ficando esclarecido que o que viram é pura ciência. Nesse contexto, o palhaço tem, em seu repertório de atividades, vários experimentos científicos nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder o lúdico.
Ao final da apresentação, retoma-se o jingle, e o Figurinha distribui material de divulgação do Clic, convidando a comunidade para conhecer esse espaço de criação. O projeto “Dando um Clic com o Figurinha” é fundamentado na perspectiva de que a aprendizagem criativa é extremamente importante para o desenvolvimento infantil, pois possibilita aos(às) estudantes autonomia e construção de conhecimento, na medida em que eles(as) se deparam com situações-problema propostas durante o contato com as artes e com o ato de brincar.Eduardo Brum, professor do Clic, interpreta o palhaço Figurinha.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma aluna e do palhaço Figurinha realizando um experimento científico.
Foto: Gabriela de Castro.Projeto PAS pela Rede
Projeto integra Assistência Social e Psicologia ao cotidiano da Rede Municipal
O Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu (Comupra) sediou o encontro organizado pela equipe do projeto PAS, que é realizado de forma mensal, como forma de alinhar as propostas do projeto e elaborar o plano de trabalho. O encontro ocorreu no dia 21 de junho e contou com a presença de assistentes sociais e psicólogos(as) de várias escolas da regional Norte, além da diretora dessa regional, Andréa Caroline Correia e dos assessores da diretoria. Ela comenta sobre sua satisfação com o encontro: “Fiquei muito encantada com as falas dos representantes do Comupra. Uma aula de cidadania.”
O PAS, projeto piloto da Secretaria Municipal de Belo Horizonte (Smed), tem feito a diferença na comunidade escolar. Essa experiência inovadora consiste na inserção de uma dupla de profissionais, um(a) assistente social e um(a) psicólogo(a), nas escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) e de Ensino Fundamental (Emefs), que atuam sempre em conjunto com a direção escolar e a coordenação pedagógica, tendo como foco os(as) estudantes e a melhoria do clima escolar em sua totalidade.
Na Emei Goiânia, a equipe do PAS tem atuado em diversas frentes de trabalho. Desde o início do projeto, foram realizadas algumas ações por esses(as) profissionais: atendimento e acompanhamento a famílias e crianças na instituição, por meio de anamneses, participação em formações sobre inclusão, além de reuniões com pais e professores(as), articulação com as redes intersetoriais do bairro Goiânia: Centro de Saúde, Conselho Tutelar, escolas municipais Honorina Rabello e Maria Assunção de Marco, Associação Seve na Rua e Associação Comunitária Vila Presidente Vargas Creche Viva.
No mês de maio, a equipe PAS realizou rodas de conversas com as crianças sobre prevenção ao abuso sexual e, para as famílias, convidou o investigador da Polícia Civil Cleiton Xavier para abordar sobre a temática. Além disso, os pais também participaram de uma palestra sobre direitos da pessoa autista, ministrada pelo membro da Comissão das Associações de Defesa dos Direitos dos Autistas de MG (Cadda-MG) José Savietto e pela vice-presidente da Associação da Síndrome de Asperger no Transtorno do Espectro do Autismo (ASA TEA-MG) Joana Cançado.
A fim da realização do diagnóstico e da análise institucional, a equipe PAS observa os(as) alunos(as) nos espaços da escola (salas de aula, refeitório, parquinho) e elabora um questionário, que é discutido individualmente com cada professor(a), com o intuito de compreender as dinâmicas do espaço escolar como um todo, o que contribuirá para o planejamento de ações visando atender às demandas da escola. Isso é possível graças a um diálogo permanente com a gestão escolar, a qual acolheu o projeto e tem apostado nele para a melhoria do ambiente e do clima escolar.Encontro PAS no Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu.
#paratodosverem: foto de um grupo de pessoas em roda, conversando ao ar livre, em um local rodeado de árvores. Ao fundo, há uma casa branca e, acima das pessoas, há bandeiras de festa junina.
Foto: acervo Diretoria Regional Norte (Dire-N).Intervenção pedagógica com a temática futebol
Futebol é utilizado para despertar o interesse de estudantes em aulas de reforço
O reforço escolar do terceiro ano da Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira, composto por um grupo de dez estudantes, utiliza-se da temática futebol para a elaboração de jogos e atividades para o trabalho de intervenção pedagógica na leitura, na escrita e na matemática. A ideia surgiu do interesse dos próprios estudantes pelo futebol, esporte que estavam sempre a comentar e a jogar, tanto na hora do recreio quanto nas aulas de Educação Física.
Para iniciar o trabalho, foram escolhidos os times de futebol de Minas Gerais para a confecção das atividades e dos jogos. No primeiro momento, os alunos fizeram um estudo sobre a origem do futebol, utilizando-se dos tablets, e, com a orientação da professora Juliana Gonçalves Pinho, pesquisaram sobre o tema, assistiram a filmes e, após a pesquisa, produziram coletivamente um texto informativo. Também estudaram e debateram as regras do futebol e, tendo a educadora como escriba, confeccionaram um manual com essas regras.
A cada semana, um time de futebol mineiro é escolhido para ser estudado e, por meio de um texto informativo, é possível conhecer a história de cada um deles, em rodas de leitura coletiva. Após esse estudo, são feitas análises das palavras, nesse caso, os nomes dos times, para percepção da formação das sílabas complexas existentes em seus nomes: Atlético, Cruzeiro e América. É feito também o estudo dos nomes de seus mascotes. Após esse estudo são criadas listas de palavras com as dificuldades ortográficas observadas. Além disso, toda semana os alunos produzem um pequeno texto, comentando os resultados dos jogos dos times mineiros. Esse momento é nomeado “hora da notícia”.Na Emplo, reforço escolar é desenvolvido por dinâmica com times.
#paratodosverem: fotografia colorida de três alunos em atividades de escrita com nomes de times de futebol de Minas Gerais.
Foto: acervo EM Professor Lourenço de Oliveira.Galo Doido visita Emei Pedro Lessa
Instituto Galo e Emei fazem parceria para animar estudantes
Para promover o amor pelo esporte e o respeito pelas diferenças de maneira lúdica, a Emei Pedro Lessa recebeu a mascote do Instituto Galo, o Galo Doido, por meio de uma parceria feita entre o instituto e a escola.
A iniciativa foi da Emei, com o objetivo de levar diversão e entretenimento para as crianças. A mascote dançou, cantou e distribuiu kits com camisas, canecas e mochilas, conscientizando sobre a interação entre as pessoas a despeito da opção do time para qual torcem.
A bibliotecária Wingrid Rezende aponta que a experiência foi um momento para esquecer as diferenças e descontrair "Independente das rivalidades e do clubismo, a experiência foi pensada para que nenhuma criança ou família tivessem desconforto."Momento de descontração com mascote do Atlético Mineiro.
#paratodosverem: mascote do Clube Atlético Mineiro posa com várias crianças e duas mulheres sentadas no chão. À direita e à esquerda do Galo Doido, duas mulheres estão sentadas com crianças no colo, e a mascote abraça uma criança enquanto faz um joinha com a outra mão.
Foto: acervo da Emei Pedro Lessa.
Projeto 100 anos de Fernando SabinoUtilizando a biblioteca como ferramenta, estudantes compreendem a cidade por meio da leitura
Desde o início do ano, os(as) estudantes da Escola Municipal Israel Pinheiro (Emip) vêm estudando, lendo e pesquisando obras do renomado escritor mineiro Fernando Sabino. Em comemoração ao centenário de seu nascimento (ocorrido em 2023), várias atividades têm sido desenvolvidas na escola. Uma delas foi a visita à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, localizada na Praça da Liberdade. Durante a acolhida, foram apresentadas várias obras de Fernando Sabino, e foi solicitado aos(às) estudantes que fizessem leituras para os(as) colegas. Também foram mostrados os vários andares com seus acervos próprios, inclusive um setor especial para portadores de deficiência visual e baixa visão, no qual os(as) estudantes ficaram bastante impactados com o potencial da biblioteca. Na sequência, os(as) alunos(as) visitaram a Biblioteca Infantojuvenil da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Biju) no prédio anexo, que possui uma seção especial de quadrinhos e jogos de tabuleiro.
O objetivo do projeto é fazer com que os(as) estudantes se sintam pertencentes ao local em que vivem, por meio do conhecimento de sua cidade e do seu estado, fomentado pela prática da leitura. Dessa forma, é esperado que se reconheçam como sujeitos de direitos e deveres durante a circulação por espaços culturais e de aprendizagens que eles(as) não têm o costume de frequentar. A Biblioteca é utilizada como recurso de apoio a essas atividades, que envolvem a alfabetização, o letramento e a formação do(a) leitor(a).
Yuri Agostini, bibliotecário, afirma que a prática tem apresentado resultados interessantes: “A excursão foi muito bem aproveitada por todos que participaram. Os estudantes puderam explorar a Biblioteca Pública e seu entorno com muita liberdade, estabelecendo relações brincantes e de exploração autônoma com a arquitetura e os materiais informacionais. Destaco a prontidão de alguns alunos em participar das atividades propostas, como a leitura de um trecho do ‘Grande Mentecapto’, ou para fazer buscas por um assunto de interesse (Bíblia) no sistema Pergamum e localizar o resultado encontrado na prateleira. Esta última tarefa foi feita de maneira tão intuitiva pelo estudante que me deixou muito otimista com a implantação do Pergamum na Emip.”Visita à Biblioteca Pública integra projeto sobre Fernando Sabino.
#paratodosverem: fotografia colorida de dez alunos(as) da escola posando com as estátuas de escritores em frente à Biblioteca Pública Estadual
Foto: acervo EM Israel Pinheiro.Boas Práticas – 21 de junho
Projeto Câmara Mirim: jovens exercendo a cidadania
Cerimônia na Câmara Municipal diploma novos(as) vereadores(as) mirins
No dia 19 de junho de 2024, Belo Horizonte testemunhou um marco significativo na educação cidadã de seus(suas) jovens, com a posse dos(as) vereadores(as) mirins eleitos para a 15ª Legislatura do Projeto Câmara Mirim. Essa iniciativa é promovida pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e o Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais. O projeto tem por objetivo não só instruir, mas também engajar os(as) jovens nas questões políticas e sociais que moldam sua comunidade.
O secretário municipal de Educação, Bruno Barral, parabenizou os(as) estudantes e ressaltou a importância de saber ouvir a comunidade escolar que eles(as) representam como vereadores(as) mirins: “Desejo que nossos estudantes atuem com muito orgulho, amor e respeito ao contraditório e façam a política do bem, e não a política da animosidade.”
"O Projeto Câmara Mirim é um exemplo notável de como podemos engajar nossa juventude na política desde cedo, preparando futuras lideranças e fortalecendo nossa democracia. Essa iniciativa não apenas proporciona conhecimento sobre direitos e deveres civis, mas também encoraja os jovens a participarem ativamente na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.”, afirmou Bruno Barral, durante a solenidade. O secretário ainda disse: “Nós não somos obrigados a concordar com todos, mas somos obrigados a escutar cada um.”Secretário de Educação conversa com vereadores(as) mirins eleitos(as).
#paratodosverem: foto colorida de dois estudantes conversando com o Secretário de Educação.
Foto: Rafaella Ribeiro/Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
O evento, aberto ao público, foi marcado por uma calorosa recepção aos(às) vereadores(as) eleitos(as), aos(às) suplentes e aos(às) demais alunos(as) que acompanharam da galeria, além dos(as) professores(as) referência, das equipes pedagógicas das escolas parceiras, e dos pais e dos(as) responsáveis. Servidores(as) da Secretaria Municipal de Educação, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e da Câmara Municipal de Belo Horizonte também estiveram presentes, reafirmando o compromisso institucional com os propósitos do projeto.
Ao longo dos anos, o projeto tem proporcionado uma experiência educativa enriquecedora, culminando na eleição de vereadores(as) mirins por meio de um processo eleitoral autêntico, com o uso de urnas eletrônicas parametrizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Participaram ativamente desta edição as escolas municipais Luiz Gonzaga Júnior, Solar Rubi, Oswaldo França Júnior, Professora Acidália Lott, Henriqueta Lisboa, Maria Silveira, Tristão da Cunha, Dom Orione, Milton Campos e Zilda Arns, evidenciando o compromisso com a formação cidadã de seus(suas) estudantes.
A cerimônia de posse não apenas diplomou os(as) novos(as) representantes, mas também ressaltou a importância do engajamento da juventude nas questões comunitárias, fortalecendo sua consciência política e confiança nas instituições democráticas. Marcelle Azzi, diretora do Programa Escola Integrada, que também participou do evento, expressou seu orgulho: "Ver nossos estudantes participando ativamente desse processo é gratificante. O Projeto Câmara Mirim é fundamental para desenvolver habilidades de liderança e responsabilidade cívica entre nossos jovens. O projeto é uma aula de cidadania e é um privilégio para esses estudantes se formarem vereadores mirins, porque eles aprendem desde cedo a dinâmica da política. Eu sempre fico muito orgulhosa de presenciar esse momento da posse e ver nossos estudantes tão articulados e protagonistas.”
O evento deixou claro que investir na educação política da juventude é essencial para construir um futuro democrático e participativo, no qual todos(as) tenham voz nas decisões que impactam sua vida e comunidades.Solenidade de posse dos(as) vereadores(as) mirins da 15° Legislatura.
#paratodosverem: foto colorida de vários(as) alunos(as) assentados em dupla durante a cerimônia de posse.
Foto: Rafaella Ribeiro/Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).Sacola Literária
Estudantes viajam pelo mundo encantado da leitura, em projeto da Emei Cinquentenário
Para promover o acesso à literatura de qualidade para os(as) alunos(as), a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Cinquentenário criou o projeto “Sacola Literária”. Primeiramente, foi feita a inauguração da biblioteca dentro da sala de aula, quando ocorreu a entrega dos livros. Após esse momento, os(as) estudantes poderiam levar livros para a sala de aula.
Durante a semana, os livros ficam expostos, e as crianças têm livre acesso a eles, podendo até escolhê-los e levá-los para casa na sexta e devolvê-los na segunda, com a supervisão das professoras, que fazem esse controle. A escola também dá dicas de como proporcionar a leitura dentro de casa, como: deixar a criança iniciar a hora da leitura quando desejar, convidar todos(as) da casa a ouvir e deixá-la contar ou recontar a história, sem interrupções.
No decorrer do semestre, a família é convidada a contar, ler ou recontar a história do livro que mais gostou para a turma de sua criança na escola. O projeto é um sucesso e dá a oportunidade de as crianças e de suas famílias embarcarem no mundo da literatura, sem custos extras. A professora Júnia Célia, da Emei Cinquentenário, afirma a importância da realização do projeto, destacando: "As possibilidades de inserção no mundo social e cultural do qual fazemos parte se dá pelo acesso à literatura, que proporciona infinidades de leituras da realidade e para além dela. Considero que a boa mediação da leitura abre espaço para o protagonismo infantil, a autonomia e a compreensão de si, do outro e do mundo. Ademais, é na Educação Infantil que a criança tem a oportunidade da experiência simbólica com os livros e a cultura escrita." Desse modo, a escola planeja dar continuidade a esse projeto, para incentivar a leitura para além da sala de aula.Projeto dá às crianças oportunidades de criar o hábito de leitura.
#paratodosverem: roda de crianças sentadas em tapete colorido de azul, vermelho, verde e amarelo, no chão da sala de aula, segurando sacolas onde guardam livros para levar para casa. Nas sacolas, há um galo desenhado em um gramado. As crianças seguram os livros ou os colocam nas sacolas.
Foto: acervo Emei Cinquentenário.Projeto Cientistas Mirins promove aprendizagem lúdica
Com recursos tecnológicos e naturais, EM Monteiro Lobato trabalha temáticas científicas
A Escola Municipal Monteiro Lobato atende a crianças da Educação Infantil e do Primeiro Ciclo, proporcionando a oportunidade de iniciar a escolarização desde a fase da Educação Infantil. O desenvolvimento e o aprendizado desses(as) estudantes são acompanhados desde tenra idade, com habilidades sendo amplamente desenvolvidas durante o Primeiro Ciclo. É com esse objetivo que o projeto “Cientistas Mirins” vem sendo desenvolvido. A ação tem oferecido aos(às) alunos(as) a possibilidade de ampliar seus conhecimentos, por meio da exploração de recursos tecnológicos e naturais, tornando a experiência de aprendizagem mais lúdica e divertida.
A importância do conhecimento científico para as crianças pode ser mensurada em vários movimentos acadêmicos. A ciência muitas vezes pode ser deixada em segundo plano, ou erroneamente abordada em sala de aula, com as crianças, tendo em vista o baixo desempenho do Brasil, segundo o Programa Internacional de Avaliação (Pisa). De acordo com o Ministério da Educação, o Brasil ficou em último lugar dentre os países da América Latina. Dessa forma, a escola propõe nove temas científicos para serem trabalhados com os(as) estudantes, incentivando a descoberta e aprimorando o conhecimento científico.
Os temas são intercorrespondentes, o que possibilita a interação entre eles. Desde o misterioso fundo do mar aos avanços da Robótica, cada tópico oferece uma oportunidade única para as crianças mergulharem no mundo do conhecimento científico. Ao compartilhar essas descobertas com o corpo escolar, não apenas a curiosidade está sendo estimulada, como também a promoção e a compreensão da importância da ciência como uma ferramenta essencial ao cotidiano. Apresenta-se, assim, como objetivo futuro, mostrar a relevância da ciência, a fim de desmistificar conceitos populares que a distorcem e a negam.Estudantes exploram possibilidades da ciência por meio do projeto.
#paratodosverem: fotografia colorida de 14 crianças uniformizadas sentadas em carteiras que estão dispostas em meia lua, na sala de aula. Atrás dos(as) estudantes, há duas mulheres adultas, também sentadas em carteiras. No centro, há uma professora sentada no chão. Ela apresenta aos(às) alunos(as) uma representação do oceano feita de papel azul com desenhos de animais marinhos. Nas paredes da sala, há estantes com diversos livros.
Foto: acervo EM Monteiro Lobato.“Álbum de Figurinhas Literárias” incentiva a leitura
Por meio de charadas e figurinhas, projeto torna a leitura atrativa para estudantes
O “Álbum de Figurinhas Literárias” foi elaborado pela equipe da Biblioteca Professora Ivana Amorim com o apoio da direção da Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia. A ação visa promover a prática e o gosto pela leitura, bem como mediar o Kit Literário Escolar de 2022/2023 para os(as) alunos(as) do 1º ao 5º ano da escola.
A iniciativa começa com a leitura de um dos 22 títulos do kit escolar literário do 1º Ciclo contemplados no álbum para a turma e a apresentação das ilustrações. Após a leitura e a discussão sobre a história, é hora de colar as figurinhas. Para isso, o(a) estudante precisa percorrer as dicas sobre os livros e encontrar o local correto para a colagem da figurinha que representa a capa do livro lido no dia.
O projeto procura inserir o lúdico na atividade, tornando mais prazerosa a prática da leitura e criando memórias afetivas relacionadas à leitura e aos livros. “Eu achei o álbum de figurinhas muito bom. Além de ser muito bom, bonito, interessante e legal, ele ainda ajuda a gente treinar o cérebro porque a gente precisa ler as dicas para poder saber onde cada uma fica, e isso é muito legal. Eu adorei!”, elogia a aluna Ana Clara, da sala 11.
A iniciativa cativou não só os(as) estudantes, como também os(as) profissionais que tiveram contato com o projeto, como Vanusia, professora do 4º ano B: “O álbum de figurinhas é um excelente material pedagógico. Os alunos amam ir à biblioteca e também adoram o álbum. É atrativo visualmente, as charadinhas são um desafio muito divertido e incentiva a leitura.”Crianças se divertem na EM Carmelita C. Garcia, com álbum literário.
#paratodosverem: fotografia colorida de 21 crianças uniformizadas sentadas ao redor de mesas, sorrindo e mostrando seu álbum de figurinhas literários. Nas paredes do ambiente, há estantes com diversas obras literárias.
Foto: acervo EM Carmelita Carvalho Garcia.Momento Literário
EM Carmelita Carvalho Garcia promove reflexão sobre a qualidade do tempo de sua equipe
Considerando a rotina atarefada de seus(suas) colaboradores(as), a Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia decidiu criar uma oportunidade de encantamento e reflexão para sua equipe. Os(As) professores(as) e os(as) colaboradores(as) do Programa Escola Integrada (PEI) puderam vivenciar momentos para resgatar boas memórias e criar novas, por meio da literatura.
Em um primeiro momento, a equipe fez a leitura do livro “Lívio Lavanda”, de Michael Roher, que leva o leitor a refletir sobre coisas simples da vida, que trazem felicidade, e a importância de haver pausas durante os momentos estressantes do dia a dia. A partir da leitura, a equipe fez uma exposição chamada "Memórias são histórias", apresentada pelo coletivo de professores(as) dos dois turnos e os(as) colaboradores(as) do PEI. Foram expostos diversos objetos que representavam as memórias dos(as) participantes.
Adelaide Nonata, professora e articuladora de leitura, disse que a exposição foi uma experiência linda: “Achei incrível a exposição. Queria ver tudo. Cada objeto exposto com tanto cuidado, carinho. Queria saber a origem e o dono de cada objeto. Fiquei encantada. Parabéns sempre à equipe da Biblioteca pelo trabalho incrível que realiza.”Exposição "Memórias são histórias", resultado do Momento Literário.
#paratodosverem: foto de grupo de professoras reunidas: duas, à esquerda e três, à direita. No meio delas, há uma tela grande exibindo a frase “Momento Literário: aos professores, servidores e colaboradores da EMCCG com carinho”.
Foto: acervo EM Carmelita Carvalho Garcia.Um olhar sobre o meio ambiente
Estudantes da EM Augusta Medeiros aprendem sobre sustentabilidade e confeccionam brinquedos
Tatiane Baptista Gonzaga, professora da Escola Municipal Augusta Medeiros, trabalhou o projeto "Um olhar sobre o meio ambiente", para inspirar os(as) alunos(as) a desenvolverem posturas e ações responsáveis diante de problemas ambientais. A proposta interdisciplinar envolve conteúdos das matérias de Português, Matemática e Artes, tendo por objetivo iniciar conversas sobre problemas ambientais que a sociedade enfrenta, como descarte incorreto de lixo e falta de respeito com a natureza, além de refletir sobre como agir sobre eles.
Em um momento posterior, os(as) estudantes confeccionaram presentes a partir de material reciclável, para um amigo oculto entre eles(as). Essa etapa foi realizada por meio de uma metodologia que busca a ressignificação do aprendizado, em que o(a) aluno(a) pode criar seu presente, assim como possibilitar uma reflexão sobre presentes sustentáveis. Os pais elogiaram a iniciativa, e a mãe do aluno Matheus Freitas Damasceno, Karla Thais da Silva, crê que o projeto propiciou reflexões importantes para as crianças: “Foi um trabalho incrível, que, além de conscientizar sobre a preservação do meio ambiente, estimula a criatividade das crianças e contribui no desenvolvimento da socialização entre eles.”Crianças refletem sobre cuidado ambiental, em amigo oculto sustentável.
#paratodosverem: imagem mostra várias crianças uniformizadas organizadas em duas fileiras, em área aberta. Na da frente, elas estão ajoelhadas e, na de trás, de pé, junto a uma pessoa adulta. Todas seguram presentes e sorriem para a câmera. Ao fundo, percebe-se um toldo junto à parede.
Foto: acervo da EM Augusta Medeiros.16º Deixem o Onça beber água limpa
Estudantes refletem sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, na EM Secretário Humberto Almeida
A Escola Municipal Secretário Humberto Almeida (Emsha) participou, na manhã do dia 8 de junho, do “16º Deixem o Onça beber água", no campinho da comunidade do Novo Tupi. O tema trabalhado para a realização do evento foi RegenerAÇÃO: Recuperando e Conquistando. A escola e os (as) diversos(as) parceiros(as) participantes fizeram uma reflexão sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, visibilizando o potencial socioambiental, cultural e étnico-racial da região do Baixo Onça, onde há centenas de nascentes, vários cursos d'águas que alimentam o Ribeirão Onça, cachoeiras, matas de preservação permanente, no Quilombo Mangueiras, e a Mata Izidora, com biomas de mata atlântica e cerrado.
A ideia de regenerar a terra, as águas, nossas mentes e as relações com a cidade fortalece as propostas do Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu (Comupra) ratificadas pelo movimento Deixem o Onça beber água, que são: a meta 2025 (nadar, pescar e brincar no Ribeirão Onça); novo acesso ao bairro Ribeiro de Abreu; municipalização da MG-20 e implantação imediata do Parque Ciliar Comunitário do Ribeirão Onça.
As apresentações de capoeira, dança e percussão, bem como a doação de plantas suculentas e a exposição de telas artísticas pelos(as) estudantes da Emsha representaram as belezas, a cultura, o aprendizado e o pertencimento de um território de riquezas humanas e ancestrais.Estudantes participam de momento pela preservação do Ribeirão Onça.
#paratodosverem: fotografia colorida de vários(as) estudantes em uma área externa, com gramado e muitas árvores. Eles(as) estão de pé, tocando instrumentos de percussão.
Foto: acervo da EM Secretário Humberto Almeida.Música em nosso cotidiano
Estudantes aprendem sobre os sons e produzem instrumentos de material reciclado
Durante alguns momentos em sala de aula, os(as) alunos(as) do 4º ano da Escola Municipal Deputado Renato Azeredo têm trabalhado o que é música, suas características, suas funções e com instrumentos musicais. O tema foi abordado de maneira simplificada, estudando-se a música como uma linguagem artística, além de seus componentes – melodia, ritmo e harmonia –, por meio de atividades com alguns instrumentos.
Em um segundo momento, as crianças colocaram em prática sua criatividade. Ao coletarem materiais reciclados, elas produziram seus próprios instrumentos musicais, variando desde chocalhos até um violão. Com os instrumentos, os(as) estudantes cantaram e tocaram em conjunto várias músicas, levando a um momento de socialização e descontração.
O aluno Isaac Eduardo Ribeiro Pinheiro gostou muito das atividades e disse ter achado a experiência bastante inspiradora: “Achei muito legal a atividade, e fazer o instrumento foi muito legal. Essa atividade pode incentivar quem quer aprender a tocar.”Turma da EM Deputado Renato Azeredo, com instrumentos feitos por ela.
#paratodosverem: em uma arquibancada, três fileiras de crianças uniformizadas mostram seus instrumentos. A professora posa junto a elas, no primeiro degrau.
Foto: acervo da EM Deputado Renato Azeredo.Festival Natureba 2024
Estudantes da Rede Municipal de Belo Horizonte assistem a mostra de filmes
O Festival Natureba BH, em parceria com o Programa EcoEscola BH, do Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), levou as escolas municipais de Educação Infantil, de Ensino Fundamental e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) a participarem das sessões de cinema socioambiental, no período da manhã e/ou da tarde, nos dias 5, 6 e 7 de junho de 2024. Durante a Semana do Meio Ambiente, ocorreu, de forma presencial, a exibição de filmes, debates e ações com foco em temas socioambientais e culturais. O projeto ocorreu no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti e no Cine Santa Tereza.
Cada sessão teve a exibição de sete filmes e uma atividade lúdica de conscientização ambiental para os(as) estudantes, com duração de 1 hora e 20 minutos. Participaram 32 escolas de 9 regionais.
O aluno do 5º ano Gustavo dos Santos Alves, da Escola Municipal Honorina de Barros disse ter se divertido muito durante a atividade e a mostra de filmes: "Eu gostei muito de participar do festival Natureba porque fizemos o podcast e ele foi apresentado na Mostrinha. Eu aprendi a cuidar do meio ambiente, dos seres humanos e animais. O filme que mais gostei na Mostrinha Natureba foi ‘A menina e o mar’."Mostra de filmes sobre o meio ambiente anima estudantes da Rede.
#paratodosverem: imagem mostra um teatro lotado com alunos(as) assistindo a um filme.
Foto: acervo do Clic.Piquenique celebra 20 anos de Kit Literário
Atividade envolve contação de histórias e distribuição de livros
No dia 15 de junho, foi realizado o “Piquenique Literário", no Parque Ecológico Marcos Mazzonni, no bairro Cidade Nova. O evento ocorreu das 9h às 11h30 e teve por objetivo comemorar os 20 anos do Kit Literário, reunindo estudantes de 5 a 8 anos de nove escolas diferentes, para participarem de um piquenique organizado pelas escolas e ouvirem contadores(as) de histórias convidados(as) para o evento. Estiveram presentes o secretário municipal de Educação, Bruno Barral, e a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras.
Além do piquenique, houve também contação de histórias e apresentação das atividades brincantes do Projeto Integrarte/Escola Livre de Artes – Arena da Cultura. O evento destacou não só a comemoração dos 20 anos do Kit Literário e do Kit de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, como também a revitalização da brinquedoteca do parque, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), e a entrega simbólica dos kits do projeto Cordelteca, que tem por objetivo integrar exemplares de publicações em cordel aos acervos das bibliotecas públicas de Belo Horizonte e das escolas da Rede Municipal de Educação.Kit Literário
O Kit Literário é uma política pública da Prefeitura de Belo Horizonte que estimula a leitura e a formação de novos(as) leitores(as) entre os(as) estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, da Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Educação e da Rede Parceira, composta pelas creches que atendem nossas crianças na capital. Por meio desse programa, são distribuídos kits contendo livros selecionados, abrangendo uma variedade de gêneros e temas, adequados a diferentes faixas etárias e interesses. Além de fornecer acesso gratuito a obras literárias, o programa também busca democratizar o acesso à cultura e estimular o desenvolvimento pessoal e educacional dos(as) cidadãos(ãs) de Belo Horizonte. Essa política pública representa um investimento no enriquecimento cultural da comunidade, contribuindo para a formação de uma sociedade mais crítica, reflexiva e participativa. Neste ano, a expectativa é de que sejam distribuídos em torno de 460.000 livros de literatura para todos(as) os(as) estudantes.Equipe da Smed participa do “Piquenique Literário".
#paratodosverem: fotografia colorida mostra várias pessoas sorrindo para foto no parque, durante o evento.
Foto: Gabriel Pereira Patim.
- Boas Práticas – Semanas de 7 a 14 de junho
Boas Práticas - 14 de junho
Kit Literário e Kit de Literatura Afro-brasileira – 20 anos
VI Mostra de Literatura Afro-brasileira, Africana e Indígena: Confluindo saberes e histórias
Foi uma noite potente, inspiradora e repleta de trocas de saberes e de histórias. A mesa virtual de abertura da “VI Mostra de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena: Confluindo saberes e histórias", realizada no dia 11 de junho, abriu a agenda comemorativa dos 20 anos do Kit de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Durante duas horas, as mais de duzentas pessoas presentes dialogaram com as escritoras Patrícia Santana e Sônia Rosa e com o escritor Siwê Pataxoop sobre a importância de oferecer aos(às) estudantes, literaturas que destaquem o protagonismo de personagens negros(as) e indígenas, contribuindo, assim, para a formação de leitores(as) conscientes da riqueza da diversidade étnico-racial da nossa sociedade.
"Estamos muito felizes e com boas expectativas ao iniciar este conjunto de atividades que destaca essa importante política da Prefeitura de Belo Horizonte, que são o Kit Literário e o Kit de Literatura Afro-Indígena. A literatura tem sido uma importante estratégia pedagógica no trabalho desenvolvido pelas nossas escolas e creches por meio do acervo dos Kits de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena", afirma Maria das Mercês, gerente das Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação (Smed). A servidora ainda acrescenta: "Acreditamos que as atividades programadas vão inspirar reflexões e potencializar práticas pedagógicas inclusivas e de valorização da diversidade étnico-racial ao longo de todo o ano."
História dos 20 Anos do Kit Literário e do Kit de Literatura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
Para viabilizar e potencializar a implementação das leis federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que tornaram obrigatórias a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo da Educação Básica, a Prefeitura de Belo Horizonte tem um compromisso histórico no investimento em políticas públicas de promoção da igualdade étnico-racial, incluindo a formação docente e a distribuição dos "Kits de Literatura Afro-brasileira, Africana e Indígena", iniciada em 2004, às escolas municipais da Rede Municipal de Educação (RME). Esses kits visam garantir materialidade para o trabalho com as referidas leis, promovendo a formação de leitores(as) e ampliando os acervos das bibliotecas escolares.
A “Mostra de Literatura Afro-brasileira, Africana e Indígena”, realizada desde 2004, celebra esses 20 anos de política e se configura como um momento importante para promover diálogos formativos e potencializar práticas pedagógicas pautadas na promoção da igualdade e da equidade étnico-racial. A edição de 2024 incluirá atividades presenciais e virtuais ao longo do ano, com palestras, oficinas e relatos de experiências com a participação de docentes e profissionais da Educação.
Livros dos kits literários, entregues em 2023.
Foto: acervo Smed.
#paratodosverem: imagem colorida de vários livros de literatura infantil.Seminário Tecendo Laços, lendo o mundo
Smed organiza encontro de profissionais da Educação com o tema “Estética e Poética na Infância”
A equipe da Diretoria da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação (Smed) organizou o Seminário “Tecendo Laços, lendo o mundo: Estética e Poética na Infância”, com a presença da professora Rita de Cássia Costa Teixeira como palestrante. O projeto reuniu, nos turnos da manhã e da tarde, 416 professoras participantes atuando nas escolas, e os ambientes virtuais do projeto, como o Google sala de aula, contaram com a participação de 736 professores(as) da Rede Própria e 150 professoras da Rede Parceira.
A palestra ocorreu no dia 7 de junho e deu oportunidade para os(as) educadores(as) repensarem suas ações em sala de aula e também como combinar a brincadeira e a ludicidade ao aprendizado. Após a palestra, os(as) profissionais se reuniram em grupos para visitar museus do circuito cultural da Praça da Liberdade, para um momento de recreação, reflexão e imersão na estética e na poesia desses espaços.
Os depoimentos das docentes participantes foram positivos. A professora Gilmara Pêgo relatou ter sido uma experiência de imersão sensacional: “A visita ao museu de Arte Popular me possibilitou uma expressão de sentimentos variados. Não só enriquecedor culturalmente, mas uma imersão estética e poética incrível. Cada um percebe a obra artística de acordo com as próprias experiências de vida e eu, particularmente, tocada pela poesia das bordadeiras de Cordisburgo, me senti abençoada pelas benzedeiras ali retratadas. Foi emocionante!”
A participante Juliana Delfino visitou o Espaço Cultural da Unimed, que abriga um acervo histórico do Minas Tênis Clube, e disse que o momento foi perfeito para relaxar e refletir sobre a história que o local apresenta e que pretende retornar e reviver essa experiência com nova companhia: “No final de uma sexta-feira, após vários dias de uma semana de muito trabalho e demandas do dia a dia, tive o privilégio de conhecer o Espaço Cultural da Unimed, local que abriga um importante acervo da memória do Minas Tênis Clube.(...) Foi um momento de deleite poder contemplar a evolução da prática esportiva em nossa cidade, além da alegria de perceber que, aos poucos, aspectos tão importantes da vivência humana vão se democratizando de forma que mais pessoas podem se apropriar e usufruir deles.(...) Amei conhecer o local e certamente voltarei com meu filho e muito provavelmente com meus queridos alunos.”Momento para refletir, compartilhar ideias e aprimorar experiências.
Foto: Silvia Lanna.
#paratodosverem: a fotografia mostra um auditório, foto tirada na diagonal. Nas cadeiras há professoras reunidas escutando uma de suas colegas falar. A frente a palestrante segura um microfone e na 8ª fileira uma professora também segura um microfone e fala.O que tem na sopa do Madureirinha?
Atividade promove nova perspectiva sobre legumes, a partir de produção coletiva de sopa
O projeto “O que tem na sopa do Madureirinha?” teve início durante o mês de maio, a partir do Momento Coletivo, no qual as crianças foram apresentadas à canção: “O que é que tem na sopa do neném?”, do grupo musical Palavra Cantada. A letra da canção foi exposta em cartaz com letras em caixa alta, em um cavalete, para que os(as) estudantes pudessem acompanhar a canção praticando a leitura. Os(as) alunos(as) foram incentivados(as) a acompanhar cada verso da canção com gestos ilustrativos referentes à letra, com o objetivo de despertar-lhes o interesse, a alegria e a animação.
Em sala de aula, os(as) professores(as) desenvolveram a temática com atividades, numa sequência didática disposta em uma apostila sobre alimentação saudável, nas diversas áreas de conhecimento, elaborada pela coordenação. A coordenadora da escola, Solange Dória, utilizando um figurino típico da cultura caipira, fez a narração da história de Pedro Malasartes: “A sopa de pedra”.
A exemplo do que acontece na história, foi feita às crianças a proposta da realização de uma grande sopa rica e suculenta na escola, com ingredientes nutritivos trazidos por elas, para degustação de todos(as). Sendo assim, foi solicitado aos pais e/ou aos(às) responsáveis a colaboração com ingredientes. Os(as) alunos(as) levaram os alimentos, que foram acrescentados à sopa junto a ingredientes como a carne, e também uma pequena quantidade de macarrão de letrinhas, para que o aspecto da sopa ficasse ainda mais agradável para as crianças. O prato foi preparado para o momento da merenda.
Antes de servir a sopa, os legumes e as verduras foram oferecidos às crianças em pequenos pedaços, dispostos em bandejas. Elas puderam degustar um pouco de tudo, escolhendo e experimentando sabores e texturas diversos, com objetivo de quebrar preconceitos em relação ao gosto e ao aspecto dos alimentos. A equipe pedagógica incentivou as crianças a participar dessa atividade. Após o momento da degustação, a sopa foi servida a todos(as) os(as) estudantes. Os pais e/ou os(as) responsáveis puderam participar do evento, sendo convidados(as) a entrar na escola, ao final do turno, quando buscam as crianças, o que reforçou o entrosamento entre famílias, alunos(as) e corpo docente.
Miguel Nolasco, aluno do 1° ano da EM José Madureira Horta, conta sobre a experiência de participar da atividade: “Eu achei muito gostoso e muito legal! Eu comi sopa na hora da saída e achei maravilhosa e saudável. A sopa daqui é mais gostosa que a da minha casa.”
Alunos(as) da EM José Madureira Horta aprendem e se deliciam com sopa.
Foto: acervo EM José Madureira Horta.
#paratodosverem: fotografia colorida de sete crianças uniformizadas sentadas à mesa, tomando sopa.Projeto “Meu corpo, meu tesouro”, contra o abuso sexual
Por meio de dinâmicas, alunos(as) são informados sobre combate ao abuso sexual infantil
O objetivo da prática, iniciada em 2023 e retomada em 2024, durante a campanha do Maio Laranja, foi despertar a criança como agente propulsor de informações sobre a prevenção e o combate ao abuso sexual infantil. Todas as turmas da EM Monsenhor João Rodrigues de Oliveira fizeram a leitura do livro “Não me toca, seu boboca”, de Andrea Viviana Taubman, o qual permite embasamento do tema de forma lúdica e propicia reflexão sobre violências física e psicológica. A escolha da obra literária foi feita devido à temática ser tratada de maneira lúdica e leve, levando as crianças a nomear suas vivências e a identificar os limites e o respeito com seu próprio corpo.
Utilizando uma linguagem mais atrativa para as crianças, o projeto se deu por meio de passeatas, relatos, músicas e brincadeiras. Dessa forma, foi promovida uma correlação ao semáforo de trânsito para provocar o interesse e o entendimento das crianças sobre a importância do toque “consentido” e o “não consentido”. No lugar do semáforo, foi feito um esquema corporal, e as cores verde, amarelo e vermelho foram usadas como indicativos de permissão, atenção e objeção ao toque, respectivamente, atentando-se para a permissão ao toque íntimo apenas por pessoas da rede de proteção e para situações necessárias, tais como cuidados higiênicos e médicos.
Com a contribuição da música “Não pode tocar não!”, da psicóloga Leiliane Rocha, foi possível elucidar ainda mais o tema. “Observamos que as crianças, depois das vivências referentes ao Projeto, conseguiram relacionar situações vivenciadas em casa ou na escola com as discussões sobre consentimento, carinho e abuso”, comenta Monique Lorena de Santis Barquero, responsável pelo projeto.
Projeto da EM Monsenhor João Rodrigues de Oliveira sobre prevenção ao abuso sexual.
Foto: acervo da EM Monsenhor João Rodrigues de Oliveira.
#paratodosverem: fotografia colorida de três alunos segurando um cartaz com os dizeres: “Cada um de nós faz a diferença! Não me toca! Abuso é crime! Proteja as crianças”. No cartaz, há ainda desenhos de uma mão, uma flor laranja, dois corações e uma borboleta.Pequenos cientistas, surpreendentes resultados
Crianças participam de projeto interdisciplinar na EM Professor Pedro Guerra
A Escola Municipal Professor Pedro Guerra coloca em prática com seus(suas) aluno(as) o projeto “Pequenos cientistas, surpreendentes resultados”, um trabalho relacionado com as disciplinas que compõem os Estudos Integrados: Ciências, Geografia e História. O projeto tem o objetivo de fazer com que as crianças se interessem pela ciência e pela cultura científica.
O projeto se compromete a apresentar, todos os meses, meninas e mulheres negras cientistas brasileiras, mostrando seu forte papel de atuação e sua contribuição para a Ciência, o que ajuda a fortalecer a representatividade negra, para que sirva de inspiração para os(as) alunos(as), destacando a relevância de cientistas negras brasileiras em diferentes áreas da pesquisa científica. O projeto busca trabalhar o letramento científico, com leituras na sala de aula sobre o que é ser pesquisador, além de envolver a capacidade de compreender e interpretar a leitura de mundo por meio das disciplinas ministradas, exercer a capacidade de formular hipóteses, deduzir, encontrar respostas e testar as hipóteses. Os(As) estudantes exploram também a parte prática da ciência durante as aulas, no laboratório de Ciências da escola.
Aluna colore Enedina A. Marques, primeira brasileira negra engenheira.
Foto: acervo EM Professor Pedro Guerra.
#paratodosverem: em primeiro plano, uma criança negra uniformizada colore um desenho, ao fundo outras crianças fazem a mesma atividade. Todas estão em suas carteiras, na sala de aula.Contra o trabalho infantil e no caminho da aprendizagem
Projeto informa sobre exploração de crianças por meio de palestras, jogos e outras atividades
Em fevereiro deste ano, os temas “trabalho infantil” e “contrato de aprendizagem” foram abordados nas aulas de Língua Portuguesa do 6° ano da Escola Municipal Paulo Mendes Campos. Foram utilizadas, inicialmente, as cartilhas em quadrinhos do Ministério Público do Trabalho (MPT), "Lugar de criança é na escola" e "Um bom começo, aprendizagem", e muitos estudantes puderam refletir além de discutir sobre esses assuntos. Após a leitura, foram promovidos debates e, a partir deles, estudantes elaboraram cartazes com palavras-chave positivas e negativas para o universo da criança e do adolescente, em relação ao trabalho infantil.
Representantes da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas foram convidados(as) para uma palestra no Teatro Imaculada no dia 13 de maio, a partir da qual foram promovidas outras reflexões sobre esses temas tão importantes na atualidade. Os(As) palestrantes explicaram sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, bem como abordaram cuidadosamente os malefícios causados pelo trabalho infantil. “Entendemos que a proposta da Escola Integral contribui, sobremaneira, para o afastamento de muitas crianças e adolescentes do trabalho infantil proibido, engajando-os nestes assuntos, mas sobretudo favorecendo o processo de erradicação do trabalho infantil, meta das instituições governamentais e da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”, explica a professora Gisella Nogueira de Souza, responsável pelo projeto.
Os(as) estudantes estão, no momento, participando de um concurso do MPT sobre o tema das aulas e já produziram histórias em quadrinhos, músicas, desenhos e poemas referentes ao assunto. No percurso didático, também participaram de jogos e atividades lúdicas elaborados pela professora. Ela utilizou, por exemplo, o Kahoot, uma plataforma interativa de jogos com temas multidisciplinares e transversais. Dessa forma, os(as) adolescentes assistiram a vídeos com fins de preparação e aprofundamento sobre o contrato de aprendizagem. “Por fim, esperamos que, com essas ações educativas, nossos alunos sejam verdadeiros multiplicadores de conhecimento, informações fundamentais no sentido haver mais aprendizes responsáveis, mas, sobretudo, contribuir para a erradicação do trabalho infantil no Brasil”, conclui Souza.
Danielle Xavier de Oliveira, Coordenadora Geral da EM Paulo Mendes Campos, no CEI Imaculada, ressalta a importância da abordagem do tema: “Ao proporcionar oportunidades educacionais significativas, os adolescentes têm suas necessidades básicas atendidas e têm garantidos seus direitos fundamentais, como acesso à educação, tempo para o lazer e o esporte, e também a proteção de sua integridade física e emocional."Alunos(as) da EM Paulo Mendes Campos em atividade lúdica.
Foto: Gisella Nogueira de Souza.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma aluna produzindo uma história em quadrinhos para o concurso do MPT. Ela desenha em um papel sulfite branco sobre a carteira da escola.Projeto SER: juntos pelo Rio Grande do Sul
Projeto SER ensina sobre empatia a partir da tragédia no Rio Grande do SulAs crianças da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) José Isidoro Filho tiveram a oportunidade de aprender sobre empatia e solidariedade. O projeto começou com a contação da história “E a chuva…”, de Sabrina Fuhr, Psicóloga Clínica, que dedicou a obra às crianças do Rio Grande do Sul que passaram pelas enchentes ocorridas entre abril e maio deste ano. A partir desse exercício, os (as) estudantes foram convidados(as) a refletir sobre as emoções vivenciadas pelas vítimas do desastre ao perderem tudo e ao serem resgatadas.
Foram apresentadas fotos que mostram a solidariedade de pessoas que ajudaram no resgate de pessoas e animais em meio à enchente. Os(as) alunos(as) também fizeram um artesanato, produzindo rostos que demonstram as emoções que as pessoas sentiram durante os acontecimentos.
Assim, começou a ser reforçada a ideia do Projeto SER, demonstrando a importância de sonhar e criar estratégias, o que culminou com a ação da escola, organizando uma campanha de arrecadação de água mineral para o Rio Grande do Sul. Houve envolvimento da equipe pedagógica, da comunidade, dos(as) estudantes e dos pais, que arrecadaram mais que o esperado.
As famílias aprovaram a iniciativa. Kátia Campos, mãe de um estudante, comentou sobre a experiência: “Além de proporcionar bem-estar, ajudar o próximo nos faz exercitar a empatia e nos tirar daquele lugar confortável em que nos encontramos, (...) Achei incrível a iniciativa da Emei José Isidoro Filho pelo cuidado e carinho com o próximo, sempre olhando o melhor jeito de ajudar os outros.”
A mãe Edlane Silva também falou sobre a importância do projeto: “No dia a dia, podemos pensar que nossos problemas são maiores do que dos outros, mas, em momentos de vulnerabilidade, mostramos nossa empatia e solidariedade. Uma simples garrafa de água para nós às vezes não faz a diferença, mas para quem perdeu muitas coisas e não tem nada faz muita diferença.”Projeto SER, da Emei José Isidoro Filho, arrecada bens para o RS.
Foto: acervo da Emei José Isidoro Filho.
#paratodosverem: família com criança pequena posa em frente a caixa que contém o escrito “Deposite seu amor em forma de água!” e um desenho de uma garrafa rodeada por corações. Ao lado deles, há um carrinho de supermercado cheio de doações.Regras para uma boa convivência na escola
Projeto trabalha o bom convívio ludicamente, na EM Professor Lourenço de Oliveira
O projeto “Regras para uma boa convivência na escola” foi uma atividade lúdica desenvolvida com a turma do 2º ano A, da Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo), em maio, com intervenções da professora Carolina de Paula Mendes e da psicóloga Ione Oliveira Costa. A iniciativa teve por objetivo amenizar agressões físicas e verbais entre os(as) alunos(as), bem como dos(as) estudantes para com os(as) professores(as) e funcionários(as).
Uma das práticas realizadas ao longo do projeto foi a exibição do vídeo “Daniel tigre, lidando com as emoções”, que trata das emoções (raiva, paciência, tolerância etc.) do tigre em sua vida cotidiana e escolar. Outra dinâmica adotada foi a da estátua, que serviu para os(as) estudantes perceberem o comando de parar e que tudo tem o seu tempo. Já a brincadeira “Ich… e agora?” consistia em cada criança tirar uma carta com perguntas demonstrando situações que simulam o que fazer se acontecer algo inesperado. Por último, houve a leitura e a reflexão do livro “O monstro das cores”, de Anna Llenas, que também enfatiza esses sentimentos e como externá-los.
Tudo isso culminou na construção de um painel educativo que foi exposto na escola. “Os(as) estudantes ficaram atentos(as) e curiosos(as) e se envolveram bastante nas atividades e confecção do mural. Eu, como professora, estou sempre relembrando essas regras dentro e fora de sala”, enfatiza Mendes.Estudantes são conscientizados(as) sobre normas escolares.
Foto: acervo EM Professor Lourenço de Oliveira.
#paratodosverem: fotografia colorida de 18 alunos(as) uniformizados(as) sentados(as) em roda, no chão da sala de aula, olhando para a professora, que se encontra em pé, do lado de dentro do círculo.Informação protege crianças contra a violência sexual
Semana “Faça Bonito”, na Emei Vila São Vicente, conscientiza estudantes de forma leve
Com o intuito de informar, sensibilizar e combater a violência sexual contra crianças, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vila São Vincente e a equipe do PAS organizaram a semana “Faça Bonito”, que ocorreu durante o Maio Laranja, reconhecido como o mês de enfrentamento e prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Os temas começaram, primeiramente, a ser trabalhados em sala de aula, com vivências lúdicas. Além disso, a biblioteca montou um cantinho de leitura com livros que abordam a temática à disposição.
Durante os dias de projeto, a escola convidou profissionais para trabalhar a dinâmica "Semáforo do Toque" com os(as) estudantes: as delegadas Fernanda Fiúzas e Larissa Mayerhofer, o investigador Marcelo Miranda e a escrivã Fernanda Damásio, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente Noroeste. As crianças receberam uma cartilha e houve uma conversa sobre consentimento.
A assistente social Cynara Machado e a psicóloga Marilene Muniz distribuíram folhetos informativos com canais de denúncias, estatísticas e listas de comportamentos que podem identificar as vítimas de violência aos(às) responsáveis pelos(as) alunos(as), além de se disponibilizaram para maiores informações e esclarecimentos de dúvidas. A fim de fechar a semana com chave de ouro, as crianças e a equipe receberam pipoca, suco, balão, lápis e adesivo temático.
Assim, a equipe e as famílias da Emei Vila São Vicente se capacitam para maior proteção às crianças, caminhando para um futuro mais pacífico. A bibliotecária da escola, Wingrid Rezende, comentou sobre a importância desse projeto: “É um assunto muito sensível e evitado por muitas direções. Mas, quando olhamos as estatísticas, percebemos que nossas crianças são as maiores vítimas. Por esse motivo, é necessário que essas atividades não se limitem apenas ao mês de maio, mas permeiem a rotina das escolas.”
Profissionais fazem gincana para abordar tópico de forma leve.
Foto: acervo da Emei Vila São Vicente.
#paratodosverem: na imagem, profissionais da Polícia Civil estão de pé, em frente a várias crianças uniformizadas sentadas no chão. Entre elas, há um quadro onde se lê “DOPCAD. Semáforo do toque.” Abaixo do escrito, há um quadrado vermelho com a frase “Não pode tocar”; um amarelo escrito “Atenção, devo tomar cuidado” e um verde com a afirmação “Pode tocar, não tem problema”. No mesmo quadro, há desenhos de um menino e de uma menina, com bolinhas das cores citadas espalhadas pelo corpo.Escolas fazem projetos ligados à conscientização sobre o meio ambiente
Seminários e rodas de conversa em escolas municipais de BH
As professoras da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Renascença superaram as expectativas ao discutir o consumo consciente, em sala de aula, com seus(suas) alunos(as). Além de conscientizar os(as) estudantes sobre a importância do uso da água, as educadoras se reuniram em rodas de conversa para encorajá-los(as) a procurarem, dentro da escola, folhas, gravetos, pedras e outros materiais para serem utilizados em um trabalho de artesanato.
Durante duas semanas, as crianças reuniram os elementos da natureza e refletiram sobre as responsabilidades que elas têm como habitantes deste planeta. Posteriormente, em um momento de roda, com todo o material exposto, as professoras orientaram o projeto e, junto às crianças, produziram obras com tudo que a natureza pode oferecer. A diretora Fernanda Almeida, falou que foi emocionante ver as crianças se comprometerem com o projeto: “Foi uma alegria ver o rostinho das crianças que estavam cheias de emoção.”
Outra escola a aprofundar-se no tema foi a Escola Municipal Anne Frank, que realizou o seu “XXIII Seminário Socioambiental”, que acontece desde 2001, sempre na semana do Dia do Meio Ambiente. Ao longo desses anos, a Escola tem se organizado para ampliar a discussão e a reflexão com a comunidade escolar e seus parceiros sobre as temáticas pertinentes aos eixos do seu Projeto Político-Pedagógico.
Neste ano, o eixo orientador do projeto foi “Educação Ambiental, conhecendo o Território”, rememorando os diálogos que já foram estabelecidos, as ações realizadas, o caminho percorrido, para, assim, inspirar novas ideias e ações que possam promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A semana contou com passeios ao ar livre, liderados pelo geógrafo e membro da equipe de Mobilização e Educação Ambiental do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas – CBH das Velhas, Bruno Guerra de Moura Von Sperling, que acompanhou os(as) alunos(as) em uma caminhada no Parque do Confisco e em um tour pela bacia hidrográfica do Córrego Bom Jesus.
O projeto também contou com palestras sob a coordenação das professoras Eleonora Assis, do grupo de pesquisas Estudos em Práticas Informacionais e Cultura (Epic), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Kátia Pêgo, da Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), sobre estudos das condições climáticas do Território do Confisco e as ações em desenvolvimento para mitigar os problemas, e um bate-papo com a bióloga e educadora ambiental da Gerência de Educação Ambiental Tatiane Cristine Silva de Almeida. Também houve uma roda de Conversa com Regiane Batisteli Magalhães, assistente social coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Confisco, e os membros da comunidade Jordano Silva e David Andrade, coordenadores do Projeto Semeando Mirim/Horta no Cras, e muito mais.
A escola afirmou que o feedback recebido foi satisfatório e que foram enviados comentários como “Uma experiência maravilhosa. Muito aprendizado e reflexão” e “Temas muito práticos e contextualizados”.
Aprendendo e refletindo sobre o meio ambiente com arte.
Foto: acervo Emei Renascença.
#paratodosverem: foto tirada de cima, mostrando uma criança que segura uma plataforma feita de argila, com duas flores e pedras, imitando uma paisagem com árvores.Boas Práticas - 07 de junho
Ex-aluna retorna à escola para gravação da Globo
A Escola Municipal José Maria Alkmim foi cenário da história de Grazi Mendes. A professora, palestrante e executiva, atualmente com 43 anos, teve a escola como um ambiente que impulsionou a leitura e a busca pela aprendizagem. Em gravação para o programa Rolê das Gerais, prevista para ir ao ar, na primeira quinzena de junho, pela Globo Minas, ela revisita esse espaço tão emblemático para a construção de sua trajetória. Professora da Fundação Dom Cabral e fundadora do projeto Voa Papagaio, cursinho popular Pré-Enem para jovens do Morro do Papagaio, foi a primeira pessoa de sua família a acessar a universidade.
Mendes, ao entrar na biblioteca da escola em que estudou, revisita diversas memórias, como a de quando recebia o título de “destaque positivo” na sala de aula e esperava ansiosamente para comer arroz temperado na merenda. Relembrou também da personalidade tímida da menina que se tornaria uma das palestrantes mais requisitadas do país: “Foi aqui, dentro dessa escola, que eu desenvolvi a capacidade de falar”, declara.
A palestrante também relatou ao apresentador Zuzileison Moreira sobre sua trajetória profissional, repleta de conquistas impactadas pelo contato com a educação. Érica Lopes Macêdo de Andrade, bibliotecária da EM José Maria Alkmim, ressalta a importância de momentos como esse para a instituição: “Quando ela volta para a escola e traz pra gente esse relato, alegra nosso coração. Ainda mais por ser alguém que incentiva a leitura. Nós acreditamos muito na leitura, no livro e na biblioteca”.Na EM José Maria Alkmim, Grazi conversa sobre impactos educacionais.
Foto por: Gabriela de Castro.
#paratodosverem: fotografia colorida do apresentador e da entrevistada sentados(as) em diante um(a) do(a) outro(a), conversando. A mulher está de frente para a câmera e utiliza óculos e um casaco colorido por cima da roupa branca. Ela gesticula com as mãos na frente do corpo. O homem está de costas para a câmera, olhando para a mulher. Ele usa camisa amarela. Ao fundo, há estantes e livros da biblioteca onde a foto foi tirada.
Projeto Horta e Saúde no Prato
Ao perceber o alto número de estudantes que rejeitam novos alimentos e sabores, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) São Gabriel criou o projeto “Horta e Saúde no Prato” com o objetivo de estimular uma maior aceitação de comidas diferentes e diminuir o desperdício, viabilizando, assim, uma alimentação saudável e um crescimento equilibrado aos(às) alunos(as).
Para alcançar sua meta, o projeto mistura a etapa de cuidado e colheita da horta escolar com ações relacionadas a música, contação de histórias, vídeos, jogos e brincadeiras. Durante o mês de maio, o projeto “Saúde no Prato” se juntou ao “Tecendo Laços”, outra iniciativa da Emei, promovendo apresentações em tela da obra “O Mamoeiro”(1925), de Tarsila do Amaral, com breve biografia da autora. Na ocasião, as crianças, com idade entre 3 e 4 anos, degustaram a fruta mamão no lanche do dia.
Durante essa mobilização, os(as) alunos(as) participaram de rodas de conversa em que ocorreram apresentações sobre mudas de pé de mamoeiro e, após este momento, brincaram de encontrar as mudas de mamão e também os mamoeiros que havia na escola. Além disso, as crianças fizeram releituras da obra de Tarsila do Amaral com gravetos e desenhos de canetinha.
A professora responsável pelo projeto, Thaís Tavares Lacerda, relatou sobre a experiência das crianças ao estudar o quadro: “As crianças fizeram a apreciação do quadro, observando os elementos isolados e imaginando pequenas narrativas da obra. Muitos apontaram detalhes e falaram ‘o quadro tem isso e aquilo’. Solicitei às crianças que nomeassem o que estava vendo no quadro e elas relataram que o quadro tem: ‘mamoeiro’ (Cecília, Helena); ‘mamão’ (Cecília) e ‘abacate’ (Maria Eduarda, Pietro e Ana Paula)”.
Crianças experimentam novos sabores e evitam desperdiçar comida.
Foto por: acervo Emei São Gabriel.
#paratodosverem: foto de crianças com uniformes da Rede Municipal de Educação. Ao lado da horta da Emei, quatro crianças aparecem ao centro, em frente a uma adulta que veste uma blusa verde e segura uma muda de planta na mão esquerda, mostrando-a aos(às) alunos(as). Há mais crianças e adultos(as) que não aparecem totalmente na parte esquerda da imagem.A literatura como suporte de aprendizagens
A escola Itaipu promoveu, a partir do projeto “Música e Literatura na Infância”, atividades pedagógicas baseadas em obras literárias. Um dos momentos teve como foco o livro “A Galinha Ruiva”, de Ingrid Biesemeyer.
As crianças ouviram a história, conheceram os personagens principais e os secundários, aprenderam sobre os sons dos animais presentes na história, plantaram milho na escola, fizeram atividades sensoriais com o alimento e seguiram uma receita de bolo de milho. Os(As) estudantes também assistiram a vídeos de galinheiros e galinhas, além de confeccionarem colagens que representavam o animal. Eles(as) também observaram e analisaram um ovo e seus componentes e realizaram receitas com ovos junto às famílias, em casa.
A iniciativa recebeu elogios dos pais. Elisiane, mãe do aluno Theo, disse que seu filho adorou a experiência: “Ele é simplesmente apaixonado por bolo. Quando vi que fizeram bolo na escola, não acreditei."
A abordagem criativa por parte da escola é um exemplo de como incentivar a leitura enquanto atiça a criatividade e trabalha os sentidos das crianças.Alunos(as) fazem bolo, inspirados(as) por livro da hora da leitura.
Foto por: acervo Emei Itaipu.
#paratodosverem: estudantes se sentam juntamente a cantineiras, vestidos(as) com avental vermelho e chapéu de chef de cozinha branco e vermelho, no refeitório escolar.Festa da Família
O Dia Internacional da Família é comemorado anualmente, no dia 15 de maio, data que visa homenagear um núcleo fundamental para a formação de qualquer indivíduo. A participação familiar na vivência escolar das crianças é indispensável para a construção de um ambiente educacional enriquecedor, estimulante e acolhedor, permitindo seu desenvolvimento saudável e adequado.
Pensando na importância da integração entre família e escola, diversas instituições da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME/BH) promoveram suas próprias Festas da Família durante o mês de maio, incentivando a integração entre os componentes da comunidade escolar. Confira, a seguir, algumas dessas ações.EM Rui da Costa Val
A manhã do dia 18/5 da Escola Municipal Rui da Costa Val (EMRCV) contou com um encontro entre as famílias que propôs a integração da comunidade escolar com um café da manhã especial. Todos(as) conversaram sobre o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola, bem como sobre os resultados dos(das) estudantes, e foram apresentados(as) aos(às) outros(as) docentes da escola, contemplando os dois turnos, Integrada e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A Festa da Família da EMRCV apresentou, ainda, o Varal Solidário, com peças oferecidas e doadas pela comunidade escolar, além de sorteio de cestas e produtos para o lar. Dessa forma, o evento se tornou um importante momento para inserir as famílias no que se passa na escola, tanto como seus rostos e projetos, além de dar voz às suas opiniões, durante o processo.
Festa da Família da EM Rui da Costa Val.
Foto por: acervo EM Rui da Costa Val.
#paratodosverem: colagem com cinco fotografias de acontecimentos do evento. Nas duas fotos de cima, as famílias escutam uma apresentação. Nas de baixo, há professores(as) posando para a foto; uma mulher falando ao microfone com um embrulho na mão e, na última, de uma apresentação de dança de estudantes.EM Santa Terezinha
No mesmo sábado (18/5), a Escola Municipal Santa Terezinha acolheu as famílias que compareceram até a escola para lanchar, apresentar os trabalhos desenvolvidos com as crianças e realizar premiações. O objetivo do evento foi proporcionar momentos de brincadeiras entre famílias e estudantes, incluindo todos os agentes no processo de aprendizado, em um ambiente acolhedor e divertido. Ainda foi realizado um bingo com direito a premiações.
"Gostaria de parabenizar e agradecer toda a equipe da Escola Municipal Santa Terezinha, pela organização da Festa da Família que aconteceu nesse último sábado. Foi um momento de diversão e lazer para toda a família. O bingo foi super organizado, com vários mimos lindos.", afirmou Sâmea Souto, mãe do aluno Bernardo Lacerda.
Festa da Família da EM Santa Terezinha.
Foto por: Simone Coutinho.
#paratodosverem: fotografia colorida da comunidade escolar reunida no pátio da escola. Dezenas de pessoas estão distribuídas em várias mesas, ao longo do espaço aberto da instituição.Emei Santa Cruz
As famílias e toda a comunidade da Escola Municipal de Educação Infantil Santa Cruz se reuniram, no parque Renato Azeredo, com a comunidade indígena Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hãe da aldeia Naô Xohã, que abrilhantou a festa com brincadeiras indígenas, como o cabo de guerra e a corrida de maracá, além da típica dança auê. O evento contou com a Tenda de Talentos, com danças, músicas e apresentação especial de duas quenianas, que tocaram teclado e cantaram, em francês (uma das línguas deste país), a música “Coccinelle, demoiselle”, que significa “joaninha”.
A quadra ainda foi utilizada para as danças das crianças e brincadeiras em família. Os cartazes feitos pelos(as) estudantes e as cartinhas entregues aos seus familiares trouxeram um brilho para a festa. Já o espaço artístico maker da escola foi utilizado para a construção de quadrinhos de elementos da natureza, nos quais as crianças utilizaram folhinhas, pedrinhas e o que fosse possível encontrar no parque relacionado à natureza. Dessa forma, todo o evento foi tido como um importante momento de acolhimento e sensibilização da comunidade escolar.
Apresentação de dança indígena na Emei Santa Cruz.
Foto por: Sanzzio Martins.
#paratodosverem: fotografia colorida da apresentação de dança dos(as) convidados(as) indígenas da Emei Santa Cruz. Quatro pessoas, com suas vestimentas típicas e pinturas corporais, tocam instrumentos enquanto as famílias observam ao redor. O indígena da frente toca um tambor.Creche São Tiago e Creche Nossa Senhora das Neves
Foi realizado, no dia 18/5, o projeto idealizado por um dos estudantes da Creche São Tiago, o aluno Thiago, 5 anos: “Dia da Família na Escola com seu Pet”. A manhã de confraternização convidou as crianças dessa instituição e da Creche Nossa Senhora das Neves a apresentarem à comunidade escolar seus animais de estimação.
As famílias também estavam reunidas em uma ação solidária. O evento ainda contou com um desfile dos familiares com seus companheiros animais, apresentando a todos(as) os(as) presentes. Na ocasião, havia também o Cantinho da Solidariedade, que recebeu doações da comunidade para serem destinadas ao Sul do país, buscando prestar apoio às famílias vítimas das inundações.Atividades das creches São Tiago e Nossa Senhora das Neves.
Foto por: Eugênia Vasconcelos.
#paratodosverem: colagem de três fileiras de quatro fotos contendo os acontecimentos da festa. Em várias delas, as famílias e as crianças estão reunidas na quadra, posando para a foto e interagindo com seus pets, em sua maioria, cachorros.
EM Carmelita Carvalho Garcia
A Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia abriu seus portões para receber estudantes, familiares e comunidade escolar em mais uma edição da “Festa da Família”, no dia 18/5. A entrada foi decorada com a temática “Chuva de amor”, e o evento contou com as exposições “Memórias são histórias” e "Todas as cores", além das oficinas de “encadernação”, “dobradura”, “estações do conhecimento", “criatividade e expressão", “tecnologia e família", “canetas decoradas”, “Família é onde o coração está” e “leitura em família". Para coroar a festa, foi realizado o desfile dos(as) estudantes do 1º ano inseridos(as) no projeto “Todas as cores”, com apresentação de dança e de circo dos(das) alunos(as) da Escola Integrada.
“A festa da família foi linda! A escola estava cheia. Foi bonito observar a participação das famílias nas oficinas, um sentimento de pertencimento e integração. A apresentação da Integrada foi muito bacana, alegre e envolvente. O desfile dos pequeninos foi muito fofo, fechou direitinho o projeto desenvolvido pelas professoras. Deu para perceber o cuidado, capricho nos trabalhos, murais e decoração da escola como um todo.”, afirmou Valéria Gomes Lima Martins, assessora pedagógica da Diretoria Regional de Educação (Dire) Pampulha.
Uma história de amor: resgate do cavalo Caramelo
A professora Cintia Luzia da Silva promoveu, com os(as) estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Águas Claras, uma roda de conversa sobre valores e práticas de bondade. As crianças trouxeram a reportagem do resgate do cavalo Caramelo, e o fato foi encenado em sala com recursos lúdicos.
A oportunidade da atividade surgiu por meio de uma roda de conversa na qual as crianças contaram sobre o resgate do cavalo Caramelo, em meio ao desastre ambiental no Rio Grande do Sul. Com o objetivo de ressaltar a importância e a repercussão que o fato causou no Brasil, os(as) alunos(as) assistiram a uma reportagem sobre o caso durante a aula. “Aprofundando melhor o conteúdo construímos um texto coletivo juntamente com as crianças, com informações que cada uma trazia. Ao passo que as crianças narravam, fui escrevendo e participando também, colocando palavras coletivas e ampliando o vocabulário das crianças.”
Foi realizada também a encenação do fato com papelão, bicho emborrachado, copo com água (barragem rompendo) e chuva, borrifada. “Para o bote usamos um barco. A possibilidade de contato com informações contextualizadas abriu espaço para aula mais dinâmica e foi capaz de tornar tarefas escolares mais relevantes para a formação crítica da criança sobre os cuidados com o meio ambiente e as catástrofes naturais. Porém o fato que mais nos chamou atenção foi a demonstração da atitude cidadã, a compaixão, a bondade das pessoas que se envolveram e se uniram em prol de ajudar um animal ilhado a ser resgatado em meio ao caos”. Durante a atividade, foram abordados também o resgate de outras pessoas e de outros tipos de animais.Crianças da Emei Águas Claras debatem situação de animais em desastres.
Foto por: Emei Águas Claras.
#paratodosverem: fotografia colorida de alunos(as) assentados(as) em roda, com a professora. No meio, há uma simulação de um telhado, sobre o qual está o boneco de um cavalo. Ao lado, há uma miniatura de um bote.Junho Laranja – campanha de prevenção contra queimaduras
A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) está promovendo a “Campanha Junho Laranja 2024”, voltada para abordar o papel constante da prevenção de queimaduras visando à conscientização de acidentes que podem ser evitados. Para tal, a campanha conta com uma extensa programação presencial e on-line, complementada por uma série de materiais educativos sobre o assunto.
Ao longo do mês, presidências regionais, diretorias de centros de tratamento de queimados, universidades, hospitais, associações e sociedade irão se mobilizar para promover não somente ações de conscientização, mas também simpósios e capacitações em todo o país. No dia 1º, ocorreu o I Simpósio Interligas de Queimaduras e Cirurgia Plástica, na Universidade Ceuma, em São Luís (MA). Ainda, haverá ações em São Paulo, Sergipe, Santa Catarina e em outros estados. Em Minas Gerais, nos dias 6 e 7 de junho, ocorrerá o evento “Desmistificando o atendimento ao paciente queimado”, no auditório do Hospital João XXIII. No primeiro dia, o início será às 9h e, no segundo, às 8h.
Já no meio digital, haverá lives e aulas multidisciplinares, corroborando um importante trabalho de prevenção que é realizado em diferentes áreas. Para acesso à programação completa e inscrições nos eventos, clique aqui.Ademais, um importante material educativo sobre a temática direcionado ao público infantil, com ilustrações e linguagem simples, pode ser acessado aqui. O acervo conta com as seguintes obras: o livro ilustrado “Evite a Cicatriz”, o “Manual de Prevenção de Queimaduras” e a revista “Queimaduras Nunca Mais!”
Participe do “Junho Laranja” e confira toda a programação para a construção de uma sociedade mais consciente quanto à prevenção de queimaduras.
Fragmento da capa da revista “Queimaduras Nunca Mais!”
Foto por: reprodução/Universidade Estadual de Londrina.
#paratodosverem: desenho referente à capa da revista “Queimaduras Nunca Mais!”. Numa composição colorida, há 4 crianças, 3 profissionais da Saúde, 1 cachorro e 3 bonecos de tons alaranjados e amarelos. No canto direito, uma labareda se estende de cima para baixo.Emei Santa Cruz: cartas ao RS e Jardim das Borboletas
Cartinhas para o Rio Grande do Sul
Mobilizada pela sensibilidade, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Cruz organizou uma ação que envolveu toda a comunidade escolar. Crianças, famílias e corpo docente escreveram cartinhas, iniciativa que surgiu a partir do momento em que foi percebida a situação trágica que crianças e pessoas adultas estavam vivendo no Rio Grande do Sul.
As cartinhas foram escritas, colocadas em um saquinho juntamente com um livro de história e enviadas pelo correio. A intenção é que as cartas cheguem em locais onde há crianças e, de certa forma, leve consolo por meio de palavras de incentivo e força.
Inauguração do Jardim das Borboletas
A Emei tem investido nos espaços verdes de cada ambiente, e as plantas do Projeto Florescer são um exemplo. Costela de Adão, hortênsia, crisântemo, lambari, suculenta e dinheiro em penca são algumas das espécies cultivadas pela ação.
O espaço que as recebe é um jardim, que conta também com uma fonte. Para nomear o ambiente, houve uma votação entre as turmas e as famílias. Foram 15 nomes, mas o vencedor foi “Jardim das Borboletas", com cerca de 40 votos. O espaço foi inaugurado com apresentação da banda da Emei, decoração de faixas coloridas e muita alegria.Estudantes da Emei aprendem e se divertem no Jardim das Borboletas.
Foto por: acervo da Emei Santa Cruz.
#paratodosverem: fotografia colorida de seis crianças uniformizadas sentadas no chão. Ao fundo, há o jardim, com fonte e plantas.
Nova temporada do Clube Lubi Nuci no Palácio das Artes
Nos dias 27, 28 e 29 de maio, o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), por meio do Núcleo de Ciências (Nuci), realizou a exibição dos dois primeiros episódios da segunda temporada da websérie “Cube Lubi Nuci” para alunos(as) de escolas da Rede Municipal de Educação (RME). O evento ocorreu no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes.
O “Clube Lubi Nuci” é um seriado produzido pelo Clic com o objetivo de promover um aprendizado lúdico e divertido por meio de enredos protagonizados pelos fantoches Mari, Nina, Caco e Chico. Durante os episódios, eles levantam questionamentos e são incentivados a buscar respostas pelo professor Fábio Fialho Meneghesso, coordenador do Nuci. No Clic, os capítulos são utilizados para conduzir práticas laboratoriais, mas também são disponibilizados para os(as) educadores(as) da rede. Na segunda temporada, a temática abordada nos dois primeiros episódios é o espaço sideral. Os personagens, depois de se interessarem pelo sistema solar, após uma aula, conhecem os três porquinhos e o Lobo Aventureiro e vivem uma aventura no “Planeta X”, em que ajudam o personagem Capitão.
No dia 27 (segunda-feira), os(as) estudantes do Lar Espírita Esperança, da Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, do Centro Pedagógico Anunciata e da EM Francisco Bressane de Azevedo integraram o público que assistiu à exibição. No dia 28 (terça-feira), os(as) alunos(as) da Creche Centro Infantil União, da Associação da Obra Pavoniana de Assistência “Pe. Agnaldo”, da EM Deputado Milton Salles, da EM Anne Frank e da EM Paulo Mendes Campos foram os espectadores. Por fim, no dia 29 (quarta-feira), as crianças da Emei Parque Real, da EM Cônego Sequeira, da EM Lídia Angélica e da EM João do Patrocínio assistiram aos episódios. Foram realizadas sessões às 9h e às 14h, durante os três dias.
Estudantes da Rede fazem excursão ao Palácio das Artes para exibição.
Foto por: Gabriela de Castro.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes e professores(as) da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte entrando pela porta principal do Palácio das Artes.Projeto Pictionary
Na EM Prefeito Souza Lima, a turma do 6º ano está desenvolvendo, nas aulas de inglês, o Pictionary, um dicionário ilustrado da língua inglesa. O intuito é fazer com que os(as) alunos(as) pensem com mais familiaridade no inglês, para que expressem o idioma com naturalidade e fluência.
Por meio de simulações de situações que os(as) estudantes tendem a vivenciar em suas rotinas, o Pictionary amplia o vocabulário da língua inglesa e estimula o aprendizado de novas palavras. Os(As) alunos(as) pesquisam e representam, por meio de desenhos e imagens, o assunto solicitado.
O projeto tem como objetivos desenvolver a oralidade, a escrita e a leitura, fazendo com que tenham uma compreensão geral das diferentes manifestações do idioma. Além disso, o Pictionary também promove uma dimensão intercultural e possibilita conhecimentos linguísticos do novo idioma.
Confecção de dicionário pelos(as) alunos(as) incentiva aprendizado.
Foto por: acervo da EM Prefeito Souza Lima.
#paratodosverem: fotografia colorida dos(as) estudantes segurando os dicionários confeccionados durante o projeto “Pictionary”. Atrás deles(as), há uma árvore.Festival de Escolas Municipais da Regional Leste
No dia 25 de maio, foi realizado o “1º Festival de Escolas Municipais da Regional Leste”, na Praça Ernesto Che Guevara, no Taquaril. Iniciativa das direções das escolas municipais George Ricardo Salum, Doutor Júlio Soares, Profa. Alcida Torres, Israel Pinheiro e Fernando Dias Costa, o festival teve por objetivo destacar as práticas artísticas e culturais desenvolvidas nas oficinas do Programa Escola Integrada (PEI), fortalecendo a autoestima de toda a comunidade escolar, combatendo a concepção de que a região é violenta.
O projeto foi apoiado também pela Assistência Social e pelo Conselho Tutelar. Este é o primeiro grande evento organizado pelas escolas do território L4 da Zona Leste e alcançou dimensões intersetoriais, sinalizando o fortalecimento da Rede de Proteção no território. Além das apresentações artísticas, houve ações como: vacinação, campanha do CRAS sobre o “Maio Laranja” e atendimento jurídico gratuito. Essas medidas foram articuladas pela Diretoria Regional de Educação (Dire) Leste e pelas direções escolares por meio de parcerias com o Conselho Tutelar, a Assistência Social, os órgãos de saúde, a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção e outros.
Adriana Celestino Mota, professora da creche Criança Feliz, enaltece a importância da ação: “Eu sou mãe, assisti ao evento todo e foi muito rico, porque a nossa comunidade tem muitos talentos. Esse elogio se estende não apenas a esse evento, mas toda nossa comunidade da Regional Leste está de parabéns.”
Comunidade lota praça para assistir à iniciativa cultural das escolas.
Foto por: acervo da Assessoria de Comunicação (Ascom).
#paratodosverem: fotografia colorida da Praça Ernesto Che Guevara repleta de alunos(as) e outras pessoas da comunidade local.Veja mais fotos do evento clicando aqui.
Smed promove formação
Com o objetivo de aprimorar positivamente o ambiente escolar, a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Carlos Chagas disponibilizaram para equipes pedagógicas a formação “Elaboração do Plano de Convivência Escolar”. O Plano de Convivência é um documento orientador que abarca atitudes e ações específicas que os membros da comunidade escolar se comprometem a realizar. O curso tem carga horária de 72 horas, com turmas pela manhã e à tarde, em modalidade híbrida. A formação contou com a presença de 322 escolas, e cada uma pôde enviar dois profissionais para participar do projeto, totalizando 644 formandos(as).
A formação ocorre desde agosto de 2023 e tem a finalidade de iniciar o movimento de elaboração dos planos de convivência escolar. A parceria entre as duas instituições oferece uma formação fundada em um processo de reflexão-ação, tendo como disparadores reflexivos as dimensões avaliativas do clima escolar.
No dia 4 de junho, ocorreu, no Centro de Educação Integral Imaculada, o encontro presencial mais recente da formação, que contou com um grupo de doutores(as) em Educação, responsáveis por toda a formação, para conversar, discutir e analisar os planos de convivência criados pelos(as) participantes. São eles: Adriano Moro, Flávia Vivaldi, Adriana Pagaime e Thaís Gava.
Além disso, às 9 horas da manhã desse mesmo dia, a Fundação Carlos Chagas lançou o e-book “Percurso Formativo para a Elaboração do Plano de Convivência Escolar”, que é uma coletânea de todos os encontros da formação e coleta tudo que uma equipe pedagógica deve ter em mente para elaborar o plano de convivência escolar. Na apresentação do e-book, escrito por Adriano Moro e Flávia M. C. Vivaldi, há uma breve introdução que explica a importância desse aprendizado para a comunidade escolar: “Nesse sentido, é importante ressaltar que o enfrentamento dos diversos problemas de convivência e a busca pelo desenvolvimento de pessoas capazes de prover o próprio bem-estar e o do outro são uma necessidade atual. Nessa perspectiva, a convivência escolar que almejamos diz respeito ao conjunto de ações sistemáticas, intencionais e institucionais em que se repudiam soluções autoritárias, submissas, violentas ou individualistas.”
A formação se mostrou um sucesso, reunindo uma grande comunidade que almeja e trabalha por uma convivência escolar mais pacífica.Educadores(as) conversam sobre o Plano de Convivência Escolar.
Foto por: Silvia Lanna.
#paratodosverem: várias pessoas em um auditório lotado escutam o formador, Adriano Moro, que está a frente, de roupa preta, com um microfone na mão.Laboratório de produção de textos multissemióticos
Os(As) alunos(as) da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Francisca Alves estão sendo encorajados(as) a escrever textos autorais, utilizando os fundamentos epistemológicos do projeto de letramento da professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ângela Kleiman, a qual acredita que o letramento tem por objetos de estudo, de ensino ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. O projeto proporciona oportunidades para o processo de curadoria informacional, além de desenvolver a autonomia para lidarem com dispositivos para práticas acadêmicas, profissionais e pessoais.
Durante as aulas do professor Giliard Dutra Brandão, os(as) alunos(as) da EJA se dividem em duplas ou trios para escrever textos a partir de assuntos do cotidiano, utilizando-se do Laboratório de Tecnologias, com momentos de manuseio de tablets e Chromebooks. Os(as) estudantes também leem textos sobre situações do dia a dia e são convidados(as) a refletir sobre o assunto para produzir seus textos, que depois são diagramados com diferentes materialidades, como cores, imagens, sons, movimentos, entre outras, criando um produto multissemiótico, que vai além da linguagem verbal, além de dar oportunidade para os(as) alunos(as) explorarem os efeitos de sentido de textos multimodais, com foco em construtos discursivos além do escrito, levando em conta a finalidade textual, o público-alvo e as instâncias de circulação.
A prática tem sido proveitosa, sendo muito elogiada pelos(as) alunos(as) participantes, como Lucimara Cristina Justino da Silva, estudante da turma de certificação, que esclareceu sobre a importância desse projeto na vida acadêmica da turma e reservou um espaço para mostrar sua gratidão ao professor responsável: “Este projeto que estamos elaborando no momento é muito importante, pois conseguimos perceber, com clareza, na produção do texto, coisas que passavam despercebidas, por mim e pelos meus colegas. Gostaria de agradecer meu professor Gil, porque por meio do projeto começo a enxergar certos elementos da linguagem que eu não via, principalmente na vida."
Assim, o projeto de laboratório de produção de textos mostra como os(as) estudantes podem aprender sobre diversos tipos de escrita, de forma criativa e prática.
Entendendo a língua portuguesa de forma criativa e multissemiótica.
Foto por: Giliard Dutra Brandão.
#paratodosverem: em uma sala de aula, o professor se senta entre dois alunos, que vestem o uniforme da RME, atrás de uma mesa. Há, à sua frente, um computador, e materiais escolares estão organizados nos cantos da mesa. Os três olham para a câmera e sorriem.
- Boas Práticas - Semana 27 a 31 de maio
Boas Práticas Especial - 29 maio
Maio Laranja inspira ações de escolas municipais de BH
Durante o mês de maio, na Rede Municipal de Educação, ocorreram diversos movimentos para promover discussões e conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil. As escolas municipais Américo Renê Giannetti, Padre Flávio Giammetta e Carmelita Carvalho Garcia, além da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Goiânia, abordaram a sensível temática da campanha nacional.
Na Américo Renê Giannetti, os(as) estudantes tiveram momentos de contação de histórias que se relacionavam ao tema, bem como rodas de conversa para ouvir e compartilhar seus sentimentos, além de confeccionarem artesanalmente uma flor amarela, símbolo da campanha, como forma de levar essas discussões para casa. A coordenadora geral, Jennifer Otoni Lima, disse que ações como essas são importantes para conscientizar as próximas gerações: “Por meio de ações como a da Escola Américo Renê Giannetti, podemos continuar a educar e conscientizar as novas gerações, garantindo que todos os membros da comunidade estejam atentos e preparados para combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.”
Por sua vez, os(as) educandos(as) do integral da EM Padre Flávio Giammetta e da Emei Goiânia participaram de passeatas em prol da campanha “Maio Laranja”. A diretora da EM Flávio Giammetta, Rozani de Jesus Nola do Amaral, elogiou o projeto desenvolvido pela escola: “Achei linda a passeata, o envolvimento e a participação dos alunos, que foram fundamentais para a realização do projeto.
Agradeço o envolvimento e participação de todos da escola integrada.” Já a Emei Goiânia organizou uma passeata com o tema “Proteção o ano inteiro, de janeiro a janeiro”, na qual funcionários(as), estudantes e comunidade realizaram um passeio aos arredores da escola, com cartazes, faixas e entregas de mensagens de força e carinho para conscientizar as pessoas ao longo do trajeto. A professora da Emei, Janayna Rodrigues Ribeiro, diz que foi uma ótima oportunidade para abordar um tema de forma diferente, além das paredes da escola: “Gostei muito, pois percebi a alegria das crianças e a receptividade da comunidade escolar, além da oportunidade de trabalhar um tema tão complexo fora da escola.”
A Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia apostou em uma abordagem direta com os pais, ao organizar sua “3ª Escola de Pais", um projeto que os convida a fortalecerem o vínculo família-escola. O tema da 3ª edição, que ocorreu no dia 9 de maio, foi “Meu jardim: na luta pela proteção das nossas crianças e adolescentes”. Houve debates, músicas e contação de história, com a apresentação do livro “Não me toca, seu boboca”, da autora Andrea Viviana Taubman. Assim, promoveram-se, entre alunos(as), pais e educadores(as) presentes, reflexões sobre as situações de violência e de abuso ocorridas no cotidiano.
O projeto proporcionou um encontro que contou com a presença da Coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a assistente social Ana Cláudia Corrêa de Fátima, a psicóloga Carla de Carvalho Blanco e a arte educadora e contadora de histórias Rosilda Figueiredo, além das conselheiras Bárbara Cristina e Mônica Santos, que atuam no Conselho Tutelar da Regional Pampulha, e dos(as) assessores(as) pedagógicos(as) Valéria Martins e Rogério Duarte. No segundo momento, a Guarda Municipal da Patrulha Maria da Penha dialogou sobre a violência contra as mulheres e as meninas nas suas várias formas, a rede de proteção e o serviço de acolhimento.
A aluna da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Sonia Renata da Silva Queiroz relatou ter sido uma experiência que toda escola deveria ter: “Todos os eventos feitos são bons e interessantes. Na minha época não tinha, mudou muita coisa. Além de interessante, é muito importante para as famílias e filhos aprenderem sobre a violência entre jovens, adultos, mulheres e idosos".
Por fim, no dia 14 de maio, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com o Me Too Brasil, promoveu o projeto "É Problema Nosso Sim!", para capacitação de profissionais da Educação no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. Contando comprofissionais do Direito e da Psicologia bem como com educadores(as), a ação apresentou painéis, rodas de conversa e exposições. O evento tinha como público-alvo integrantes do MPMG e profissionais da Educação, qualificando-os(as) para atuarem na prevenção e no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, a fim de capacitar multiplicadores(as) indicados(as) pelos sistemas de ensino. Profissionais da Smed relataram que a experiência foi enriquecedora. Cláudia Márcia dos Santos, que trabalha no Departamento de Políticas Intersetoriais da Secretaria, comentou sobre o impacto do seminário: "O seminário nos proporcionou uma oportunidade de entrarmos em contato com as iniciativas de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, como a Me Too Brasil. E também nos permitiu conhecer as formas de acolhimento mais adequadas às vítimas, bem como o encaminhamento recomendado em cada situação".
Todas as experiências relatadas demonstram o empenho da Rede Municipal de Educação em combater os perigos que cercam as crianças, não só durante o Maio Laranja, mas todo o ano.#paratodosverem: foto colorida de crianças vestidas de branco, verde e laranja reunidas. Algumas seguram balões e cartazes. No centro, há um grande cartaz branco com letras laranja, no qual se lê: “Faça bonito: proteja nossas crianças e adolescentes. Escola Municipal Padre Flávio Giammetta”.
Foto por: acervo da EM Padre Flávio Giammetta.
Legenda: Estudantes da EM Padre Flávio Giammetta em passeata pelo Maio Laranja, contra o abuso e a exploração sexual infantil.Boas Práticas - 28 de maio
Coro de Flautas
Desde 2010, o “Coro de Flautas” é um projeto de educação que tem por objetivo oferecer iniciação musical aos(às) estudantes da Escola Municipal Professor Daniel Alvarenga. A atividade iniciou-se com o aprendizado da notação formal em música (partitura) para, assim, inserir os(as) alunos(as) no contexto de uma linguagem que exige leitura, análise e interpretação, além de controle mental e motor.
O projeto articula também apresentações públicas, cujo objetivo é preparar os(as) educandos(as) para lidar com a concentração e o controle emocional diante da exposição. Cerca de 90 alunos(as) são atendidos(as) anualmente pelo “Coro de Flautas”. Os(As) estudantes já se apresentaram em vários locais e, no mês de maio, participaram da homenagem às mães que ocorreu no Minas Shopping, no dia 11. “As aulas são ótimas, as apresentações melhor ainda. Tudo bem organizado e bem planejado. Eu amei as aulas e vou levar pra vida toda!”, relata Bianca, do 9º ano.#paratodosverem: fotografia colorida de crianças no palco, tocando flauta. Um professor está à frente do palco, exercendo a função de maestro diante das crianças. Ao fundo, há um banner de Dia das Mães.
Foto por: acervo EM Professor Daniel Alvarenga.
Legenda: Estudantes participam de apresentação de coro de flautas no Minas Shopping.
Aprendizagem Divertida
Pensando na ludicidade como elemento essencial à Educação Infantil, a professora Giselle Regina Borges de Souza vem desenvolvendo, em 2024, o projeto “Aprendizagem Divertida”, na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Goiânia. Mediante à promoção de uma prática educacional de conhecimento de mundo, bem como do desenvolvimento da oralidade e do estímulo à reflexão, a aprendizagem é conduzida por meio de brincadeiras, sempre respeitando o tempo de maturidade de cada criança.
Para incentivar a escrita e a leitura, por exemplo, a professora Giselle tem utilizado o alfabeto móvel com massinha de modelar, o bingo de letras, músicas e o reconto de histórias com o uso de dobraduras e desenho. Por intermédio do lúdico, as crianças aprendem, com brincadeiras, a escrever o próprio nome e a identificar os sons de cada letra, além de compreenderem como eles estão relacionados. A iniciativa tem despertado a vontade dos(as) alunos(as) de estar na escola: "O que eu mais gosto na escola é de fazer o teatro da Chapeuzinho Vermelho e brincar de bingo.", relata Vitória Emanuelly Rosa, estudante da Emei Goiânia.
Nesse contexto, a professora estimula o desenvolvimento psicomotor para a formação integral de seus(suas) alunos(as). Por meio de teatro, músicas e jogos (dominó e lousa mágica), a criança tem consciência de seu corpo, desenvolve sua linguagem, suas emoções, o próprio equilíbrio e o relacionamento interpessoal. Dessa forma, as atividades incentivam a autonomia dos(as) estudantes e, assim, um melhor aprendizado para eles(as).#paratodosverem: a foto mostra três crianças em pé, uma ao lado da outra. Atrás delas, há uma parede contendo papéis com desenhos feitos pela turma. Elas seguram fantoches de personagens da história “Chapeuzinho Vermelho".
Foto por: acervo Emei Goiânia.
Legenda: Crianças têm experiência de aprendizagem lúdica.Emei Sarandi desenvolve projetos ambientais em novo espaço
No dia 3 de maio, foi realizada a cerimônia de entrega da primeira parte das obras da área ao lado da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Sarandi, que agora possui uma trilha e um deck de proteção e apreciação do olho d'água que há no terreno. Realizou-se na data o plantio de novas mudas de árvores frutíferas e ornamentais, com o auxílio de Dany Silvio Amaral, diretor de Gestão Ambiental.
O projeto de ocupação do lote com atividades educativas e ambientais iniciou-se em 2020, com a motivação da direção da época de utilizar o espaço para a prática de atividades pedagógicas voltadas para a educação ambiental, e foi fomentado depois da pandemia pela direção atual. As crianças e as professoras já estão realizando atividades pedagógicas significativas no local, conscientizando as crianças sobre a preservação do ambiente e possibilidades motoras.
Atividades pedagógicas, como contações de história, irrigação e cuidado com as plantas e árvores pelas turmas da escola, além de recolhimento de lixo jogado pela comunidade, já estão ocorrendo no novo ambiente. Elas possibilitam que as crianças reflitam durante sua execução. “Essa adoção feita pela Emei Sarandi remete à necessidade de ampliação do espaço físico externo da escola, que nos tem dado infinitas possibilidades de intervenções pedagógicas, carregando nossas experiências com uma memória afetiva de extremo significado.”, explica a diretora da Emei Sarandi, Ana Paula Silva de Oliveira.#paratodosverem: fotografia colorida da mão de uma criança segurando um punhado de terra, com o braço decorado por pulseiras cor-de-rosa e roxa. Ao lado, há um braço de outra criança coberto por um moletom cinza. Ao fundo, é possível identificar um gramado.
Foto por: acervo Emei Sarandi.
Legenda: Práticas sustentáveis ganham ainda mais força na Emei Sarandi, com reformas na área verde ao lado da escola.
O dia da alface na horta
As crianças da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Ipiranga participaram, em maio, de uma visita à horta, planejada pelas professoras Aline Fernandes e Eldiene Moura, bem como pela diretora Érica Nunes Couto. Com o objetivo de apresentar a alface aos(às) alunos(as), as professoras conduziram a turma por entre os canteiros, para que pudessem ver a plantação.
A diretora explicou às crianças que foram plantados três tipos de alface: a crespa, a lisa e a roxa. Os(As) estudantes puderam observá-las quanto a suas características físicas, como texturas e cores, além de analisar também o tamanho das folhas. Após a visita, foi realizada uma votação sobre qual alface as crianças degustariam, e a alface lisa foi eleita. Após sua higienização, as hortaliças foram levadas para a sala de aula, e as crianças puderam experimentar sanduíches montados com alface, sardinha e milho cozido.
A diretora pontua a importância das atividades: “É importante mostrar para as crianças uma verdura de qualidade cultivada sem nenhum agrotóxico. O nosso objetivo é fazer com que as crianças levem este sentimento para casa também e tenham uma boa alimentação.”#paratodosverem: fotografia colorida de uma pessoa adulta e 13 crianças ao redor de uma horta em um espaço verde. Elas olham para a terra com as plantações. Há outras espécies de plantas na horta, mas as crianças olham na direção das três diferentes plantações de alfaces: crespa, lisa e roxa.
Foto por: acervo Emei Ipiranga.
Legenda: Crianças visitam horta para estudar as particularidades da alface.Projeto Ser e Projeto Lago da Emei Caetano Furquim
A transformação do ambiente da escola em busca de se construir um meio respeitoso, seguro e coletivo é uma excelente maneira de preparar estudantes para refletirem sobre o mundo que os(as) cercam e perceberem o próprio poder de transformação sobre aquilo que os(as) circundam. Tendo isso em vista, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Caetano Furquim, regional Leste, colocou isso em prática, tanto modificando os espaços físicos da instituição como propiciando o desenvolvimento de seus alunos e de suas alunas, para se tornarem seres mais conscientes e sonhadores.
Na Emei Caetano Furquim, o “Projeto Sonhos, Estratégias e Realizações” (SER) propiciou a implementação da educação financeira nas turmas de 5 e 6 anos. De forma interativa e dinâmica, as crianças e suas famílias puderam compreender que sonhos e esperanças são fatores que impulsionam a vida das pessoas, sendo possível torná-los realidade, se forem
embasados em planejamento, engajamento e determinação.O projeto proporcionou várias ações que movimentaram a escola, como o “Aquaplay”, a “Árvore dos Sonhos", o “Bazar Solidário"; e muito mais. “O ‘Projeto Ser’ possibilitou a toda a comunidade escolar um mergulho consciente sobre sustentabilidade. Esse tema envolveu a todos de forma prazerosa e leve, mostrando o quanto é importante utilizar os recursos
disponíveis, sempre com consciência.”, relata Lucimary Paquiel, vice-diretora.
Além disso, dando continuidade a um projeto de restauração da área externa da Emei Caetano Furquim, foi proposto o “Projeto Lago”, por meio do qual houve a criação de um espaço hídrico, a fim de compor o ambiente. Seu objetivo foi proporcionar mais aconchego e tranquilidade à comunidade escolar. O som da água corrente, por exemplo, tem propriedades meditativas, criando, assim, um processo educacional mais tranquilo e aconchegante.
#paratodosverem: colagem com duas fotografias coloridas de uma árvore em cujos galhos há inúmeros papéis pregados. Na primeira foto, uma mulher segura uma criança, que coloca um papel em um de seus galhos. Na segunda, a imagem mostra toda a árvore com a decoração ao redor, incluindo um boneco feito à mão e outras plantas.
Legenda: A “Árvore dos Sonhos”, uma das ações promovidas pelo “Projeto Ser”.
Foto por: acervo Emei Caetano Furquim.Diplomação de 30 vereadores(as) mirins da RME/BH
O projeto “Câmara Mirim” (Camir), de Belo Horizonte, iniciativa da Educação que busca fomentar a cidadania nas escolas, por meio da formação política e do debate sobre temas de ordem social, ambiental, econômica, política e outros, chega a sua 15ª legislatura em 2024. A parceria entre a Câmara Municipal de Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed/BH), o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e o Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais reúne instituições escolares do município para participarem do processo de formação de um parlamento mirim na capital mineira.
Após as eleições, que contaram com a participação de cerca de 5.600 estudantes, os(as) 30 jovens eleitos(as) vereadores(as) mirins por cada uma das 10 escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME/BH) participantes do projeto foram diplomados(as) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, no dia 22/5. Na ocasião, estavam presentes Jussara Miranda Quintão, diretora de Educação Integral da Secretaria Municipal de Educação, representando a Smed/BH, o presidente do TRE, desembargador Octavio Boccalini, o desembargador Joemilson Donizetti Lopes, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Sousa Marques de Azevedo e Cassiana Lopes Viana, diretora-geral do TRE.
O Camir é voltado para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e contempla escolas da rede privada e pública de Belo Horizonte. Além da eleição de 3 estudantes para ocupar o cargo de vereador(a) mirim em cada uma das 15 instituições participantes (10 da RME/BH), há a indicação de um(a) professor(a) por escola para acompanhar o projeto e desenvolver com os(as) estudantes atividades paralelas às sessões mirins, que ocorrem, mensalmente, na Câmara Municipal.
O desembargador Joemilson Donizetti Lopes destaca o papel da iniciativa para a formação dos(as) alunos(as) participantes e seu impacto na sociedade: “O Tribunal se orgulha de contribuir para essa experiência transformadora que, com certeza, tem moldado futuros líderes. Que o projeto tenha deixado em cada um de vocês a consciência democrática do exercício da cidadania, para que contribuam para o aperfeiçoamento contínuo da democracia.”, afirmou.
Ainda, de acordo com o vereador mirim mais votado proporcionalmente, Lucca Rodrigues de Oliveira, da Escola Municipal Dom Orione, regional Pampulha, “Todos estão aqui por um bem maior e para ajudar a cidade, porque querem participar de uma experiência que é fantástica.” Lucca foi um dos 30 vereadores mirins eleitos(as) para representar a RME/BH, ao longo de 2024, no projeto Câmara Mirim.Legenda: Lucca discursando no TRE, durante a diplomação dos(as) vereadores(as) mirins.
Foto por: acervo Smed.
#paratodosverem: fotografia colorida de Lucca discursando em um púlpito, com o brasão e o nome do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Ao fundo da sala, encontram-se: a mesa com os(as) convidados(as) e duas hastes com as bandeiras do Brasil e de Minas Gerais.Show do Intervalo
Nos últimos dois anos, o “Show do Intervalo” tem sido desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito Souza Lima, visando enriquecer a experiência escolar dos(as) alunos(as) do Ensino Fundamental, por meio de uma variedade de atividades lúdicas e culturais durante o recreio. É realizada uma série de eventos durante o intervalo, com uma agenda semanal diversificada, que inclui desde show de talentos e brincadeiras de roda até declamação de poesias e apresentações de música e de dança, em que os(as) estudantes têm a oportunidade de expressar sua criatividade, seu talento e sua individualidade.
Além disso, as mini palestras educativas e a promoção de atividades elaboradas pelos(as) próprios(as) educandos(as) enriquecem ainda mais a experiência, promovendo aprendizado, integração e autonomia, proporcionando não só momentos de diversão e
entretenimento, mas também fortalecendo os laços com a comunidade escolar, além de estimular o desenvolvimento integral dos(as) estudantes. "O ‘Show do Intervalo’ trouxe uma transformação incrível para o nosso intervalo escolar! Antes, os recreios eram monótonos, com poucas opções de atividades, e muitos alunos ficavam dispersos ou entediados. Mas, desde que o projeto foi implementado, tudo mudou”, conta o diretor Henrique Gomes.
Gomes afirma ainda o quanto essa realidade mudou com a implementação do projeto: “Agora, temos uma agenda cheia de atividades divertidas e culturais todas as semanas. Podemos participar do show de talentos, declamar poesias, dançar, assistir a
apresentações de teatro e muito mais. Isso não só nos proporciona momentos de diversão e entretenimento, mas também nos ajuda a desenvolver nossas habilidades e talentos. Além disso, as palestras educativas nos ensinam coisas novas e importantes. O clima no intervalo melhorou significativamente, pois todos estão mais animados e engajados, criando um ambiente mais acolhedor e unido. O ‘Show do Intervalo’ tornou nossos intervalos escolares muito mais empolgantes e memoráveis!"#paratodosverem: fotografia colorida de várias crianças reunidas na área externa da escola. Cerca de quinze estudantes posam para a foto, e a maioria deles(as) faz um sinal levantando o dedo indicador e o médio. Ao fundo, encontram-se outras crianças da escola.
Foto por: acervo da Escola Municipal Prefeito Souza Lima.
Legenda: Estudantes se divertem em intervalos culturais promovidos pela EM Prefeito Souza Lima.
Boas Práticas - 27 de maio
EM Francisca Alves e outras escolas realizam mostra de foguetes pela OBA
Os(As) estudantes do Núcleo de Ciências (Nuci), do Centro de Línguas, Linguagem, Inovação e Criatividade (Clic), da Secretaria Municipal de Educação (Smed), puderam aprender, inicialmente, a partir de uma sequência didática intitulada “Espaçonave Terra”, uma oficina composta por 10 encontros presenciais em que os(as) alunos(as) desenvolvem protótipos para resolverem situações problemas, propostas a cada encontro. Em um dos momentos da oficina, os(as) alunos(as) tiveram a oportunidade de construir protótipos de foguetes feitos com garrafas PET, que são impulsionados ao colocar água e ar na garrafa, e lançaram esses protótipos em uma das quadras da Smed, o que deixou os(as) educandos(as) muito motivados(as) para ir além do Clic.
Três escolas lançaram foguetes no Parque Ecológico Francisco Lins do Rêgo, na última quinta, dia 16, durante a manhã. Marcaram presença a EM Geraldo Teixeira da Costa e a EM Adauto Lúcio Cardoso, com turmas da Educação de Jovens Adultos (EJA), e, à tarde, a EM Francisca Alves, que contou com 20 estudantes de 8º e 9º ano, 5 foguetes, além de uma base de lançamento que também foi feita pelos(as) alunos(as).
Durante todo o processo de planejamento, os(as) estudantes consideraram fatores como o tamanho, a forma, o peso e o centro de massa dos foguetes, bem como a quantidade de água necessária para impulsioná-los. Posteriormente, eles testaram os foguetes e fizeram os ajustes necessários.
A distância entre o local inicial e o pouso foi calculada com uma trena, para que os resultados sejam mandados para a Mostra Brasileira de Foguetes da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), a MOBFOG, para concorrer a uma possível classificação na mostra. Os(As) alunos(as) colheram frutos proveitosos de seus esforços, tendo foguetes que voaram até 81 metros de distância.
Os(As) educandos(as) da Francisca Alves que participaram do evento relataram terem se divertido muito, aprendido com o projeto e que, apesar das dificuldades de trabalhar em equipe e montar os foguetes, valeu a pena pelo aprendizado teórico e prático. O aluno Ryan Marllon apontou que essa experiência, além de muito proveitosa, com certeza fará diferença em sua futura carreira como engenheiro mecânico.
O diretor da regional Pampulha, Fabiano Amaral de Souza, escreveu para a Smed que a experiência prática, além de complementar e reforçar os conhecimentos teóricos, também abre portas para aperfeiçoar a criatividade e o trabalho em equipe. O diretor ainda afirma: “Acreditamos que essa oportunidade não só incentivará o interesse dos(as) estudantes pela ciência e tecnologia espaciais, mas também proporcionará uma experiência única de aprendizado e trabalho em equipe.”Alunos(as) da EM Francisca Alves lançam seus foguetes no Parque Ecológico da Pampulha.
#paratodosverem: foto em plano aberto dos(as) estudantes, profissionais da Educação e mãe durante lançamento de foguete. Os(As) alunos(as) estão em um campo aberto no Parque Ecológico, alguns(mas) estão sentados(as) em fila, do lado esquerdo; enquanto outros(as), com um profisisonal do Clic, lançam um foguete. O dispositivo está saindo da base e soltando água, logo antes de voar.
Foto por: Silvia Lanna.Formação de Educação Física no Ensino Fundamental
Com a chegada de 233 educadores(as) especializados(as) em Educação Física para ministrarem aulas para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) está oferecendo encontros formativos, um espaço para reflexões, aprendizados e alinhamento sobre as premissas da Rede Municipal de Educação.
O curso tem duração de 21 horas e será dividido em 7 encontros, que ocorrerão nos turnos da manhã e da tarde, simultaneamente, em diferentes regiões de Belo Horizonte.
O dia 26 de abril marcou a abertura desse projeto com uma palestra no Centro de Educação Integral Imaculada, que contou com a presença dos(as) formadores(as) e profissionais da área Admir Soares de Almeida Junior, Lúcia Gomes Vieira e Diego de Oliveira, para conversarem sobre inclusão nas aulas de Educação Física e como apresentar o conceito aos(às) alunos(as) dos Anos Iniciais durante as aulas. A formação foi caracterizada pelo diálogo e pela participação, de modo que os(as) presentes puderam perguntar e discutir com os(as) palestrantes, tornando o momento muito mais proveitoso.
Na última terça, dia 14 de maio, a Smed sediou a primeira aula, separada em turmas da formação, para discutir o tema “Educação Física nos Anos Inicias - Jogos e Brincadeiras”. A turma da tarde contou com 56 profissionais da Educação Física, que fizeram atividades teóricas em grupo, para discutirem como apresentar e lidar com jogos e brincadeiras com os(as) estudantes dos Anos Iniciais, e testaram na prática ministrar uma aula de jogos e brincadeiras. Um momento de aprendizado, diversão e reflexão.
O(A) participante do projeto Henrique Marra comentou sobre a experiência positiva que foi o encontro, pontuando o quão gratificante foi ter a possibilidade de trocar experiências e aprender sobre diferentes vivências e modos de ensinar: “Esse encontro é fundamental para a nossa própria trajetória docente, garantindo a oportunidade de estar nos formando, nos tornando professores com novas propostas pra garantir uma educação pública de qualidade para os nossos alunos”. Henrique também apontou que sua expectativa para o próximo encontro é de ser tão proveitoso quanto o anterior e que gostaria que esses momentos de formação ocorressem frequentemente para aprimorar o currículo dos(as) profissionais da Educação.Professores(as) vivenciando jogos e brincadeiras.
#paratodosverem: aula prática para demonstração de possível brincadeira nas aulas de Educação Física. Na foto, os(as) professores(as) estão enfileirados e seguram bolas de meia, preparando-se para jogá-las no alvo. O cenário é uma quadra de esportes durante o dia.
Foto por: Silvia Lanna.
Projeto Emplo Verde
Com foco em preservação ambiental, reutilização de recursos, redução de consumo e valorização da natureza como princípio educativo, o projeto “Emplo Verde” tem sido desenvolvido pela Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo) desde o início de 2024. Todas as propostas direcionadas aos(às) estudantes do Ensino Infantil pautam-se por construir práticas pedagógicas a partir de reciclagem, matérias orgânicas, reduzindo o uso de materiais como papel, EVA e outros poluentes que levam muito tempo para se decompor na natureza.
Uma das propostas foi desenvolvida no Dia da Terra, em 22 de abril. As crianças tiveram uma tarde de exploração no espaço Eco Parque, um ambiente verde dentro da escola, com rampas de madeira para escalada, terra e plantas, além do anfiteatro ao ar livre. Durante a prática, elas realizaram pinturas utilizando terra e água como ingredientes, manipularam os elementos naturais e coletaram objetos como folhas, graveto e pedras. Foi realizada também uma roda sob a árvore, com o objetivo de conversar sobre a importância da natureza.
Para Elaine Pereira da Consolação Dores Ribeiro Almeida, professora responsável pelo projeto, um dos aspectos que favorecem o desenvolvimento do projeto é o Eco Parque da escola: “A Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira é privilegiada em espaço verde, o que possibilita ousar nas propostas e vivências que extrapolem o espaço da sala de aula”. Almeida ressalta também a importância da contribuição da direção da Emplo, que faz questão de colaborar de forma efetiva, para a execução de propostas inovadoras como essa.Estudantes do Ensino Infantil ampliam o contato com a natureza por meio do projeto “Emplo Verde”.
#pratodosverem: fotografia colorida de quatro crianças colocando as mãos sobre a terra. Estas estão dispostas uma acima da outra. Os braços dos(as) estudantes também aparecem, e, como o foco da fotografia são as mãos, apenas o rosto de duas das crianças são mostrados na foto.
Foto por: acervo Emplo.Sala de Aula Invertida na EM Salgado Filho
No terceiro ano da Escola Municipal Salgado Filho, seus(suas) estudantes são estimulados(as) a participar ativamente do processo de aprendizagem por meio da metodologia da “Sala de Aula Invertida”. Favorecendo a troca de conhecimentos entre os(as) próprios(as) educandos(as), as crianças assumem, momentaneamente, a posição dos(as) docentes, para compartilhar seus saberes, tornando-os coletivos.
Esse tipo de ação permite que alunos(as) se tornem protagonistas do processo educacional, demonstrando que também podem ocupar posições ativas na construção dos saberes coletivos. Por exemplo, na foto, durante a aula de Matemática, a aluna Valentina explica para seus(suas) colegas um método de multiplicação diferente que aprendeu com o pai.
A professora de Matemática da turma, Gisele Martins, detalha a experiência: “Depois que a Valentina foi à frente da aula, a turma ficou mais envolvida com o processo de ensino/aprendizagem e passou a pesquisar em casa outras formas de fazer as 4 operações básicas. Ainda tivemos o Miguel e o Davi, que ensinaram os colegas a resolverem os problemas da divisão usando cruzes, desenhos ou material concreto.”Valentina dividindo seus conhecimentos sobre multiplicação com sua turma.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma estudante em frente a um quadro branco, na sala de aula de Matemática. Diante dela, há duas fileiras de mesas com colegas prestando atenção em sua explicação, e uma menina estende alguns dedos demonstrando operações matemáticas. No quadro, encontram-se algumas operações de multiplicação.
Foto por: acervo EM Salgado Filho.2ª edição da Educação Empreendedora no Contraturno do Tempo Integral
Educação e empreendedorismo são temas importantes no cenário de atuação territorial, para gerar transformações para a sociedade. A fim de elevar o patamar da Educação e da inovação no município, é preciso que crianças e jovens aprendam a serem as(os) protagonistas de suas próprias histórias, contribuindo para que desenvolvam competências múltiplas e comportamentos empreendedores. Diante disso, no dia 16/5, em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed/BH) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MG), foi realizada a 2ª edição da “Educação Empreendedora no Contraturno do Tempo Integral”, uma ação formativa para 400 pessoas (totalizando cerca de 114 escolas), envolvendo monitores(as) e coordenadores(as) do Programa Escola Integrada (PEI) que atuam nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). A formação buscou desenvolver metodologias de aplicação da educação empreendedora na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME/BH).
O evento, aberto com um discurso do secretário de Educação, Bruno Barral, contou com uma palestra com o tema “E se o(a) educador(a) também for um(a) empreendedor(a) - ressignificando o trabalho docente”, uma oficina mão na massa que buscou desenvolver metodologias ativas da educação empreendedora e um coffee break. O objetivo da formação é apresentar conceitos e ferramentas, com base nas metodologias ativas, visando dar continuidade às atividades a serem desenvolvidas com os(as) estudantes. Assim, os(as) monitores(as) e os(as) coordenadores(as) do PEI que participaram da formação receberam material didático (gibis temáticos) disponibilizado pelo Sebrae/MG para enriquecimento do trabalho pós formação.
Juliana Rodrigues de Castro, coordenadora do Programa Escola Integrada da Escola Municipal Francisca Alves, relata sua experiência: “A palestra da professora Sande Almeida foi um momento extremamente prazeroso e que nos provocou refletir sobre nossos fazeres pedagógicos. A cada história contada, lembrava de um ou outro aluno com as mesmas características e pensava: ‘Porque deixei passar a oportunidade de ajudá-lo a se (re)descobrir?’ Ao mesmo tempo, conseguia enxergar e perceber como seguimos uma ‘linha de produção’ na escola, colocando rótulos e encaixotando nossos estudantes. Que delícia de palestra!”Palestra da professora Sande Almeida
#paratodosverem: fotografia colorida da palestrante Sande Almeida com o público. A foto, tirada detrás do palco, mostra a professora levantando os braços, em primeiro plano, e, ao fundo, dezenas de profissionais da Educação que participaram da palestra levantando as mãos.
Foto por: reprodução Smed/Sebrae.A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte tem como política educacional uma proposta inovadora, que abrange todos(as) os(as) profissionais, estudantes e espaços intencionalmente educativos. O conhecimento e as habilidades educacionais nas diferentes áreas são transformadores no cotidiano escolar, e a Lei Municipal nº11.243 de 2020, que “Institui Empreendedorismo e Noções de Direito e Cidadania como temas a serem abordados no contraturno das escolas municipais de educação integral”, foi pioneira para desenvolver ações como a formação em questão. Nessa perspectiva, a parceria entre a Smed e o Sebrae-MG contempla os temas a serem abordados para a promoção da educação empreendedora no contraturno nas escolas municipais de educação integral.
Após a formação, os(as) monitores(as) e os(as) coordenadores(as) tornam-se multiplicadores(as), construindo ativamente uma educação cujos(as) estudantes se tornam mais criativos(as), colaborativos(as) e proativos(as). Esses(as) alunos(as) também são estimulados(as) a direcionar seu olhar à resolução de problemas. Sendo assim, por meio da Educação Empreendedora, são despertados nos(nas) jovens o protagonismo estudantil, a proatividade, a criatividade e a capacidade de levantar hipóteses para solucionar os desafios, tanto na vida escolar, quanto no cotidiano.
A Educação Empreendedora ainda possibilita aos(às) alunos(as) a vontade de empreender sua própria vida, sendo os(as) agentes de transformação da própria realidade. Aprender sobre empreendedorismo é fundamental para a geração de novos modelos de negócios e também para estimular a formação de jovens protagonistas e com comportamento empreendedor.O secretário de Educação Bruno Barral introduziu o evento.
#paratodosverem: fotografia colorida de Bruno Barral discursando. Em frente de um cartaz azul com a logo do Sebrae, ele segura o microfone em que discursa com uma das mãos e realiza um sinal de positivo, levantando o dedão, com a outra.
Foto por: reprodução Smed/Sebrae.
Ouvidores(as) jovens empossados(as) nas escolas municipais de BH
A Ouvidoria possui função indispensável para uma gestão pública eficiente ao esclarecer pontos de melhoria existentes no corpo social. Além de garantir poder de manifestação aos indivíduos da sociedade, ao exercer a escuta ativa, torna-se possível identificar problemas e, consequentemente, solucioná-los. Pensando em difundir a importância desse processo desde cedo e habituar os cidadãos e as cidadãs em construção, a Controladoria-Geral do Município, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), desenvolve o projeto “Ouvidor Jovem” na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME/BH), desde 2014.
Em 2024, após um período eleitoral que culminou na eleição de um(a) ouvidor(a) e dois(duas) suplentes em abril, a posse dos(as) ouvidores(as) jovens eleitos(as) ocorre entre os dias 10/5 e 29/5, nas 9 escolas participantes do projeto. A cerimônia de posse é realizada nas escolas, com a participação de estudantes/candidatos(as), familiares, professores(as), Diretoria Regional da instituição e representantes dos órgãos colaboradores.Equipe do projeto reunida com os(as) ouvidores(as) eleitos(as) durante sua posse na EM Professor Lourenço de Oliveira.
#paratodosverem: fotografia colorida de três ouvidores(as) jovens sendo empossados(as). Ao centro, as duas meninas e o menino posam para a câmera, com o colete azul da Ouvidoria e seus certificados de posse, junto a dez pessoas adultas responsáveis pela elaboração do projeto.
Foto por: João Pedro Ribeiro.O eixo central do projeto “Ouvidor Jovem” é permitir que os(as) estudantes pertencentes aos Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA) assumam lugar de protagonistas e se desenvolvam em plenitude, incentivando o controle social e a participação cidadã no dia a dia da escola. Dessa forma, seu objetivo é estimular a instituição em ações específicas de auditoria, monitoramento e ouvidoria, de modo que contribuam para a formação da cidadania ativa, promovendo a difusão de conhecimentos e de práticas de participação e de controle social na Educação Básica.
Por meio de processo eleitoral, cada escola elege 1 ouvidor(a) e 2 suplentes, cujo mandato tem a duração de um ano letivo. Cabe ao(à) ouvidor(a) jovem captar e registrar – no sistema utilizado pela Ouvidoria do Município – solicitações, reclamações, elogios ou sugestões dos(as) cidadãos(ãs). A partir dessa etapa, o sistema encaminha as manifestações recebidas à Subcontroladoria de Ouvidoria do Município, que providencia as respostas.
Dessa forma, ao discutir e analisar, junto aos(às) professores(as) referência, as demandas captadas, os(as) alunos(as) são chamados(as) a propor medidas de melhoria, visando ao bom funcionamento das unidades escolares da RME/BH. No ano de 2024, que marca a décima edição do projeto, as instituições participantes são as escolas municipais: Anísio Teixeira; Armando Ziller; Dulce Maria Homem; Francisco Campos; Governador Carlos Lacerda; Maria Magalhães Pinto; Prof. Daniel Alvarenga; Prof. Lourenço de Oliveira e Salgado Filho.
Na Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo), regional Leste, os(as) ouvidores(as) eleitos(as) Beatriz de Souza, Duan Zattar e Valentina Diniz tomaram posse na manhã do dia 21/5, terça-feira. Durante o processo de eleição ocorrido em abril, 7 estudantes do 7º, 8º e 9º ano se candidataram para o cargo, e 109 participaram da votação, culminando na eleição mencionada.
Gustavo Nassif, subcontrolador de Ouvidoria do município, demonstra a importância do projeto para promover os mecanismos democráticos desde cedo: “A Ouvidoria é um órgão de acesso às instâncias governamentais pela população, recebendo queixas e reclamações com objetivo de fazer uma boa governança de serviço. Assim, o ‘Ouvidor Jovem’ é um estímulo à educação para a cidadania, para que os jovens possam participar do dia a dia da sua escola e trazer melhorias a partir da sua visão.”
O secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, manifesta a construção de diálogo que o projeto possibilita: “A Emplo, mais uma vez, dá exemplo para a ampliação da cidadania, representada por Duan, Valentina e Beatriz. A responsabilidade de mudança também é de quem se comporta como cidadão e de quem vota com consciência. Aqui nós tivemos 7 candidatos para 3 vagas, em um processo em que pode ter havido divergências. Mas, ao final, é preciso construir um trabalho conjunto. As pessoas podem divergir e conviver ao mesmo tempo.”
Beatriz, aluna do 7º ano e eleita para o cargo de ouvidora jovem, conta sobre seu interesse em participar ativamente da melhoria do ambiente escolar: “Eu queria ouvir as pessoas para elas terem voz na sociedade, já que muitas vezes não temos. Eu vejo o projeto como uma forma de expressar minhas opiniões e criar uma dinâmica melhor entre a escola e os alunos, já que um intermediário favorece uma comunicação melhor. Penso em melhorar a quadra e criar novas rotinas, por exemplo.”Beatriz assinando seu termo de posse.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma ouvidora jovem assinando seu termo de posse. Ajoelhada, ela assina o papel em cima de uma mesa com uma toalha vermelha.
Foto por: João Pedro Ribeiro.
Aniversário da Emei Vila Estrela
A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vila Estrela completa, em 2024, dez anos de existência. Para comemorar essa trajetória, a escola realizou uma programação, durante o mês de maio, envolvendo estudantes, ex-alunos(as), famílias e educadores(as).
As atividades iniciaram-se com a produção de murais na escola. Cada turma fez um mural com fotos. Os(as) alunos(as) levaram fotografias de suas famílias, que puderam acompanhar a exposição do trabalho realizado pelas crianças. Além disso, foi construído também um mural de aniversário com a colaboração destas. Elas se desenharam e escreveram o que desejam de presente para a Emei, ao redor de um desenho da escola, que foi inspirado em uma foto, a qual poderia ser acessada pelo QR Code disponibilizado ao lado do mural.
Além dos murais no espaço físico da escola, Renata de Oliveira, professora e responsável pelas mídias digitais da Emei, articulou uma forma de celebrar e relembrar esses dez anos: coletou diversos depoimentos de ex-alunos(as) por meio de vídeos. Luiza e Lara, por exemplo, estudaram na Vila Estrela desde 2015, quando se tornaram amigas. De acordo com Luiza: “A gente tá junta desde então. Esse ano a gente vai fazer nove anos de amizade”. “A gente tem muitas memórias bem marcantes com a Emei. A gente viveu muita coisa lá. Foi muito divertido e estamos muito felizes por ela estar crescendo a cada dia”, conta Lara.
Outras atividades desenvolvidas foram as peças teatrais, em que os(as) estudantes puderam assistir apresentações preparadas pelas professoras. “Em dias diferentes, as crianças foram apresentadas às histórias do Frog, personagem criado pela professora Dirlene, e da boneca Emília, do ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’”, explica Oliveira.Estudantes recebem visita de mascotes de times mineiros durante mês de comemoração de aniversário da Emei Vila Estrela.
#paratodosverem: fotografia colorida de um mascote do Cruzeiro (raposa com a camisa azul do time). Algumas crianças usando uma blusa do Atlético Mineiro estão na frente, olhando para o Raposão.Foto por: Gabriela de Castro
- Boas Práticas da semana – 20 a 22 de maio
Desvendando práticas e desafios da Agricultura Familiar e da Agroecologia
Com o objetivo de desenvolver uma aprendizagem que une a prática à teoria, a Escola Municipal Ignácio de Andrade Melo desenvolveu um projeto sobre Agricultura Familiar e Agroecologia com os(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O projeto possibilitou ampliação da percepção do espaço geográfico, além da apresentação de técnicas que visam ao equilíbrio das ações humanas com o meio ambiente e sua preservação.
O desenvolvimento teórico inicial ocorreu no espaço escolar, partindo do conhecimento prévio dos(as) alunos(as) e dialogando sobre as temáticas listadas, o que possibilitou o desenvolvimento de leitura, escrita, interpretação, formulação de questões, dentre outras atividades e sequências didáticas que contemplaram todos os níveis da aprendizagem.
A parte prática do projeto ocorreu em abril, por meio de uma visita técnica, participativa, cooperativa e interativa junto à Associação Amanu, na cidade de Jaboticatubas, Minas Gerais. Os conhecimentos teóricos, estruturados em sala de aula, embasaram as práticas, que contribuíram para o aprofundamento teórico. As vivências no trabalho de campo permitiram questionamentos e problematizações, assim como conhecimento de outras estruturas econômicas e familiares. Assim, foi possível uma assimilação mais dinâmica das questões que permeiam o mundo do trabalho, o uso da terra, a migração e o êxodo rural, bem como as memórias associadas a esses espaços.
Geraldo Gomes Ramalho, estudante da EJA que participou da atividade, relata sua experiência: “Fui privilegiado na visita à Associação Amanu. Aprendi muito sobre o aproveitamento do bambu na construção de casas, da terra ensacada e também dos banheiros secos. Na agricultura aprendi como fazer as plantações da forma correta. Foi um grande aprendizado!”
#paratodosverem: fotografia colorida que mostra um campo verde. O céu está nublado, mas é possível ver o azul claro, sinalizando que a foto foi tirada durante o dia. Dezessete pessoas adultas estão de costas, como se estivessem andando para a frente. Uma mulher e um homem estão em primeiro plano. A mulher utiliza um boné roxo e blusa branca, enquanto o homem veste camisa xadrez azul e branca e porta uma mochila. O rosto de ambos aparece parcialmente na foto e seguram celulares, registrando o momento.
Foto por: acervo da EM Ignácio de Andrade Melo.
Legenda: estudantes da EJA visitam Associação Amanu, em Jaboticatubas (MG).
Projeto Dia da Beleza: beleza ao alcance de todos(as)
Executado uma vez por mês, com todos(as) os(as) estudantes da Escola Municipal Doutor Júlio Soares (EMDJS), o projeto “Dia da Beleza: beleza ao alcance de todos” surgiu após observação dos(as) monitores(as) do Programa Escola Integrada (PEI) em relação à baixa autoestima de muitos(as) dos(as) alunos(as) e à falta de cuidado destes(as) com o próprio corpo. Por meio de rodas de conversa, constatou-se que alguns(mas) dos(as) educandos(as) tinham necessidade de maior afeto e autocuidado.Dessa forma, foram e estão sendo realizadas oficinas de cabelo (com penteados, escovas e corte de cabelo, por exemplo), manicure e maquiagem. A prática é realizada por monitores e monitoras do PEI e alguns(mas) voluntários(as), que são ex-alunos(as) da escola, capacitados(as) por um curso gratuito de cabeleireiro(a) na instituição e um estágio, ministrados pelo monitor Mike David. "Tivemos a iniciativa desse projeto vendo que algumas crianças da nossa escola têm uma certa carência de cuidado com o visual, com a aparência. Em certos momentos, as próprias crianças pediram ajuda com certos cuidados. A importância desse projeto é elevar a autoestima dos nossos alunos e mostrar o quão importante eles são", explica Mike.
Édila Caetano da Silva, diretora da EMDJS, ressalta a relevância do projeto: “O Dia da Beleza é muito importante porque ele faz parte de um projeto maior que é nosso Projeto Étnico-Racial, onde nós trabalhamos as questões da valorização da cultura negra e a autoestima de meninas e meninos para que eles se vejam como protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem. Depois que começamos esse projeto, vimos as crianças muito mais felizes. As questões de racismo, principalmente as questões dos meninos menores, acabaram. Não temos visto mais injúrias raciais ou alguma palavra de cunho racista que essas crianças tenham falado. Elas entenderam que são belas e que todos têm beleza."
#paratodosverem: duas fotografias mostram as atividades que ocorreram na EM Doutor Júlio Soares. A da esquerda exibe aluna com penteado, o cabelo preso com elásticos cor-de-rosa e presilhas de flor. Já a da foto da direita mostra três profissionais que participaram da ação penteando o cabelo de três alunas, à frente delas, mesas com caixas repletas de utensílios de cabelo.
Foto por: acervo da EM Ignácio de Andrade Melo.
Legenda: estudantes recebem, mensalmente, oficinas de cabelo, manicure e maquiagem na EM Doutor Júlio Soares.Maluquinhos por Leitura
Considerando que, nos primeiros anos do Ensino Fundamental, a leitura deve ser entendida como um ato de prazer que estimula a busca por novos textos, a equipe de profissionais da Escola Municipal Santa Terezinha vem promovendo ações criativas e dinâmicas para o incentivo à leitura, em parceria com o projeto “Leituras e Conexões”. Uma dessas práticas foi o trabalho desenvolvido com o livro “O Menino Maluquinho”.A equipe da biblioteca decorou o espaço com cartazes e selecionou todos os livros escritos por Ziraldo, colocando-os em destaque nas estantes. Depois, houve uma atividade de contação de histórias, seguida do empréstimo dos livros, para que os(as) estudantes os levassem para casa.
Em sala de aula, as atividades foram elaboradas em formato de sequência didática aliada ao tema do Menino Maluquinho, com o objetivo de vincular sentido à prática que os(as) alunos(as) estão vivenciando, de forma que cada um(a) criou o seu "Maluquinho". Esses trabalhos realizados por eles(as) foram expostos em murais da escola. As atividades foram encerradas com a interpretação de um(a) estudante caracterizado de Menino Maluquinho. Ele encenou diversas passagens do livro, divertindo e despertando o interesse de todos(as).
De acordo com Janaína Vidal Pereira Oliveira, professora do primeiro ano, a prática desenvolvida durante a realização do projeto “Maluquinhos por Leitura” despertou o encantamento de seus alunos(as) pela leitura: “No decorrer do planejamento, a cada atividade foi possível perceber o brilho nos olhos das crianças, que se deliciaram ouvindo as histórias, registrando de diferentes formas (desenho, pintura e escrita), e o desejo de interagir com o universo literário.”
#paratodosverem: fotografia colorida de um menino vestindo blusa amarela, jaqueta jeans, calça e tênis. Ele tem uma panela na cabeça. Ao fundo, há um mural escrito “O Menino Maluquinho; Autor: Ziraldo”, com vários desenhos feitos pelas crianças.Foto por: Escola Municipal Santa Terezinha
Legenda: aluno performa Menino Maluquinho em projeto literário da EM Santa Terezinha.
- Boas Práticas da semana – 13 a 17 de maio
O Boas Práticas da semana apresenta comemorações que celebram a família e projetos que promovem a cultura da paz e a saúde, além de reforçarem os laços entre a família e a escola.
Festa da Família
O Dia Internacional da Família é comemorado anualmente, no dia 15 de maio, data que visa homenagear um núcleo tão fundamental para a formação de qualquer indivíduo. A participação familiar na vivência escolar das crianças é indispensável para a construção de um ambiente educacional enriquecedor, estimulante e acolhedor, permitindo seu desenvolvimento saudável e adequado.Pensando na importância da integração entre família e escola, diversas instituições da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME/BH) promoveram suas próprias Festas da Família, incentivando a integração entre os componentes da comunidade escolar. Confira, a seguir, algumas dessas ações.
EMEI Cavalinho de Pau
Na manhã do dia 4/5, no Parque Tião do Santos, ocorreu a Festa da Família da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Cavalinho de Pau, que contou com a participação do grupo Quintal da Guegué, oficina de pintura facial, cantinho da leitura, interação entre professoras, famílias e crianças por meio de brincadeiras e um delicioso piquenique em família. Dessa forma, diante do cenário ecológico do parque, enfeitado por toda a equipe da escola, as famílias puderam vivenciar práticas de brincadeiras como bambolê, corda e bola, proporcionando momentos marcantes e alegres entre todos(as) os(as) envolvidos(as).Legenda: Parque Tião dos Santos decorado para receber a Festa da Família da EMEI Cavalinho de Pau.
Foto por: Acervo EMEI Cavalinho de Pau.
#paratodosverem: fotografia colorida do parque enfeitado com cataventos coloridos. A foto, tirada muito próxima ao chão, centraliza uma faixa de grama decorada com cataventos azuis, verdes, vermelhos e amarelos nas suas duas extremidades. Ao fundo, é possível ver os brinquedos e a estrutura do parque destinada a festa.EM Américo Renê Giannetti
Também no dia 4/5, a Escola Municipal Américo Renê Giannetti (EMARG), regional Nordeste, abriu suas portas para a Festa da Família 2024. A ação contou com diversas atividades, incluindo um "aulão" de dança e alongamento e uma apresentação musical em que as crianças subiram ao palco para apresentar a música "Fico assim sem você". O evento ainda foi incrementado com a realização de um sorteio de cestas com itens de alimentação e higiene. Ao final, houve um lanche coletivo que permitiu o compartilhamento de experiências entre a comunidade escolar.
"A Festa da Família 2024 foi uma celebração memorável, que estreitou os laços entre a escola e as famílias, destacando a importância da união e do apoio mútuo. Foi uma lembrança poderosa de que, juntos, podemos criar um ambiente educacional rico e estimulante, onde nossos filhos podem crescer, aprender e prosperar. Estamos ansiosos pelos próximos eventos!", afirma Jeniffer Lima, Coordenadora Geral.
Legenda: A EMARG abriu suas portas para realizar a Festa da Família.
Foto por: Mariana Soares.
#paratodosverem: fotografia colorida do pátio da escola repleto de pessoas comemorando a Festa da Família. Ao fundo, dezenas de crianças estão reunidas em filas enquanto diversos adultos ao seu redor observam e fotografam o momento com o celular.EM Israel Pinheiro
A Festa da Família da Escola Municipal Israel Pinheiro (EMIP), regional Leste, também realizada no dia 4/5, contou com um momento especial preparado pelos(as) estudantes do 6º ano. Inicialmente encorajados a realizarem pesquisas acerca das diferentes formas de cumprimento ao redor do mundo para a disciplina Inglês, as professoras de Matemática e de Português propuseram outras pesquisas sobre os diferentes aspectos culturais entre os países. Dessa forma, foram produzidos vários cartazes abordando, por exemplo, receitas de pratos típicos. Reunidos(as) para o evento, os(as) alunos(as) apresentaram suas pesquisas para seus familiares e convidados(as) e propiciaram a degustação de algumas comidas preparadas por eles(as) na Escola Integrada.
Legenda: Apresentação de comida típica dos Estados Unidos.
Foto por: Sônia Ferreira.
#paratodosverem: fotografia colorida de um menino participando da exposição da pipoca como alimento típico dos Estados Unidos. Atrás de uma mesa contendo vários pacotes de pipoca, a criança segura dois deles enquanto usa um chapéu azul e vermelho. Atrás dele, pregada na parede, está uma cartolina branca com a bandeira do país e um texto escrito com o título “Comidas Típicas dos Estados Unidos - 6º ano”.EMEI Belmonte
Na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Belmonte, regional Nordeste, a Festa da Família teve o tema "Literarte", sendo um evento no qual as crianças e toda a comunidade escolar foram inseridas num contexto lúdico em que foram exploradas poesias, músicas, contos clássicos, entre outros. A ação partiu da leitura e da arte como meios para as crianças desenvolverem maneiras de compreender o mundo, explorá-lo, interagir, representar, comunicar-se e construir seus conhecimentos e suas identidades, buscando tornar os(as) estudantes mais reflexivos(as) e críticos(as) frente à realidade social em que vivem e atuam.
A ação culminou em uma exposição interativa enriquecedora, além de momentos de descontração com um piquenique no parque. “O Dia da Família da EMEI Belmonte foi um momento maravilhoso para estar em família, compartilhando a interação com nossos filhos, outras famílias e professores. Ter um tempo dedicado e direcionado para brincar dessa forma com os filhos e com outras famílias foi muito rico, proporcionando a todos experimentar alegrias da infância, conexão familiar, aprendizado lúdico e parceria entre escola e a família.”, afirma Sabrina Gonçalves, mãe do estudante Oliver Gonçalves.
Legenda: A EMEI Belmonte ofereceu uma vasta programação para a Festa da Família.
Foto por: Acervo EMEI Belmonte.
#paratodosverem: colagem com quatro fotografias retratando atividades do evento. Nas fotos, é possível ver uma apresentação de um palhaço, um espetáculo musical, uma corrida de sacos entre os adultos e uma corrida entre as crianças.EM José Maria Alkmim contra o bullying
O Projeto Cinemateca, encabeçado pela biblioteca da Escola Municipal José Maria Alckmin (EMJMA), regional Venda Nova, enfocou o tema “Bullying”, cujo combate no âmbito escolar deve ser prioridade. Dessa forma, por meio da exposição de vídeos de conscientização, de obras que abordam o tema e da participação da equipe do Projeto PAS para em uma palestra, a EMJMA destacou o seu empenho e engajamento no objetivo de promover a cultura da paz e da empatia em seu ambiente.Assim, a campanha “Diga não ao Bullying” contou com a participação da Equipe do Projeto PAS, em que a psicóloga Marina proferiu uma importante palestra. A construção por meio do conhecimento é vista como um importante caminho para conscientização de práticas devidas e indevidas em ambiente escolar, demonstrando os impactos do bullying na vida dos(das) estudantes.
Nesse sentido, a ação transformou a Biblioteca em um cenário cinematográfico, criando um ambiente envolvente para os(as) alunos(as) debaterem o tema após a exposição de vídeos conscientizadores, com direito a pipoca. A sensibilização ocorreu mediante um importante diálogo envolvendo docentes, direção e coordenação com os(as) jovens.
A bibliotecária da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME/BH), Érica Lopes, destaca como os frutos que o projeto vem colhendo são tão significativos que se espera que ele tome maiores proporções na Rede: "Tem sido muito edificante ver como esse trabalho tem impactado os nossos estudantes! A proposta da Escola é minimizar ao máximo o bullying no ambiente escolar. Eu, como bibliotecária encarregada pela escola, estou engajada nessa missão e tem sido maravilhoso. Pretendo levar o projeto para outras escolas que acompanho!"
Legenda: O projeto transformou a biblioteca da escola em uma experiência cinematográfica de conscientização.
Foto por: Érica Lopes.
#paratodosverem: fotografia colorida de um estudante participando da apresentação contra o bullying. Em uma sala escura, diversos(as) estudantes assistem a uma apresentação e um deles está na frente de todos. Atrás dele, uma televisão projeta uma imagem com os dizeres “Através do amor-próprio (sentimento de dignidade, respeito que cada um tem por si mesmo).”Ação contra a dengue mistura conscientização com capoeira
A Escola Municipal Wladimir de Paula Gomes sediou um evento, em parceria com as escolas municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) e de Educação Infantil (EMEIs), bem como da Rede Parceira da região, chamado “Tecendo a Rede com o Conselho Tutelar”. A iniciativa busca acolher os(as) novos(as) conselheiros(as) tutelares(as) e discutir os fluxos e as parcerias.
O encontro contou com a apresentação do grupo de capoeira da EM Wladimir de Paula Gomes, conduzida pelo mestre capoeirista Vagner Bublitz, conhecido como Magrão. Na exibição, o grupo jogou capoeira, tocou instrumentos e cantou a música autoral de Magrão "A capoeira contra o mosquitinho", que divulga a importância da Capoeira e das artes na luta contra o mosquito causador da dengue.
Alunos(as) e educadores(as) presentes no dia da apresentação relataram ter sido uma experiência emocionante, o professor e diretor da EM Wladimir de Paula Gomes, Felipe Júnio de Souza Oliveira, comenta a grandeza dessa demonstração cultural: “(...) A capoeira com a música do mosquitinho, mais uma vez, nos mostra como uma luta, uma arte ancestral tão significativa, também se mostra potente na proteção da saúde e na conscientização de crianças e adolescentes.”
O mestre de capoeira Magrão ressaltou que foi muito gratificante e positivo mostrar essa perspectiva de conscientização dentro da capoeira, principalmente para seus(suas) alunos(as).
Legenda: Grupo de capoeira da EM Wladimir de Paula Gomes.
Foto por: Acervo EM Wladimir de Paula Gomes
#paratodosverem: fotografia colorida em plano aberto da equipe de capoeira da EM Wladimir de Paula Gomes, uniformizada, posando em uma sala com tatames e equipamentos de luta.
EM Carmelita Carvalho Garcia fortalece a relação família/escolaA Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia, regional Pampulha, promove momentos de descontração e reflexão com as mães e os pais dos(as) alunos(as) do Ensino Fundamental, Anos Iniciais e Finais. Essas atividades são chamadas de “Café com os Pais” e trazem apresentações feitas pelos(as) estudantes e orientadas pelos(as) educadores(as), buscando fortalecer a parceria entre família e escola.
Na última sexta, dia 3 de maio, as mães e os pais do 6º ano foram recebidos(as) pela professora Edna Patrícia Ladislau e pelo professor Marcílio Roberto Pereira Martin, pela diretora Ana Paula Moreira Julião e pela coordenadora-geral pedagógica Renata Ramires, para participar do primeiro “Café com os Pais” do turno da tarde.
As crianças apresentaram a música “Águas de março”, do compositor Tom Jobim, para a família, em forma de jogral - apresentação na qual se recitam poemas em coro. Além disso, a professora Edna explicou a importância da presença dos(as) progenitores(as) na vida escolar dos(as) estudantes, dando ênfase na importância dessa companhia nos momentos de leitura. A educadora também indicou a leitura do livro “Holy Cow”, do autor David Duchovny, que está sendo trabalhado com a turma, em projeto conjunto com a equipe da Biblioteca.
A professora Ana Luiza Silva de Oliveira relatou sobre o sucesso que foi o Café, apontando que “É muito importante a parceria entre escola e família, para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.” Após as discussões, todos(as) puderam aproveitar um delicioso e descontraído lanche.
Legenda: Apresentação dos(as) alunos(as)
Foto por: Acervo EM Carmelita Carvalho Garcia
#paratodosverem: fotografia colorida tirada em plano aberto de uma sala de aula. Os(As) estudantes estão em frente às mães e aos pais, com papéis coloridos na mão, para recitarem a música citada no texto.
O Boas Práticas da semana apresenta projetos que fortalecem família e comunidade e ensinam sobre arte e literatura.
Festa da Família da Emei Barreiro
Os projetos realizados na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RME-BH) promovem a construção de um ambiente confortável e que preze pela escuta ativa e pelo respeito às diferenças como fatores potencializadores da educação. Tendo em vista essa característica,foi promovida a “Festa da Família da Emei Barreiro”, no dia 27/04, realizada no Parque Estrela Dalva. O evento foi reconhecido como um momento de confraternização entre as famílias, as crianças e toda a equipe pedagógica da escola.
A realização da ação teve como objetivo estreitar os laços entre família e escola, promover um momento de interação, confraternização e lazer entre e com a comunidade escolar. A manhã da festa foi marcada por oficinas de balão e pintura de rosto, um piquenique promovido entre as famílias, apresentação musical das crianças e participação especial do grupo musical “Quintal da Guegué". Além disso, houve uma pequena exposição artística por parte das crianças, que também participaram da decoração do local.
A professora Maria Beatriz da Silva Pereira relata sua experiência na festa da família: “Foi um momento muito gratificante, no qual percebi o envolvimento e a alegria das famílias presentes. Foi também um momento de maior aproximação das famílias, pois o dia a dia é muito corrido. Percebi a alegria das crianças no decorrer do evento, ao participarem das oficinas, da apresentação musical e do show do Quintal da Guegué. Todos estavam bem à vontade e o quantitativo de pessoas presentes surpreendeu-me”.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma família realizando um piquenique durante o evento. Ao redor de duas toalhas que apoiam vários comes e bebes, como cafés, sucos e pães de queijo, sete adultos e quatro crianças posam para a foto. Ao fundo, é possível ver outras famílias e outros grupos reunidos e fazendo seu piquenique.
Foto por: Acervo Emei Barreiro
A Festa da Família possibilitou a aproximação entre toda a comunidade escolar da EMEI Barreiro
Emei Jardim Felicidade promove projeto Padrinho Literário
As histórias são uma maneira de se conectar com o mundo, pois nos mostram diferentes possibilidades e realidades. No processo de formação desenvolvido na educação infantil, sua importância é mais do que comprovada. Todavia, para além do essencial incentivo à prática de leitura e à ocupação das bibliotecas pelos(as) estudantes, a Escola Municipal Jardim Felicidade também trabalha a integração de toda a comunidade escolar por meio das histórias, demonstrando como todos e todas têm algo a compartilhar.
Dessa forma, o projeto "Padrinho literário: Todos têm histórias para contar" , que teve início em 2023, reúne os(as) funcionários(as) da escola (com exceção de professores(as) e funcionários(as) da biblioteca) uma vez por mês. Na ocasião, eles(elas) são convidados a contar uma história para uma turma na biblioteca. Podem ser compartilhadas histórias que ouviram, leram, vivenciaram ou pelas quais se interessam.
Na escola, as histórias saem dos livros para promover laços entre os participantes: "Eu nunca pensei em contar histórias, mas, quando fiquei sabendo do projeto e ouvi uma história, fiquei com vontade de contar também. Fiquei muito feliz em saber que posso contribuir de outra forma com a escola e muito feliz com o carinho e a atenção das crianças", afirma a cantineira Alcione Ferreira Barbosa. Além dela, outros(as) funcionários(as) também participam da proposta, como a auxiliar de secretaria, o auxiliar de apoio ao educando e o estagiário do laboratório de ciências.
Assim, o projeto promove a contação de histórias pelos padrinhos literários das turmas. Por exemplo, a diretora Luci Correia, madrinha literária de uma das turmas do primeiro ano, contou a história "A verdadeira história dos três porquinhos", de Jon Scieszka. Ao final da leitura, aclamada pelas crianças, ainda foi feito um júri para julgamento do Lobo. Uma aluna fez o papel de advogada de defesa e outro aluno fez o de acusação, argumentando, tendo como referência o conto tradicional e comparando-o com a releitura de Scieszka. A votação, realizada pelos(as) demais estudantes, decretou que o Lobo foi injustiçado e que tudo não havia passado de um mal entendido.
De acordo com os(as) organizadores(as), o projeto tem despertado o gosto de contar e ouvir histórias."Eu nunca tinha ouvido uma diretora contar história, só minha mãe e a professora. A história que a Luci contou mostrou que o Lobo é muito "recriminado", sendo que ele só queria uma xícara de açúcar para fazer um bolo para a vozinha dele. Eu gostei muito da história e de ouvir a Luci contar.”, afirma Vitória Alice Alpoim da Silva, estudante do primeiro ano.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma turma de estudantes em que cada um está apresentando alguma obra literária. Aparecem 15 crianças e quatro adultos divididos em três fileiras horizontais em que praticamente todos estão mostrando algum livro, quadrinho ou revista para a câmera.
Foto por: acervo EM Jardim Felicidade
Padrinho Literário compartilha uma diversidade de histórias
De onde vêm as cores?
O projeto “De onde vêm as cores” pode ser reconhecido como uma forma criativa e divertida por meio da qual os(as) alunos(as) do 6º ano da Escola Municipal Francisco Campos estão descobrindo a origem e a diversidade das cores. A proposta surgiu de uma pergunta realizada pela professora Marli Pereira Alves Moreira: De onde vêm as cores?
A professora relata que, no início, os(as) estudantes elaboraram uma hipótese. Como estavam estudando sobre as pinturas rupestres, sabiam que, na pré-história, os homens faziam suas pinturas nas paredes das cavernas usando “mãos em negativo”. Eles colocavam as mãos nas paredes e assopravam pigmentos em pó (feitos com terra e rochas) sobre elas, fazendo surgir a imagem da silhueta das mãos. Então, o homem, desde a pré-história, já sabia colorir. “A partir desse dado, eu expliquei para eles a teoria de Isaac Newton do século XVII”, conta Moreira.
Após propor essa reflexão, a professora realizou um passeio pela escola com os(as) estudantes, com o objetivo de observar as cores das flores. Dessa forma, puderam perceber tonalidades mais claras e mais escuras, e observar como essas cores se misturam. “Depois trabalhamos com as três cores puras e como elas foram usadas na história da arte”, conta Moreira. Os(As) alunos(as) concluíram a atividade com uma experimentação a partir das cores primárias.
#paratodosverem: A fotografia colorida da pintura realizada por uma criança. O fundo é azul, com diferentes tonalidades. Há alguns pontos pintados de amarelo acima do fundo azul, o que provavelmente representa um céu estrelado.
Foto por: acervo da escola.
De forma dinâmica e lúdica, alunos do 6º ano aprendem sobre as cores
O Boas Práticas da semana explora o mundo da literatura e o mundo das ciências. As escolas da Rede Municipal de Educação promovem ações que contribuem para a formação de novos leitores e despertam o interesse pelo universo da investigação científica.
EM Adauto Lúcio Cardoso explora a ciência na prática
Dentro do contexto pedagógico, a comprovação prática de ensinamentos é um excelente caminho para melhor a compreensão dos assuntos abordados. Diante disso, estudantes do 8º ano da Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência científica partindo da aprendizagem investigativa para reforçar um conteúdo indispensável nas aulas de ciência: a digestão dos alimentos.
Para isso, foi apresentada para a turma uma situação problema em que um paciente apresentava sintomas que levaram o médico a desconfiar de uma possível deficiência na produção de enzimas digestivas. Assim, foi pedido que o paciente realizasse alguns exames para avaliar a hipótese médica. Dessa forma, os (as) estudantes simularam dois processos digestivos: a digestão do amido pela saliva e a digestão de proteínas pelo estômago.
Para essa simulação, foram feitos experimentos testando a digestão de amido em batatas, com o uso de iodo e saliva; e a digestão da proteína do ovo pelo suco de abacaxi. Por meio dessa prática, os(as) estudantes foram estimulados a elaborar hipóteses, registrar os resultados observados, elaborar explicações para os fenômenos observados, discutir e comparar suas ideias com os pares. A turma ainda participou de discussões acerca da importância da mastigação para favorecer a digestão dos alimentos e conheceu algumas doenças relacionadas à baixa produção de enzimas digestivas, além de suas consequências para a saúde.
As práticas investigativas são muito importantes no ensino de ciências por favorecerem a aproximação das experiências de aprendizagem que ocorrem na escola aos processos e práticas científicas. Além disso, ao observarem diretamente os fenômenos biológicos da digestão, os(as) estudantes puderam tornar concretos conceitos que geralmente são abstratos, possibilitando sua apreensão. Esse tipo de atividade também confere engajamento, demonstrando ao(à) aluno(a) que ele(a) é um protagonista no processo.
Ao proporcionar uma abordagem prática e investigativa, essas atividades contribuem para uma educação mais significativa e inspiradora, despertando o interesse pela ciência e pela pesquisa. “Achei muito legal a comparação do suco de abacaxi com o ácido do estômago e o experimento da batata com a saliva. Foi legal visualizar as reações que têm dentro do nosso corpo. Gostei também de primeiro fazermos as hipóteses, para depois sabermos os resultados.”, afirma Emília Moreira, estudante da turma.
Conhecendo a horta na Emei Ipiranga
Ao longo de 2024, o “Projeto Alimentação Saudável” buscou conscientizar estudantes, famílias e funcionários(as) da Emei Ipiranga em relação à importância de uma alimentação saudável, demonstrando que ela é culminância de um processo de várias etapas. Tal ação busca demonstrar como a relação humano-natureza pode ser harmoniosa, desde que trabalhada com cuidado e conhecimento, construindo sujeitos preocupados(as) com o ambiente em que crescem.
Assim, o projeto procurou demonstrar como o processo da alimentação se inicia com antecedência, desde o plantio até etapas como o processamento (ou não) do alimento, a escolha de compra, a armazenagem, o preparo, a ingestão e o desperdício, por exemplo. A proposta procurou orientar as crianças em um caminho pautado por melhores escolhas, que busquem causar menos impacto ambiental, fortalecer o comércio local e reconhecer o processo alimentar como um pilar indispensável para a manutenção da saúde individual.
As professoras levaram as crianças da faixa etária entre um e dois anos para conhecer a horta. Elas puderam caminhar pelo espaço, com a tarefa de tentar sentir o cheiro do manjericão e da salsinha, algumas das culturas presentes na horta escolar. Ainda tiveram a oportunidade de colher tomates maduros e degustá-los.
Hiolauza, uma das professoras responsáveis pelo projeto, relata suas percepções acerca dos impactos da proposta: “Proporcionamos para as nossas pequenas crianças um excelente momento de vivência e experimentação. Elas puderam tocar, sentir a terra entre os dedos, cheirar o manjericão, além de saborear um tomate colhido por elas mesmas. Puderam perceber as diferentes texturas de cada folha: algumas mais lisas, outras já ásperas. Foi uma atividade que, através da interação e mediação pedagógica, fez com que os alunos adquirissem novas habilidades e conhecimentos”.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma turma de crianças de um e dois anos conhecendo a horta da escola. É possível ver cerca de 10 meninos e meninas na frente de uma das plantações, com as folhas verdes já para fora da terra. Uma professora posa sorridente ao lado delas.
Foto por: acervo Emei Ipiranga.
Crianças da Emei Ipiranga conhecendo a horta da escola
EM Marlene Pereira Rancante comemora o “Dia Mundial do Livro”
No dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil e, no dia 23, o Dia Mundial do Livro. Trata-se de datas que nos convidam a incentivar a leitura e a homenagear autores(as), além de movimentar a escola no mês de abril, com ações que celebram a leitura e cumprem o papel de incentivar novos leitores e amantes da literatura. Pensando nisso, a EM Marlene Pereira Rancante propôs ações pedagógicas com o objetivo de incentivar e demonstrar a importância da leitura para os(as) 762 estudantes da instituição, além professores(as) e funcionários(as).
Atividades lúdicas alusivas ao livro e à leitura aconteceram tanto no turno da manhã como no da tarde. Nas salas de aula, em forma de uma ação surpresa, estudantes e professores(as) receberam a vista da "Turma do Livro" - professores fantasiados de personagens presentes nas histórias - Dom Pedro I, Chapeuzinho vermelho, Branca de neve, Cleópatra e uma fada. A ideia era lembrar dos contos e de seus ensinamentos, além de trazer novos conhecimentos e estimular os(as) estudantes a frequentarem a biblioteca.
Soma-se a isso a realização do sorteio de um livro para cada uma das turmas visitadas. Durante o recreio dos dois turnos, na biblioteca, houve a leitura de um poema e a distribuição de mensagens sobre o dia do livro e sobre a importância da leitura. Já na sala dos(das) professores(as), foi realizada a leitura de um poema por dois estudantes, uma música foi apresentada ao som do violão e mensagens foram entregues aos(às) docentes.
Por fim, todos os(as) funcionários(as) da escola também participaram da ação pedagógica: receberam mensagens sobre o dia do livro e foram incentivados a, além de serem leitores, também serem contadores de suas próprias histórias. Alguns sorteios também foram realizados, tornando-se um momento compartilhado por toda a comunidade escolar.
“Como articulador de leitura, avalio como positiva as ações desenvolvidas e destaco a alegria, a surpresa e a interação com os estudantes, sem contar a satisfação dos funcionários de também terem participado.”, afirma Sidnei Marinho, professor responsável pela intervenção pedagógica realizada.
#paratodosverem: Fotografia colorida de uma aluna mostrando um livro de capa amarela adquirido durante o projeto. Dentro de uma sala de aula, ela posa ao lado de duas mulheres, uma fantasiada de Chapeuzinho Vermelho e outra de Cleópatra.
Foto por: Acervo Marlene Pereira Rancante.
A “Turma do Livro” espalhou os benefícios da leitura pelas salas
Os clássicos da Literatura Infantil e seus valores no mundo contemporâneo
A literatura é uma aliada fundamental da educação. Além de desenvolver o hábito de interpretação dos fatos, também incentiva um melhor entendimento da própria realidade. Considerando a importância pedagógica da literatura, o projeto "Os clássicos da literatura infantil e seus valores no mundo contemporâneo", desenvolvido pela professora Luciane Alves com o 1º ano do Ensino Fundamental da EM Professor João Camilo de Oliveira Torres, tem como objetivo permitir que os(as) alunos(as) tenham uma relação lúdica e prazerosa com os clássicos literários infantis. Por meio desse trabalho, os(as) estudantes ocupam, ao mesmo tempo, o papel de ouvintes e também de personagens das histórias.
Por meio de encenações dos contos, com painéis, cenários, músicas e figurinos dos personagens, as crianças se sentem dentro das histórias, tornando o processo de aprendizagem mais interessante e prazeroso. O projeto ainda estimula a curiosidade, a oralidade, a criatividade, a atenção, a concentração, a imaginação, a percepção visual e auditiva dos(as) alunos(as), tornando as histórias atraentes e estimulando o gosto e o hábito de leitura.
"Eu me senti tão feliz em ser a Chapeuzinho Vermelho e depois a Branca de Neve, junto da professora Luciane e de meus colegas da turma, pois sempre sonhei em viver em um mundo encantado, onde todas as crianças fossem felizes e respeitadas. Eu nunca quero sair deste mundo encantado. Gostaria de viver nessas histórias para sempre", relata a aluna Geovana, de 5 anos.
#paratodosverem: a foto mostra a professora e 10 alunas vestidas de Branca de Neve. Todas estão com vestidos com a parte de cima azul e saia amarela, e a professora está com uma peruca preta curta. Ao fundo, no quadro, há cartazes e fotos dos personagens: Branca de Neve, rainha má e espelho mágico.
Fonte: acervo EM Professor João Camilo de Oliveira Torres.
Alunas do 1º ano interpretam personagens dos clássicos infantis
Projeto “Não seja um banana” promove reflexão na EM Prefeito Souza Lima
“O Diário de um Banana” é o primeiro livro da série homônima escrita por Jeff Kinney. O livro, apresentado como um diário escrito pelo personagem Greg Heffley (um garoto de 12 anos), concentra-se nas experiências e desafios enfrentados com frequência na adolescência, como bullying e situações embaraçosas, por exemplo. Considerando essas características, a professora Mônica Armaneli está desenvolvendo o trabalho “Não Seja um Banana” com sua turma, na EM Prefeito Souza Lima, que conta com simulações de situações que os(as) alunos(as) tendem a vivenciar em suas rotinas.
O projeto busca, por meio da produção de textos respondendo à pergunta “Por que não sou um banana”, incentivar o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, partindo da leitura do livro para realizar tarefas diárias de alfabetização e letramento. Entre os objetivos do trabalho estão dominar as relações entre grafemas e fonemas, compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita e desenvolver a fluência e a rapidez de leitura.
Durante as atividades, os(as) alunos(as) identificaram o medo e a falta de iniciativa como elementos que podem atrapalhar o enfrentamento de desafios cotidianos. Dessa forma, o trabalho também assume um papel no processo de autoconhecimento dos(as) estudantes.
”#paratodosverem: a imagem é uma montagem com quatro fotos. Na primeira, há um exemplar do livro “O Diário de um Banana”, de capa vermelha e com desenho de um menino triste. Na segunda foto, há uma folha da atividade em branco, ilustradas com alguns desenhos dos personagens do livro. Na terceira imagem, há uma folha com o desenho do mesmo menino da capa, porém com pequenos outros desenhos atrás. Na quarta foto, há mais uma folha de atividade com a pergunta o que é ser um banana e porque não são bananas.
Foto por: acervo da EM Prefeito Souza Lima.
Atividades feitas pela turma sobre o livro “O Diário de um Banana”
Boas Práticas Especial 02 de maio
Eleições do Projeto Ouvidor Jovem 2024 dão largada para a atuação dos(as) estudantes
O projeto Ouvidor Jovem é uma ação conjunta desenvolvida pela Subcontroladoria de Ouvidoria em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que objetiva incentivar as ações de gestão participativa nas escolas, encorajando o protagonismo dos(as) estudantes da Rede Municipal de Ensino de BH, sensibilizando e estimulando as comunidades escolares a refletirem sobre o dever de participação, a corresponsabilidade e o controle social.
A metodologia do projeto consiste em fases de divulgação da proposta, captação de alunos e alunas que desejam se candidatar ao cargo de ouvidor jovem, campanha eleitoral e, posteriormente, o início das atividades como ouvidor(a). Após a posse, utilizando o Sistema de Ouvidoria e Gestão Pública, por meio de acesso virtual, os(as) estudantes do Ensino Fundamental captam demandas na comunidade escolar, de modo a colaborar para a ampliação e a consolidação de ações que visem ao protagonismo estudantil nas escolas.
“O Projeto Ouvidor Jovem é mais um dos projetos da Diretoria de Educação Integral que visa o protagonismo dos estudantes da Rede Municipal de Belo Horizonte. As ações exercidas nele formam estudantes corresponsáveis com a cidade, na medida que exercem a cidadania e se responsabilizam pela participação na administração da comunidade e, consequentemente, da cidade.”, afirma Jussara Miranda Quintão, diretora da Educação Integrada.
Em 2024, nove escolas da Rede Municipal de Ensino de BH participam do projeto, sendo que cada uma, após o período eleitoral, elege um ouvidor jovem e dois suplentes para integrarem a equipe. Neste ano, as instituições participantes são: Escola Municipal Dulce Maria Homem,
Regional Barreiro; Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira, Regional Leste; Escola Municipal Professor Daniel Alvarenga; Regional Norte; Escola Municipal Francisco Campos, Regional Norte; Escola Municipal Governador Carlos Lacerda; Escola Municipal Anísio Teixeira, Regional Nordeste; Escola Municipal Salgado Filho, Regional Oeste; Escola Municipal Maria de Magalhães Pinto; Regional Pampulha; Escola Municipal Armando Ziller, Regional Venda Nova.
#paratodosverem:fotografia colorida dos candidatos do projeto junto às orientadoras. Dez crianças e 3 mulheres adultas posam para a foto à frente do quadro da sala, entre uma televisão contendo a foto de uma candidata e da urna utilizada para a eleição.
Foto por: Acervo Smed
Estudantes da EM Maria de Magalhães Pinto participam de processo eleitoral
A estudante Amanda Cristine dos Santos Cruz, candidata do 7º ano da EM Maria de Magalhães Pinto, conta como decidiu participar do projeto, revelando que enxergou na proposta uma maneira de transformar a comunidade escolar: “A gente passa mais tempo na escola do que nas nossas próprias casas, e ela tem que ser um ambiente seguro e confortável para todos ficarem bem aqui. A gente está tendo a oportunidade de sugerir, reclamar ou até elogiar, não só sobre a escola, mas sobre o bairro também. Como candidata, penso que o que vai me eleger são minhas atitudes e, nesse processo da campanha, eu estou dando meu melhor e me esforçando pois quero muito esse cargo. Eu quero muito ter essa responsabilidade de poder cuidar da nossa escola querida”.
A professora Liliane Rezende, articuladora do Ouvidor Jovem na EM Maria de Magalhães Pinto, ressalta a importância que o projeto adquire ao mostrar ao(à) estudante que ele(a) possui voz dentro do processo de aprendizado: “Quando ele sente que ele tem importância, que ele é um protagonista, ele tem maior vontade e desejo de estar nesse espaço e, portanto, de aprender. Além de mobilizar a escola, o Ouvidor Jovem proporciona essa comunicação direta com alguém que vai ouvir, algo que é muito legal para os estudantes”.
O projeto se estenderá ao longo de 2024 buscando promover a transformação positiva dos ambientes escolares. Na próxima etapa, ocorrerá a cerimônia de posse dos ouvidores e suplentes eleitos, que serão treinados para utilizar a plataforma BH Digital e colocar em prática o fluxo de informações proposto pelo projeto.
Os ouvidores jovens são o canal direto de comunicação da comunidade escolar com a Prefeitura de Belo Horizonte. Utilizando o Sistema de Ouvidoria e Gestão Pública, os(as) alunos(as) captaram demandas na comunidade escolar, de modo a colaborar para a ampliação e a consolidação de ações que visam ao protagonismo juvenil nas escolas. Assim sendo, ao exercerem, entre seus pares, o papel de incentivadores, catalisadores e propulsores da importância da participação da comunidade escolar, contribuem para o aprimoramento das políticas públicas do município.
#paratodosverem: fotografia colorida de um estudante participando da eleição do projeto. Ele está sentado em uma cadeira e, à sua frente, se encontra um notebook utilizado como urna, isolado por uma caixa azul e verde. Sua mão se encontra sob o mouse do computador.
Foto por: Acervo Smed
Estudante participa da eleição do Ouvidor Jovem 2024
Projeto Baú de Experiências Brincantes movimenta a Emei Palmeiras
Nada é mais próprio da infância do que a brincadeira. No ambiente escolar, é importante considerar esse aspecto, de modo que devem ser desenvolvidas oportunidades de atrelar essa prática tão importante da infância às intencionalidades pedagógicas. Nesse sentido, as escolas precisam constituir espaços que promovam aprendizagens significativas para os(as) estudantes, de modo que possam explorar os movimentos, interagir com outros colegas, fazer descobertas, entrar em contato com a natureza e encarar os diversos desafios que essas vivências podem propiciar. Diante disso, o ‘brincar’ surge como uma atividade que auxilia na formação e na socialização, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, sociais, físicas, afetivas, cognitivas e emocionais.
Pensando nisso, o projeto “Baú de Experiências Brincantes”, desenvolvido na Emei Palmeiras, buscou potencializar materiais e espaços brincantes, sempre considerando a participação, os apontamentos e os desejos das crianças. Ao compreender a brincadeira como aliada nos processos de ensino-aprendizagem, abre-se um horizonte de possibilidades. A proposta busca ampliar o repertório de experiências brincantes, desenvolver a coordenação motora, o trabalho coletivo e a cooperação, além de estimular a imaginação, a criatividade e a curiosidade das crianças das turmas envolvidas.
Para tal, em um primeiro momento, foi realizada uma roda de conversa para apresentar o baú e o projeto, bem como explicar as etapas da proposta. Assim, foi feito um levantamento sobre as concepções e conhecimentos prévios das crianças sobre brincadeiras e o que gostariam de saber mais sobre o tema, por meio de discussões e cartazes. Essa fase foi importante para entender as demandas de cada pessoa, valorizando-as como diferentes indivíduos e buscando uma atuação mais assertiva no processo.
Como parte do projeto, toda semana, uma experiência brincante é realizada no pátio ou na sala de aula, complementada por registros fotográficos e escritos, além de desenhos, pinturas, recortes e colagens. Ao longo do mês de abril, as práticas abordadas foram: luz negra e sombras; formação do arco-íris; desenho nadando e dedo mágico com orégano.
Essas e outras atividades trabalhadas serão retratadas em um pequeno livro ao final do projeto, como culminância da proposta. O material divulgará as experiências pelas quais as crianças mais se interessaram e será ilustrado com os desenhos da turma de 5 anos. Visando à construção de cidadãos conscientes e garantir seu direito à cultura e aos espaços da cidade, também serão realizadas visitas em locais brincantes de Belo Horizonte, como o Centro Cultural Banco do Brasil, o Museu das Minas e do Metal Gerdau, o Memorial Minas Gerais Vale, o Museu de Ciências Naturais PUC Minas, o Espaço do Conhecimento da UFMG, dentre outros.
A professora Ana Paula, referência da turma de crianças de dois anos, detalha o impacto positivo das ações: "Percebo que, a cada experiência oferecida às crianças, elas têm a oportunidade de ampliar o repertório de brincadeiras, desenvolvem habilidades sociais, cognitivas, emocionais e físicas. De forma natural, exploram a criatividade, estimulam a imaginação e aprofundam os vínculos com professoras e colegas. O projeto tem sido um meio importante para o desenvolvimento da turma".
#paratodosverem: colagem com seis fotografias demonstrando diferentes brincadeiras exploradas no projeto. As três fotos de cima apresentam: uma menina colocando o braço em uma caixa misteriosa; uma outra vendada em uma cadeira; e a outra com várias crianças fazendo experimentos com panelas. Nas três fotos de baixo, os(as) estudantes estão explorando plantas com lupas, desenhando na luz negra e cuidando de uma horta.
Fotos por: Tatiana Reis
Colagem com algumas das propostas brincantes trabalhadas pelo projeto
Emei Goiânia brinca com o alfabeto e celebra a diversidade
Entender a história e a cultura dos povos que compõem o Brasil é essencial para compreender o país e sua diversidade. Na Emei Goiânia, o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena faz parte do projeto político pedagógico e das práticas escolares desenvolvidas ao longo do ano. Com o objetivo de descobrir nossas raízes, entender nosso passado e pensar no presente, desmistificando ações e falas preconceituosas, a professora Claudete Maria de Freitas Cunha está desenvolvendo, ao longo deste ano, o projeto “Brincando com o Alfabeto, Valorizando Palavras de Origem Africana e Indígena” com a Turma do Carinho, composta por crianças de 4 a 5 anos de idade. “A ideia é fazer uma atividade diferenciada para cada letra do alfabeto”, explica Cunha.
No trabalho, cada letra do alfabeto simboliza um objeto ou uma arte que remete às culturas afro e indígena. No mês de abril, por exemplo, os alunos aprenderam sobre culinária com a degustação de um bolo de fubá e participaram de uma roda de capoeira, promovida em parceria com o oficineiro Higor Bruno Oliveira Silva. Dessa forma, o alfabeto lúdico, que trabalha desde a palavra ginga ao nome Heitor dos Prazeres, tem cativado os(as) estudantes. "Achei legal, porque trabalha a questão da cor, do cabelo e saiu daquela mesmice de ‘A’ de ANEL etc. As crianças estão gostando muito! O aluno que acompanho está encantado, só fica passando a mão no alfabeto”, relata Cinthia Cordeiro de Aguiar Vieira, auxiliar de apoio à inclusão.
Cunha ressalta ainda a importância da prática para que as crianças ampliem o vocabulário e o sentimento de pertencimento de forma divertida e prática: “Cada letra envolve uma atividade diferenciada, de forma que a criança aprenda brincando e se veja nesse processo, criando uma identidade”.
#paratodosverem: colagem com quatro fotografias coloridas, com duas fotos em cima e duas fotos abaixo. A primeira, da esquerda para a direita, mostra o oficineiro Higor ensinando capoeira para 10 crianças. Na segunda foto, ainda da oficina, as crianças estão com os braços posicionadas de forma horizontal à frente do corpo. Na terceira foto, 16 crianças estão reunidas, com suas carteiras em roda, em volta de uma mesa com uma forma de bolo em cima. A professora está em pé, completando o círculo, falando com as crianças. Na quarta foto, a forma está destampada e é possível ver o bolo de fubá.. Algumas crianças estão sentadas em cadeiras atrás da mesa.
Fotos por: acervo da Emei Goiânia.
Alunos participam de oficina de capoeira e degustação de bolo de fubá com o projeto Brincando com o Alfabeto, Valorizando Palavras de Origem Africana e Indígena
Emei Universitário viaja pela África
No ano de 2024, a Emei Universitário implementou o projeto institucional “Vivendo a diversidade: ritmos, cores, sons, traços, sabores e saberes da cultura afro-brasileira”, com o intuito de ampliar as vivências com a diversidade, em busca da construção de sujeitos antirracistas. Para atingir a proposta, as turmas Cuscuz, Baobá e Terra Mar propuseram investigar nossas origens, propondo uma viagem pela África.
Dessa forma, o projeto procura resgatar vivências e saberes de países importantes do continente, a fim de entender como isso se manifesta na realidade brasileira. Para tal, os destinos escolhidos para as “viagens” foram: África do Sul, Egito, Guiné-Bissau e Moçambique (sendo que os dois últimos são nações que adotam o português como língua oficial).
A primeira parada foi orientada pela professora Rosemeire, que apresentou sua experiência como missionária em países da África. Ela também realizou uma exposição com os objetos que trouxe de lá. Também foi possível conhecer mais sobre a cultura de Guiné-Bissau, já que as crianças puderam conversar com Alexandre, nascido no país e pai da aluna Elis. Como forma de enriquecer o encontro, ele apresentou a moeda oficial daquele país, compartilhou curiosidades e fez dois sucos que são muito consumidos por lá: tamarindo e hibisco.
A experiência deu o que falar na Emei Universitário: “Adorei saber o nome do pai da Elis na África! É bem diferente dos nomes daqui de Belo Horizonte.”, afirmou a aluna Isis Moreira. A expectativa é de que crianças seguirão viajando pelo continente africano no decorrer do projeto, conhecendo a importância de valorizar a diversidade cultural por meio de exposições enriquecedoras como as de Alexandre e de muitas novas e divertidas experiências.
#paratodosverem: fotografia colorida de Alexandre realizando sua apresentação. A foto, tirada pela lateral, mostra que ele está à frente do quadro, conversando com a turma. Ao fundo, é possível ver uma dezena de crianças encostadas na parede ,observando a apresentação.
Foto por: acervo Emei Universitário.
A visita de Alexandre inaugurou as viagens pela África
Dia Nacional dos Povos Indígenas na EM Professor Lourenço de Oliveira
Aproveitando o mês em que se comemora o Dia Nacional dos Povos Indígenas, celebrado anualmente no dia 19 de Abril, a EM Professor Lourenço de Oliveira realizou um importante trabalho de valorização dessa parcela tão fundamental na sociedade na formação da cultura brasileira. Ao entrar em contato com materiais que valorizam as tradições e a diversidade originária do país, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os costumes, as influências e a herança cultural dos povos indígenas.
O trabalho teve como foco a contação de histórias de obras de autoria de escritores indígenas, mas também foram desenvolvidas atividades de apreciação das imagens e roda de conversa com ricas discussões e registro, por meio de desenhos, da riqueza das culturas dos povos originários. Além disso, os(as) estudantes ouviram a música "Pindorama", do grupo Palavra Cantada, que aborda como era o Brasil antes da “chegada” de Pedro Álvares Cabral, no século XV. As reuniões coletivas e expositivas geraram um importante fluxo de reflexões acerca da presença e da influência dos povos nativos do país na sociedade que conhecemos.
#paratodosverem: fotografia colorida da contação de histórias realizada pela turma. 15 estudantes e a professora estão ao redor de um pano verde estampado com flores rosas. Em cima do pano, encontram-se sete livros, de capas marrom, vermelha, branca e amarela.
Foto por: acervo EM Professor Lourenço de Oliveira
Crianças reunidas para a contação de histórias de autores indígenas brasileiros
Projeto Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola
A Escola Municipal Lídia Angélica promoveu uma série de palestras e atividades sobre o tema “autismo”. A proposta foi disseminar informações e apresentar novas possibilidades para uma educação mais inclusiva em relação aos alunos autistas que estudam na instituição, iniciando uma discussão mais ampla sobre deficiência e neuro divergência no âmbito de toda a comunidade escolar.
A sigla TEA - Transtorno do Espectro Autista - é pouco conhecida e compreendida, apesar das estatísticas de estudiosos internacionais indicarem que o número de crianças autistas é de 1 para cada 36 crianças neurotípicas. Muito distante de ser um "surto de autismo", como popularmente disseminado, esse número reflete uma subnotificação do referido transtorno, uma vez que os critérios diagnosticados foram atualizados na última década, e muitos adultos contemporâneos não foram diagnosticados na infância ou adolescência. Identificar e aprender a lidar com divergências e dificuldades cotidianas do grupo diagnosticado com TEA tornou-se o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto, com ações de ordem teórica e prática que culminarão em um ambiente escolar mais compreensivo e inclusivo.
A diversidade e a necessidade de uma educação inclusiva são previstas na BNCC, independentemente das habilidades específicas e competências a serem desenvolvidas, tendo em vista a necessária flexibilização para uma efetiva inclusão no ambiente escolar. A Lei 13.146/2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, é mencionada na BNCC devido à sua importância para a promoção de uma comunidade escolar mais inclusiva.
A coordenadora pedagógica geral da EM Lídia Angélica, Graziela Soares, explica a importância de inserir os(as) educadores(as) no debate sobre o tema: “A participação dos educadores nas palestras foi de suma importância para a capacitação desses profissionais em relação ao trabalho em sala de aula com alunos autistas, a questão da inclusão sempre deve ser discutida para que possamos identificar certas características comportamentais e poder ajudar da melhor forma no atendimento desses alunos pedagogicamente”.
Ciclo de debates
Considerando a importância de debater esse assunto dentro da comunidade escolar, uma série de medidas foram adotadas com o objetivo de conscientizar os(as) estudantes sobre essa questão. Uma delas foi a atividade desenvolvida com os(as) alunos(as) da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental, que foram agraciados(as) com uma "contação de histórias" do livro da DoroTEA - A peixinha autista, do autor Bruno Grossi Begê, que esteve presente para realizar a atividade. Exemplares do livro foram disponibilizados na biblioteca.
Para a professora alfabetizadora Creusa Coelho, a ação promoveu novas reflexões produtivas sobre o assunto: “Houve encontros com professores e alunos juntos no mesmo espaço e encontros apenas com professores para discussão do tema e o debate sobre formas de alcance dos autistas dos três suportes: 1, 2 e 3 e formas de abordagem para desenvolvimento de aprendizagens”.
Por meio do projeto, foi possível conscientizar a comunidade escolar a respeito do TEA, além de preparar professores, equipe pedagógica e funcionários para lidar com o bullying contra alunos neuro divergentes, assim como com suas crises e necessidades de aprendizagem específicas. Dessa forma, será possível criar na escola um ambiente inclusivo e acolhedor para autistas e neuro divergentes. "Aprendi que nós temos que ter mais cuidado com os autistas em relação à sua deficiência como por exemplo com os barulhos, incluir nas atividades da sala, apoiá-los, ser amigo, não ser rude com eles e falar da forma que eles nos entendam. Nas outras deficiências também ter respeito, ajudá-los na realização das tarefas e trabalhos em grupo e festividades da escola", relata Fabricio Soares Montorri, aluno do 6° ano que participou das atividades.
#paratodosverem: fotografia colorida de um mural. Nele, há diversos cartazes, recados e desenhos sobre inclusão e acolhimento ao autista, como “Autismo não é doença, é apenas uma diferença” e “Enquanto existir amor não existirá diferença”.
Foto por: acervo EM Lídia Angélica.
Atividades sobre o Transtorno de Espectro Autista levam alunos e educadores a refletir sobre a escola como ambiente acolhedor
Educação e saúde seguem juntas em BH
Em Belo Horizonte, saúde e educação andam de mãos dadas, e um exemplo disso é a parceria da Secretaria Municipal de Educação com o Hospital Evangélico, no Centro Nefrológico de Venda Nova. O projeto teve início em 2018, quando uma equipe multidisciplinar da saúde do hospital procurou a Smed com a possibilidade de implementar turmas de EJA no hospital. Com o trabalho da Escola Municipal Padre Marzano Matias, referência nesse atendimento, pacientes em tratamento de hemodiálise tornaram-se estudantes do Ensino Fundamental.
Alunos(as) da EJA se superam: hemodiálise e aulas ao mesmo tempo
O projeto “Vivendo e Aprendendo”, em parceria com a Unidade de Nefrologia do Hospital Evangélico, em Venda Nova, tem alcançado êxito e favorecido transformações reais na vida dos(as) estudantes. Ter aulas enquanto realizam os procedimentos de hemodiálise permitiu que os pacientes conquistassem a autonomia de realizar sozinhos procedimentos médicos que poderiam ser feitos em casa, mas que eram realizados no hospital devido à dificuldade de ler e interpretar informações. A proposta tem o objetivo de capacitar as turmas não apenas para ler e escrever, mas também para dominar o conteúdo programático do Ensino Fundamental.
As aulas são ministradas pelos(as) professores(as) da escola durante o processo de hemodiálise, que costuma durar de duas a duas horas e meia. De acordo com Júlio Cezar Matos Pereira, diretor da Escola Municipal Padre Marzano Matias, as nove turmas aprendem todas as disciplinas (como português, matemática, ciências, geografia e arte), que são adaptadas de acordo com o nível de aprendizado de cada grupo: “Tem alunos no processo de alfabetização, alguns já são alfabetizados num nível intermediário e outros são mais avançados, já estão no processo final da alfabetização. As atividades são elaboradas coletivamente pelos professores e pela coordenação pedagógica para o perfil de cada estudante, pois esse atendimento é individualizado”.
O trabalho é também uma forma de ocupar o tempo em um momento que gera ansiedade nos pacientes, que é o tratamento. Denise Fernanda Risi, coordenadora pedagógica das turmas externas da EJA, enaltece o interesse, a persistência e a resiliência dos(as) alunos(as): “São pessoas que buscam na escola uma forma de realizar o sonho de completar os estudos que não puderam ser concluídos em idade regular; mas também buscam uma forma de ocupar o tempo que disponibilizam para o tratamento de saúde que fazem no Centro de Nefrologia. Às vezes se surpreendem e verbalizam sobre a influência positiva da oportunidade de estudar durante o seu tratamento”.
Por ano, projeto capacita mais de 20 alunos para cursar o Ensino Médio. Além disso, colabora para o processo de emancipação desses(as) estudantes. “Tivemos o relato do hospital de que alguns desses ex-alunos, depois que aprenderam a ler melhor, interpretar, trabalhar melhor com os textos e com a leitura, conseguiram inclusive ter alta ou diminuir o tratamento, já que muitos dos procedimentos poderiam ser feitos em casa e não são feitos pela dificuldade de entender e interpretar as informações”, relata Pereira.
Em visita à unidade, o secretário de educação, Bruno Oitaven Barral, reforçou a importância da iniciativa e incentivou os(as) pacientes-estudantes a se fortalecerem nessa jornada por saúde e educação. O projeto demonstra a importância da parceria que, além de ofertar, ampliar e promover o sonho de jovens e adultos de completar os estudos que não puderam ser concluídos em idade regular, contribui para levar a perspectiva de novos horizontes e possibilidades na busca por uma vida mais saudável, especialmente no que diz respeito à saúde mental e social.
#paratodosverem: fotografia colorida do secretário de educação no Centro Nefrológico de Venda Nova. À sua frente, está sentada uma paciente usando aparelhagem, com um lápis na mão e uma folha no colo. O secretário olha e aponta para a folha, mostrando algo no papel para a paciente.
Foto por: Beth Fraga.
Secretário municipal de educação visita Centro Nefrológico de Venda Nova
A ideia é pioneira e inspirou iniciativas semelhantes na cidade. Segundo Risi, em fevereiro deste ano, outras quatro turmas foram abertas na Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, no projeto nomeado de “Linhas que dão vida”. Para Pereira, projetos como esse são fundamentais não só pelos resultados pedagógicos, mas também pelo retorno humano: “É muito importante que haja as conquistas que eles (os alunos) vêm tendo na vida social, não só na vida escolar, a medida que eles alcançam outros direitos na sociedade a partir do contato com a aprendizagem.”
#paratodosverem: fotografia colorida da porta de uma sala. Nela, está escrito, em letras laranjas, “EJA EXTERNA”. Acima da identificação, há um enfeite de estrela dourado. Abaixo, um enfeite de urso com roupa cor de rosa.
Projeto da EJA Externa alfabetiza turmas durante o processo de hemodiálise
Dia Nacional do Livro Infantil
A literatura infantil brasileira, dada sua importância para a construção da educação no país, possui data própria: o 18 de abril, o Dia Nacional do Livro Infantil. A data é parte integrante do calendário oficial do Brasil desde janeiro de 2002, quando o Congresso Nacional aprovou a comemoração em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, que nasceu nesse mesmo dia, em 1882, em Taubaté, São Paulo.
Para utilizar a data como uma forma de enaltecer e valorizar o poder da leitura, as escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH) preparam atividades que colocam os livros num lugar de protagonismo na transformação de alunos(as) em cidadãos(ãs) preocupados(as) em transformar o mundo em um lugar melhoras para todos e todas.
EM José Maria Alkmim
A celebração do 18 de abril foi marcada por atividades que fomentam o incentivo à leitura como essencial para uma educação cidadã e de qualidade na EM José Maria Alkmim. Na escola da Regional Venda Nova, a biblioteca contou com uma semana de atividades especiais, com contação de histórias e diversas exposições literárias. A ação teve o objetivo de comemorar o “aniversário do amigo livro”, representando uma verdadeira celebração do ato de ler.
Inicialmente, por meio de vídeos interativos, canções e contação de histórias das obras "Você é importante", de Christian Robinson, e "Direitos do pequeno leitor ", de Patricia Auerbach, buscou-se estimular e incentivar o hábito da leitura, demonstrando seus benefícios. Além disso, trabalhou-se com outra função essencial dos livros: sua capacidade de registrar histórias em um mundo onde a cultura de qualquer povo é registrada por meio da escrita.
As atividades seguiram com a confecção de um grande livro interativo em que os personagens da história eram fantoches, reforçando o caráter de participação do(da) estudante na construção dos saberes. Assim, o Dia Nacional do Livro Infantil foi de grande importância para garantir novas oportunidades de formação cidadã.
Nesse sentido, a escola destaca como é essencial que o acervo das bibliotecas potencialize o incentivo à leitura, garantindo a dinamização e a democratização desse bem cultural. "O livro é o grande protagonista da disseminação do conhecimento científico produzido em todo o mundo!", afirma Érica Lopes, bibliotecária da RME-BH.
#paratodosverem: fotografia colorida de quatro crianças brincando com fantoches do livro interativo. Cada uma tem, em uma das mãos, um dos quatro personagens principais da Turma da Mônica. O menino que segura o Cebolinha olha para a câmera enquanto as outras três meninas brincam entre si. Ao fundo, é possível ver o grande livro aberto.
Foto por: acervo EM José Maria Alkmim
Estudantes brincam com o livro interativo
EM Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu
Em referência ao autor homenageado pela data, os(as) docentes da EM Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu trabalharam com os(as) estudantes o vasto acervo do Sítio do Picapau Amarelo, apresentando vídeos, histórias e músicas. Além disso, foi exposta, na rampa de acesso da escola, a cronologia de Monteiro Lobato e de seus personagens, contando com uma estante repleta de livros do escritor brasileiro.
A escola também elaborou um bingo literário com perguntas sobre os livros de interesse dos estudantes. Além disso, foi possível trabalhar temas relacionados aos povos originários do Brasil, unindo outra data importante, que é celebrada no dia seguinte ao Dia Nacional do Livro Infantil.
As atividades trabalhadas nos turnos da tarde e da manhã foram orientadas pela leitura de textos de Monteiro Lobato. Dessa forma, além do incentivo à leitura, foi possível demonstrar a riqueza da cultura brasileira, que pode ser acessada e conhecida por meio de registros históricos como os livros, ressaltando sua importância.
#paratodosverem: fotografia colorida dos estudantes observando a cronologia de Monteiro Lobato exposta na rampa da escola. Na rampa, fragmentos plastificados contendo detalhes da vida do autor e de personagens estão colados num papel rosa no corrimão. Em fila, cerca de cinco jovens realizam a leitura, enquanto outros esperam.
Foto por: acervo da EM Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu.
Estudantes aprendem sobre Monteiro Lobato e o Sítio do Picapau Amarelo
Dia Nacional dos Povos Indígenas
O 19 de abril marca o Dia Nacional dos Povos Indígenas, uma data que nos convida a refletir sobre a importância da cultura e das tradições indígenas na construção da identidade brasileira. O reconhecimento da pluralidade dos modos de vida, crenças, costumes, usos e herança cultural, e o respeito às formas de organização própria, bem como aos direitos originários dos povos indígenas sobre suas terras, são direitos constitucionais. Assim, a data é uma oportunidade para aprofundar as discussões acerca das questões e desafios que afetam os povos nativos brasileiros.
EM Jardim Felicidade
Na semana do Dia Nacional dos Povos Indígenas, a Escola Municipal Jardim Felicidade recebeu a visita do pajé e professor Deda Xakriabá, indígena de um dos poucos povos originários restantes de Minas Gerais, que habita tradicionalmente o norte do estado. Os(As) estudantes puderam conversar e aprender sobre saberes e ciências ancestrais importantes para a história e a cultura viva do país. Ao final da conversa, os(as) jovens puderam saudar a diversidade existente no Brasil.
Durante o diálogo, o pajé Deda apresentou informações gerais sobre a realidade do povo Xakriabá, como localização do território e densidade populacional. Na sequência, abriu para perguntas livres dos(as) estudantes, que demonstraram interesse em entender suas marcas culturais, indagando sobre pintura corporal, vestimentas e adereços, divisão de tarefas no território, condições de moradia e acesso à internet, relacionamentos e casamentos, sistemas educacional e de saúde, dentre outros temas. Além dessas atividades, Deda visitou o espaço agroecológico, destinado ao cultivo de plantas, e compartilhou conhecimentos de seu povo com a professora de ciências da instituição.
"A presença de um indígena na escola, falando de seus saberes e culturas, é de suma importância para os estudantes, pois desmistifica os pensamentos construídos através de estereótipos. Traz também relevantes discussões sobre preservação ambiental, cultura, valores e respeito às diferenças. Receber o pajé e professor Deda Xakriabá em nossa escola foi um presente, e os estudantes se envolveram e demonstraram muita curiosidade, enriquecendo o momento.", afirma Luci Vânia Gonçalves Nunes, diretora da EM Jardim Felicidade.
#paratodosverem: fotografia colorida do Pajé Deda Xakriabá com os estudantes da escola. Cerca de 12 estudantes, sentados em torno de uma mesa de granito cinza, olham para ele e conversam entre si, enquanto ele mostra um caderno. O pajé está trajado com um cocar de penas brancas e azuis e apresenta uma pintura preta embaixo dos olhos e na bochecha.
Foto por: acervo EM Jardim Felicidade.
Pajé Deda Xakriabá conversa com os estudantes
EM Rui da Costa Val comemora 32 anos a serviço da educação
Toda véspera de Páscoa ganha contornos ainda mais celebrativos na Escola Municipal Rui da Costa Val, já que é quando é comemorado o aniversário da escola. Nesse sentido, em 2024, ano que marca o 32º ano de existência da instituição, buscou-se realizar um trabalho ainda mais especial, que pudesse promover a valorização da história da EMRCV e o estreitamento dos laços de integração entre estudantes e escola.
Assim, foi elaborado um cronograma que pudesse atingir o objetivo de unir os universos social e cultural que constroem a identidade da escola. Como forma de incentivar o processo de investigação dos(as) alunos(as), foi proposto que eles(as), por meio de pesquisa, descobrissem quem foi o homem que dá nome à escola; além de fazerem um levantamento de todos os diretores que passaram pela escola e apresentarem um breve histórico da fundação da instituição e seu anexo. Foram trabalhados conteúdos interdisciplinares sobre o aniversário da escola, com a construção de textos, lembranças, vídeos, podcasts, entre outras atividades que promoveram a interação escola/família.
Para efetivar a proposta, foram realizadas pesquisas nos arquivos da escola, com a elaboração de uma galeria com as fotos dos ex-diretores e uma filmagem de entrevistas realizadas com moradores(as) do bairro para contar a história da escola, culminando com uma contação de histórias e o compartilhamento das descobertas. Dessa forma, a celebração do aniversário da EM Rui da Costa Val surge como uma oportunidade de autoconhecimento, possibilitando uma construção humanitária em uma comunidade que almeja um convívio de igualdade, fraternidade, respeito, colaboração e cidadania.
O trabalho de levantamento e valorização do histórico da escola e de seus personagens possibilitou a construção de um ambiente comum, favorecendo a construção de um sentimento de pertencimento por parte dos(as) estudantes. Assim, o aniversário da instituição deixa de ser apenas mais uma data no calendário para se tornar um importante momento de partilha de conhecimento e vivências.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes comemorando o aniversário da escola. Cerca de 15 crianças formam uma roda e estendem seus braços ao centro, mostrando um bolo para a câmera. O bolo é preto com detalhes pretos e dourados, incluindo flores de ambas as cores.
Foto por: acervo EM Rui da Costa Val
Estudantes comemoram os 32 anos da EM Rui da Costa Val
Letramento Digital na EJA da EM Francisca Alves
Buscando a inserção dos(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no mercado de trabalho, tendo em vista o acirramento da competitividade diante de questões tecnológicas, a Escola Municipal Francisca Alves vem promovendo importantes experiências de letramento digital, contribuindo para a construção de indivíduos aptos a realizar leituras digitais com fluência e utilizar dispositivos eletrônicos com independência, algo que é constantemente exigido no atual mercado de trabalho.
O projeto foi proposto após a observação do grupo de estudantes e suas necessidades perante a crescente digitalização tanto do mercado quanto da vida como um todo. Assim, utilizando os tablets, eles(elas) têm aulas semanais por meio do aplicativo Palma Escola, que é desenvolvido para a alfabetização de jovens e adultos. Também são utilizados os fones de ouvido e a internet disponíveis no laboratório de informática da escola.
Assim, a ação une o processo de alfabetização à tecnologia, dando oportunidade aos não nativos digitais a participarem desse movimento de “digitalização”. A ideia é promover uma educação que gere oportunidades por meio da equidade e da inclusão. De acordo com o observado, após alguns meses, os(as) estudantes vêm demonstrando autonomia para lidar com os recursos, o que, inclusive, favoreceu a assiduidade nas aulas.
Patrícia Soares Viana, estudante de uma das turmas de alfabetização da escola, testemunha os avanços promovidos: "Estou amando a aula de informática. Ajudou muito a minha mente e também a utilizar melhor meu telefone celular. A melhor coisa que fizeram foi inventar essa aula de informática para nós", afirma.
Já Antônio Lopes de Souza, aluno de uma das turmas de alfabetização, também está animado: "Mudou muita coisa em relação ao conhecimento, aprendi a digitar, antes eu ficava só escrevendo no caderno e agora, usando os tablets, está melhorando muito. Gostei muito, aprendo bastante coisa", comemora.
Para a escola, a atividade é uma oportunidade para estudantes e professores(as), pois une alfabetização e letramento digital, promovendo o melhor uso das ferramentas disponíveis, buscando garantir a qualidade do ensino, e oportunizando situações de aprendizado mais modernas, que possibilitam maior equidade na educação, considerando um mundo já tomado pela tecnologia e que, muitas vezes, exclui tantas camadas da população.
#paratodosverem: fotografia colorida de cinco estudantes da EJA participando de uma atividade de letramento digital, com o auxílio de uma monitora que está em pé e aponta para a tela de um tablet. Os alunos e alunas estão sentados ao redor de uma mesa retangular de granito, equipados com fones de ouvido e tablets.
Foto por: acervo EM Francisca Alves
Estudantes da EJA desenvolvem letramento digital
O estado de Minas Gerais está em situação de emergência desde janeiro devido à alta incidência das doenças provocadas pelo Aedes aegypti. Diante do delicado contexto decorrente da situação em todo o país, diferentes formas de lidar com a questão surgem nas escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte para promover transformações sociais, melhorando as condições de saúde das comunidades nas quais as escolas estão inseridas.
E-book "O 4º ano contra o mosquito da dengue"
A Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira desenvolveu uma proposta que surgiu do protagonismo exercido pelos(as) estudantes nas intervenções pedagógicas em literatura, com a escrita de um livro.
Após as rotineiras rodas de leitura feitas em sala de aula, foi sugerido aos alunos e alunas do 4º ano que eles(as) mesmos(as) pudessem contar suas próprias histórias. Assim, tendo em vista a alta incidência de casos de dengue nos primeiros meses de 2024, os(as) estudantes propuseram escrever sobre o tema, que possui alta relevância para a vida de todos(as) da comunidade escolar.
A escrita do livro foi concebida de forma bastante livre, de modo que os(as) alunos(as) sugeriram os conteúdos a serem abordados e o coordenador pedagógico da escola foi costurando todas as contribuições até que se chegasse a uma narrativa coesa. Assim, o enredo traz a história de um grupo de estudantes do 4º ano que, percebendo a ausência de colegas nas aulas, decide investigar o que estava acontecendo. Assim que descobrem que os amigos e amigas estavam doentes em função da contaminação pelo vírus da dengue, os estudantes iniciam uma campanha de conscientização no bairro Santa Tereza, onde fica a escola.
Explorando também as tecnologias, foram tiradas fotografias na escola que, depois, foram transformadas em desenhos do tipo colagem por meio de ferramentas de inteligência artificial. Além da inclusão digital, essa etapa do processo objetivou demonstrar aos alunos que a tecnologia, se bem utilizada, também auxilia no processo educativo.
#paratodosverem: Imagem colorida do trecho de um livro digital que tematiza a dengue. Na parte de baixo, existem três imagens que foram geradas artificialmente e se assemelham a desenhos que representam três estudantes da escola. Acima, aparece o seguinte texto: “Com o passar dos dias, mais alunos começaram a faltar. Primeiro Beatriz, depois João, a Violeta… Até que quase toda a turma estava ausente”. Foto por: acervo EM Professor Lourenço de Oliveira
O 4º ano contra o mosquito da dengue
Régis Clemente Quintão, coordenador do 2º ciclo na EM Professor Lourenço de Oliveira e responsável direto pela montagem da obra, relatou a importância da prática para as turmas: “A confecção do livro com as turmas do 4º ano mostrou como os alunos ficam interessados quando são protagonistas do processo. A tarefa distraiu, encantou e fez com que soltassem a imaginação, despertando o prazer pela leitura, o que contribui para a aprendizagem, para a aquisição de competências e para o desenvolvimento pessoal e social. Por meio da leitura e da escrita, eles foram capazes de criar conexões entre o que é aprendido na escola e o que é vivenciado fora dela. Assim, não restam dúvidas de que a leitura é uma prática que cria possibilidades de aprendizagem criativa, de entretenimento e reflexão.”, diz.
Dessa forma, surgiu o e-book “O 4º ano contra o mosquito da dengue”, formulado por estudantes da rede pública municipal de educação de BH e que pode ser acessado por meio do link: <https://drive.google.com/file/d/1zA8_cv5vglaWwLwSdvBtnLbfrpBWsgdp/view>.
Teatro na Emei Itamarati
Ainda no âmbito da utilização das expressões artísticas como meio de transmissão de conhecimentos e conscientização sobre a dengue, a Emei Itamarati, do bairro Santa Mônica, realizou uma apresentação de teatro voltada para o tema. A exposição de conhecimentos importantes na luta contra a dengue de forma lúdica traz benefícios para a construção de uma juventude atenta a importantes questões de saúde de sua comunidade.
A história da peça ““Itamarati contra a dengue” se passa na própria escola, quando a protagonista relata aos presentes que viu dois mosquitos passeando ao redor da instituição. Enquanto ela sai para procurá-los, eles aparecem em busca de vasilhames ou objetos com água parada acumulada para se reproduzir. Quando a personagem avista o casal de insetos no parquinho, as próprias crianças, alvoroçadas, indicam as tampinhas e vasilhas onde a fêmea botou ovos, fazendo com que ela pudesse jogar a água fora. Depois, com o auxílio de um inseticida, os vetores da dengue foram expulsos.
#paratodosverem: fotografia colorida dos três atores da peça. No primeiro plano, uma mulher de macacão rosa simula uma feição de medo. Atrás dela, um homem e uma mulher estão fantasiados de mosquito da dengue, fingindo que a estão assustando, utilizando vestimentas pretas listradas e máscaras de mosquito.
Foto por: Acervo Emei Itamarati
Personagens da peça “Itamarati contra a dengue”
A peça de teatro, interativa, tem trazido importantes resultados para a luta contra a dengue na escola, como indica Helberth Damasceno, pai da aluna Maria Alice: "Depois que cobrimos a piscina de nossa casa com a lona, choveu. Maria Alice imediatamente informou que o mosquito da dengue iria botar ovos em cima da piscina caso não tirássemps a água! A atividade realmente foi importante para o aprendizado da minha filha.”, relata.
QUALIFICA EJA
Com o propósito de informar, encorajar e disponibilizar oportunidades de aprendizagem e qualificação profissional para os(as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Belo Horizonte, foi realizado o Qualifica EJA 2024. A proposta, efetivada em parceria da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), é uma contribuição na transformação da vida de milhares de jovens, adultos(as) e idosos(as) que buscam a escola como um meio de retornarem ao mundo do trabalho e/ou de manterem sua empregabilidade.
Realizada entre os dias 25 e 27 de março, o Qualifica EJA contou com a participação de estudantes e docentes da EJA, gestores públicos da Smed e da SMDE, colaboradores e parceiros, reunidos para construir futuros mais prósperos ao lado dos participantes. O principal objetivo da ação foi contribuir com a formação integral, profissional, cidadã e crítica dos(as) jovens, adultos(as) e idosos(as) estudantes da EJA, com base no desenvolvimento das competências socioemocionais e de maneira a proporcionar-lhes a descoberta de seus potenciais, a criação de oportunidades e de práticas significativas de vida para o presente e o futuro.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes da EJA participando do Qualifica EJA. 12 pessoas, incluindo adultos e idosos, posicionadas na frente de um banner azul escrito “Qualifica EJA 2024”, posam para a câmera.
Foto por: Marcelle Azzi.
Estudantes participantes do Qualifica EJA 2024
Nesse contexto, articulado pelas secretarias mencionadas e em conexão com o Programa Municipal de Qualificação, Emprego e Renda de Belo Horizonte (PMQER) e com o Fórum Qualifica BH!, o Qualifica EJA procurou oferecer respostas aos atuais desafios enfrentados por parcela da população jovem, adulta e idosa (60+) da cidade que, embora esteja matriculada na EJA, continua desempregada, no trabalho informal, no empreendedorismo de necessidade, na economia solidária, na expectativa do primeiro emprego ou precisando de orientações como jovem aprendiz. A ação possibilitou, ainda, reconhecer como a tarefa demanda um esforço conjunto de toda a rede para promover essa perspectiva que muitas pessoas procuram ao decidir retomar ou iniciar os estudos em fases posteriores da vida, de modo a valorizar a educação em todas as etapas do ser humano e garantir oportunidades livres de discriminação.
Assim, no dia 21/03 (quinta-feira), houve a abertura oficial no formato on-line para possibilitar maior participação de educadores(as), estagiários(as), gestores(as) e estudantes da EJA, que acompanharam a transmissão das salas de aula. Com o tema “Qualificação e qualidade de vida na minha comunidade”, inciou-se o evento, que ocorreu presencialmente nos dias subsequentes, contando com programação temática e palcos do Qualifica EJA 2024.
No dia 25/03, ocorreu o primeiro encontro presencial, na Escola Municipal Polo de Educação Integrada (Regional Barreiro), visando atender as escolas das regionais Barreiro, Oeste e Noroeste. Em 26/03, o encontro aconteceu na Escola Municipal Cônego Raimundo Trindade, para atender as regionais Norte, Pampulha e Venda Nova. Por fim, no dia 27/03, o grupo se reuniu no prédio da Smed, em parceria com o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade e a Escola Municipal Caio Líbano Soares, procurando atender as instituições das regionais Centro-Sul, Nordeste e Leste.
Com oficinas, apresentações e debates, a ação abordou as seguintes temáticas: iniciação profissional; gastronomia; agroecologia; tecnologia da informação e comunicações; técnicas e mecânicas de carros e motos; técnicas de iniciação e conhecimentos de aeronaves; técnicas e pinturas automotivas; moda; corte e costura industrial; economia solidária; empreendedorismo; empreendedorismo de fortalecimento na comunidade; corte de cabelo; saúde (cuidados) e farmácia; técnicas de higienização para diaristas; projetos de vida; podcast e influencer; menor aprendiz e 1º emprego; iniciação à dança; e arte e artesanato.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma oficina de alfajores realizada no evento. No primeiro plano, uma mesa contém uma vasilha e uma tábua verde coberta de biscoitos. Ao fundo, encontram-se vários adultos. Alguns estão olhando para a câmera e outros conversando entre si.
Foto por: Marcelle Azzi.
Oficina de alfajor com os estudantes da EJA
Os palcos do Qualifica EJA foram mais uma atração do evento e procuraram enfatizar o potencial artístico inerente aos sujeitos da EJA, possibilitando apresentações, instalações, demonstrações em espaços abertos ou fechados nos variados dias, locais e formatos (virtual, híbrido, presencial). Foram abertas aos(às) estudantes possibilidades de apresentações e exposições dos seus trabalhos e inserções culturais, contando com teatro, apresentações musicais e muito mais.
As informações, os contatos, os formulários e as orientações para cursos ou possibilidades de estágios, e até mesmo vagas de emprego, foram disponibilizados para os(as) estudantes interessados(as) no sistema virtual GERE, que foi apresentado aos(às) envolvidos(as) ao longo do evento. Além disso, os(as) docentes participantes encaminharão à sua escola os materiais indicados pela coordenação do Qualifica EJA para a devida e necessária utilização da dotação orçamentária prevista para 2024.
Contando com a participação e a ação direta dos(as) parceiros(as), que ofertam vagas de formação e qualificação profissional em diferentes trilhas de trabalho e geração de renda, promoveu-se a construção de novas possibilidades de futuro para os(as) estudantes da EJA. Nesse sentido, a Smed reforça e parabeniza cada parceiro pela participação: Ação Social Técnica, ASSPROM, Barbearia Branca de Neve - Projeto Resgate, Brechó Cadeau e Brechó da Lalau, CEDIPRO, CENAP, Central Pet, Clic, Coletivo Absurdas, CRESAN - Mercado da Lagoinha, Defesa Civil de Belo Horizonte, Doce Revollution Alfajores, Economia Solidária - SMDE, Ela-Arena da Cultura, Escola Profissionalizante Santo Agostinho - Contagem, Escola Raimunda Soares, Expo Favela, Instituto Aliança, IPPE, Hico Art, Podcast do Zooi, Prodabel, UNA Linha Verde - Projeto de Extensão Capacitar 3 e 2UM Consultoria e Treinamento.
#paratodosverem: fotografia colorida da oficina de brechó realizada no evento. No fundo da foto, uma mulher aponta para uma projeção feita na parede, que contém o tema “Moda circular”. Ao seu redor, vários estudantes da EJA parecem escutar atentamente a explicação.
Foto por: Marcelle Azzi
Oficina de brechó com os estudantes da EJA
“Era Uma Vez…” na EM Salgado Filho
A Escola Municipal Salgado Filho iniciou 2024 com planos que exaltam a potência da literatura na vida dos(as) estudantes e a leitura como forma de transformação da realidade. Nesse sentido, as ações, que visam ao incentivo a práticas literárias e à boa utilização dos espaços da escola, são pautadas no protagonismo dos alunos e das alunas, que são convidados(as) a escrever suas próprias trajetórias. Assim, a instituição da Regional Oeste consegue criar novas concepções de passado, presente e futuro em seu cotidiano.
Após ações da Secretaria Municipal de Educação em 2023, voltadas para a formação dos(as) articuladores(as) de leitura nas escolas, por meio do programa ‘Leituras em Conexão’, práticas que favoreciam as experiências de leitura ganharam mais visibilidade e se potencializaram no ambiente escolar. Muitas delas, que já aconteciam em alguns segmentos ou com a condução exclusiva de alguns profissionais, vieram a público, sendo articuladas para toda a escola em forma de projetos institucionais.
Visando à emancipação dos(as) estudantes por meio da leitura, foram implementadas ações de boas práticas na biblioteca; a criação dos cantinhos de leitura em sala; a apresentação do kit literário 2022/2023 por meio de contações de história; a realização de uma feira do livro para o 3º ciclo; o desenvolvimento do projeto institucional: “Povos indígenas” etc. Houve ainda a participação na 10ª Jornada Literária, com a produção da obra coletiva “Tam tam tum tum e os sons do coração” (Educação Infantil) e “Eu sou, tu és, nós somos” (1º ciclo), com direito a eventos de autógrafos.
Com a reabertura da biblioteca, que passou por um processo de informatização, a escola pensou em maneiras de instigar os(as) alunos(as) a utilizá-la. Assim, um belo painel na entrada da escola exibia as frases: “Apertem os cintos! A viagem vai recomeçar” e, na porta da biblioteca, foi registrada a frase: “Coisas incríveis acontecem aqui!”. Para otimizar a ação, a equipe da biblioteca foi apresentada aos(as) estudantes, que receberam orientações para o uso do espaço e aproveitaram para ouvir uma contação de história de boas-vindas, com direito a palitoches e marcadores de páginas de brinde.
A docente Fernanda Flores Amorim relata a importância da ação: “Para quem acredita que toda história merece um final feliz, pode imaginar o quão satisfatório e enriquecedor é ver a concretização de todas essas ações. Feliz, sim, e muito! Mas não é o final, pois ações que promovem a modificação do ser humano e seu crescimento através da leitura não podem ter fim! Elas precisam ser cultivadas, contadas, experienciadas, reinventadas e nunca esquecidas. Escrevam vocês também a sua história!”, afirma.
#paratodosverem: fotografia colorida de um painel colocado na frente da porta de uma biblioteca. O painel azul expõe os dizeres: “Coisas incríveis acontecem aqui”, acompanhados de desenhos de um foguete saindo de um livro e outro de um sol.
Foto por: acervo EM Salgado Filho
Na entrada da biblioteca, um convite para viajar pelo mundo literário
Dia Mundial da Água
No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas divulgou a ‘Declaração Universal dos Direitos da Água’, documento que reúne princípios importantes, que nos remetem a uma série de reflexões acerca do consumo consciente da água. Desde então, a data tornou-se um marco anual para celebrar e divulgar práticas não danosas ao meio ambiente, tendo em vista a boa utilização dos recursos hídricos.
Promover a conscientização sobre a importância do uso sustentável da água é indispensável diante da urgente necessidade de conservação dos recursos hídricos, cada vez mais escassos, tendo em vista a poluição, a contaminação e o uso indevido. Diante dessa situação, algumas escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte comemoraram a data com reflexão e aprendizagem.
EM Jardim Felicidade
Durante a semana do Dia Mundial da água, foram desenvolvidos projetos que tratavam da importância da água na comunidade na qual a escola está inserida e no mundo. A Escola Municipal Jardim Felicidade conta com uma mina de água próxima de seu muro lateral e vem desenvolvendo ações para revitalização, conservação e cuidado desse espaço que a comunidade chama de "biquinha". No dia em questão, foi realizada uma exposição de trabalhos que retratavam o curso da água na comunidade, além de uma passeata para comemorar a data e conscientizar a comunidade sobre a importância de preservar nossos recursos hídricos.
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de estudantes em caminhada pelas ruas do bairro. Eles ocupam o centro da foto e carregam cartazes com os dizeres: “Dia Mundial da água”. Nas laterais, dois adultos, sendo um de cada lado.
Foto por: acervo EM Jardim Felicidade
Passeata sobre a água diverte e ensina
EM Rui da Costa Val
A Escola Municipal Rui da Costa Val busca valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. A mobilização entre escola, parceiros e comunidade visa cuidar, sobretudo, do córrego e das nascentes localizadas no entorno da instituição, comumente afetado pela falta de cuidados de algumas pessoas.
Nesse sentido, a escola promoveu um cronograma que pudesse transmitir tais saberes a estudantes de todas as modalidades de ensino ofertadas (Educação Infantil, Fundamental e EJA). Assim, oficinas em grupo, rodas de discussão, teatro de bonecos e o bloco na rua “Todos pela preservação da água” possibilitaram que os(as) estudantes se engajassem nessa luta, conscientizando a comunidade escolar sobre a importância da preservação dos recursos hídricos da região, localizada na Regional Norte.
#paratodosverem: fotografia colorida de um bloco de estudantes ocupando uma rua pelo Dia da Água. Várias crianças, utilizando viseiras temáticas nas cores verde e azul, seguram cartazes ao lado de seus responsáveis.
Foto por: acervo EM Rui da Costa Val
Bloco “Todos pela preservação da água” movimenta as ruas da comunidade
Mês da Mulher
O mês de março propicia a reflexão sobre assuntos relacionados à desigualdade entre homens e mulheres, já que o Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8. Na Escola Municipal Hilda Rabello Matta, foram desenvolvidas ações para educar para novas masculinidades, mais abertas ao diálogo, à desconstrução de respostas violentas e à percepção e ao acolhimento da mulher.
Assim, foi proposta a semana da conscientização sobre os direitos femininos e os desafios da mulher na sociedade, por meio de rodas de conversa, relatos de experiências dos(as) estudantes e exposição de vídeos e músicas relacionadas ao tema. Também foram confeccionados cartazes para uma passeata nas ruas próximas da escola, pautando os direitos das mulheres.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes participando de uma passeata sobre o Mês da Mulher. Três crianças, centralizadas na foto, seguram cartazes com diferentes dizeres que tematizam o 8 de março e a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Foto por: Acervo EM Hilda Rabello Matta.
Passeata da EM Hilda Rabello Matta comemora o Mês da Mulher
O Boas Práticas da semana promove o encontro de dois temas fundamentais na nossa vida, o cuidado com nossa saúde física e a atenção com nossa saúde mental. No relato da Escola Municipal Solar Rubi, estamos diante de uma proposta que favorece o bem-estar dos adolescentes e melhora o clima escolar. Já as propostas da Escola Municipal Senador Levindo Coelho, da Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso e da Emei Universitário contribuem para mostrar como é importante desenvolver ações em prol da saúde física de nossas comunidades, tendo em vista o combate ao mosquito da dengue.
CUIDANDO DA NOSSA SAÚDE MENTAL
Projeto SER para ConVIVER discute relações humanas na escola
As relações humanas são, cada vez mais, o foco central da sociedade. Após o período da pandemia de covid-19, com o isolamento social, constatamos o quanto a convivência é fundamental para nossa vida, para nossa formação como indivíduos. A escola, como parte da sociedade, é afetada por tudo que passamos. Pensando nesse contexto, a Escola Municipal Solar Rubi decidiu promover os processos de ensino-aprendizagem considerando a necessidade de cuidar das feridas que, no dia a dia, deixamos abertas; das palavras silenciadas; das relações interrompidas; das emoções, muitas vezes, conturbadas, especialmente nos adolescentes, que vivem uma fase tão repleta de indagações.
A professora Fernanda Coutinho Souza Ribeiro, juntamente com a equipe de coordenação pedagógica, elaborou o projeto SER para ConVIVER. A proposta é construir espaços ativos e reflexivos para que os(as) estudantes do terceiro ciclo, em pequenos grupos, possam expressar o que sentem, como se sentem, pensando no ser que somos - em constante transformação - e na melhor forma de viver com os outros de forma não violenta, compreensiva, solidária, coletiva e responsável.
A proposta se alinha à necessidade de oportunizar um ambiente escolar seguro e favorável para as mais diversas aprendizagens, colaborando para a construção de relações saudáveis e de sujeitos responsáveis na relação uns com os outros. O trabalho teve início com a construção de uma cápsula do tempo, que será aberta no final do ano de 2024. Os(As) estudantes foram convidados(as) a registrar suas perspectivas, sonhos e objetivos. Em seguida, a professora desenvolveu dinâmicas, utilizando diversas metodologias e recursos materiais, para que os adolescentes conseguissem expressar livremente aquilo que sentem, refletindo sobre os modos de estar no mundo e construindo novas formas de conviver uns com os outros.
Para Fernanda, “O projeto realizado com os alunos do 3º ciclo traz atividades de autoconhecimento e reflexão. Construímos a cápsula do tempo, os estudantes escreveram cartas para eles mesmos ‘no futuro’. Foi muito interessante ver os estudantes refletindo sobre quem eles são, o que querem alcançar, seus medos e anseios. Eles conseguiram se expressar e, a cada encontro, são instigados a verbalizar, refletir e repensar ações e falas no cotidiano que, às vezes, passam despercebidas”, analisa.
O estudante Roberto Stangherlin Silva Júnior, do 8º ano, afirma que “Está sendo um ótimo projeto. Passamos o que sentimos para o papel, escrevemos o que realmente pensamos, sem preocupação com os outros. É libertador e atualmente só me ajuda a saber como eu penso; é um momento de calmaria e apenas me faz bem. A cada duas semanas, tenho esses momentos de lazer e autodescoberta, sem ter que me preocupar”.
#paratodosverem: fotografia colorida da cápsula do tempo, uma caixa de papelão lacrada, com os dizeres “cápsula do tempo 2024- EMSOR” e, um pouco mais embaixo: “Obs. abrir apenas em dezembro/ 2024”.
Foto por: acervo EM Solar Rubi.
Cápsula do tempo promove reflexão sobre relações humanas
Ainda em desenvolvimento e com duração até o final do ano letivo, já é notório o quanto os adolescentes estão envolvidos com o projeto, mais focados e concentrados. Assim, os objetivos da proposta vão sendo alcançados, com a formação cognitiva, procedimental e atitudinal dos(as) estudantes, que passam a compreender a importância de agir com responsabilidade em prol de sermos melhores para construirmos um mundo melhor.
CUIDANDO DA NOSSA SAÚDE FÍSICA
Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte segue no combate à dengue
Se os casos de dengue seguiram assustando a população de Belo Horizonte ao longo do mês de março, os esforços da Rede Municipal de Educação da cidade também não cessaram. No intuito de disseminar informações gerais e medidas para combater o mosquito transmissor da doença, diferentes tipos de propostas vêm sendo abordadas nas escolas. Dessa forma, educadores(as) e educandos(as) estão engajados(as) na luta pelo bem-estar das comunidades, utilizando o conhecimento como uma maneira de prevenir e conter a disseminação dessa arbovirose.
Dia D na EM Senador Levindo Coelho
Como forma de mobilizar a comunidade, a escola realizou, na sexta-feira (15/03), um cortejo envolvendo alunos(as) do turno regular e do Programa Escola Integrada. Seu trajeto seguiu da rua da Água até a Praça do Cardoso, no Aglomerado da Serra, contando com a participação de cerca de 200 alunos da instituição e do projeto Evita Dengue. A ação buscou conscientizar os moradores da região por meio da distribuição de panfletos instrutivos e da exposição de faixas, estandartes e balões indicando o ‘fora dengue’, além das alas da vacina e dos mosquitos confeccionados com material reciclável. Assim, ao som da bateria formada por instrumentos de percussão, de músicas e coreografia ensaiadas, os(as) alunos(as) cantaram e encantaram a toda a comunidade do aglomerado.
Desde 2020, o Aglomerado da Serra tem sido objeto de pesquisa do projeto Evita Dengue, da UFMG, que utiliza o método Wolbachia, que implanta a bactéria nos ovos dos mosquitos e, dessa forma, impede que os vírus das doenças transmitidas se desenvolvam. Algumas crianças que fazem parte da comunidade escolar são monitoradas pelo projeto.
#paratodosverem: Fotografia colorida de um cortejo realizado por estudantes. Dezenas de crianças e alguns adultos sobem uma ladeira levemente inclinada enquanto carregam balões pretos e brancos e cartazes com os dizeres “Todos contra a dengue”.
Foto por: Tiago Gonçalves de Azevedo.
Cortejo leva conhecimento do combate à dengue para as ruas da comunidade
Emei Universitário contra a dengue
Por meio de uma palestra voltada para a conscientização acerca da dengue, a Emei Universitário convidou as crianças a refletir sobre os perigos da doença, além de desenvolver atividades lúdicas em sala de aula. Dessa forma, utilizando circuitos, histórias, construção do mosquito, jogos e até realizando uma caça aos focos de dengue no interior da escola, foi possível conhecer mais sobre a disseminação do vírus e como contê-lo.
Buscando envolver diretamente a comunidade escolar nessa luta fundamental para a manutenção da saúde, a Emei ainda realizou uma passeata com as crianças que, além de conscientizar a população, buscou eliminar os possíveis focos do mosquito pelo caminho. Assim, foi criado um senso coletivo de participação ativa, buscando construir um futuro melhor para todos e todas.
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de crianças numa sala de vídeo. Em primeiro plano, um grupo de crianças uniformizadas, sentadas no chão, de costas. De frente para elas, uma mulher fantasiada de mosquito da dengue segura um microfone. Ela está diante de uma televisão em que aparecem imagens diversas sobre o combate ao mosquito.
Foto por: acervo Emei Universitário.
Crianças da Emei Universitário aprendem sobre a dengue
#paratodosverem: fotografia colorida de três crianças sentadas no chão de uma sala de aula. Duas delas, da esquerda para a direita, seguram ampolas para identificar as fases do ciclo de vida do mosquito. Uma delas, à direita, observa atentamente. Atrás das crianças, há armários com mochilas escolares e estantes coloridas com brinquedos.
Foto por: acervo Emei Universitário.
Crianças estudam fases do ciclo do mosquito da dengue
Oficina de mosquiteiro da EM Adauto Lúcio Cardoso
O mosquiteiro - um tipo de armadilha para mosquitos - é uma das várias formas acessíveis e diretas de combater o Aedes aegypti. Pode ser confeccionado com material reciclável e possibilita criar um foco controlado para atrair o vetor da dengue e capturá-lo. Dessa forma, além de proteger os moradores do local da contaminação, o mosquiteiro permite fornecer informações sobre a presença ou não de espécies contaminadas na região. Nesse sentido, a EM Adauto Lúcio Cardoso preparou uma oficina para ensinar os(as) estudantes a produzir a armadilha, mostrando seu funcionamento, a importância e a relevância do combate à dengue.
Após a exposição de um tutorial em sala, as crianças trouxeram de casa garrafas pet, receberam da escola outros materiais necessários e confeccionaram o mosquiteiro com o auxílio dos(as) professores(as). Em seguida, os(as) alunos(as) levaram para suas residências as armadilhas por eles produzidas e tornaram-se agentes multiplicadores dessa prática contra a dengue em suas famílias e outros espaços de convívio social.
#paratodosverem: fotografia colorida de vários mosquiteiros realizados com garrafas pet. 15 armadilhas, feitas de garrafas transparentes e verdes, estão expostas. As garrafas foram partidas ao meio, enquanto a parte de cima é colocada para dentro, tocando a água colocada ao fundo.
Foto por: Acervo EM Adauto Lúcio Cardoso
Mosquiteiros confeccionados pelos(as) estudantes na oficina
EJA lança coleções pedagógicas em cerimônia para toda a Rede Municipal de Educação de BH
A cerimônia de lançamento das coleções pedagógicas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ocorrida no dia 15 de março de 2024, buscou divulgar a fundamental ação de construção de materiais de apoio para os(as) educadores(as). O evento, que foi realizado no Centro de Educação Integral (CEI), no bairro de Lourdes, celebrou a criação dos novos horizontes que tais insumos, pautados sempre no diálogo com os(as) estudantes, podem proporcionar para essa área tão importante da educação.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma mulher realizando a leitura de uma das coleções pedagógicas. Na frente de duas estantes brancas, expondo o material, ela segura um dos cadernos em sua mão, observando atentamente, sentada em um banco laranja.
Foto por: Beth Fraga
Exposição das coleções durante o evento
O material compreende a coleção Lendo mundo, lendo palavras (2018-20), que busca problematizar situações a partir dos direitos à cidade, à memória, ao mundo do trabalho, à saúde, à corporeidade e à educação midiática. Já a coleção Lendo e escrevendo as palavras, lendo e escrevendo o mundo (2021-22) é voltada para a alfabetização na EJA e busca promover a criatividade e as experiências do(a) professor(a) alfabetizador(a), à luz de sua autonomia e da capacidade para tomar a decisão que melhor atenda às demandas de aprendizagem inicial de leitura e escrita dos(as) educandos(as) em sala de aula.
Nesse sentido, o evento proporcionou que professores(as), diretores(as), coordenadores(as) pedagógicos(as) e colaboradores(as) da EJA tivessem acesso a um material de suma importância para a fundamentação de seu trabalho. Trata-se de coleções construídas coletivamente e em diálogo contínuo com os(as) profissionais da EJA, considerando desde a concepção até a finalização do produto, de modo que colocou em prática a escuta ativa e atenta das demandas do trabalho.
#paratodosverem: fotografia colorida, de quatro pessoas da rede municipal de educação de Belo Horizonte sorrindo durante a exposição das coleções. Da esquerda para a direita, estão: o ex-secretário adjunto Marcos Evangelista; a secretária Roberta Martins; a ex-secretária Ângela Dalben e a subsecretária de articulação da política pedagógica Shirley Miranda.
Foto por: Beth Fraga
As coleções marcaram a integração dos esforços entre diferentes gestões da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte.
Na época das discussões em torno da criação da coleção, percebeu-se que a maioria dos materiais disponíveis no mercado foi escrita por autores(as) que não possuem experiência com a modalidade EJA e, além disso, escreviam prioritariamente tendo em vista contextos cariocas e paulistas, embora os materiais fossem disseminados para todo o Brasil. Assim, foi possível perceber que o material disponível não contemplava a realidade dos(as) educandos(as) da rede de educação belorizontina, pois não havia uma contextualização local, problematizadora e reflexiva da realidade vivenciada por eles(as) e que tematizasse seus próprios desafios.
Assim, entre 2017 e 2018, foi iniciada a produção dos cadernos da coleção, contando com a participação e a autoria de docentes da Educação de Jovens e Adultos que também participaram de uma formação. Em 2020, a coleção foi expandida para o formato virtual. Embora a missão tenha sido dificultada com o advento da pandemia e com a alternância de equipes ao longo dos anos, o objetivo de proporcionar um melhor ensino para essa área tão importante da educação culminou na publicação do material completo em 2024.
A secretária Roberta Martins enfatizou que a entrega da versão impressa das coleções elaboradas para a Educação de Jovens, Adultos e Idosos tem um significado importante para a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. "Representam um trabalho desenvolvido de mãos dadas por muitos colaboradores e professores da rede, com o cuidado de ser pautado na realidade, nas experiências e vivências da sala de aula, junto a um grupo de professores da Universidade Federal de Minas Gerais. Dos encontros , discussões, estudos e leituras, nasceram possibilidades pedagógicas e sequências didáticas, trabalhando com temas significativos e do universo dos estudantes. Esse material é apenas o começo do processo de fortalecimento do diálogo, das reflexões e das ações pedagógicas para potenciar, ainda mais, nossos educandos e professores da EJA. Gratidão aos professores da RME-BH, à equipe Smed, ao professor Heli Sabino, à professora Francisca Alves, aos estagiários e professores universitários, à Ângela Dalben e ao Marcos Evangelista".
Com essas produções em mãos, os(as) docentes têm um material inédito e contextualizado, fruto do trabalho mútuo dos(as) profissionais da EJA. Assim, a coleção enriquece os processos de formação dos(as) educadores(as), bem como favorece o cotidiano em sala de aula, já que aborda interesses e demandas surgidas ao longo da história da EJA na cidade. Nesse sentido, a participação de todos(as) os(as) profissionais envolvidos(as) potencializa os resultados que as coletâneas podem obter.
Projeta-se que essa materialidade, organizada pelos educadores prof. doutor Heli Sabino de Oliveira e pela prof. doutora Francisca Izabel Pereira Maciel, consiga construir uma base comum para a orientação dos(as) docentes da EJA. As coleções encontram-se disponíveis no site da PBH, no endereço: https://prefeitura.pbh.gov.br/educacao/eja.
A prof. doutora Ângela Dalben, ex-secretária municipal de educação, que deu início ao projeto em sua gestão, avaliou que um dos motivos da existência da coleção foi o grande número de adultos que não concluíram seus estudos em Belo Horizonte, além da baixa quantidade de livros para embasar a atuação. Assim, a professora Dalben destaca a importância da conclusão do trabalho para a potencialização da Educação de Jovens e Adultos e, até mesmo, para a reparação de falhas da escola primária. “Fiquei com uma felicidade extraordinária ao ser convidada para o lançamento do material, por se tratar de um momento ímpar de sentir que uma política que se iniciou lá em 2017, mesmo com todas as dificuldades, pudesse ser publicada hoje, em 2024. Portanto, isso demonstra que não foi interrompida nem fragmentada uma boa política e que houve a valorização dos sujeitos estudantes da EJA”, diz.
Dia D do combate à dengue: teatro na Emei Vila Leonina
As escolas da Rede Municipal de Educação estão engajadas na luta pelo bem-estar das comunidades, com ações de combate ao mosquito da dengue nos territórios em que estão inseridas. O Dia D de Combate à Dengue surge como uma forma de disseminar os conhecimentos sobre como evitar a proliferação do mosquito. Na Regional Oeste, a Emei Vila Leonina desdobrou as ações do Dia D, promovendo uma peça teatral.
A apresentação da peça “A Emei Vila Leonina e os três porquinhos contra o mosquito da dengue” abordou a temática de forma lúdica, disseminando a ideia do combate ao Aedes aegypti como a maneira mais adequada de erradicar a dengue. Assim sendo, a encenação procurou destacar a importância da conscientização das crianças e da comunidade escolar na promoção de ações educativas de prevenção da doença.
#paratodosverem: Fotografia colorida de uma encenação teatral realizada em sala de aula. No centro da foto, dois adultos fantasiados atuam enquanto várias crianças ao redor observam. Um deles está fantasiado de mosquito da dengue e o outro de porquinha, enquanto segura uma raquete elétrica.
Foto por: Arquivo Emei Vila Leonina
Apresentação da peça “A Emei Vila Leonina e os três porquinhos contra o mosquito da dengue”
A proposta reuniu professores(as), direção, coordenação pedagógica e funcionários(as) para construir uma narrativa com bastante espontaneidade para demonstrar às crianças que, com higiene e demais cuidados, é possível espantar o mosquito e criar melhores condições de saúde em seus ambientes. Assim, mostrou como a falta das ações corretas pode contribuir para a proliferação do mosquito causador da dengue.
A apresentação da peça também abordou como identificar e eliminar prováveis criadouros do mosquito, além de trazer informações gerais sobre a doença, que vem crescendo na capital mineira. Leandro de Jesus, diretor da Emei, afirma que “As crianças absorvem essas informações com muita facilidade e replicam os ensinamentos dentro do ambiente familiar, facilitando, assim, o combate aos focos dentro da comunidade na qual estão inseridas”.
A intencionalidade da atividade é provocar o envolvimento de todos da comunidade, com o objetivo de promover uma educação voltada para preservar a saúde da comunidade escolar. Max Ferreira, 5 anos, aluno da escola, conta seu aprendizado: “Eu achei bem legal. Aprendi que não pode deixar a caixinha de água aberta, que tem que tampar a garrafa, não pode deixar lixo no chão da casa e nem água parada. Tem que tomar cuidado para o mosquito da dengue não picar a gente porque senão ele passa uma doença pra gente.”, afirma.
#paratodosverem: Fotografia colorida de uma turma de estudantes apresentando um cartaz incentivando o combate à dengue. No centro de uma sala de aula, 12 crianças estão sentadas enquanto outras duas mostram uma cartolina branca com vários mosquitos desenhados, com um grande ‘X’ vermelho no meio.
Foto por: Arquivo Emei Vila Leonina.
Estudantes da Emei Vila Leonina participam do combate à dengue
Semana da Mulher 2024 na EM Rui da Costa Val
O Dia Internacional da Mulher, celebrado anualmente no dia 8 de março, marca um momento de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade e sua constante luta pela igualdade de direitos. Assim, ao celebrar o respeito e o amor pelas mulheres, alguns trabalhos da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte ganham destaque pelo intuito de promover a conscientização sobre a importância da data, como feito na Escola Municipal Rui da Costa Val.
Com o objetivo de promover o respeito e a igualdade entre homens e mulheres, valorizar a figura feminina e conscientizar a comunidade sobre a data, a escola elaborou um rico cronograma durante a primeira semana de março. As atividades propostas buscaram abordar o empoderamento feminino e promover a ressignificação do papel da mulher na sociedade, dialogando com problemas que as pessoas da região costumam enfrentar.
Para atingir os objetivos propostos, a organização do projeto procurou criar interações entre os vários grupos etários de mulheres, perpassando todos os níveis de atendimento da escola: desde crianças e adolescentes até adultas e idosas. Nesse sentido, o cronograma começou com a “Jornada de autocuidado e beleza”, que teve o propósito de valorizar todos os traços físicos de meninas e mulheres, promovendo o autocuidado e a higiene pessoal. A “Oficina de tranças e penteados” também contribuiu para alcançar os objetivos mencionados.
#paratodosverem: Fotografia colorida de duas crianças participando da Oficina de tranças e penteados. Ambas estão sentadas em cadeiras em volta de uma mesa com piranhas, pente e gominhas de amarrar cabelo. A menina da direita está tendo seu cabelo arrumado por uma adulta, que utiliza um pente preto.
Foto por: Arquivo EM Rui da Costa Val.
Oficina de tranças e penteados
A semana também foi marcada pela promoção do diálogo acerca do assunto. No dia 5, no período da manhã, para o público infantil, foi realizada a leitura, por Eduardo de Morais, da obra “A menina com cabelos de Brasil”, de Alexandre Bersot. Já no turno da noite, visando alcançar as adolescentes do 3º ciclo, adultas e idosas, foi realizada uma palestra com a policial civil Viviane Ramos sobre defesa pessoal, e um bate-papo com a advogada Priscila Valadares, que falou sobre “Direito da mulher e enfrentamento à violência de gênero”.
Durante a quarta-feira (6), foi realizado o “Desfile elegância feminina com as alunas”, visando exaltar tanto a diversidade de traços estéticos quanto a força da figura feminina. Encerrando o cronograma, a quinta-feira (7) contou com uma roda de conversa com a psicóloga Rosanea Camila e a conselheira tutelar Laurinda de Jesus, que discutiram sobre o papel da mulher na sociedade, apontando algumas dificuldades e encargos que as mulheres enfrentam na atualidade.
Por fim, o projeto culminou na oficina de cuidados com produtos de higiene e beleza, além da distribuição de sementes da flor amor-perfeito e outras mudas, visando à construção de um jardim ao longo do ano. Por meio do trabalho realizado, a EM Rui da Costa Val pôde mobilizar a comunidade escolar para debater e relembrar um tema de extrema importância para a garantia dos direitos das cidadãs belorizontinas, exaltando o valor da data e a possibilidade da construção de um mundo cada vez melhor para meninas e mulheres, com mais equidade e respeito.
BH continua na luta contra a dengue
A dengue é a arbovirose urbana mais relevante das Américas e, com o período chuvoso, que costuma ocorrer de novembro a maio, há registro de aumento dos casos. Muitas ações têm sido realizadas para promover o combate ao Aedes Aegypti, que também transmite a zika e a chikungunya. Por isso o Ministério da Saúde tem reforçado a importância fundamental da participação da sociedade na eliminação dos focos do mosquito principalmente em ambientes domésticos.
Belo Horizonte tem enfrentado a luta contra a dengue como um grande desafio e a Educação da cidade tem empenhado esforços para combater o mosquito transmissor da doença. As escolas da Rede Municipal de Educação estão engajadas na luta pelo bem-estar das comunidades, com ações de combate ao mosquito nos territórios em que estão inseridas.
Dia D do combate à dengue
O Dia D do Combate à Dengue surge como uma forma de disseminar os conhecimentos sobre como evitar a proliferação do mosquito. A comunidade escolar da Escola Municipal Américo Renê Giannetti uniu esforços para realizar uma série de atividades voltadas para a conscientização e a prevenção das doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. O principal objetivo das ações é promover a educação e a mobilização de alunos(as), professores(as) e funcionários em torno desse importante tema de saúde pública.
Como em variadas localidades da capital, a Regional Nordeste registrou significativo aumento dos casos no começo de 2024. O período das chuvas e o acúmulo de água parada proporcionaram as condições ideais para a proliferação do mosquito, o que fez com que a escola traçasse um plano para contribuir com sua comunidade e garantir a manutenção da saúde na região.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes, juntamente com algumas professoras, na porta da instituição. Eles carregam cartazes com dizeres sobre o combate ao mosquito e também alguns panfletos. Uma das professoras está fantasiada de mosquito da dengue.
Foto por: Marina Moreira Soares
Escola se movimenta na luta contra a dengue
A EM Américo Renê Giannetti elaborou um extenso cronograma para promover a participação dos(as) alunos(as) em práticas relacionadas à prevenção da dengue e estimular o engajamento na disseminação de informações corretas sobre sintomas, tratamento e prevenção da doença. Dessa forma, uma série de práticas foram propostas para construir conhecimentos que pudessem promover mudanças de comportamento e, ao mesmo tempo, diversão e interação.
A ação começou de maneira expositiva, com a exibição de vídeos educativos seguidos de uma roda de conversa interativa para explorar o tema em profundidade. A tarefa deu prosseguimento com a tradicional contação de histórias, pois foram selecionadas obras retratando a dengue, mostrando imagens reais do mosquito e discutindo os fatores da doença.
Em seguida, a diversão tomou conta do processo de aprendizado por meio da introdução de jogos educativos sobre o tema, como quebra-cabeças, jogo da memória e dominó. Houve ainda a execução de desenhos sobre a doença, abrindo espaço para a livre expressão, o que contribuiu com a proposta do projeto.
Além disso, inúmeras ações foram desenvolvidas para incentivar o protagonismo e a participação ativa dos(as) alunos(as) na melhoria da situação da saúde na região. A atividade “caçadores da dengue” foi destaque, pois transformou estudantes em detetives para identificar possíveis pontos de proliferação do mosquito, utilizando lupas de papelão e papel celofane.
As crianças da educação infantil, a partir dos 4 anos de idade, juntamente com os(as) alunos(as) do 1º ciclo, puderam fazer uma manifestação na porta da escola para conscientizar a comunidade sobre a dengue, usando placas e cartazes elaborados por elas mesmas. Atrelado a isso, com os desenhos das crianças e a orientação da professora, as turmas montaram um panfleto sobre a dengue. O material foi digitalizado e utilizado para divulgação nas redes sociais.
#paratodosverem: imagem colorida de um panfleto elaborado pelos(as) estudantes da EM Américo Renê Giannetti. No desenho infantil, dois bonecos coloridos carregam ferramentas de limpeza que ajudam no combate à dengue, como um pulverizador e uma lupa. No alto, há um balão com dizeres convocando a comunidade para a luta contra o mosquito.
Foto por: Marina Moreira Soares
Material sobre a dengue disponibilizado nas redes sociais
EM Senador Levindo Coelho convida para ação na regional
A Escola Municipal Senador Levindo Coelho também tem realizado ações conjuntas entre professores(as) e monitores(as) do Programa Escola Integrada, buscando orientar os(as) alunos(as) sobre a importância de conhecer as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, os cuidados para evitar os focos do mosquito e as alternativas que podem ser utilizadas para evitar as doenças por ele causadas.
Como forma de mobilizar a comunidade, a escola realizará, no dia 15/03, sexta-feira, um cortejo com a participação dos(as) alunos(as) do turno regular e do contraturno, na Vila Marçola. A proposta é sensibilizar a população sobre a importância dos cuidados necessários para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, da zika e da chikungunya.
Desde 2020, o Aglomerado da Serra tem sido objeto de pesquisa do projeto Evita Dengue, da Universidade Federal de Minas Gerais. O projeto utiliza o método Wolbachia, que implanta a bactéria nos ovos dos mosquitos e, dessa forma, impede que os vírus das doenças se desenvolvam. Algumas crianças, moradoras do aglomerado e membros da comunidade escolar, são monitoradas pelo projeto. A proposta envolve toda a comunidade, com a participação de lideranças comunitárias e agentes de saúde e zoonoses, que realizam um trabalho constante junto da população.
#paratodosverem: imagem colorida de um mosquito da dengue sobreposto pelo símbolo de perigo, representado por um circulo vermelho cortado por uma faixa, também vermelha, na diagonal.
Foto por: imagem gratuita Freekip
Todos contra a dengue
A ideia é que, no dia 15, seja realizado um cortejo com toda a comunidade, chamando a atenção sobre o assunto. A ação contará com uma ala de alunos(as) carregando estandartes com referência ao mosquito; outra, com balões indicando o “fora dengue”; uma, recomendando a vacinação de crianças de 10 e 11 anos; e uma ala composta por alunos(as) do 6º ao 9º ano, que irão panfletar e orientar os moradores. Os(As) monitores(as) do Programa Escola Integrada organizaram uma bateria formada por instrumentistas de percussão, que animará a festa. A escola confeccionou uma faixa com os dizeres: “Mobilizar e Educar” #mosquitonão – EMSLC.
Também é importante lembrar que os adolescentes de 12 a 14 anos já podem ser vacinados contra a dengue em Belo Horizonte a partir de hoje, sexta-feira (8/3). A ampliação da faixa etária anunciada pelo Executivo municipal segue a orientação do Ministério da Saúde, que emitiu nota técnica sobre o tema.
Seguem mais detalhes sobre a ação da EM Senador Levindo Coelho. Todos(as) são convidados(as).
Data: 15/03 (sexta-feira)
Horário: Saída da escola às 8h45.
Início do cortejo: 9h.
Fim do cortejo: 10h30.
Trajeto: Rua da Água.
Psicólogos (as) e assistentes sociais passam por semana de formação
Psicólogos(as) e assistentes sociais que serão encaminhados para as escolas da Rede Municipal de Educação de BH reuniram-se para um processo formativo durante toda a semana passada, de 26 de fevereiro a 1º de março. Os(As) profissionais puderam conhecer um pouco mais sobre as diretrizes do Projeto Psicólogos e Assistentes Sociais na Educação (PAS) e a realidade das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) e da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
#paratodosverem: fotografia colorida de um auditório iluminado. No centro, sobre um palco, um coral composto por cerca de 15 crianças, com pelerines vermelhos, seguram uma faixa de boas-vindas e um cartaz onde se lê: "As escolas municipais de Belo Horizonte recebem vocês de braços abertos".
Estudantes dão as boas-vindas aos(às) novos(as) profissionais das escolas
No primeiro dia, os participantes foram recebidos pela secretária municipal de Educação, Roberta Martins, e pela equipe da Diretoria de Políticas Intersetoriais da Smed, responsável pela implementação do projeto. Na mensagem dirigida aos(às) profissionais, Roberta Martins disse que o papel de cada um(uma) será fundamental para a construção de relacionamentos saudáveis e para o bom desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem.
A inserção dos(as) assistentes sociais e dos(as) psicólogos(as) no ambiente escolar parte do reconhecimento da necessidade de um trabalho desenvolvido de forma multiprofissional, de maneira colaborativa, dinâmica e assertiva, com foco na saúde socioemocional da equipe pedagógica e dos(as) estudantes.
#paratodosverem: fotografia colorida de um auditório iluminado, lotado. As pessoas estão sentadas e olham para frente. A foto foi tirada na diagonal.
Auditório lotado reúne psicólogos e assistentes sociais
Ao longo da semana, os(as) profissionais entenderam mais as dinâmicas de funcionamento da Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Programa Escola Integrada, das políticas de saúde e assistência social, além das especificidades do trabalho da Diretoria de Políticas Intersetoriais - (Dpin) e da Gerência do Clima Escolar.
A formação ocorreu de segunda a sexta-feira no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
120 estudantes de escolas municipais acompanham partida de futebol na Arena MRV
A Prefeitura de Belo Horizonte retomou o projeto Entrando em Campo, que leva estudantes da Rede Municipal de Educação aos estádios para acompanhar partidas dos times de futebol da capital. No sábado (2), 120 alunos(as) de três escolas municipais acompanharam a partida entre Atlético e Ipatinga, na Arena MRV, pelo Campeonato Mineiro. Os ingressos foram disponibilizados pelo Atlético e os demais valores necessários para a implementação da proposta foram custeados pela Secretaria Municipal de Educação. Participaram estudantes de 6 a 14 anos das escolas municipais Padre Henrique Brandão, Luiz Gatti e Deputado Milton Sales.
Os(As) estudantes foram ao estádio acompanhados de professores(as), monitores(as) e servidores(as) da equipe da Diretoria de Educação Integral. A intenção do projeto Entrando em Campo é refletir com os(as) estudantes sobre os jogos de futebol, além de permitir a aproximação com o esporte coletivo na perspectiva da interação, do convívio social, da empatia e do respeito com o outro e com as regras da modalidade.
#paratodosverem: fotografia colorida da Arena MRV. A foto cobre parte da arquibancada, que aparece à esquerda, na parte inferior, lotada de torcedores do Atlético Mineiro, e parte do campo, que aparece à direita, na parte superior, bem como um céu azul. Ao fundo, a fumaça dos sinalizadores.
Estudantes-torcedores agitam a Arena MRV
O projeto Entrando em Campo teve início em 2017 e conta com o apoio dos times da capital. A parceria já permitiu que mais de centenas de estudantes acompanhassem partidas nos estádios Independência e Mineirão. A intenção da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer é que o projeto contribua para a formação de torcedores conscientes, sensíveis e engajados, que saibam que o jogo de futebol é um espetáculo, uma competição e que quem vence a partida é o time que estiver melhor preparado e souber jogar em equipe.
Emei Santa Cruz no combate à dengue
O país está vivendo uma situação crítica após um novo surto de dengue. Dadas suas consequências e reincidência, a conscientização acerca das formas de prevenção, sintomas e medidas de combate à doença são essenciais, devendo se tornar de conhecimento público. Para tanto, a Emei Santa Cruz, Regional Nordeste, tem realizado trabalhos criativos e pedagógicos para lidar com a questão no ambiente escolar.
A falta de boas práticas de limpeza pode criar ambientes propícios para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Para instigar o desenvolvimento de hábitos corretos entre as crianças e, consequentemente, promover o bem-estar de toda a comunidade escolar, tais ações procuram demonstrar para o(a) aluno(a) seu papel essencial nesse momento importante.
Dessa forma, o trabalho começou, como de costume, de forma expositiva. Os(As) estudantes, principalmente na faixa dos 4 e 5 anos, assistiram a vídeos educativos e conheceram canções infantis que abordam o tema. Em sequência, tomaram as ruas da comunidade para disseminar o que foi aprendido. Durante uma passeata, as crianças espalharam cartazes de conscientização sobre a dengue pelos principais pontos da comunidade escolar.
#paratodosverem: fotografia colorida de três crianças com um cartaz de conscientização contra a dengue. Sob uma pilastra azul, uma cartolina branca contém os dizeres “EMEI UNIDA CONTRA A DENGUE”, acompanhada de vários desenhos de mosquitos e pessoas. Dois dos jovens estão em pé e um está agachado, sendo que todos fazem um “joinha” com as mãos.
Foto por: Acervo da Emei Santa Cruz
Estudantes espalham cartazes de conscientização pelas ruas
Foram propostas maneiras diferentes em sala de aula para garantir a consolidação do conteúdo trabalhado. Dessa maneira, foi proposta uma entrevista com o mosquito, em que as crianças poderiam esclarecer suas dúvidas acerca da doença com seu próprio transmissor. Além disso, o tema foi tratado de forma lúdica, com o ‘bolisquito’, boliche personalizado com pinos confeccionados de garrafa, de modo que cada pino representava uma ação de combate à dengue. O jogo conferiu à ação um caráter lúdico e pedagógico, potencializando a aprendizagem.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes conversando com um homem fantasiado de mosquito da dengue. No centro da foto, cinco crianças estão posicionadas em pé, na frente de um adulto sentado em uma cadeira. Ele usa uma vestimenta preta com detalhes brancos, simulando o mosquito Aedes aegypti.
Foto por: Acervo da Emei SantaCruz
Alunos da Emei Santa Cruz entrevistam o mosquito da dengue
Essas e várias outras práticas, como cuidar de bonecos supostamente infectados pelo vírus e verificar constantemente a existência de pontos de água parada na escola, as ações desenvolvidas possibilitam a manutenção da saúde da comunidade escolar. Assim, os(as) alunos(as) não só desenvolvem seu papel como protagonistas no combate ao vírus como levam esses aprendizados para suas próprias casas, contribuindo com toda a sociedade.
Acima de tudo, o combate à dengue é um trabalho coletivo e responsabilidade de todos e todas. Por meio das atividades desenvolvidas, as crianças da Emei Santa Cruz contribuem para a redução dos casos da doença e a promoção de um ambiente mais saudável.
A dengue em Minas
Até 26 de fevereiro, Minas Gerais registrou 311.063 casos prováveis de dengue. Desse total, 108.027 casos foram confirmados para a doença. Houve 35 óbitos e 176 ainda estão em investigação. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 33.833 casos prováveis da doença, dos quais 21.688 foram confirmados. Até o momento, houve sete óbitos em Minas Gerais e 21 estão em investigação. Quanto ao vírus zika, foram registrados 54 casos prováveis, com a confirmação de seis casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por zika em Minas Gerais.
O boletim epidemiológico de Minas Gerais mostra que, de 2010 a 2024, os casos de dengue aumentaram em 45%, passando de 213.301 casos para 311.063 casos até o momento. Em Belo Horizonte, de acordo com o boletim epidemiológico do dia 27 de fevereiro, foram confirmados 7.665 casos de dengue. Há 29.159 casos notificados pendentes de resultados de exames laboratoriais e avaliações epidemiológicas e 4.819 casos foram investigados e descartados.
Na capital, a vacinação contra a doença já começou para o público de 10 e 11 anos, que pode ser atendido em todos os centros de saúde da capital. O esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses.
Para receber a vacina contra a dengue, é necessária a presença dos pais, mães ou responsáveis legais. Além disso, no momento da aplicação, é necessário apresentar o documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, CPF, comprovante de endereço e cartão de vacina.
Conheça Beatriz, Penélope e Hugo e junte-se à turma do quintal para combater a dengue: A turma do quintal chegou para combater a dengue
Você também pode acompanhar as ações da Prefeitura no combate à dengue
Projeto Ideias mudam o mundo alcança 1º lugar em prêmio Ações Transformadoras na Escola
O projeto Ideias Mudam o Mundo, celebrado pelos(as) participantes como uma diferente forma de abordar a língua portuguesa, alcançou reconhecimento nacional. Após votação popular, a ação conquistou o prêmio “Ações de Transformação da Escola”, promovido pelo Programa Escolas Criativas com o intuito de reforçar o compromisso com uma escola cada vez mais transformadora. Concorrendo com 30 escolas de todo o Brasil, o trabalho da EM Monsenhor Arthur de Oliveira foi reconhecido pelos 8.979 votantes que ajudaram a elegê-lo.
Pautado em promover o estudo da língua portuguesa por meio da prática e colocar o(a) estudante numa posição de protagonismo, o projeto foi eleito como principal prática escolar dentre as inscritas. Tal conquista concederá à escola um kit formativo do Programa Escolas Criativas, além da oportunidade de participar de uma formação presencial em São Paulo.
O projeto tem como objetivo ensinar a língua portuguesa aos(às) estudantes, desprendendo-se do ensino rígido da gramática. Para tal, baseia-se numa perspectiva construcionista: aprender fazendo. Dessa forma, busca incentivar que as próprias crianças e jovens proponham e debatam ideias, além de desenvolver a escrita criativa para que possam colocar em prática os aprendizados de sala de aula.
As atividades permitiram aos(às) integrantes do grupo enxergar como alcançar seu potencial de forma criativa, mostrando que podem ser os autores de seus próprios conhecimentos, ao invés de meros replicadores. O projeto foi batizado de “Ideias Mudam o Mundo” pelos(as) próprios(as) estudantes, justamente por conseguir demonstrar que as propostas em sala de aula também devem partir dos(das) jovens para promover a construção de um ambiente saudável e propício ao desenvolvimento.
Nos próximos anos, o projeto pretende continuar proporcionando a construção de saberes da linguagem a partir dos mais diferentes meios. A proposta é que, em 2024 e em 2025, seja inaugurada a web rádio da escola, além da elaboração de um livro virtual destinado à biblioteca. Dessa forma, os conhecimentos podem ser trabalhados e compartilhados entre todos(as) os(as) estudantes da instituição.
O Programa Escolas Criativas oferece oportunidades de participação e engajamento da comunidade por meio de iniciativas como campanhas, cursos e formações orgânicas, além da disponibilização de recursos pedagógicos no Portal da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa. A iniciativa tem contribuído para que as redes de ensino do país se integrem num movimento que estimula a criação de experiências de aprendizagem mais exploratórias, investigativas e lúdicas, que incentivam o desenvolvimento do pensamento criativo, da curiosidade e do espírito inventivo nos estudantes, tornando as salas de aula, cada vez mais, espaços de desenvolvimento integral.
Conheça o programa e fortaleça esse movimento: https://escolascriativas.org/
#paratodosverem: fotografia colorida da exposição do projeto em um evento. A foto, na diagonal, mostra quatro estandes enfileirados. No primeiro plano, à direita, três estudantes posam para a foto. Ao seu redor, vários cartazes apresentam o projeto. À frente, encontram-se dois notebooks e dois tablets.
Foto por: Arquivo EM Monsenhor Arthur de Oliveira
O projeto Ideias Movem o Mundo marca presença na UFMG Jovem 2023
Escola municipal de BH realiza Carnadengue para conscientização contra a doença
Cerca de 400 alunos da Escola Municipal Dulce Maria Homem, Bairro Miramar, no Barreiro, uniram conscientização contra a dengue e folia nesta sexta-feira (9). O bloco “Carnadengue. Todos Contra a Dengue” desfilou pelas ruas do entorno da unidade de ensino espalhando alegria e chamando a atenção de todos sobre a importância dos cuidados para evitar a proliferação e prevenção ao Aedes aegypti. Nesta semana, devido ao aumento do número de casos confirmados e em investigação em Belo Horizonte, a capital entrou em um cenário de epidemia da doença.
Desde que as aulas voltaram os professores da escola começaram o trabalho com os estudantes. Foram feitas atividades com informações sobre a doença e a maneira de cada contribuir para controlar a epidemia. O material foi encaminhado para a casa dos estudantes, além de um trabalho de conscientização dos vizinhos, com entrega de panfletos sobre a doença e os cuidados para evitar a contaminação.
O Carnadengue é uma das ações programadas pela escola para tratar de forma divertida a necessidade de todos ficarem atentos à epidemia. “Isso reflete muito na comunidade, mobiliza. A gente percebe que todos ficam mais envolvidos. Observamos que isso gera uma mudança de comportamento dos alunos, que ficam atentos sobre objetos que podem acumular água, tanto aqui na escola como em casa”, contou a diretora da escola, Patrícia Sabina. O desfile foi realizado no turno da manhã com os estudantes do 6º ao 9º ano e à tarde foi a vez dos anos iniciais com os pequenos até o 5° ano do ensino fundamental.
A Secretaria Municipal de Educação atua em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde par levar orientações aos alunos de escolas municipais da capital para que eles atuem como multiplicadores das informações, por meio do projeto EducaZoo. A abordagem a esses assuntos é realizada de forma divertida e descontraída, com jogos de trilha do saber e memória, dominós, cruzadinhas e caça-palavras. Também são feitas ainda apresentações do grupo Mobiliza SUS.
#paratodosverem: fotografia colorida de um bloco de carnaval desfilando por uma rua. Em primeiro plano, três crianças seguram uma faixa montada com papéis coloridos com os dizeres ‘Todos contra a dengue’. Atrás, uma multidão de pessoas fantasiadas o segue, sendo que a maioria delas são crianças.
Foto por: Marcelo Ernesto / PBH.
Bloco Carnadengue conscientiza as ruas de Belo Horizonte
Estudantes da PBH brilham em torneio de robótica do SESI
A robótica é uma prática que vem conquistando cada vez mais espaço dentro da educação pública de Belo Horizonte. Sendo um universo que estimula a solução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe através da diversão e do aprendizado, sua disseminação no ambiente pedagógico cresce a cada ano. Realizado entre os dias 1º e 4 de fevereiro, no Centerminas, as competições regionais da FIRST LEGO League Challenge, promovido pelo SESI, contaram com a participação de 4 Escolas Municipais da capital mineira. Uma delas, a EM Carlos Drummond de Andrade, recebeu o prêmio Estrela Iniciante.
#paratodosverem: fotografia colorida de quatro crianças participando do torneio. Atrás de uma mesa com o tapete de atividade e várias peças, elas utilizam o uniforme preto, cinza e verde da equipe. Ao centro, um dos meninos cumprimenta uma pessoa de luva listrada com as cores rosa e preta.
Foto por: Arquivo FIEMG.
Estudantes da equipe Felicitec marcaram presença no torneio de robótica
O torneio em questão foi a etapa regional qualificatória para o torneio nacional, que faz parte da programação do Festival SESI de Educação e que será realizado no final de fevereiro. Dessa forma, 50 equipes e cerca de 600 estudantes de 30 cidades de Minas Gerais, de São Paulo e do Ceará entre 9 e 15 anos se reuniram na capital mineira para competir e se divertir. Quanto à rede pública de BH, seus(suas) representantes vieram da EM Belo Horizonte, EM Carlos Drummond de Andrade, EM Jardim Felicidade e da EM Gracy Vianna Lage.
Ao longo das competições, os(as) jovens devem cumprir os desafios expostos em um tapete de atividades com os robôs montados por eles(elas). Além disso, as equipes também precisam apresentar um projeto de inovação que foque na resolução de um problema real, os incentivando a elaborar um eficiente processo de pesquisa, discussão em equipe e formação de soluções. Através dessa proposta, objetiva-se evidenciar o papel que a ciência, a tecnologia, a engenharia e a matemática podem desempenhar para projetar e construir um mundo de possibilidades infinitas.
Ainda, as equipes também são avaliadas com base em uma série de valores que se buscam ser trabalhados nas práticas da robótica. Dessa forma, a maneira utilizada para resolver conflitos, o trabalho em equipe e outras qualidades que enfatizem a coletividade são tidas como critério nas performances, a fim de garantir que os(as) jovens estejam levando tais aprendizados para suas próprias vidas.
#paratodosverem: fotografia colorida de 27 pessoas celebrando a premiação da equipe Galaxy Bots. Ao fundo, um telão amarelo exibe os dizeres “Prêmio extra oficial estrela iniciante. Equipe vencedora: Galaxy Bots”. Ao centro, encontram-se doze pessoas com o uniforme preto da equipe. Uma das meninas levanta um troféu amarelo.
Foto por: Arquivo FIEMG.
A equipe Galaxy Bots conquistou o prêmio ‘Estrela Iniciante’
A equipe Galaxy Bots, formada por estudantes da EM Carlos Drummond de Andrade, encerrou sua participação desta edição conquistando o prêmio ‘Estrela Iniciante’, refletindo o potencial identificado em seus integrantes após a sua estreia no torneio. Miriam Márcia, professora de matemática e técnica do grupo, relata a importância da adoção da prática em sala de aula, para além do mérito obtido: “A robótica desenvolve habilidades de lógica, coordenação motora, relacionamento interpessoal e organização, construindo conhecimentos que perpassam pelas disciplinas de matemática, ciências, arte, língua portuguesa e história. O desenvolvimento dos estudantes é claro, mais rápido e efetivo. A participação deles é ótima, se envolvem, gostam, encaram os desafios e dificuldades. Eles se divertem e aprendem, estão crescendo cercados de oportunidades e amigos.”, afirma.
Deborah Saib, técnica da equipe Felicitec, da EM Jardim Felicidade, complementa: “É muito lindo ver a preocupação deles em aprender e dar o melhor no processo. Estão interessados, entusiasmados e demonstram muita força e coragem! Procuramos também lidar com sentimentos como medo, tristeza, ansiedade, frustração, através de uma escuta empática e acolhedora, por todo o grupo. E, posso dizer: como cresceram com esse torneio! Um fim de semana transformou meus pequenos em gigantes!”.
#paratodosverem: fotografia colorida de dois jovens participando do torneio. Atrás de uma mesa com o tapete de atividades, uma menina e um menino erguem o braço eufóricamente. Eles usam a camisa preta com um robô azul e vermelho ao centro, uniforme da sua respectiva equipe.
Foto por: Arquivo FIEMG
Emilly e YanI: integrantes da equipe Lego Pressure aprovados no CEFET-MG
Nesse sentido, a robótica consegue ocupar um espaço de tamanho destaque que se torna capaz de transformar a vida de muitos(as) estudantes, contribuindo inclusive para suas perspectivas de futuro: “Quando comecei na robótica, em 2019, não imaginava o quanto isso mudaria minha vida. Meu primeiro torneio da FLL em 2020, foi uma experiência incrível, e com ele, eu tive a certeza que era ali meu lugar, era aquilo que eu queria pra minha vida de verdade. Foi através da robótica que descobri o curso técnico em mecatrônica do CEFET. Acho que o fato de participar da Lego Pressure e ter tanto incentivo foi a parte mais importante para mim. Me senti acolhida a todo momento. Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida, passei no CEFET em mecatrônica e estava com minha segunda família comemorando! Vejo que sem a robótica nada disso seria possível na minha vida. Eu não conheceria a FLL, a Lego Pressure, e muito menos o que seria a mecatrônica.”, diz Emily Ribeiro, integrante da equipe Lego Pressure, da EM Gracy Vianna Lage.
Por fim, destaca-se a importância da parceria com o Sesi para viabilizar a participação das escolas da rede pública no FLL. “A formação técnica que os estudantes receberam no Laboratório do Sesi e na escola com o auxílio de professores, a concessão dos materiais necessários para os treinos, como o tapete da nova Temporada com as missões e as peças Lego para montar o robô, foram essenciais para um desenvolvimento propício do grupo.”, destaca a técnica Cássia Castro, da EM Belo Horizonte.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma equipe de robótica. Na frente de um estande amarelo com os dizeres “JVP League, EM Belo Horizonte, Belo Horizonte”, dez pessoas posam para uma fotografia. Quatro se encontram ajoelhadas e seis em pé, enquanto usam a camisa do uniforme do grupo, preta com detalhes verdes.
Foto por: Arquivo FIEMG
Equipe JVP League no FLL
Projeto Ideias Movem o Mundo concorre a prêmio de Ações Transformadoras na Escola
Pautado em promover os estudos da língua portuguesa através da prática e colocar o(a) estudante numa posição de protagonismo, o projeto Ideias Movem o Mundo tornou-se referência na E.M. Monsenhor Arthur de Oliveira e agora pode virar também para todo o país. Entre os dias 29 de janeiro e 12 de fevereiro deste ano, estará concorrendo ao prêmio “Ações de Transformação da Escola”, elaborado pelo Programa Escolas Criativas. Para vencer, a iniciativa precisa do voto popular.
Anualmente, o projeto tem como objetivo ensinar a língua português aos(às) estudantes, se desprendendo do ensino rígido da gramática. Para tal, baseia-se numa perspectiva construcionista: aprender fazendo. Dessa forma, busca-se incentivar que as próprias crianças e jovens proponham e debatam ideias, além de desenvolver a escrita criativa para que se possa colocar em prática os aprendizados de sala de aula.
Em 2023, ano em que o projeto foi indicado ao prêmio do Programa Escolas Criativas, a proposta entregue aos(às) estudantes foi a de produzir um podcast que seria destinado à biblioteca da escola, disponível para toda a instituição ter contato. Para tal, sucedeu-se da seguinte forma: grupos de alunos e alunas se dividiram para pesquisar cada uma das subdivisões do estado de Minas Gerais, trazendo suas principais características e alguma lenda famosa da região para apresentar em sala de aula.
Posteriormente, o grupo deveria reescrever a lenda escolhida diante da perspectiva de algum dos seus personagens, trabalhando a liberdade de escolha e o foco narrativo dos(das) estudantes. Após a escrita do texto e devidas revisões, a história foi gravada no formato de podcast e enviado para os acervos da escola. Ainda, os grupos contaram com o apoio do Clic (Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade) com instruções acerca da preparação do conteúdo sonoro, garantindo uma qualidade ainda maior nas produções.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma aula de elaboração de podcast. No último plano, duas pessoas realizam uma apresentação. Entre elas, uma televisão carrega o título “Dando um Clic no podcast”, com desenhos de microfones em volta. A sua frente, encontram-se treze crianças distribuídas em cinco mesas, observando.
Foto por: Acervo EM Monsenhor Arthur de Oliveira.
Estudantes do projeto aprendendo como elaborar um podcast em visita ao Clic
Tal percurso permitiu aos integrantes do grupo enxergarem como alcançar seu próprio potencial através da criatividade, mostrando-os que podem ser os autores de seus próprios conhecimentos, ao invés de meros replicadores. O projeto foi batizado de “Ideias Movem o Mundo” pelos próprios(as) estudantes justamente por conseguir demonstrar que as propostas em sala de aula também devem partir dos(das) jovens para promover a construção de um ambiente saudável e propício ao desenvolvimento.
Anualmente, por exemplo, o projeto tem como objetivo ensinar a língua português aos(às) estudantes, se desprendendo do ensino rígido da gramática. Para tal, baseia-se numa perspectiva construcionista: aprender fazendo. Dessa forma, busca-se incentivar que as próprias crianças e jovens proponham e debatam ideias, além de desenvolver a escrita criativa para que se possa colocar em prática os aprendizados de sala de aula.
Nos anos seguintes, o projeto pretende continuar proporcionando a transmissão de saberes da linguagem através dos mais diferentes meios. Assim, em 2024 e 2025, pretende-se fundar a web rádio da escola e também elaborar um livro virtual destinado a biblioteca. Dessa forma, os conhecimentos podem ser trabalhados e compartilhados entre todos(as) estudantes da instituição.
A premiação “Ações de Transformação da Escola”, que visa valorizar práticas inspiradoras na rede educacional, está aberta para votação popular até o dia 12/02/2024. Você pode votar no projeto Ideias Movem o Mundo através do site: https://premiacaoescolascriativas.prosas.com.br/.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes apresentando o projeto para uma mulher. No primeiro plano, dois meninos seguram tablets enquanto um deles conversa com uma mulher que o acompanha atentamente olhando para o aparelho do jovem. Ao fundo, aparecem várias mesas e crianças, junto a um palco montado sob a grama de um parque.
Foto por: Acervo EM Monsenhor Arthur de Oliveira.
O projeto Ideias Movem o Mundo esteve presente no BH Educa 2023
Programa Escola nas Férias 2024 agita escolas de BH
A Rede Municipal de Belo Horizonte não para nem durante o recesso. Nesta semana, a Secretaria Municipal de Educação realizou mais uma edição do Programa Escola nas Férias. Ao todo, 94 escolas de ensino fundamental, distribuídas pelas nove regionais da capital, realizaram práticas de lazer para os(as) estudantes e à comunidade escolar durante o período em que estão descansando das atividades escolares. Cerca de 18.900 crianças e jovens de 3 a 14 anos foram beneficiados pela ação.
O Programa Escola nas Férias é realizado nos meses de janeiro e julho. As crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de participar de jogos e brincadeiras, atividades esportivas e demais práticas culturais durante o período das férias. A iniciativa contribui para que alunos e alunas encontrem uma alternativa para se manter em contato com a comunidade escolar e se divertir.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes numa sala de aula participando de uma atividade de construir casas através de palitos de picolé. Existem crianças sentadas em suas cadeiras ao fundo e outras em volta da mesa do professor. Ao centro, um menino sorri para a câmera enquanto segura a casa que montou.
Foto por: Arquivo EM Moysés Kalyl
Estudantes participando de uma atividade utilizando materiais recicláveis durante o Programa Escola nas Férias
As atividades programadas procuram estimular os(as) jovens a praticar atividades de lazer que contribuem para o próprio desenvolvimento. São elas: interesses físicos (prazer de movimentar ou assistir a movimentação corpórea), artísticos (experiência estética), manuais (manipulação de objetos e produtos), intelectuais (exercício do ato de raciocinar) e sociais (encontro entre os indivíduos).
Para alcançar tais interesses, o Programa Escola nas Férias conta com esporte, ginástica, caminhadas, brincadeiras e torcidas por campeonatos esportivos; cinema, teatro, música, artes plásticas e literatura; jardinagem, carpintaria, costura, culinária e hobbies em geral; xadrez, dama, gamão, jogos de raciocínio em geral, palestras e cursos ligados aos interesses da vida e não ao trabalho; festas, espetáculos, participação em espaços de convivência e dinâmicas de grupo.
#paratodosverem: fotografia colorida de estudantes tomando banho de mangueira no pátio da escola. No primeiro plano, três meninos são molhados por um monitor enquanto sorriem para a câmera. Ao fundo, podemos ver mais alunos e um inflável de futebol de sabão.
Foto por: Arquivo EM Jardim Felicidade
O programa oferece uma fonte de lazer para os(as) jovens durante o período de férias
Para incentivar a presença no programa, são garantidos às crianças e jovens café da manhã, almoço e lanche da tarde, com um cardápio elaborado com base nas orientações da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania. A variação da alimentação oferecida aos participantes é prevista para garantir a diversificação, a distribuição e a utilização adequada do alimento.
A combinação de elementos lúdicos e pedagógicos nas propostas torna o Programa Escola nas Férias uma alternativa de qualidade para a comunidade escolar durante o período de recesso. Por meio dessa ação, a comunidade é contemplada com opções de lazer disponíveis para todos e todas.
Formação de gestores(as) escolares favorece o diálogo e prepara o ano letivo de 2024
A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte retomou neste ano os encontros formativos com as direções das escolas da Rede Municipal da capital. A realização da formação continuada dos gestores foi uma das primeiras propostas trazidas pela secretária Roberta Martins que recebeu o apoio das direções escolares nos encontros regionalizados em 2023. Durante duas semanas, os(as) 644 diretores(as) das unidades de ensino compartilharam experiências de gestão, planejamento e preparação para o ano escolar de 2024, que começa em 1º de fevereiro. Os encontros ocorreram na sede da SMED, no Bairro Santo Antônio.
Para a secretária municipal de Educação, Roberta Martins, os encontros serviram para alinhar práticas. “Minha experiência como gestora de escola me fez compreender a necessidade e a importância desses encontros e formações para diálogo, troca de ideias, proposição de plano, estratégias e alinhamento de fluxos para mantermos o compromisso de trabalhar em prol de uma educação de qualidade social para todos os estudantes. Agora, como secretária de educação, tenho convicção de que juntos somos mais fortes. Que continuemos a caminhar juntos”, comemorou.
#paratodosverem: fotografia colorida da secretária Roberta diante de um grupo de diretores(as). Eles estão em uma sala. Ao fundo, um quadro branco e, à esquerda, uma tela interativa onde há um trecho sobre lei relacionada à administração pública.
Foto: Fernando Savold.
Secretária conversa com diretores(as) escolares
Para garantir mais conforto, metade dos(as) diretores(as) escolares participou da formação na semana de 9 a 12 e o restante de 15 a 18 de janeiro. Com carga horária de 12 horas para a discussão de assuntos administrativo-financeiros e 16 horas para assuntos pedagógicos, a formação contemplou temas como as Caixas Escolares; a viabilização dos planos de trabalho das escolas, considerando as metas propostas e as necessidades de pessoal, materialidade e infraestrutura; e o planejamento da escola para 2024, tendo em vista as diretrizes gerais para a organização da Educação Básica na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.
Os(As) gestores(as) foram divididos(as) em seis turmas, que realizaram atividades e desenvolveram conteúdos e discussões voltados para a gestão escolar e os desafios da prática, além de se aprofundarem em temas que focalizaram a formação continuada dos(as) gestores(as) e demais profissionais da educação, para 2024; os fluxos da gestão administrativo-financeira das escolas para subsidiar as ações a serem desenvolvidas no início do ano letivo; assim como a produção e a elaboração do planejamento da escola para 2024.
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de seis diretores(as) reunidos em círculo. Eles estão em uma sala do prédio da Smed. Ao fundo, um quadro de recados, e uma porta aberta, que dá para um corredor de onde entra pequena quantidade de luz.
Foto: Fernando Savold.
Em pequenos grupos, diretores(as) discutem desafios da prática
Os encontros foram antecedidos por uma aula virtual transmitida no dia 8 de janeiro, pela plataforma YouTube, quando os gestores tiveram a oportunidade de refletir, mediados pela professora Bernadete Quirino Duarte Blaess, diretora de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, sobre o tema “Escola: espaço de afetos”. Os gestores foram convidados a pensar sobre o papel deles na construção de uma escola de qualidade, além de participarem de momentos temáticos, organizados pelas equipes das diretorias pedagógicas e administrativo-financeiras da Smed e pelas equipes das Diretorias Regionais de Educação.
Iniciativa comemorada
A iniciativa foi comemorada pelos(as) gestores(as), pois representou a oportunidade de aproximação com a política, alinhamento quanto às diretrizes educacionais do município; e nova possibilidade de construção de uma educação para a cidade a partir do diálogo.
Planejada para ocorrer antes do início do ano letivo, a formação de gestores(as) leva em conta o poder do planejamento pedagógico e fortalece uma rede de sujeitos que, a partir do dia 1º de fevereiro, movimentará a educação municipal para que ela avance cada vez mais. Nesse sentido, a formação se constitui como um espaço da educação da cidade e segue um processo de construção e reconstrução pautado pelo diálogo e pelo trabalho em equipe.
Dirlene Eleutério de Souza Coelho, vice-diretora da Escola Municipal Tenente Manoel Magalhães Penido, Regional Oeste, manifestou sua satisfação por participar do processo. “Pela primeira vez, estou participando dessa formação. Fomos eleitas para o mandado 2021/2023 e é a primeira vez que reúnem todos os diretores para um trabalho que eu acho extremamente importante, com muitas informações importantes para todos nós. Eu, particularmente, acho que nós precisamos de mais tempo, mais conversas instrutivas, porque foram muito boas as palestras, os estudos de caso. Que venham mais momentos como esse, pois, para nós, isso é fundamental. Houve formações que nos ajudaram no dia a dia da escola, muita coisa eu consegui entender e perceber aqui na formação”, avalia.
Shirley Lopes, diretora da Escola Municipal Polo de Educação Integrada, Regional Barreiro, também elogiou a iniciativa. “Esse encontro foi um marco importante. É fundamental que as diretorias e gerências da Smed trabalhem junto conosco para uma melhor execução da política educacional lá na ponta, é fundamental essa articulação próxima da secretaria conosco, para nos sentirmos mais seguros e executarmos com eficácia a política pública educacional. Fiquei muito satisfeita de reencontrar as pessoas. Estávamos todos precisando nos ver, contar os desafios, perceber que os desafios são comuns, trocar experiências, isso foi muito importante e estava fazendo falta”, analisa.
#paratodosverem: fotografia colorida do auditório do 8º andar da Smed. O local está cheio, os diretores estão sentados e muitos fazem anotações.
Foto: Fernando Savold.
Em auditório lotado, diretores(as) preparam-se para 2024
Caso algum(a) gestor(a) tenha perdido a oportunidade, a aula foi gravada e pode ser acessada pelo link: Aula magna.
Smed promove formação de gestores(as) escolares
Na manhã desta segunda-feira, 8, foi realizada a abertura do processo formativo com gestores(as) escolares da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte no ano de 2024, com a aula magna ministrada pela professora Bernadete Quirino Duarte Blaess, Diretora de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, que desenvolveu o tema “Escola: espaço de afetos”.
A aula virtual, pela plataforma YouTube, foi o primeiro dos encontros de formação que serão realizados ao longo dos próximos dias, com o objetivo de discutir e refletir sobre o planejamento pedagógico e administrativo-financeiro para o início do ano letivo, em consonância com as políticas educacionais e os marcos regulatórios da educação no município.
Antecedeu a aula magna a composição de uma mesa de abertura, mediada por Caroline Mendes, vice-diretora do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Cape). Participaram da mesa a secretária municipal de educação, Roberta Martins; o secretário adjunto, Fabiano Amaral; a subsecretária de articulação da política pedagógica, Shirley Miranda; a diretora do Cape, Valentina Scott, e a professora Bernadete Quirino.
A secretária Roberta Martins abriu o encontro desejando a todos um feliz 2024, além de agradecer a participação dos(as) gestores(as) no encontro. Para Roberta, “o objetivo principal deste momento é uma interlocução muito valiosa entre os principais atores do sistema educacional, os gestores”. Segundo ela, o encontro visa “compartilhar as orientações, o alinhamento, as estratégias do planejamento pedagógico, administrativo e financeiro para 2024. Esse é o início, de tantos encontros que a gente pretende fazer. Finalizamos o ano com encontros de diretores nas regionais, para o diálogo. Então, esse debate é um debate que a gente precisa fazer para a troca de ideias, momentos de construção coletiva, de discussão, de possibilidades para que a gente possa encarar os desafios da jornada educacional, que nós sabemos que são muitos. Só com essa união, numa corrente em que todos estão dispostos a traçar caminhos, nós vamos conseguir superar os desafios”, avalia.
#paratodosverem descrição: print da tela do computador no momento do encontro. Nele aparecem quatro participantes da live. No quadro superior, à esquerda, Carol Mendes. No quadro superior, à direita, a intérprete de Libras Patrícia Alves. Nos quadros inferiores, Shirley Miranda e a secretária Roberta Martins.
Foto: print de tela de computador.
Mesa de abertura da aula magna da formação de diretores(as) 2024
Já o secretário ajunto manifestou-se dizendo que “é com muita satisfação que recebemos os diretores para essa importante formação. Com tantos desafios, pensar sobre o planejamento pedagógico, administrativo e financeiro é crucial para que todos tenham mais segurança, e até mesmo orientações mais precisas, sobre os processos, para que fiquem de acordo com as políticas educacionais e os marcos regulatórios. Nesse sentido, as equipes Smed, para o ano 2024, têm o compromisso de estar mais próximas da gestão de cada escola. Vamos caminhar juntos para que os processos ocorram de forma mais tranquila, dentro dos parâmetros normativos, com mais segurança e celeridade, em uma parceria mais efetiva”, afirma.
Shirley Miranda, por sua vez, destacou a alegria de participar do encontro e afirmou que “é muito importante esse encontro com todos os gestores, para que possamos construir uma rede que ofereça uma educação de qualidade para todos os estudantes. É um momento muito rico de escuta, troca e reflexão”. Para Shirley, “quando a gente se reúne, não estamos começando do zero, nem inventando a roda, mas chamando para um momento em que é importante parar e avaliar como foi o ano que passou e como podemos planejar 2024, sabendo que cada escola tem uma realidade”.
Após as falas iniciais, a professora Bernadete deu início à aula, que focalizou a escola como espaço de acolhida e de afeto. As reflexões propostas reafirmaram a escola como lugar da diferença e do compartilhamento do belo. Além de reforçar o quanto a experiência dá sentido à educação. Para Bernadete, a escola pode ser considerada uma declaração de amor ao mundo, dada sua diversidade, considerada como signo da beleza. Assim, todos foram convocados a construir uma escola mais hospitaleira, que é o lugar onde se vive a diferença.
#paratodosverem descrição: print da tela do computador no momento do encontro. Nele aparece, centralizado, o banner azul com o título da aula, em vermelho: “Escola: espaço dos afetos”. Na lateral esquerda, as imagens da professora Bernadete e da intérprete de Libras Francielly
Foto: print de tela de computador.
Professora Bernadete dá início à aula magna
Os(As) gestores(as) participantes do encontro elogiaram a intervenção da professora Bernadete. No chat, foi possível identificar inúmeras declarações de concordância com a temática e satisfação com o tema escolhido. A gestora Luziene Nascimento, da Emei Carlos Prates, avaliou: “Excelente! Obrigada pela oportunidade de tamanha reflexão! Com certeza, esse ano será o ano do renovo. Ser acolhedor é saber respeitar e construir uma relação de confiança entre os sujeitos da educação. Precisamos nos humanizar mais. Com certeza, teremos um início de ano na escola de maneira diferente. Vou compartilhar essa live com todas as professoras da escola. Ninguém pode ficar de fora”, declarou entusiasmada.
Marlúcia Carvalho, gestora da Emei Lagoa, também participou pelo chat: “O encontro está sendo um presente para uma reflexão docente enquanto gestores escolares. Parabéns para a equipe do Cape. Pura humanização! Encontro cheio de sentido, reflexivo, afetivo. Parabéns! Oportunidade ímpar! Gratidão!”.
#paratodosverem descrição: print da tela do computador no momento do encontro. Nele aparecem a diretora do Cape, Valentina Scott; a intérprete de Libra, Francielly; e na parte inferior, a professora Bernadete Quirino.
Foto: print de tela de computador.
Professora Valentina Scott favorece o diálogo entre a professora Bernadete e os(as) participantes da live
Como já destacamos, a live foi a abertura de um bloco de encontros temáticos, que serão realizados do dia 9 a 18 de janeiro. Os encontros foram organizados pelas equipes das diretorias pedagógicas e administrativo-financeiras da Smed; assim como pelas equipes das Diretorias Regionais de Educação. A programação foi elaborada na perspectiva de que os(as) 644 gestores(as), divididos(as) em seis turmas, tenham acesso às mesmas atividades, conteúdos e discussões.
Nos encontros dos próximos dias, os(as) gestores(as) escolares terão a oportunidade de discutir sobre a perspectiva da formação continuada dos(as) gestores(as) e demais profissionais da educação, para 2024; os fluxos da gestão administrativo-financeira das escolas para subsidiar as ações a serem desenvolvidas no início do ano letivo; assim como a produção e a elaboração do planejamento da escola para 2024.
A formação está composta por 12 horas para a discussão de assuntos administrativo-financeiros, com foco na gestão das Caixas Escolares e na viabilização dos planos de trabalho das escolas, considerando as metas propostas e as necessidades de pessoal, materialidade, infraestrutura, dentre outras. Outras 16 horas serão dedicadas aos assuntos pedagógicos, com foco no planejamento da escola para 2024, bem como na apresentação e na discussão das diretrizes gerais para a organização da Educação Básica na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Assim, a educação da cidade segue num processo de construção e reconstrução, pautado pelo diálogo e pelo trabalho em equipe.
Caso algum(a) gestor(a) tenha perdido a oportunidade, a aula foi gravada e pode ser acessada pelo link: https://www.youtube.com/live/AzYCsNqS5uQ?si=n2BUFl-yerWWePx1
Estudante da Rede Municipal de Educação participa de Olimpíadas Internacional de Ciências em Houston-EUA
A estudante Beatriz de Melo Gonçalves, 11 anos, da Escola Municipal Professor Cláudio Brandão, no bairro Aparecida, faz parte da delegação brasileira que representará o país na 5ª Olimpíada Copernicus de Ciências, entre os dias 09 e 13 de janeiro de 2024, na Rice University, em Houston, Texas-EUA. A competição reunirá mais de 400 estudantes de 30 países.
A instituição, localizada na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi convidada devido a conquistas recentes em olimpíadas científicas nacionais e internacionais. Beatriz se destacou na fase de qualificação e, desde novembro, está se preparando para a disputa internacional, realizando atividades na unidade de ensino e em casa.
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de 14 estudantes ao lado do professor Fábio. Eles estão na quadra da escola e formam duas fileiras. Os que estão na fileira da frente estão levemente agachados. Todos seguram suas medalhas e sorriem. Ao fundo, um painel circular escrito OBMEP, decorado com balões brancos e dourados.
Foto por: acervo EM Professor Cláudio Brandão
Medalhistas comemoram bons resultados na OBMEP
A viagem aos Estados Unidos foi autorizada pela Secretaria Municipal de Educação e será custeada pela Caixa Escolar da EM Professor Cláudio Brandão. Além da aluna, a delegação está composta pelo professor Fábio Andrade Machado e pela mãe da estudante, Izabela de Fátima Moreira.
Como mãe de Beatriz, Izabela está bastante orgulhosa: “Além dela participar de uma olimpíada dessa magnitude, terá a oportunidade de realizar um de seus sonhos, que é conhecer a NASA. Claro que desejo que ela conquiste uma medalha, porque, para o currículo escolar dela, isso faria muita diferença, mas eu quero que ela se divirta e aproveite cada segundo. Fico muito feliz por poder acompanhá-la nessa oportunidade única de representar o nosso país, a nossa cidade e principalmente a escola pública, mostrando que a educação realiza sonhos e nos leva a lugares onde jamais imaginamos ir”, destaca.
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de 6 estudantes reunidos em grupo. Eles estão na sala de aula, sentados em carteiras dispostas uma de frente para a outra. No centro, um notebook e folhas para anotação.
Foto por: acervo EM Professor Cláudio Brandão.
Grupos de estudo aceleram resultados em olimpíadas
Compondo a torcida de Beatriz e, mais do que isso, participando ativamente de seu processo formativo, o professor Fábio afirma: “É como muita alegria que recebemos o convite para nossa escola integrar a delegação brasileira nessa olimpíada internacional. Saber que a Beatriz irá representar o Brasil e realizar um sonho representa muito para nossa escola e nos deixa muito orgulhosos”. Dedicado à docência, o professor reforça: “Trabalho para que todos os nossos estudantes possam ter oportunidades por meio da educação. Acredito que estamos no caminho certo. Agradeço à direção e à coordenação de minha escola, à secretária de educação, ao prefeito da cidade e a todos os responsáveis que tiveram acesso ao projeto”.
#paratodosverem: fotografia colorida do professor Fábio ao lado da estudante Beatriz. Ambos sorriem. Eles estão de pé, na quadra da escola. Ao fundo, paredes nas cores verde e amarelo. Foto por: acervo EM Professor Cláudio Brandão.
Professor Fábio e Beatriz
Conquistas
Beatriz coleciona medalhas nas mais diversas competições científicas. Em 2022, a estudante conquistou a medalha de ouro, na Olimpíada Canguru de Matemática; ouro, na Olimpíada Brasileira de Astronomia; prata, na Mostra Brasileira de Foguetes; bronze, na Olimpíada Mandacaru de Matemática; prata, na Olimpíada Mirim da Obmep; menção honrosa, na Olimpíada Científica Jatiense; além de, juntamente com sua escola, ter sido campeã na Olimpíada de Matemática Matific.
Em 2023, a estudante foi prata, no Torneio Brasileiro de Sustentabilidade; ouro, na Olimpíada Brasileira de Astronomia; ouro, na Mostra Brasileira de Foguetes; ouro, na Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras; ouro, na Olimpíada Brasileira de Robótica; ouro, na Olimpíada Mandacaru de Matemática; ouro, na Olimpíada Internacional de Matemática e do Conhecimento; prata, na Olimpíada Mirim da Obmep; e prata, no Round Eliminação da Copernicus Internacional de Ciências.
Para Beatriz, “Estar representando o Brasil nessa olimpíada é muito gratificante. Me sinto muito grata por isso! Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado essa oportunidade. Vou me esforçar bastante para conseguir conquistar uma medalha, mas já vou ficar muito feliz só por ter ido para outro lugar do mundo! Agradeço ao professor Fábio, que me proporcionou essa oportunidade, à escola e à prefeitura por estarem custeando a nossa viagem! Obrigada a todos, um beijo no coração, que Deus abençoe todos vocês!”, comenta.
Assim, a Prefeitura de Belo Horizonte segue fomentando e oferecendo cada vez mais ferramentas educacionais com impacto direto na formação dos(as) alunos(as), que têm a oportunidade de colocar em prática o que aprendem na escola e aprofundar esse conhecimento ao longo de cada competição.
Programa EcoEscola BH recebe Prêmio Campainha Azul
A Ecoavis – Ecologia e observação de aves é um grupo apaixonado por aves e comprometido com a preservação da natureza. Trata-se de uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos ou partidários, que tem como missão estimular, por meio da prática da observação de aves, um maior contato com a natureza e sua conservação. Fundada em 2008, por um grupo de profissionais de diversas áreas que tinham uma paixão em comum, passarinhos, a Ecoavis completa 15 anos na busca por estimular, por meio da observação das aves, a preservação do meio ambiente.
#para todos verem descrição: logotipo colorido da ecoavis. A imagem traz o nome da instituição na cor azul, em letras minúsculas. Depois da palavra “eco”, inseriu-se o desenho de um pássaro azul. Abaixo do nome, “ecologia e observação de aves”.
Logo ecoavis
Foto: imagem de publicidade.
Dentre os objetivos da entidade, destacam-se a atuação na defesa, preservação e conservação do meio ambiente; a promoção do desenvolvimento sustentável; a reunião de pessoas interessadas na observação de aves, servindo como entidade representante desse segmento social; a produção e a difusão do conhecimento sobre o estudo das aves; e a prática da observação de aves, incentivando sua inclusão na cultura da população, como instrumento de difusão de conhecimento e de conservação da natureza. Para atingir tais propósitos, a instituição promove passeios de observação, encontros temáticos, cursos, palestras e viagens, além de desenvolver e apoiar a realização de pesquisas e publicações científicas relacionadas às aves, à conservação da avifauna e à temática ambiental como um todo.
Desde sua fundação, a entidade estabelece parcerias públicas e privadas para a consecução de seus objetivos. Em agosto de 2017, a Ecoavis estabeleceu uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte, passando a colaborar com as ações do Programa EcoEscola BH, que visa fortalecer, incentivar, certificar e divulgar as ações de educação socioambiental das escolas municipais de Belo Horizonte.
Por meio do ecoavis, os(as) estudantes da Rede Municipal de Educação têm a oportunidade de participar de palestras sobre observação de aves e dar início à sua jornada de amor pela avifauna. O objetivo é mostrar a riqueza das aves brasileiras e incentivar sua preservação.
Como uma das ações para dar visibilidade à sua missão, a Ecoavis promoveu o Prêmio Campainha Azul 2023. A homenagem faz referência à campainha-azul, ave específica do cerrado e que corre risco de extinção. O campainha-azul é conhecido também como azulão-do-cerrado, azulinho-de-bico-de-ouro e cidrinho. É uma espécie que vive geralmente em ambiente aberto de gramíneas, arbustos e árvores baixas.
#para todos verem descrição: imagem colorida do convite do Prêmio Campainha Azul enviado ao Programa EcoEscola BH. No convite, a ecoavis explicita que o prêmio reconhece a parceria entre a Smed e a instituição. Também há dados sobre data e local de realização da cerimônia de entrega do Campainha Azul.
Convite Prêmio Campainha Azul
Foto: acervo Smed.
Criado em 2017, o prêmio homenageia aqueles que, anualmente, se destacam em causas ambientalistas. No dia 21 de dezembro, o prêmio foi entregue ao Programa EcoEscola BH/CLIC/SMED, em reconhecimento pelas ações de educação ambiental desenvolvidas no município.
#para todos verem descrição:fotografia colorida dos homenageados pelo prêmio reunidos no evento de entrega. São quatro mulheres e três homens. Eles seguram suas placas de homenagem e sorriem.
Homenageados comemoram recebimento do prêmio
Foto: Vinícius Januário.
Mariza Carvalho, coordenadora do EcoEscola BH, recebeu o prêmio das mãos de Gustavo Murta, membro da Ecoavis, em solenidade no Stand da CSUL, Lagoa dos Ingleses, Nova Lima, MG. Segundo Mariza, “o Campainha Azul é fruto do trabalho desenvolvido pelos educadores ambientais das Escolas Municipais de Belo Horizonte e seus parceiros, representando o esforço conjunto em educar para o estabelecimento de relações mais saudáveis com o meio ambiente”, explica.
#para todos verem descrição: fotografia colorida em que aparecem, de pé, Mariza Carvalho recebendo o prêmio das mãos de Gustavo urta. Ao lado de Gustavo, Mariza ergue o prêmio e sorri. Ao fundo, um quadro com uma paisagem de montanhas.
Mariza Carvalho recebe prêmio por ações em educação ambiental desenvolvidas pela Smed
Foto: Humberto Marques.
Tabajara em formas geométricas
O Projeto “Tabajara em Formas Geométricas” celebra a aplicação dos conhecimentos matemáticos no cotidiano dos(das) estudantes, demonstrando como a matemática está nos mínimos detalhes. Realizado na EM Professor Tabajara Pedroso, o projeto promove aprendizados de geometria na observação da luz solar e de seus efeitos.
Os alunos e alunas do 4º ano encararam o desafio de localizar figuras geométricas projetadas pela do sul através de aberturas na estrutura da própria escola. As observações foram registradas entre os meses de fevereiro e novembro de 2023, com o objetivo de notar semelhanças e diferenças entre as estações do ano.
A fim de avaliar como o horário impactava nas projeções, estudantes deveriam registrar: nome da figura geométrica, data e hora. Dessa forma, trabalhou-se a capacidade de classificar e comparar figuras planas (triângulo, quadrado, trapézio, etc) em relação aos seus lados e vértices.
O projeto ainda teve como objetivo favorecer o reconhecimento de ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares de geometria. Além disso, também se buscou aprender sobre conceitos da disciplina, tais como simetria e congruência.
O professor orientador do projeto, Emmanoel Braga, comenta sobre o trabalho realizado: "Durante as aulas, lancei o desafio e apresentei o projeto com cópias das imagens fixadas antecipadamente nos corredores. Assim, foi possível identificar e diagnosticar déficits na consolidação de figuras geométricas planas, seus respectivos nomes e características. Dessa forma, oralizando as imagens projetadas, foi possível intervir e corrigir possíveis erros.”
“A evolução dos estudantes se deu no compartilhamento de informações geradas em sala de aula e na diferenciação das figuras encontradas, além do aprendizado adquirido sobre medidas de tempo, por exemplo.” comenta ainda. Assim, alunos e alunas que não consolidaram tais conhecimentos no ano anterior tiveram a oportunidade de entender melhor a disciplina por meio de uma prática pedagógica e lúdica.
#paratodosverem: fotografia colorida da classe de estudantes que participou do projeto “Tabajara em Formas Geométricas” junto com seu professor orientador. Os 20 alunos e alunas se encontram em frente a uma cerca cinza e em cima de um degrau verde, rodeados por árvores. Todos sorriem e posam para a câmera.
Foto por: Acervo EM Professor Tabajara Pedroso
Estudantes utilizaram o ambiente da escola para aprender geometria
Praticando os conhecimentos sobre média aritmética
A prática dos conhecimentos matemáticos é fundamental para o desenvolvimento pessoal e coletivo dos(das) estudantes. Dentro de suas individualidades, algumas pessoas possuem maior ou menor facilidade para lidar com o assunto, o que pode criar um ambiente desequilibrado em sala de aula. Pensando nisso, as turmas de 8º ano da EM Lídia Angélica realizaram um plano de ação para favorecer mais aprendizagens e aproximar os(as) estudantes dos conceitos de moda, média e mediana.
Para facilitar a aprendizagem dos conteúdos mencionados e colocar em prática o plano de ação, os(as) estudantes foram divididos em grupos. Cada agrupamento ficou responsável por uma disciplina e pela coleta de dados na própria turma, fazendo os registros em tabelas e gráficos que reforçassem os conceitos de moda e mediana.
Em sequência, os grupos elaboraram a comparação dos dados levantados, realizando o cálculo das porcentagens das médias. Dessa forma, toda a turma conseguiu aprender mais sobre sua própria comunidade por meio dos conhecimentos matemáticos abordados. A prática obteve resultados tão positivos que a ação se expandiu para outras turmas da instituição.
Assim, os grupos levantaram novos dados sobre os(as) estudantes do 6º, 7º e 9º ano. Após a finalização dos cálculos, novas tabelas e gráficos foram elaborados para cada turma. Também foram realizadas apresentações acerca dos resultados obtidos para os jovens que participaram da coleta de informações, detalhando as etapas do procedimento e as conclusões obtidas.
#paratodosverem: fotografia colorida de cinco estudantes realizando uma apresentação sobre o conceito matemático de média para a turma. Elas estão na frente de um quadro branco, duas seguram uma cartolina com um gráfico de barras coloridas cujo título é “Média da Sala 1”. Enquanto isso, no primeiro plano, outros alunos e alunas observam, sentados em suas cadeiras.
Foto por: EM Acervo Lídia Angélica
Estudantes apresentam os dados levantados pela turma
Educação Infantil em tempo integral na escola de Ensino Fundamental
Na busca pela implementação de uma educação cada vez mais plural, pedagógica e acolhedora, alguns desafios podem surgir para as escolas, principalmente quando se trata de atender turmas diversas no tempo integral. A EM Mário Werneck, diante da própria realidade, definiu pela implementação de uma proposta que favorecesse a organização dos tempos e das materialidades e atendesse as especificidades das crianças de 3 a 6 anos que ficam na escola em tempo integral em um espaço físico que atende o Ensino Fundamental e a EJA.
Como forma de sensibilização das professoras, estabeleceu-se um diálogo sobre a importância da organização de tempos, espaços e materialidade para o desenvolvimento integral da criança, favorecendo a interação entre os pares. A seleção dos materiais, bem como sua disposição, permitiu vivências nos campos de experiência, conforme orienta a BNCC.
A escola acredita que foi possível oportunizar a vivência de momentos prazerosos de interação com os pares, promovendo aprendizagens e fortalecendo o sentimento de pertencimento ao grupo.
Emei Elos valoriza o desenho dos(as) alunos(as)
Integrando o trabalho sobre a história e a cultura afro-brasileira, no Projeto Tecendo Laços, a Emei Elos, Regional Nordeste, promove, com estudantes entre entre 3 e 6 anos, a atividade “valorização do desenho infantil”. Nela, os(as) alunos(as) confeccionaram uma capulana, tecido de origem moçambicana. Houve, ainda, trabalhos com vídeos do canal Quintal da Cultura, apresentações musicais da cantiga de roda típica do Congo, Amawolé, para crianças e adultos da escola e brincadeiras africanas.
Elisângela Borges Silva fala sobre a atividade: “É extremamente importante que os(as) estudantes desenvolvam competências ligadas à arte. Aqui, eles(as) puderam apresentar uma cantiga africana, unindo a arte ao corpo e ao movimento. Dessa forma, todos(as) aprendem a respeitar a diversidade cultural brasileira e o papel da cultura negra na formação de nossa sociedade. Os desenhos em nossa capulana expressam os sentimentos e vontades dos(as) educandos(as)”, relata.
Todos os(as) alunos(as) demonstraram bastante alegria e interesse em participar da atividade. Por meio dos desenhos feitos na capulana, eles(as) manifestaram o significado da história e da cultura infantil. O Projeto Tecendo Laços, Lendo o Mundo objetiva uma real democratização da aprendizagem, a partir do reconhecimento de todas as etnias e suas contribuições na história brasileira, assim como o empoderamento dos costumes e credos da cultura negra.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da Emei Elos. Eles(as) estão em pé, pulando sobre um desenho quadriculado, 16 quadrados compondo um quadrado maior, feito com tecido africano, vestem roupas coloridas e são acompanhados(as) por funcionários da escola. Foto por: acwervo da Emei Elos.
Alunos(as) da Emei Elos conhecem elemento importante da cultura africana
Creche Balão Amarelo trabalha a arte desde a infância
A Creche Balão Amarelo, Regional Venda Nova, realizou o projeto “Pequenos grandes pintores: sou criança, sou artista", com crianças de 0 a 2 anos. A iniciativa visa promover o contato com a arte desde a infância, além de potencializar o uso do kit literário 2023, trazendo as temáticas étnico-raciais e à valorização da diversidade. Os trabalhos realizados foram apresentados na mostra de arte da instituição, realizada no dia 16 de dezembro.
Os(as) estudantes tiveram a oportunidade de conhecer trabalhos como os quadros: “O Barco”, de Alfredo Volpi, “O Vendedor de Fruta”, de Tarsila do Amaral, “Auto-retrato”, de Pablo Picasso e “O Peixe”, de Romero Britto. Além disso, realizaram, tanto na escola quanto em casa, com suas famílias, a pintura de máscaras africanas. Como protagonistas de suas ações e obras, os(as) estudantes ficaram muito empolgados com a proposta, que promoveu aprendizagens significativas e conquistou toda a comunidade escolar.
Viviane Alves Leal, professora de apoio na Creche Balão Amarelo, é a idealizadora do projeto: “É a primeira vez que realizamos essa atividade na escola. Acreditamos que a arte na infância possibilita o desenvolvimento de atitudes essenciais para o indivíduo, como o senso crítico, a sensibilidade e a criatividade. Além disso, com ela, a criança expressa a sua identidade, seu jeito de ser, estimula a imaginação, a atenção, a coordenação motora e o conhecimento lógico matemático”, detalha.
Em sala de aula, os(as) estudantes conhecerem tanto a biografia dos pintores quanto algumas pinturas. E, em seguida, em grupo, realizaram releituras das obras e pinturas. Todos(as) demonstraram bastante curiosidade, alegria e interesse ao utilizarem as tintas, pincéis e rolos de pintura para seus trabalhos. A Creche Balão Amarelo pretende continuar com o projeto “Pequenos grandes pintores: sou criança, sou artista" no ano que vem.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da Creche Balão Amarelo. Eles(as) estão sentados, vestem roupas coloridas e são acompanhados por uma professora, que lhes mostra um retrato do pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi.
Foto por: acervo da Creche Balão Amarelo.
Alunos(as) da Creche Balão Amarelo conhecem a obra de Alfredo Volpi
EnCanta BH leva a musicalidade para espaços importantes da capital
Entre os dias 6 e 12 de dezembro de 2023, os corais das escolas municipais de Belo Horizonte realizaram uma série de apresentações em diversos pontos da cidade para encantar a vida dos munícipes e celebrar os 126 anos da cidade. Na edição deste ano, as cantatas também celebram os 20 anos da Lei 10.639/03, responsável por incluir no currículo oficial da educação básica das redes públicas e privadas a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira".
No dia 6, a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte ocupou a Sala Minas Gerais com um espetáculo de 30 corais que se dividiram entre os turnos manhã e tarde para dar início à ação. O repertório musical executado, fruto do trabalho realizado pelas escolas na abordagem dos temas inclusão, respeito, identidade e igualdade racial, incluiu as seguintes canções: Tributo a Martin Luther King - Wilson Simonal; Olhos Coloridos - Macau; Sorriso Negro - Dona Ivone Lara; Mama África - Chico César; Puxada de Rede - Amaro Lima; Eu Sou - WD e Sal da Terra - Beto Guedes.
#paratodosverem: fotografia colorida dos corais das escolas municipais se apresentando. No primeiro plano, um regente estende a mão para o alto, com o polegar e o mindinho levantados. Ao fundo, as crianças se misturam com suas mozetas verdes, azuis e vermelhas, preenchendo a foto horizontalmente.
Foto por: João Pedro Ribeiro
Apresentação dos corais das escolas municipais na Sala Minas Gerais
Já nos dias 7 e 11 de dezembro, as cantatas ocorreram em pontos importantes da capital, compartilhando o conhecimento adquirido e a ternura da musicalidade infantil com os cidadãos de Belo Horizonte. Assim, no contexto da sensibilização de estudantes como parte da cidade e que, portanto, possuem o direito de ocupar os espaços, os corais estiveram presentes nos seguintes locais: Estação Barreiro, Estação Vilarinho, Mercado Central e Rodoviária de Belo Horizonte. Somaram-se às apresentações, ainda, grupos de dança das instituições.
#paratodosverem: fotografia colorida do coral da EM Poeint. São cerca de 22 estudantes. Todos de pé, ao lado uns dos outros, acompanhados pela professora da escola, que está na frente, ajoelhada e segurando um violão. Ao fundo, o banner do evento, onde se lê: enCanta BH;
Foto por: acervo Smed.
Coralistas da EM Polo de Educação Integrada enchem de música e alegria a Estação BHBus do Barreiro
Wagner Barbosa, diretor da EM Jardim Vitória, destaca a importância da ação: “Como Belo Horizonte é uma cidade acolhedora e inclusiva, a musicalidade trabalhada através desse projeto do Programa Escola Integrada torna possível, cada vez mais, a inserceção de todos os alunos, sem discriminação de cor ou gêrero. Assim, através da música, eles podem encontrar seu próprio ser e alcançar sua própria sentimentalidade.
#paratodosverem: fotografia colorida de bailarinas realizando apresentação na rodoviária da cidade. Na frente de um grande banner apresentando o “Encanta BH” se encontram cinco meninas ajoelhadas, com seus collants azuis e saias brancas. Elas realizam um movimento sincronizado com um braço abaixado e outro levantado.
Foto por: João Pedro Ribeiro
Apresentação de balé na Rodoviária de Belo Horizonte
Encerrando a ação, no dia 12, data que marcou o 126º aniversário de BH, a cantata presenteou os cidadãos da cidade com uma bela comemoração na porta da prefeitura. Assim, os transeuntes puderam ser tocados pelas vozes infantis que, além das canções executadas, cantou o ‘Parabéns para você’, celebrando o aniversário da cidade. Alunos e alunas se despediram do EnCanta BH 2023 com os versos “Vamos precisar de todo mundo / Pra banir do mundo a opressão”, manifestando o objetivo da cantoria: transmitir paz e felicidade, além do desejo de um bom fim de ano.
#paratodosverem: fotografia colorida de fileiras de estudantes ocupando as escadarias da Prefeitura. Eles usam pelerines coloridos e gorros de natal vermelhos. Ao fundo, as pilastras da entrada da prefeitura, os prédios da cidade e alguns transeuntes.
Foto: Telma Rodrigues.
Corais das escolas municipais ocupam escadaria da PBH
A empresária Amanda Batista, cidadã que contemplou a apresentação na sede da prefeitura, contou suas percepções: “A cidade está super de parabéns por essa implementação das cantatas, que abordaram temas muito relevantes sobre a questão racial e cultural. É importante trabalhar desde cedo a consciência das crianças de uma forma lúdica. Acho que não tem nada melhor do que juntar com outras pessoas de outros lugares, o que uma não sabe acaba aprendendo com as outras”.
O Boas Práticas da semana destaca ações de conscientização sobre a contribuição dos povos originários para a formação da sociedade brasileira, bem como a força da ancestralidade africana. Além disso, destacamos projetos que valorizam a leitura e a literatura para a formação integral dos(as) estudantes.
Conheça as ações desenvolvidas e fortaleça sua confiança na educação municipal.
EM Deputado Renato Azeredo trabalha astronomia dos povos originários
A EM Deputado Renato Azeredo convidou o historiador Gustavo Villa para um evento que fez parte da programação da Semana da Consciência Negra, a fim de divulgar a tecnologia e a cultura dos povos originários. Alunos(as) do 3⁰ ao 9º ano desfrutaram de uma palestra sobre astronomia dos povos originários. Os(As) alunos(as) do 3⁰ ao 5⁰ ano participaram da atividade no turno da manhã, após o intervalo do recreio, e alunos do 6⁰ ao 9⁰ ano, à tarde (antes do intervalo do recreio).
O professor Jader Guimarães, idealizador da proposta, explica que: “No período entre as palestras, foi realizada uma atividade prática na qual os educandos puderam observar o fenômeno do Sol zenital e participar da construção de um observatório tupi-guarani em nossa escola. Durante o decorrer de 2023, o observatório foi utilizado em algumas aulas e passou por intervenções protetivas e de manutenção no intuito de torná-lo um instrumento pedagógico permanente para a Deputado Renato Azeredo”.
Assim, a escola tem trabalhado no intuito de manter (e reforçar) o observatório como um instrumento pedagógico permanente. O observatório foi inaugurado no dia 18 de novembro, durante o "Sábado Cultural Consciência Negra" na EM Deputado Renato Azeredo, e tem oportunizado aprendizagens significativas sobre a astronomia dos povos originários. Além de criar um novo instrumento pedagógico, a escola também procurou homenagear os(as) alunos(as) participantes do projeto com uma placa fundadora onde constam os nomes de todos os participantes do evento.
#paratodosverem descrição:Banner de divulgação da Oficina Parque Pedra do Sol. No material de divulgação, o desenho de um relógio do sol com algumas ocas ao fundo, em referência a uma tribo indígena. Em letras coloridas as informações do dia e do local do evento Sol no Zênite e observatório tupi-guarani.
Foto: acervo da EM Deputado Renato Azeredo.
Banner de divulgação do evento Oficina do Parque Pedra do Sol
Assista ao vídeo e se emocione com as aprendizagens oportunizadas: https://drive.google.com/file/d/1DAamOkEjRxwBvxlh_tndr6OPDrYvtlkZ/view?usp=drive_link
Emei Elos celebra os povos originários
A Emei Elos, Regional Nordeste, realizou, com os(as) estudantes com idade entre 3 e 6 anos, atividades sobre os povos originários, destacando sua grandiosidade e importância para a cultura brasileira. A proposta visa assegurar o cumprimento da Lei 11.645/2008, que tornou obrigatório o estudo da história e da cultura indígena e afro-brasileira nas escolas. Houve contação de histórias, desenhos e degustação de alimentos oriundos de aldeias indígenas.
Elisângela Borges Silva, professora da Emei Elos, fala sobre as atividades desenvolvidas: “Apresentamos para os alunos slides sobre a vida indígena, a relação desses povos com a natureza, seus costumes, hábitos e práticas. Em seguida, realizamos a contação da história Redondeza, do autor indígena Daniel Munduruku. Os(as) estudantes registraram o que ouviram em desenhos. Houve, ainda, conversas sobre a Mani, a lenda da mandioca, e todos(as) provaram mandioca cozida”, relata.
Os familiares dos(as) alunos(as) puderam participar de uma mostra de livros, brinquedos, instrumentos musicais e objetos comuns no dia a dia dos povos indígenas. No evento, foi servida uma farofa de banana e farinha de mandioca para todos(as) degustarem. As crianças demonstraram bastante alegria e interesse em participar de todas as atividades, puderam refletir sobre a diversidade cultural presente no Brasil e reconhecer sua proximidade com a cultura indígena.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de objetos, alimentos, instrumentos musicais e objetos oriundos da cultura indígena. Todos estão sobre uma mesa, onde há tambores, bananas, petecas e copos com colheres. Foto: acervo Emei Elos.
Itens da cultura indígena expostos na Emei Elos.
Projeto Afro 2023
O Projeto Afro, desenvolvido na Escola Municipal Marlene Pereira Rancante há quase uma década, insere-se na proposta da Rede Municipal de Educação de promover uma educação antirracista. Nesse sentido, busca fomentar discussões, reflexões e diálogo pedagógico entre os(as) professores(as), com vista ao desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e diversas.
O projeto permite liberdade para professores(as) trabalharem o tema com seus estudantes de acordo com o que acharem mais coerente, implementando exposições literárias, jogos pedagógicos, pinturas e muitos outros. A ideia é criar uma diversidade de discussões para os mais de 700 alunos e alunas que a ação alcança, sempre valorizando diferentes tipos de cultura, por meio de leitura, história, arte e música.
Além do combate à discriminação e ao racismo, o projeto propõe potencializar a escrita, a leitura, a utilização de espaços e a manutenção da paz por meio da educação antirracista. Com uma proposta interdisciplinar, busca-se valorizar as raízes indígenas e africanas que compõem a sociedade brasileira.
O projeto culmina em um evento para expor às famílias dos(das) estudantes os resultados dos trabalhos, do contato e da vivência de outras culturas da nossa comunidade. Assim, o Sábado Cultural, apelidado carinhosamente de ‘Feira Afro’, agregou toda a rede de aprendizados que movimentou a escola desde a implementação da proposta.
Nas palavras de Andrea Cynthia, coordenadora do Programa Escola Integrada da instituição: "O Projeto Afro é a marca da escola, todos se identificam. Não tem idade e não tem credo". Assim, a feira reuniu todos os trabalhos realizados por estudantes, indo desde pinturas e artesanato até apresentações. Além disso, o grupo folclórico Aruanda animou as famílias que estavam presentes com um espetáculo contagiante.
Na luta pela criação de uma sociedade calcada no respeito às diferenças, a educação é uma das aliadas mais fortes. Dessa maneira, ações como o Projeto Afro, que dissemina caminhos pedagógicos para a construção deste mundo e que celebra as nossas raízes, são exemplos para todo o município.
#paratodosverem: fotografia colorida da apresentação do Grupo Aruanda. Os membros do grupo estão na quadra da escola, formando um círculo ao centro. Vestem roupas coloridas e adornos de cabeça. Ao fundo, cartazes e banners do Projeto Afro.
Foto por: Acervo EM Marlene Pereira Rancante
Grupo Aruanda apresenta-se para a comunidade escolar
#paratodosverem: fotografia colorida de uma mulher negra, com turbante colorido e brincos de argola diante de uma criança em que realiza uma pintura afro. Ao lado da mulher, uma mesa com as tintas e uma imagem de pintura africana. Atrás do menino que está sendo pintado, uma menina, com o rosto já pintado, observa atentamente.
Foto: Acervo da EM Marlene Pereira Rancante
Pintura afro faz sucesso entre estudantes
Capoeira promove aprendizagens na EM Hilda Rabello Matta
“Camugerê”. Este é o cumprimento inicial que abre as rodas de capoeira das oficinas realizadas pela Escola Integrada na EM Hilda Rabello Matta, ação que contempla cerca de 300 estudantes. Essa saudação é uma forma de dizer que precisamos uns dos outros, tanto na roda de capoeira como nas rodas da vida, sendo um dos princípios que movimentam essa prática que simboliza uma conexão com nossa ancestralidade e com a cultura brasileira.
Orientados(as) pelo Mestre Tyson, os(as) estudantes participam das rodas duas vezes por semana, onde, além da troca de ideias, elaboram conflitos internos e externos por meio da ginga. Ao se colocarem em corpo e vivência, enfrentam seus medos e se reconhecem nos seus pares, não importando a diferença.
No contexto da escola, a capoeira é praticada cotidianamente como um importante exercício para a manutenção da paz. Tatiane Moreira, professora coordenadora do Programa Escola Integrada da instituição, dá mais detalhes: “As rodas de capoeira são espaços propícios tanto para a aprendizagem da paz quanto para absorver conceitos sobre ancestralidade e respeito a nossas raízes. Buscamos desenvolver corporeidade negra e potente, reconhecê-la em nós, nossa história e, com isso, refletir sobre o racismo estrutural da nossa sociedade.”, afirma.
Em diversas ocasiões, a escola aproveita para levar essa arte para além de seus muros, buscando a construção de respostas pacíficas e dialógicas entre os pares. Assim, exalta que o respeito e o cuidado com o parceiro na roda de capoeira é a melhor forma de garantir que o elo entre todos seja fortalecido e mantido. Os saberes ancestrais proporcionados pela prática da capoeira repercutem entre os educandos e educandas, desconstruindo preconceitos e avançando rumo a uma educação antirracista.
Assim, como parte do currículo escolar e das aprendizagens oportunizadas, o ABC da capoeira é utilizado para, além de estabelecer contato com as raízes do povo brasileiro, promover o diálogo, o respeito e a paz. Todos os dias, o aprendizado do respeito às diferenças ganha espaço na escola por meio da dança e da celebração da vida.
#paratodosverem: fotografia colorida de uma roda de capoeira. Na rua, em frente a um muro azul, uma série de estudantes, que batem palmas e tocam instrumentos, formam um meio círculo. Dentre eles, o mestre toca berimbau. Ao centro da roda, dois meninos estão dançando enquanto se encaram, concentrados
Foto por: Monitor Diego
Estudantes se manifestam por meio das rodas de capoeira
Escola Wladimir de Paula Gomes realiza Feira Literária
A Escola Municipal Wladimir de Paula Gomes, Regional Leste, realizou sua Feira Literária 2023, evento que trabalhou com os(as) alunos(as) do 1º ao 9º ano a literatura afro-brasileira. A feira contou com a presença de toda a comunidade escolar e das famílias dos(as) estudantes.
A assistente administrativa educacional da EM Wladimir de Paula Gomes, Cláudia Antonia do Carmo, fala sobre as atividades da Feira Literária 2023: “Aproveitamos o tema da feira deste ano para divulgar o Kit Literário Afro-Brasileiro 2023 enviado pela Secretaria Municipal de Educação. Durante o evento, realizamos uma contação de histórias do livro “O Black Power de Akin”, relata.
Houve uma exposição de trabalhos dos(as) alunos(as) com cartazes, maquetes e murais sobre obras da literatura afro-brasileira e personalidades negras que marcaram a história da humanidade. A programação da Feira Literária da EM Wladimir de Paula Gomes contou, ainda, com apresentações de capoeira e a presença da escritora Rosa Maria Fontes, autora de “O Abraço das Cores” e “A Menina e os segredos da Fadinha”.
Ao final do evento, as cantineiras da escola prepararam uma deliciosa feijoada, em homenagem à culinária africana. A EM Wladimir de Paula Gomes pretende realizar novas edições da Feira Literária, uma vez que ela propicia aos(às) estudantes a desenvoltura da prática da leitura, de forma que eles(as) possam compreendê-la como algo que perpassa o trabalho realizado em sala de aula.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da EM Wladimir de Paula Gomes. Eles(as) estão em pé, vestem roupas coloridas e estão diante de uma mesa com imag
ens. Foto: acervo EM Wladimir de Paula Gomes.
Alunos(as) da EM Wladimir de Paula Gomes durante a Feira Literária 2023
Escolas da Regional Nordeste celebram a poesia
Em uma ação da Diretoria Regional de Educação Nordeste em parceria com o Centerminas, alunos(as) do 4º e 5º ano das escolas Anísio Teixeira, Francisco Bressane de Azevedo, Henriqueta Lisboa e Professora Maria Modesta Cravo, todas na Regional Nordeste, participaram do projeto "Versos Infantis: Cultivando Poesia nas Escolas". A iniciativa visa trabalhar poetas mineiros como Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino e Guimarães Rosa.
O projeto buscou despertar nos(as) estudantes, o interesse pela literatura. Os(as) educandos(as) participaram de uma atividade denominada “Todo Dia É Dia de Poesia”, onde foram desafiados(as) a utilizar a poesia como forma de expressão, considerando suas emoções e visões de mundo. O objetivo geral da proposta é desenvolver a criatividade e a sensibilidade artística dos(as) alunos(as), promovendo a consolidação de uma experiência multidisciplinar.
Comprometida em dar prosseguimento ao projeto nos próximos anos, a Diretoria Regional de Educação Nordeste acredita que ele proporciona aos(às) estudantes uma oportunidade de conhecerem e valorizarem o patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, por meio do contato com grandes nomes da literatura local. Ao fim das atividades, foi confeccionado um livro de poesias, símbolo do engajamento dos(as) alunos(as) no projeto. Todos(as) participaram de um momento de diversão nos brinquedos do Centerminas.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) das escolas da Regional Nordeste. Eles(as) estão sentados, vestem uniforme e seguram sacolas e livros. Ao fundo, há duas professoras em pé.
Foto: ace Diretoria Regional Nordeste.
Alunos(as) da Rede Municipal de Educação com livros de poesias
Celebrando as conquistas do ano letivo de 2023 e planejando 2024, diretores(as|) das escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte se reuniram no Clube Labareda, Reional Pampulha, para o Café com Prosa. O evento promove a valorização dos(as) profissionais da educação e contou com apresentações artísticas e muita alegria.
Diretores(as) da Rede Municipal de Educação participam do Café Com Prosa
Na manhã da última terça-feira, 5, diretores(as) das escolas municipais de Belo Horizonte se reuniram no Clube Labareda, Regional Pampulha, para o Café Com Prosa. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação. A ocasião tem como objetivo a valorização do trabalho dos(as) diretores(as) municipais, celebrando as conquistas da educação de Belo Horizonte durante o ano de 2023 e promovendo um intercâmbio de ideias para o ano letivo seguinte.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de diretores(as) da Rede Municipal durante o Café Com Prosa. Eles(as) vestem roupas coloridas e estão sentados diante de mesas.
Foto: Beth Fraga
Diretores(as) durante o Café Com Prosa
Roberta Martins, secretária municipal de educação, fala sobre o evento: "Queremos, hoje, agradecer a todas as direções e professores(as), monitores(as) e demais funcionários(as) das escolas que, com muita excelência, se prontificam a oferecer, sempre, o melhor para nossos alunos(as). Além disso, desejamos que a educação se fortaleça e crie novos caminhos e conquistas para todos das comunidades escolares", explica.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida do secretário municipal adjunto de educação, Fabiano Amaral de Souza, da subsecretária de articulação da política pedagógica, Shirley de Cássia Pereira Machado de Miranda, da secretária municipal de educação, Roberta Martins, da chefe de gabinete, Danielle Jacomini Lopes e da assessora do gabinete da SMED Mariana Gonçalves Pereira de Oliveira de Freitas. Todos(as) estão em pé e vestem roupas coloridas.
Foto: Beth Fraga
Legenda: equipe do gabinete da SMED durante o Café Com Prosa
Adriana Branco, secretária municipal de esporte e lazer, que prestigiou o evento, reforça o elo entre a educação e o esporte: "É uma alegria muito grande estar aqui, uma vez que é impossível pensar em esporte sem falar em educação e não há como falar de educação sem esporte", pontua.
Houve, durante o Café Com Prosa, uma apresentação de percussão do grupo Anjos do Santão, formado por estudantes da Escola Municipal Santos Dumont, Regional Centro-Sul. Os(as) diretores(as) receberam, ainda, presentes confeccionados por estudantes do Programa Escola Integrada.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) do conjunto “Anjos do Santão”, da EM Santos Dumont. Eles(as) estão em pé, vestem uniformes e seguram instrumentos musicais.
Foto: Beth Fraga.
Alunos(as) do projeto “Anjos do Santão” durante apresentação no Café Com Prosa.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de diretoras da Rede Municipal durante o Café Com Prosa. Elas estão em pé, vestem roupas coloridas e seguram presentes.
Foto: Beth Fraga
Diretoras de escolas municipais recebem presentes confeccionados por estudantes do Programa Escola Integrada.
Sarita Totola Mohem, diretora da Escola Municipal Professor Domiciano Vieira, Regional Leste, elogia o Café Com Prosa. "Foi um evento muito bom para aquecer nossos corações. Estamos no final do ano letivo, marcado por muitas tarefas. Mas me senti segura de deixar minha escola e fiz questão de estar aqui. Pude encontrar colegas de outras escolas e confraternizar com toda a equipe da educação municipal. Aqui, podemos desenvolver o afeto e as relações humanas, fundamentais para a nossa evolução", detalha.
Marcos Paulo de Oliveira, vice-diretor da Escola Municipal Ana Alves Teixeira, Regional Barreiro, esteve presente no evento. "É de fundamental relevância uma oportunidade como essa, onde os(as) gestores(as) se reúnem. Aqui, podemos colher, com alegria, os frutos do trabalho desenvolvido durante todo este ano, bem como rever colegas da Rede Municipal, alinhando ideias para 2024. É muito gratificante estar aqui em prol da melhoria da educação", relata.
O Boas Práticas da semana destaca ações de esporte, comunicação e apoio à comunidade, e educação financeira. As propostas contribuem para a formação dos(as) estudantes, considerando a aprendizagem sobre o potencial do esporte e da dança; a interação com a comunidade e a necessidade de entender a importância de uma boa saúde financeira.
Conheça as ações desenvolvidas nas escolas e fortaleça sua confiança na educação municipal.
Taekwondo na EM Anísio Teixeira
A união entre esporte e educação é uma das mais celebradas na sociedade, reconhecendo o poder transformador de práticas esportivas na vida de alunos e alunas. Na Escola Municipal Anísio Teixeira, o ano de 2023 contou com a inserção dos(das) estudantes num edificador treinamento na arte marcial do Taekwondo.
Estudantes do 1º ao 9º ano, de ambos os turnos, tiveram a oportunidade de participar da oficina que foi comandada pelo mestre Paulo Henrique Barros, da Federação Mineira de Taekwondo. O projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a federação. Ao longo de sua execução, ressaltou a geração de oportunidades e experiências únicas que o esporte proporciona na vida de seus praticantes, tais como socialização e convivência, além da manutenção do bem-estar físico e mental.
Dentre os(as) 250 estudantes matriculados no Programa Escola Integrada contemplados(as), cerca de 50 participaram de treinos semanais e competições que intensificaram a sua relação com o esporte. A escola forneceu materiais, dobok (uniforme) e equipamentos de proteção. Destaca-se no taekwondo que, além de ser uma prática esportiva, trabalha ativamente valores como respeito, perseverança e autocontrole. Organizadores(as) relataram mudança positiva no comportamento das crianças ao longo da execução do projeto.
Após um processo fundamental de treinamento, foram realizadas apresentações para a comunidade no Festival Estudantil de Talentos, evento institucional realizado pela escola em outubro; na Mostra Cultural da Escola Integrada, em setembro; e na Semana da Educação da PBH, em agosto.
A escola ainda participou das seguintes competições esportivas: Campeonato Mineiro (maio), Campeonato Solidário (outubro) e Jogos da Primavera (novembro). Além dos benefícios do esporte, obtiveram resultados expressivos nos campeonatos. No Torneio Solidário, que aconteceu na cidade de Caeté, os 18 participantes conquistaram nove medalhas de ouro, cinco medalhas de prata e três medalhas de bronze.
A criação de ambiente de aprendizagem foi fundamental para proporcionar aos(às) alunos(as) as condições para o desenvolvimento de atividades e valores, que culminaram na participação nas apresentações e competições citadas. A prática do taekwondo na EM Anísio Teixeira foi validada por todos os seus agentes, sendo celebrado o poder transformador do esporte em todos os níveis e aspectos.
Turma de taekwondo da EM Anísio Teixeira
#paratodosverem: fotografia colorida de uma turma de taekwondo em uma quadra de futsal. Atrás de tatames azuis, encontram-se três fileiras horizontais de estudantes trajados(as) com seus uniformes, os doboks e faixas cinzas. Ao centro, encontram-se quatro adultos, além do mestre, que usa uma faixa preta. Na fileira de baixo, quatro estudantes seguram uma bandeira preta com a logo da Federação de Taekwondo.
Foto por: Almira Fernanda Rosa.
Projeto da Escola João Camilo de Oliveira Torres promove a dança
Visando ao fortalecimento da prática da dança tanto nas aulas de educação física quanto na vida dos(as) estudantes da Escola Municipal João Camilo de Oliveira Torres, Regional Noroeste, o projeto Se Ela Dança, Eu Danço, é realizado nas turmas de 6º ao 9º ano da instituição. A iniciativa objetiva, ainda, o rompimento de preconceitos e paradigmas ligados à dança, bem como desenvolve valores como o trabalho em equipe e a percepção da educação física além do esporte.
Para o projeto, cada uma das turmas participantes foi responsável por uma tarefa: o 6º ano pesquisou as danças típicas de cada região brasileira e suas características, elaborando coreografias para a apresentação em um festival promovido pela EM João Camilo de Oliveira Torres. Os(as) alunos(as) do 7º e do 8ºano criaram toda a decoração do evento. Já os(as) educandos(as) do 9º ano ficaram responsáveis pelo marketing, criação artística, elaboração de convites e organização (abertura e cerimonial) do festival.
A professora de educação física, Julyê Aparecida dos Santos Anunciação, fala sobre a recepção dos(as) estudantes em relação ao projeto: “Inicialmente, houve certa resistência, presumo que pela falta de conhecimento técnico sobre a dança. Após entenderem melhor o tema, os alunos e seus familiares demonstraram bastante engajamento no projeto. A prática da dança melhora o condicionamento físico e ajuda na socialização e na autoestima”, relata.
Estudantes da EM João Camilo de Oliveira Torres durante apresentação de dança
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da EM João Camilo de Oliveira Torres. Eles(as) estão em pé, vestem roupas coloridas e executam passos de dança na quadra da escola.
Foto: acervo da escola.
Jornal do Cora
A plena troca de informações e ideias é essencial para a educação, algo que é maximizado por meio do Projeto Cora Notícias, desenvolvido na Escola Municipal Cora Coralina. Assim, através de um jornal, que é formulado pela e para a comunidade escolar, valoriza-se o fluxo de conhecimentos atrelado ao desenvolvimento de uma fala e escuta ativa de seus membros.
O projeto nasceu no contexto da pandemia de covid-19, com o objetivo de proporcionar informações e reflexões sobre a situação que tomou conta do mundo. Assim, naquela época, tornou-se um importante meio para transmissão e compartilhamento de informações e aprendizados para a comunidade escolar.
Após o controle da situação da saúde municipal e o retorno das aulas, educadoras da escola reformularam o projeto para que ele pudesse continuar atuando como uma importante fonte de informação dos círculos sociais da escola. Houve uma articulação geral para que fossem envolvidos na elaboração do jornal professores(as), estudantes, pais, responsáveis e funcionários(as).
Nesse sentido, a escola desenvolveu o jornal escolar de maneira que pudesse representar a voz de estudantes e professores(as), além de trazer temas do universo dessas pessoas, assim como questões relevantes para a comunidade escolar. Dessa forma, o jornal teria função social real, tornando-se um expoente de suas demandas e pensamentos, além de contar com leitores que, também reais, vissem sentido no que fosse exposto no folhetim.
Dessa forma, o Cora Notícias ganhou novas dimensões, como um expoente de leitura e escrita. Dentre muitas de suas abordagens, buscou-se ampliar os horizontes dos(as) envolvidos(as) por meio do aprendizado sobre a língua e a linguagem, ao demonstrar como elas extrapolam a realização de atividades escolares, provando que a escrita pode ser uma importante ferramenta de uso social.
O jornal, que é distribuído mensalmente, apresenta pautas que são elaboradas a partir das questões que estão sendo discutidas nas salas de aula. Para completar a experiência, os(as) alunos(as) possuem participação efetiva na produção das matérias, tornando-se leitores e escritores de seu próprio saber.
De acordo com as responsáveis pelo projeto, essa é uma maneira importante de levantar material para a elaboração de matérias jornalísticas que abordem a prática pedagógica dos(das) professores(as) em conjunto com as vivências dos(das) estudantes. Assim, toda a comunidade se mantém informada por meio da distribuição do Jornal na escola, que é complementada pela discussão nas redes sociais.
Diante desse tipo de prática, a escola consegue desenvolver o protagonismo estudantil, pois os(as) participantes sentem-se capazes de demonstrar suas próprias visões sobre o mundo. Além disso, também contribui para o sentido inverso do fluxo, pois permite que os(as) estudantes desenvolvam uma escuta ativa e senso crítico diante do que leem nas folhas do jornal.
Capa do jornal “Cora Notícias”
#paratodosverem: demonstração colorida da capa do jornal da EM Cora Coralina. Sob uma foto do hall de entrada da escola, demonstrando suas coloridas salas, encontram-se: no topo, em preto: setembro 2023, à direita, e décima segunda edição, à esquerda. Abaixo, em vermelho, o título Cora Notícias, seguido do nome da escola e sua logo. Embaixo, à esquerda, em branco: Novidades do mês, seguidos de sete tópicos abordados na edição.
Foto por: Alessandra Dantas.
Emei Elos participa do “Lacre do Bem”
A Emei Elos, Regional Nordeste, realiza o projeto “Emei Elos no Lacre do Bem”, que doa cadeiras de rodas para pessoas necessitadas a partir da arrecadação de lacres de latas de bebidas. Neste ano, em parceria com a INOVA BH, houve massivo engajamento de toda a comunidade escolar, visto que, mesmo após o fim do período estabelecido para recolhimento dos lacres, a instituição segue recebendo, diariamente, garrafas cheias de lacres.
Os(as) familiares de estudantes de 1 a 5 anos enviam doações de lacres. A diretoria e o corpo docente da Emei Elos realiza momentos coletivos e rodas de conversa com os(as) alunos(as) sobre a importância da participação em causas sociais como o Lacre do Bem. Com isso, deseja-se criar a consciência de que uma simples ação pode trazer benefícios para quem realmente precisa. Nas redes sociais da escola, mais pessoas foram chamadas para se juntar ao projeto.
Há previsão de continuidade da participação da Emei Elos no Lacre do Bem, assim como em outras causas em prol do bem comum. Elizabeth Aparecida da Silva, da equipe gestora da escola, fala sobre o projeto: “Ao ouvirmos os relatos da família sobre o quanto foi significante para as crianças o processo de arrecadação dos lacres, ficamos orgulhosas e felizes em termos aceitado fazer parte. Ao mesmo tempo, favorecemos a cultura do acolhimento, do cuidar do outro, cuidando também do meio-ambiente”, relata.
Aluna da Emei Elos doa lacres para o Lacre do Bem
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de uma aluna da Emei Elos. Ela está sentada, veste roupas coloridas e segura garrafas com lacres. Ao lado e ao fundo dela, há uma caixa e sacolas com mais lacres.
Foto por: acervo da escola.
Educação financeira no Lojão do Murilo
A inserção da educação financeira na rede pública é um tópico que ganhou bastante destaque nos últimos anos. No ensino em Belo Horizonte, várias práticas são desenvolvidas para contribuir com a construção de cidadãos mais responsáveis com seus gastos e aquisições. Nesse sentido, um projeto de destaque é o “Lojão do Murilo”, desenvolvido anualmente na Escola Municipal Murilo Rubião.
O projeto, que contemplou cerca de 600 alunos e alunas em 2023, é tradicional na escola e visa desenvolver o comprometimento com as responsabilidades, tanto escolares como financeiras. De maneira lúdica, ele consiste em uma loja que funciona duas vezes por ano, com produtos variados, que podem ser comprados pelas crianças por meio de uma moeda fictícia chamada "Rubião".
Para estimular a frequência e o cumprimento de tarefas, a aquisição de “rubiões” se dá por meio da participação e da responsabilidade em sala de aula. Para tal, os(as) estudantes recebem carimbos dos seus professores ao cumprirem com seus combinados. Eles podem juntar 10 desses carimbos para trocar por uma moeda e ir juntando ao longo do ano para gastarem na loja.
Diante desse cenário, desenvolve-se um senso crítico de economizar dinheiro. Afinal, ao almejar adquirir alguma coisa especial na Loja do Rubião, elas devem saber se planejar para juntar dinheiro suficiente e, além de tudo, ter a dimensão do quanto podem gastar com outras coisas. Assim, elas podem perceber diretamente o resultado do seu esforço nas aulas e, com responsabilidade, convertê-lo no que bem entenderem.
A organização do projeto destaca, por exemplo, a evolução dessa percepção na mente dos alunos e das alunas. No primeiro lojão, realizado no meio de setembro, algumas pessoas não tiveram quantidade suficiente para adquirir o que pretendiam. No entanto, com a realização do segundo lojão, em dezembro, eles terão a oportunidade de aprender com essa experiência para saírem satisfeitos diante de um planejamento financeiro efetivo.
Para completar o ensino de forma pedagógica, o projeto conta com o auxílio de importantes obras literárias de educação financeira. Destacam-se, por exemplo, os livros “Economia de Maria”, de Telma Guimarães, e "Como se Fosse Dinheiro", de Ruth Rocha. Através dessa exposição, trabalha-se com os(as) estudantes temas como consumismo, valorização e economia do dinheiro, matemática, dentre muitos outros.
Por fim, o projeto estende-se continuamente em sala de aula, por meio do trabalho com gráficos, problemas e textos acerca de produtos que os(as) estudantes pretendem adquirir no lojão. Dessa forma, podem ter uma visualização momentânea e futura de seus passos de acordo com o planejamento financeiro realizado. As crianças também são responsáveis por cuidar de seus “rubiões”, sabendo que não haverá reposição em caso de perda, assim como o dinheiro real.
Clientes frequentam Lojão do Murilo
#paratodosverem: fotografia colorida de um grupo de estudantes em uma sala com mesas cobertas com tecido laranja, onde estão expostos produtos diversos. Em primeiro plano, uma estudante com uma sacola com produtos segura uma folha, que parece uma lista.
Foto por: acervo da escola.
Reciclagem, sustentabilidade e educação financeira
A Prefeitura de Belo Horizonte vem buscando, por meio da educação, construir caminhos de conscientização sobre o respeito ao meio ambiente em toda comunidade. As escolas são locais importantes para engajamento no ensino e adoção de práticas sustentáveis, que promovam o bem-estar do mundo que nos cerca. Diante disso, uma ação que ganha destaque pela sua proposta pedagógica é o Projeto SER: Sonhos, Estratégias e Realizações, desenvolvido pela Emei Solar Urucuia no Barreiro.
A educação ambiental se tornou uma parte indispensável do ensino público, acreditando-se que ela deve ser inserida no cotidiano de alunos e alunas desde cedo. Assim, práticas de vida conscientes em relação à utilização dos recursos naturais seriam mais facilmente aprendidas e utilizadas pela comunidade, desenvolvendo uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente.
A proposta do projeto é despertar nas crianças, nos(as) professores(as), nos(as) funcionários(as) e na comunidade escolar o interesse e a necessidade de um trabalho coletivo de reciclagem. Dessa forma, seria possível despertar em todos e todas a consciência quanto ao cuidado com o meio ambiente, na busca da construção de um mundo melhor.
Para alcançar seus objetivos de conscientização, mobilização e aprendizado, o projeto foi segmentado em diversas etapas, que duraram todo o ano letivo. Em primeiro lugar, a organização se preocupou em incluir as famílias dos(das) estudantes na ação, por meio de uma reunião que explicasse o projeto e a importância do cuidado com o meio ambiente.
Esse passo foi fundamental para alinhar expectativas e conhecimento entre diferentes membros da comunidade, criando um caminho viável para o entendimento conjunto do destino adequado do lixo, por exemplo.
Em seguida, foi realizada uma roda de conversa com as crianças, explorando seu conhecimento prévio sobre o assunto. Essa etapa objetivou valorizar caminhos já conhecidos por alunas e alunas e construir novas possibilidades relativas ao cuidado com o meio ambiente e com os elementos da natureza, cuidando, por exemplo, da despoluição do nosso planeta.
Além disso, os(as) estudantes participaram de uma roda de música referente à exposição de um vídeo explicando sobre reciclagem, realizando um interessante movimento entre a parte lúdica e pedagógica do projeto. Aproveitou-se o momento para introduzir, ainda, noções de educação financeira no contexto da sustentabilidade.
Em seguida, buscando abordar, de maneira prática, os conhecimentos adquiridos, foi realizado um passeio ao redor da escola e todos puderam observar a natureza. Após essa atividade, alunos e alunas deveriam propor, ativamente, ações que pudessem ajudar na conservação ou na melhoria das condições observadas, desenvolvendo, ainda, um senso de pertencimento àquele ambiente.
Atrelando todas as práticas de respeito ao meio ambiente e educação financeira, uma ação que merece destaque foi a confecção de brinquedos com materiais recicláveis por parte das crianças Os brinquedos foram expostos na mostra de trabalhos e, com simulações de compra e venda de materiais descartáveis, por meio da utilização de notas de brinquedo, foi possível trabalhar com a percepção de arrecadação e de valor.
Dessa forma, junto às suas famílias, alunos e alunas puderam educar-se financeiramente, por meio de simples - mas potentes - questionamentos, tais como: “O que temos no momento já basta para comprar o que precisamos? Se não, quanto falta?”, dentre outros. O toque final foi a lojinha de brinquedos recicláveis construídos pelas crianças. Elas puderam comprar e levar para casa os brinquedos que escolheram de acordo com o “dinheiro” que conseguiram arrecadar com as vendas ilusórias dos materiais recicláveis.
Visando reforçar os aprendizados do projeto, estudantes participaram da produção de gráficos, analisando os valores arrecadados e faltantes da lojinha, além de atividades sobre os temas ambientais aprendidos. Assim, foram utilizadas atividades escritas, contações de histórias, teatros, circuitos e rodas de música, trazendo diversão e entusiasmo para esse novo horizonte de saberes.
O projeto terá sua culminância na festa da família, com a exposição dos trabalhos realizados e murais com fotos das diversas atividades propostas. Nessas inúmeras ações, que servem de exemplos para toda a rede, reflete-se a intenção de desenvolver nos alunos(as) percepções necessárias de como garantir um futuro melhor para toda a comunidade.
O Projeto SER trabalha educação financeira com estudantes.
Foto por: Arquivo Emei Solar Urucuia
#paratodosverem: fotografia colorida de uma aluna entregando dinheiro de brinquedo para sua professora na realização do projeto SER. A garota, em pé na frente de uma mesa com estampa de bolinhas, observa alguns livros infantis que estão sobre a mesa ao lado. Enquanto isso, sua professora segura o dinheiro. Na frente dela, há uma bandeja com outras notas de faz de conta, simulando um caixa.
Vereadores mirins participam de cerimônia de encerramento do projeto
O Projeto Câmara Mirim (Camir) configura-se como uma excelente oportunidade de incitar o debate sobre participação social e motivar o desenvolvimento de um novo olhar para a escola e para as questões que afetam o dia a dia da instituição. O Camir de Belo Horizonte é um projeto de educação para a cidadania, por meio da formação política e do debate sobre temas de ordem social, ambiental, econômica, política, dentre outros.
O Câmara Mirim é realizado em parceria entre a Câmara Municipal de Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e o Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais. Nesses anos todos, foram desenvolvidas diversas atividades educativas em que os(as) vereadores(as) mirins aprendem sobre o processo legislativo, utilizando como instrumento pedagógico a formação de um parlamento mirim no Município.
Em 2023, quando é celebrada a sua 14ª Legislatura, o projeto contou com a participação de 9 escolas municipais, representando cada uma das regionais de BH. Cada escola elegeu três vereadores mirins do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, em eleições reais, com o uso de urnas eletrônicas parametrizadas pelo TRE-MG. Estima-se que mais de 4.500 estudantes participaram das eleições. Além disso, houve a indicação de um(a) professor(a) por escola para acompanhar o projeto e desenvolver com os(as) estudantes atividades paralelas às sessões mirins que ocorrem, mensalmente, na Câmara Municipal.
Legenda: Vereadores(as) Mirins celebram o encerramento do Camir
#paratodosverem: fotografia colorida do plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte ocupada pelos(as) participantes do Projeto Câmara Mirim. Cerca de 45 pessoas, envolvendo crianças e adultos, estão posicionados à frente da mesa. Todos sorriem e muitos alunos e alunas seguram seus certificados. Ao fundo, vemos um telão branco com os patrocinadores e a logo do projeto, com seu nome em destaque.
Foto por: João Pedro Ribeiro
Os(As) parlamentares eleitos(as) nas escolas foram empossados(as) em sessão solene, no primeiro semestre do ano letivo e foram responsáveis por cumprir o ritual legislativo na própria Câmara Municipal ao longo desses meses. Eles(as) elegeram, entre os pares, uma mesa diretora e apresentaram propostas que foram colocadas em votação. Os assuntos pautados no projeto são sempre de caráter coletivo e dizem respeito a questões de interesse social, como meio ambiente, mobilidade, infraestrutura urbana e muito mais. As propostas elaboradas pelos(as) vereadores(as) mirins são apresentadas à Comissão de Participação Popular da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte e podem se tornar leis, caso sejam consideradas pertinentes e possíveis.
Durante a cerimônia de encerramento, que contou com representantes de todas as instituições organizadoras, foram destacadas as inúmeras qualidades do projeto. Dentre elas, ressalta-se seu papel de incentivador da democracia, constituindo-se como uma verdadeira pedagogia política.
Thaís de Paula Nunes, do oitavo ano da EM Lídia Angélica e vice-presidente da mesa, reforça esse aspecto: “Fiquei muito emocionada quando fui eleita. Eu nunca tinha vindo até aqui na Câmara e não tinha muito interesse por política, mas, quando entrei pro projeto, isso mudou. Esse projeto me fez enxergar o mundo de outra forma e ver que política não é só ler a parte do jornal escrito ‘política’, é tudo. Eu aprendi demais e vou levar isso tudo para a minha vida.”
Thaís e outros(as) vereadores(as) entregando as propostas formuladas ao longo do projeto ao vereador Pedro Patrus.
#paratodosverem: fotografia colorida de três vereadores mirins celebrando a entrega de suas propostas ao vereador Pedro Patrus. Ambos estão posicionados ao centro, atrás da mesa do plenário, e sorriem. Entre as duas companheiras, um dos vereadores segura um papel contendo as propostas junto com Patrus.
Foto por: João Pedro Ribeiro
Aluno do nono ano da EM Adauto Lúcio Costa, Nicolas Monteiro destaca esse fator, atrelado ao compartilhamento de conhecimentos e prática de diálogos que o Câmara Mirim proporciona aos seus participantes: “Esse projeto fala muito sobre a questão política, mas eu vejo que ele vai muito além disso. Eu vejo que esse projeto transformou muito a mentalidade das pessoas que participaram, creio que elas tenham se tornado mais receptivas a novas ideias. Pelo menos para mim, mudou minha forma de ver o mundo e como a política é feita. Espero que quem tenha participado consiga entender como realmente elas vão conseguir mudar as coisas. Não vai ser simplesmente fazendo uma coisa aqui e outra ali, elas têm que colocar ação. Não basta ficar na ideia. Esse projeto me mostrou que tenho que agir e mudar o que posso mudar, que não posso ficar parado.”
O Camir ainda é exaltado pela sua capacidade de demonstrar aos(as) estudantes os benefícios e as necessidades das práticas da cidadania para a construção de uma comunidade melhor. Márcia da Silva Ribeiro, professora referência da EM Adauto Lúcio Cardoso, comenta: “O projeto Camir traz uma realidade diferente para os estudantes que vivem nas escolas, pois é uma oportunidade deles se enxergarem como cidadãos e como pessoas que têm direitos e deveres. Também os ajuda a perceber como melhorar o lugar onde vivem. Eu percebi, ao longo do trabalho, como eles foram crescendo ao longo do trabalho, tanto como pessoas quanto como cidadãos. Eles são muito criativos e engajados, conseguindo ver problemas que nossos olhos adultos não costumam perceber”. Assim, o Camir cumpre sua missão de ampliar a participação social e a conscientização sobre sua importância e formar para a cidadania.
O Boas Práticas da semana abre espaço para destacar projetos de incentivo à prática esportiva, à leitura e à tecnologia aliada ao ensino. Além disso, apresenta a proposta de uma escola que comemora o aniversário da Pampulha.
Sorvebol na EM Jardim Felicidade
O sorvebol é um esporte federado brasileiro criado em 2003, com o objetivo de levar inovação e recreação para as aulas de educação física. Além disso, visa colaborar com o desenvolvimento das habilidades psicomotoras, cognitivas e socioemocionais de todas as crianças, de forma lúdica e divertida, enquanto elas se constroem como cidadãs e possíveis atletas de sorvebol.
A partir do trabalho de formação de professores(as) realizado pela Federação Internacional de sorvebol, a Escola Municipal Jardim Felicidade vem desenvolvendo o esporte por meio de um trabalho com crianças e adolescentes do Programa Escola Integrada. Assim, ao disponibilizar oficinas para a prática do esporte, objetiva-se colaborar com o desenvolvimento das habilidades psicomotoras, cognitivas e inteligência socioemocional desde a infância.
Além disso, os educadores e as educadoras buscam desenvolver e potencializar as habilidades de forma lúdica, considerando o tempo e o ritmo de cada aluno(a), e favorecendo que eles(as) aprendam sobre colaboração, autoconfiança, determinação, saber lidar com erros, dentre muitas outras coisas.
A jornada da EM Jardim Felicidade no esporte se iniciou em 2018, no torneio BH Open de sorvebol. Apesar de não obterem bons resultados naquela edição, destacaram-se a excelente vivência e o primeiro contato com o esporte, pois os(as) estudantes puderam assistir à final do torneio no estádio Mineirinho. Na edição seguinte, em 2019, retornaram para se consagrar campeões da competição.
Hoje, a escola é a atual campeã do BH Open de sorvebol e de outros torneios organizados pela federação. Além disso, é referência em treinamento e formação de novos talentos, num processo que tem início com a chegada dos(as) alunos(as) na instituição. Vários ex-alunos ainda jogam sorvebol e representam a escola em outras categorias e momentos, como no Circuito Brasil de sorvebol.
A prática do esporte se tornou algo extremamente prezado pela instituição, pois, de forma lúdica, busca desenvolver as habilidades individuais e coletivas de alunos e alunas, colaborando com o desenvolvimento de coordenação motora, equilíbrio, atenção, concentração, foco e raciocínio lógico. A adoção da prática representou uma oportunidade para que a instituição incentivasse o melhor em seus(suas) estudantes, unindo pedagogia e diversão.
Alunas da EM Jardim Felicidade participando do Circuito Brasil de Sorvebol na Arena BVB
#paratodosverem: Fotografia colorida de três alunas da Escola Municipal Jardim Felicidade participando de um torneio de sorvebol. Elas se encontram em uma quadra de areia, onde é possível ver as delimitações com uma fita azul e a rede amarela saindo do canto direito da foto. Ambas se encontram alinhadas ao centro e olham atentamente para a câmera, descalças e com a camisa branca característica de alunos e alunas da rede pública de Belo Horizonte. As duas garotas das extremidades seguram cones verdes, utilizados na prática do esporte. Ao fundo, podemos ver uma mata com muitas árvores.
Foto por: Bruna Guimarães.
Gincana da convivência anima a EM Paulo Mendes Campos
Visando trabalhar, com turmas de 6º ano, as relações de convívio e valores como o respeito, afeto e responsabilidade, a Escola Municipal Paulo Mendes Campos, Regional Centro Sul, realizou, pela primeira vez, a gincana da convivência. O projeto contou com a participação de todas as disciplinas da grade curricular. Novas edições da gincana ocorrerão em 2024.
Para a gincana, são propostos jogos e brincadeiras lúdicas que busquem aguçar a colaboração dos(as) estudantes durante a competição. Além disso, o respeito às regras das atividades e a boa convivência entre os alunos(as) são, também, critérios de avaliação. Os(as) vencedores(as) puderam escolher um dos prêmios: uma sessão de cinema, um piquenique e um momento esportivo.
Talita Barcelos Silva Lacerda, coordenadora pedagógica geral da EM Paulo Mendes Campos, fala sobre a importância da gincana no dia a dia da escola. “Identificamos a necessidade de utilizar a gincana para melhoria da convivência no ambiente escolar. Com ela, pudemos perceber que os(as) estudantes se envolveram na proposta dela e demonstram maior atendimento às regras de nossa escola”, relata.
Alunos(as) se divertem na gincana da convivência da EM Paulo Mendes Campos
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da EM Paulo Mendes Campos durante a gincana da convivência. Eles estão em pé, vestem uniforme e brincam com bambolês no chão da quadra da escola. Ao fundo, há pessoas assistindo à competição em uma arquibancada.
Foto: acervo da escola.
EM Professora Efigênia Vidigal trabalha a obra “Quarto de Despejo”
Alunas da educação de jovens e adultos (EJA), da turma externa da Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal, ligadas ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Regional Oeste, participaram do projeto “Memórias pessoais face as memórias de Carolina Maria de Jesus”. A iniciativa visa ao resgate de vivências das estudantes, de forma semelhante ao modo como Carolina Maria de Jesus, autora de “Quarto de Despejo”, faz em seu diário, publicado em 1960.
Bernadete da Costa Silva Lopes, professora e articuladora de leitura da EJA na EM Professora Efigênia Vidigal, foi a idealizadora do projeto. “O livro Quarto de Despejo foi um dos integrantes do kit literário 2023. Durante a leitura de alguns trechos, algumas das estudantes se emocionaram bastante. Logo, propus que elas escrevessem seus próprios diários, apresentados na mostra cultural da escola”, conta. Nos cadernos, as alunas resgataram memórias, fotos, lugares especiais e outras vivências desde sua infância.
As estudantes também retrataram, em um desenho, a Favela do Canindé, em São Paulo, berço das memórias expostas por Carolina Maria de Jesus em seu livro. Além disso, elas confeccionaram cartazes sobre temas como fome e miséria, discutindo possíveis soluções para tais problemas. Por fim, cada aluna pintou uma tela com um lugar especial para elas e confeccionou a árvore mencionada pela autora de “Quarto de Despejo” em seu livro.
Para a professora Bernadete da Costa Silva Lopes, o projeto foi muito proveitoso. “Através da violência e do lirismo de Carolina Maria de Jesus, a consciência crítica daquelas senhoras e adolescentes foi emergindo, aflorando, nos próprios textos, a realidade das vidas de cada uma brotou dolorida, sofrida, muitas vezes cruel, mas com a mesma resiliência da autora de ‘Quarto de Despejo’. O projeto de memórias foi bastante elogiado pela comunidade interna e externa da EM Professora Efigênia Vidigal”, comemora.
Trabalhos de alunas da E.M. Professora Efigênia Vidigal
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de trabalhos das alunas EJA, da turma externa da Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal. Há cartazes pendurados no teto e uma mesa ao fundo com livros, pinturas e desenhos.
Foto: acervo da escola.
EM Santa Terezinha comemora os 80 anos da Pampulha
Nos 80 anos do Complexo Arquitetônico da Pampulha, a Escola Municipal Santa Terezinha, Regional Pampulha, realizou o projeto "Pampulha: Múltiplos Olhares". A iniciativa dos(as) estudantes do 1º ao 3º ciclo foi apresentada na Mostra Cultural 2023 da escola e visa aprofundar o conhecimento dos(as) alunos(as) sobre a história, as personalidades, a localização e o olhar sobre a região que, desde 2016, é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Para o projeto, o corpo docente e discente da EM Santa Terezinha realizou pesquisas, trabalhos fotográficos, desenhos em lixa, reciclagem, produção de textos informativos e visitas técnicas à orla da Lagoa da Pampulha, ao Museu de Arte, à Casa do Baile, ao Quiosque Turístico, à Praça de Iemanjá e à Igreja São Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha. No laboratório de ciências da escola, os(as) estudantes puderam analisar e pesquisar sobre a qualidade da água da lagoa.
Simone Andreia Santos Coutinho, professora da EM Santa Terezinha, fala sobre a importância do projeto: "Observamos uma significativa participação dos alunos e da própria comunidade no projeto, e houve visitação espontânea da comunidade aos pontos turísticos que conhecemos. Pudemos trabalhar, neste projeto, a curiosidade dos(as) estudantes e os espaços gratuitos de lazer. Além disso, trabalhamos o resgate de memórias afetivas, em relatos de histórias vividas na Pampulha por alunos e seus(as) familiares”.
Projeto "Pampulha: Múltiplos Olhares" enriquece Mostra Cultural 2023 da EM Santa Terezinha
#paratodosverem descrição: fotografia colorida trabalhos de alunos(as) participantes do projeto "Pampulha: Múltiplos Olhares", da EM Santa Terezinha, durante a Mostra Cultural 2023. Tratam-se de totens pretos com desenhos de pontos turísticos da Pampulha. Em primeiro plano, duas mulheres apreciam alguns desenhos.
Foto: acervo da escola.
EM Joaquim dos Santos une tecnologia e matemática
O projeto Usando a tecnologia em prol do aprendizado significativo, da Escola Municipal Joaquim dos Santos, Regional Venda Nova, levou a plataforma de cursos, aulas e práticas online, Khan Academy, para as aulas de matemática da Turma das Cores, do 4º ano da escola. A iniciativa tem gerado resultados positivos nessa e em outras turmas da instituição, que pretende dar continuidade ao projeto nos próximos anos.
A professora dos anos iniciais, Cristiane Melo Silva, da EM Joaquim dos Santos, é a idealizadora do projeto. “Percebi que, mediante o uso da Khan Academy, os(as) estudantes puderam contornar a defasagem no aprendizado. Apresentei a proposta do projeto para a coordenação pedagógica que, prontamente, a abraçou. Já tínhamos os tablets, a escola providenciou os chips para acesso à internet e iniciamos o trabalho", conta.
Para promover a extensão do uso da plataforma para as outras turmas da EM Joaquim dos Santos, os(as) professores participaram de uma formação ministrada por André Luiz de Oliveira, responsável pelo acompanhamento da iniciativa na Smed. A professora dos anos iniciais da instituição, Cristiane Melo Silva, fala sobre o uso da Khan Academy em sala: "Gosto de realizar tanto atividades individuais, onde o(a) educando(a) acessa a plataforma e real. iza a atividade, quanto em grupo, onde projeto a atividade no data show da sala", comenta.
Animados, os(as) alunos(as) da EM Joaquim dos Santos tiveram o primeiro contato com a plataforma Khan Academy. Cristiane Melo Silva ressalta a importância da iniciativa: "Atualmente a tecnologia é intrínseca à vida das pessoas. Dessa forma, quando implementada no espaço escolar, a tecnologia contribui significativamente para colocarmos em prática as metodologias ativas e conduzir os estudantes a assumir o papel de sujeitos da sua aprendizagem", pontua.
Alunos(as) da EM Joaquim dos Santos unem tecnologia ao aprendizado
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de estudantes da EM Joaquim dos Santos. Eles(as) estão sentados, vestem uniforme e estão realizando atividades em tablets nas mesas da sala de aula. Ao fundo, há uma professora em pé.
Foto: acervo da escola.
Escolas municipais celebram encerramento dos Jogos da Primavera
No dia 21 de novembro, foi realizado, no Mineirinho, o encerramento dos Jogos da Primavera 2023. O evento é a culminância da competição esportiva constituída por jogos de diferentes modalidades esportivas, incluindo paraolímpicas, destinada aos(às) estudantes-atletas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Trata-se de uma ação política intersetorial, desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e tendo como base os princípios do esporte educacional.
Com o objetivo de oportunizar e estimular a participação dos(as) estudantes das escolas municipais em eventos esportivos e fomentar o interesse e a prática do esporte formal nas escolas, os Jogos da Primavera já fazem parte do calendário escolar, motivando estudantes, professores(as) e toda a comunidade. A proposta valoriza o papel fundamental do esporte na formação infantojuvenil, já que auxilia no desenvolvimento físico, motor e cognitivo, além de trabalhar aspectos emocionais e sociais.
A cerimônia de encerramento, que se constitui como um encontro das escolas
municipais participantes dos jogos, com o objetivo de celebrar a realização e o
desfecho dos jogos e do Festival da Primavera, contou com a participação de cerca de 10 mil estudantes, entre 11 e 17 anos, de 75 escolas municipais.
O evento foi realizado no Mineirinho, ginásio poliesportivo que já foi palco dos momentos mais marcantes do esporte mineiro. Nesse sentido, as crianças tiveram a oportunidade de pisar onde seus grandes ídolos pisaram e de ter a sensação da grandiosidade do que significa ser um atleta. Além dessa experiência, puderam conhecer nomes de referência do esporte de Minas Gerais. Representando o Minas Tênis Clube, estiveram presentes: Carlos Henrique Martins, presidente; Carol Gattaz, atleta de vôlei; Arthur Bento, atleta de vôlei; Daniel Duque, atleta de basquete; Anderson Gabriel, atleta de futsal.
Também estiveram presentes no evento: Luiz Henrique Cabral, presidente da Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (FEEMG); Carlos Rocha, presidente do Mackenzie Esporte Clube; Kátia Moreira, coordenadora do curso de especialização em treinamento esportivo da UFMG; Ashley Eduarda, atleta de ginástica olímpica; Adair Ataídes, atleta de patinação; e um trio de atletas de taekwondo.
Em nome da PBH, estiveram: o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman; a secretária municipal do esporte e lazer, Adriana Branco; a secretária municipal de educação, Roberta Martins.
Além disso, o encerramento contou com a presença das mascotes dos três principais times de futebol da capital: Coelhão, do América; Galo Doido, do Atlético; Raposão e Raposinha, do Cruzeiro. Eles animaram a festa com os(as) estudantes, que vibraram apaixonadamente pelo seu amor pelo esporte.
Mascotes dos principais times de Minas animam garotada
#paratodosverem: fotografia colorida das mascotes dos times mineiros. Alinhados, da direita para a esquerda, estão o Coelhão, o Raposão e o Galo Doido. Na frente deles, agachado, está o Raposinha.
Foto: João Pedro Ribeiro.
A secretária da educação, Roberta Martins, destacou a importância desse tipo de ação intersetorial para promover experiências enriquecedoras nas vida de alunos e alunas: “É muita alegria estar aqui com essas crianças, se sentindo pertencentes a esse espaço, valorizando o esporte, colocando toda sua garra, energia e talento. Não tem nada mais gostoso que festejar este momento, é maravilhoso”, afirmou.
O prefeito Fuad Noman foi o encarregado de entregar os troféus das escolas campeãs dos Jogos da Primavera. No resultado final, a Escola Municipal Francisca Alves ocupou o terceiro lugar, enquanto o segundo ficou com a Escola Municipal Acadêmico Vivaldi Moreira. A grande campeã do torneio foi a Escola Municipal Marlene Ferreira, que celebrou sua conquista de forma vibrante. Destacou-se, ainda, a Escola Municipal Antônio Salles Barbosa, que ganhou o troféu fair play.
Equipe da EM Francisca Alves vibra com prêmio recebido
Legenda: Equipe da EM Francisca Alves vibra com prêmio recebido.
#paratodosverem: fotografia colorida da equipe da EM Francisca Alves comemorando o prêmio. Eles estão alinhados, com uniformes esportivos, segurando suas medalhas e acompanhados da diretora da escola.
Foto: João Pedro Ribeiro.
EM Antônio Salles Barbosa é premiada e ensina sobre esporte e jogo limpo
Legenda: Equipe da EM Francisca Alves vibra com prêmio recebido.
#paratodosverem: fotografia colorida da equipe da EM Francisca Alves comemorando o prêmio. Eles estão alinhados, com uniformes esportivos, segurando suas medalhas e acompanhados da diretora da escola.
Foto: João Pedro Ribeiro.
Lucilene Barbosa, monitora de esportes da EM Marlene Ferreira, primeira colocada dos jogos, destaca o empenho dos(das) estudantes ao longo do torneio: “A gente suou bastante para chegar aqui, lidamos com falta de espaço e materiais, mas com o apoio e o esforço dos meninos eles conseguiram superar as dificuldades para estarmos festejando o primeiro lugar aqui hoje.”
EM Marlene Pereira Rancante recebe prêmio das mãos do prefeito Fuad
#paratodosverem: fotografia colorida da equipe da EM Marlene Pereira Rancante recebendo o prêmio. Eles estão sob um palco, acompanhados da secretária municipal de educação, do prefeito Fuad e da secretária municipal de esportes. Ao fundo, banner dos jogos da primavera.
Foto: João Ribeiro.
O encerramento foi finalizado com as premiações coletivas e individuais, e os(as) pequenos(as) atletas receberam as medalhas. Ana Clara Reis, do oitavo ano da Escola Municipal Acadêmico Vivaldi Moreira, medalhista nas modalidades de revezamento, salto em distância e corrida 400m, ressalta o quão especial foi o reconhecimento para ela: “Eu me sinto muito orgulhosa de mim por estar aqui porque o trabalho foi muito duro para chegar até aqui. É um momento muito importante para todos nós, atletas”.
EM Acadêmico Vivaldi comemora bom resultado nos jogos
#paratodosverem: fotografia colorida da equipe da EM Acadêmico Vivaldi recebendo o prêmio. Eles estão sob um palco, acompanhados da secretária municipal de educação, do prefeito Fuad e da secretária municipal de esportes. Ao fundo, banner dos jogos da primavera.
Foto: João Pedro Ribeiro.
O Boas Práticas Especial focaliza o Festival Literário Internacional, evento que destaca o talento da capital mineira como polo de cultura e formação cultural e humana.
Belo Horizonte recebe a sétima edição do FLI BH
Entre os dias 16 a 20 de novembro, foi realizado, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Regional Centro-Sul, o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH) 2023. O evento, que está em sua sétima edição, é realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico e a Secretaria Municipal de Educação. A edição deste ano homenageia a escritora belo-horizontina Lélia Gonzalez. Lélia nasceu em uma família pobre e seu processo de construção da própria identidade como uma pessoa negra foi gradativo. Graduada em história, geografia e filosofia, engajou-se na luta contra o racismo e em favor dos direitos das mulheres, ampliando especialmente as vozes de mulheres negras e indígenas.
9.500 estudantes, de 275 escolas da Rede Municipal de Educação, participaram do FLI BH, cada um(a) recebeu um vale-livro no valor de R$40 para trocar por um dos livros disponíveis nos diversos estandes de editoras e distribuidoras literárias filiadas à Câmara Mineira do Livro. Além disso, 950 profissionais da educação estiveram presentes no evento e receberam um vale-livro de R$60.
Eliane Parreiras, Secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte, fala sobre a importância do trabalho da autora homenageada pelo FLI BH 2023, Lélia Gonzalez: “O pensamento de Lélia influenciou não somente o Brasil, mas diversas gerações. Indubitavelmente, ela é uma das maiores intelectuais que temos no país”, pontua. Lélia, falecida em 1994, tem uma obra marcada pela luta em prol da justiça social no Brasil.
Roberta Martins, Secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte, detalha a importância do festival para o incentivo à leitura: “Quando eu atuava nas escolas e levava os(as) alunos(a) para espaços como esse, ficava imaginando a alegria e a energia de cada um(a), assim como a satisfação de todos(as) por estarem ali. Além disso, era emocionante vê-los(as) escolher o que queriam apreciar como leitores”, relata.
Estudantes de aproximadamente 100 escolas municipais da capital mineira lançaram livros escritos por eles(as) e seus(as) colegas durante o FLI BH 2023. Tal iniciativa é parte da 10º edição do projeto Jornada Literária. A estudante Alice Elaira, da Escola Municipal Jardim Leblon, Regional Venda Nova, esteve presente no evento. “Estou achando o festival muito bom, mas ainda não encontrei um livro para levar. Pretendo escolher um mangá”, diz. O evento contou com atividades diversas,como oficinas de escrita criativa, contação de histórias, palestras, mesas redondas e apresentações artísticas.
Alunos(as) da Rede Municipal apresentam livro produzido por sua escola no FLI BH 2023
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de um grupo de cerca de 50 estudantes. Eles estão assentados no chão, de frente para um palco onde se encontram dois contadores de histórias. O palco é iluminado nas laterais e, ao fundo, há um banner do evento, onde se lê “Narração de histórias”, Paulo Fernandes.
Foto: Pedro Oliveira.
A fonoaudióloga, escritora infantil e editora da Cora Livros, uma das expositoras do FLI BH 2023, Marismar Borém, aprovou a organização do evento. “É a terceira vez que participo do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, estou gostando bastante. Ressalto o cuidado dos organizadores com a qualidade dos livros para escolha dos(as) estudantes e o profissionalismo para com o evento. Aqui, os(as) alunos(as) têm contato com diversos livros e editoras, o que fomenta o interesse pela leitura”, analisa.
Aline Adriana, professora de Língua Portuguesa da Escola Municipal Jardim Vitória, Regional Nordeste, fala sobre a importância do festival para o dia a dia das escolas. “Além de incentivar a leitura, o FLI BH colabora na formação deles(as) enquanto seres humanos, e todos(as) estão tendo a oportunidade de virem, como leitores, em um espaço público de muita importância para a cidade de Belo Horizonte”, relata.
Alunos(as) da Rede Municipal apresentam livro produzido por sua escola no FLI BH 2023
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunas da Rede Municipal no estande do projeto Jornada Literária durante o FLI BH 2023. Elas estão em pé diante de uma mesa com livros, vestem uniforme, duas delas carregam sacolas e uma delas segura em uma das mãos uma garrafa de água enquanto segura o livro escrito por sua escola.
Foto: Pedro Oliveira.
O Boas Práticas da semana destaca ações de preservação do meio ambiente e criação de horta nas escolas. Ao cultivar uma horta, oferecemos um contato direto com a natureza, por meio de uma espécie de laboratório vivo dos processos de plantio e colheita dos alimentos que consumimos. Lidar com a terra é uma oportunidade para que os(as) estudantes aprendam a valorizar o meio ambiente e a estabelecer uma relação saudável com a natureza.
Conheça as ações desenvolvidas e fortaleça sua confiança na educação municipal.
A EM Jardim Felicidade monta um espaço agroecológico
Compreendendo a horta como um espaço didático para ensino e aprendizagem de temáticas ligadas ao meio-ambiente, a Escola Municipal Jardim Felicidade, Regional Norte, recriou, com alunos(as) do 6º e 7º ano e do Programa Escola Integrada, um ambiente com acesso direto ao solo, o que culminou na montagem do espaço agroecológico da escola. Nele, são realizados plantios de diversas hortaliças, plantas medicinais, frutas, sementes e outros frutos.
O espaço agroecológico da EM. Jardim Felicidade conta, ainda, com uma composteira, um minhocário e um sistema de coleta da água da chuva. Podem ser vistas no local joaninhas e abelhas. Um lago, criado na oficina ministrada pelo monitor da Escola Integrada, Gilmar Garcia, complementa o espaço, utilizado pelos(as) alunos(as) nas aulas de ciências ministradas pela professora Rebeca Andrade. Todos(as) demonstram cuidado e satisfação com o que aprendem no ambiente.
Luci Vânia Gonçalves Nunes Correia, diretora, e Ivana Pereira dos Santos, vice-diretora da EM Jardim Felicidade, falam sobre a importância do projeto: “O trabalho realizado pela professora Rebeca e pelo monitor Gilmar é de grande valia. A agroecologia é uma temática presente na vida dos coletivos do bairro Jardim Felicidade. Logo, podemos afirmar que o espaço agroecológico potencializa conhecimentos e experiências de relevância para a escola e para a comunidade local”, analisam.
Alunos(as) da EM Jardim Felicidade no espaço agroecológico da escola
#paratodosverem descrição: alunos(as) da EM Jardim Felicidade no espaço agroecológico da escola. Eles(as) estão em pé e manipulam as hortaliças do local.
Escola Cônego Siqueira trabalha a preservação dos espaços verdes
Em parceria com o programa EcoEscola BH, da Secretaria Municipal de Educação, a Escola Municipal Cônego Sequeira, Regional Barreiro, realiza, com os(as) alunos(as) do Programa Escola Integrada (PEI), com idade entre 6 e 14 anos, o projeto “Horta e Jardim na Escola: Amigos do Meio Ambiente”. A iniciativa é baseada na necessidade de readequação das oficinas do PEI, de forma que os(as) educandos(as) tenham novas vivências e aprendizados.
Para o projeto, foi realizado um trabalho de conscientização dos(as) estudantes sobre a necessidade de cuidado e preservação do meio ambiente e dos espaços verdes da EM Cônego Sequeira. O projeto promoveu visitas a hortas próximas à escola, ao Jardim Zoológico de Belo Horizonte, ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, à Biofábrica de Joaninhas do Parque das Mangabeiras, ao Parque Jacques Cousteau e à Fazendinha Jardim das Mangueiras.
Os(as) alunos(as) participaram, também, de apresentações de teatro e música, ações sobre descarte correto do lixo, oficinas de brinquedos recicláveis e outras atividades realizadas na própria escola. A partir disso, eles(as) puderam incentivar suas famílias a terem uma horta em casa. Todos(as) participaram com alegria e entusiasmo do projeto, que conta com oficinas que ocorrem quatro vezes por semana, com atividades na horta e no jardim da escola.
Alunos(as) da EM Cônego Sequeira cuidam dos espaços verdes da escola.
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da E.M. Cônego Sequeira. Alguns deles(as) estão em pé, à direita, sobre um espaço cercado da horta e remexem a terra com enxadas. À esquerda e ao fundo, outros estão sentados. Também à esquerda, em primeiro plano, uma horta de couve.
EM Joaquim dos Santos constrói uma horta
Alunos(as) das turmas do quarto ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Escola Municipal Joaquim dos Santos, Regional Venda Nova, construíram, pela primeira vez, uma horta na escola. Para isso, eles(as) pesquisaram e executaram técnicas de exploração do solo, adubação e desenvolvimento das plantas. O novo espaço é muito bem cuidado por todos(as) os(as) estudantes, bem como tornou-se uma eficaz ferramenta para o processo de aprendizagem sobre a relação do homem com a natureza.
O projeto surgiu a partir de uma ideia da professora dos anos iniciais da EM Joaquim dos Santos, Cristiane Melo Silva. “Questionei os(as) estudantes qual era a escola dos sonhos para eles(as). Quando todos(as) responderam a essa pergunta, notei a frequência do desejo de construir uma horta. Encaminhamos a proposta para a direção de nossa escola e para o programa EcoEscola BH (da Secretaria Municipal de Educação). O programa nos enviou adubo e mudas de acelga, mostarda, alface e rúcula para plantio”, conta.
A horta da escola recebeu doações de pés de amora, babosa e manjericão. Foi, também, elaborada uma rotina para a manutenção do espaço. Cristiane Melo Silva fala da importância da iniciativa. “Ofertar espaços para o cultivo de horta e jardinagem dentro da escola e incentivar as crianças a fazê-lo proporciona uma aproximação com a natureza, gerando uma importante relação de alegria e comprometimento para com ela”, detalha.
Visando despertar o interesse dos(as) alunos(as) pelo processo de desenvolvimento de vegetais e conscientizá-los sobre como eles são úteis para uma alimentação saudável, a construção horta foi um sucesso, conforme conta Cristiane: “Os(as) estudantes ficaram entusiasmados ao saberem que o desejo deles(as) seria realizado. Na horta, eles(as) podem conhecer a diversidade de espécies de plantas, incluindo as medicinais, que existem em nosso país”, relata a docente.
Alunos(as) plantam mudas na horta da EM Joaquim dos Santos
#paratodosverem descrição: fotografia colorida de alunos(as) da EM Joaquim dos Santos. Eles(as) vestem uniforme, estão em pé, em volta de um canteiro formado por tijolos. Os(As) são acompanhados por uma professora enquanto plantam mudas na horta da escola.
Horta orgânica é sucesso na EM Minervina Augusta
A Escola Municipal Minervina Augusta, Regional Norte, buscou estimular a valorização do meio ambiente por meio de reutilização de resíduos de alimentos, plantio, colheita e outras práticas. Assim, o projeto “Horta orgânica”, desenvolvido no contraturno escolar, no Programa Escola em Tempo Integral, teve a participação de 231 alunos(as) e 14 monitores(as).
O projeto surgiu após a instituição se ver sem espaço para o plantio de legumes e verduras depois de obras que foram realizadas por lá. Diante dessa necessidade, a organização da escola propôs uma ação voltada para a produção de adubos orgânicos NPK (abreviação para: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), três nutrientes indispensáveis para as plantas), pesticidas à base de mamona, líquidos originários de uma compostagem realizada pelos(as) estudantes..
Diante disso, a escola montou o projeto para desenvolver o espírito científico de pesquisa e promover a utilização tecnológica dos produtos do projeto Horta Orgânica. Alunos e alunas da Escola em Tempo Integral se uniram para colocar em ação semeaduras, plantios, irrigações e cultivos, contando com a utilização de água da nascente do local.
Para a produção do adubo, o projeto utilizou composteiras obtidas por meio de doação e também de confecção própria, utilizando tijolos com cobertura em tela. Os(As) responsáveis pelo projeto contam que todo o material de descarte da cantina, como cascas e outras sobras, são misturados às folhas secas recolhidas das árvores e depositadas nessas composteiras.
Então, o chorume produzido por elas é misturado a outros materiais. Esse material, após secagem, é triturado junto a cascas de ovos e restos de pó de café que também seriam descartados no lixo, evitando outra etapa de desperdício. O projeto está no início de sua realização, mas a alta qualidade do produto é sempre ressaltada.
Através de pesquisa e práticas metodológicas, alunos e alunas demonstram desenvolvimento quanto a suas percepções científicas. Por exemplo, destacam a diferença na germinação das sementes e na redução do tempo de desenvolvimento das mudas produzidas com os adubos produzidos por eles(as).
Tendo em vista esse senso crítico despertado, estima-se que seja possível desenvolver nos(as) estudantes maior respeito pelo meio ambiente e maior compreensão de seus ciclos, valorizando a importância de ações como a reutilização de sobras de alimentos.
Alunos da EM Minervina Augusta utilizam o adubo criado na própria escola
#paratodosverem: Fotografia colorida de dois alunos trabalhando com compostos orgânicos de adubagem criados na EM Minervina Augusta. Eles estão em um terreno na escola e manipulam o solo. Ambos estão virados para o chão para mexer na terra e, devido ao ângulo, vê-se apenas suas costas. Um deles está apoiado numa caixa que contém o adubo, formado por terra, folhas secas e resíduos de alimentos.
O Boas Práticas da semana celebra a importância da leitura e apresenta projetos que têm contribuído para a formação de leitores nas escolas municipais.
Conheça as ações desenvolvidas e fortaleça sua confiança na educação municipal.
Emei Itaipu celebra os povos indígenas
O projeto “Tecendo Laços”, que objetiva o desenvolvimento de ações voltadas para a formação leitora, artística e cultural das crianças nas diversas linguagens, segue rendendo frutos em toda a Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Na Emei Itaipu, nome de origem tupi-guarani, o projeto abordou a temática dos povos nativos brasileiros.
O projeto se iniciou no contexto do Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, e desenvolveu-se ao longo do ano, com todas as crianças de 1 a 5 anos do turno da tarde na escola. A proposta visa estabelecer uma relação de compreensão e respeito entre (as) alunos(as) e a cultura indígena, tão essencial para a formação da sociedade brasileira.
Para tal, a abordagem em sala de aula se deu por meio de inúmeras formas. Utilizando como base o livro “Um Curumin, uma canoa”, de Yaguarê Yamã, foram explorados importantes aspectos culturais dos povos nativos mediante linguagem oral, musical, escrita, corporal e digital. A contação de história, com uso de uma linguagem simples e eficaz, possibilitou a pesquisa da origem de palavras utilizadas no texto, por exemplo.
Ainda, diversas atividades lúdicas contribuíram com a proposta. Pintura de canoas a partir de folhas de coqueiro e o registro fotográfico de crianças com adornos indígenas no ambiente externo são alguns dos exemplos. Buscou-se também a formulação de um trabalho sensorial, procurando incluir crianças autistas na proposta e envolvendo-as em alguns hábitos indígenas, como andar descalço.
Todas as produções foram expostas em uma mostra realizada no hall de entrada da escola, quando os responsáveis puderam compartilhar o trabalho desenvolvido pelas crianças. Na ocasião, todos(as) os(as) estudantes foram embora para suas casas com os cocares confeccionados por cada um, adornados com a pintura de suas mãos. Por meio dos diferentes tamanhos e formatos formados, foi possível demonstrar que todos e todas possuem aspectos únicos e que a diferença deve ser sempre respeitada.
Estudantes da EM Presidente Itamar Franco registram memórias em diário
Alunos(as) do 3º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Presidente Itamar Franco, Regional Barreiro, participaram do projeto “Eu, meu diário e meus quadrinhos”. Com grande valor memorialístico, os(as) estudantes revisitaram vivências, passeios, frustrações e, neste ano, puderam se ver como personagens de uma história em quadrinhos criada por eles(as) junto ao diário, que contou também com um desenho do autorretrato de cada um(a).
Idealizadora do projeto, a professora Maria de Lourdes Rodrigues Ribeiro fala sobre a proposta: “Após saber de uma amiga que desde pequena tinha o hábito de escrever, pensei sobre a importância de desenvolvermos essa habilidade nos(as) alunos(as). Logo, observei, nas turmas do 3º ano, uma grande dificuldade em escrever suas memórias, por estarem imersos em bairros com alto índice de violência. A partir disso, desenvolvi o projeto”, conta a docente.
O projeto “Eu, meu diário e meus quadrinhos” é desenvolvido desde 2013. As atividades tiveram início após os(as) estudantes assistirem ao filme O Diário de Um Banana I. Logo, a professora Maria de Lourdes Rodrigues Ribeiro promovia uma dinâmica para entregar a eles(as)um local para escreverem seus registros. “Os(as) educandos(as) eram estimulados a descobrir o que havia em uma caixa, onde estavam os diários. Todos(as) tinham bastante cuidado com eles”, relata.
Em alguns anos, a agenda escolar foi utilizada como diário no projeto. Houve, também, vezes em que os(as) alunos(as) confeccionaram os cadernos. A professora Maria de Lourdes Rodrigues Ribeiro celebra o sucesso do projeto da EM Presidente Itamar Franco: “Temos aqui um projeto de grande incentivo às memórias dos(as) estudantes. Além disso, pudemos compreender a escrita como função social, reconhecendo, ainda mais, o valor dessa habilidade”, pontua.
Jornal da Emei Jardim Vitória completa seis meses
Inaugurada em 2005, a Emei Jardim Vitória, Regional Nordeste, criou, em maio deste ano, um jornal da escola. A publicação mensal é distribuída em versão física, afixada no muro da instituição, e digital, divulgada em grupos de mensagens para as famílias dos(as) estudantes e para professores(as). No jornal, há notícias de acontecimentos e projetos da Emei Jardim Vitória. Eventualmente, é publicada a agenda cultural para incentivar a participação dos pais e responsáveis dos(as) alunos(as) nos eventos da escola e da comunidade.
Todas as turmas da escola podem participar com sugestões de matérias para o jornal. Muitas delas já apareceram nos conteúdos veiculados, apresentando projetos desenvolvidos em sala ou fotos de participação em eventos. Os(as) alunos de 3 a 5 anos participam das matérias publicadas por meio de relatos e entrevistas concedidas às professoras da educação infantil Fernanda Gonçalves Lima e Giovana Melo Guimarães. As docentes contribuem, ainda, com a escrita do texto que será divulgado.
O jornal da Emei Jardim Vitória integra o projeto Tic Tac, criado pela Prefeitura de Belo Horizonte com foco nas mídias sociais. Fernanda Gonçalves Lima, professora da Emei Jardim Vitória, fala sobre a importância do jornal: “O projeto permite uma maior aproximação entre a escola e a comunidade escolar, além de valorizar o trabalho desenvolvido pelas professoras na escola”, analisa. Os(as) alunos(as) demonstram bastante entusiasmo ao se verem nas matérias e mostram o jornal para outras pessoas.
Escola Vinícius de Moraes conhece a história da Galinha Ruiva
Alunos(as) com idade entre 5 e 6 anos, da Escola Municipal Vinícius de Moraes, Regional Barreiro, participaram do projeto Sequência Didática. Os(as) estudantes conheceram a história da Galinha Ruiva e trabalharam os gêneros textuais, o modo de vida de animais como as galinhas e a colheita de alimentos como o milho. Além disso, o projeto desenvolveu a melhoria das relações interpessoais, promovendo o respeito, a solidariedade e o trabalho em equipe.
Segundo Ana Christina Abreu Goulart, professora da EM Vinícius de Moraes, a ideia do projeto surgiu em sala: “Já havíamos abordado temas como a colheita do milho e os animais. Iniciamos, então, o projeto com as crianças da turma Joaninha. O foco principal dele está na prática da leitura e da escrita. A partir disso, propusemos atividades como bingo dos numerais, parlendas. Todos(as) da turma demonstraram bastante entusiasmo e interesse em participar das atividades”, relata.
Ao mostrar aos(às) alunos(as) a forma como animais como galinhas, cachorros, porcos e coelhos viviam, as professoras da EM Vinícius de Moraes demonstraram para os(as) educandos(as) a importância de valores como respeito, companheirismo, carinho, coletividade e solidariedade. Os(as) estudantes puderam, também, ter contato com os gêneros textuais receita, tabela e gráfico. Ao final do projeto, todos(as) se deliciaram com milho cozido e bolo de milho.
Projetos da Emei Santa Maria incentivam a leitura
Após a reativação da biblioteca, no ano passado, a Emei Santa Maria, Regional Oeste, desenvolve, com os(as) alunos(as) de 1 a 5 anos, os projetos: Era Uma Vez-Leituras Em Conexão e Ligados na Leitura-Tecendo Laços. O primeiro visa ao resgate de clássicos literários e suas variações, enquanto o segundo trabalha valores ligados à contemporaneidade. Ambas as iniciativas proporcionam o contato dos(as) estudantes com diversos gêneros literários.
Na Emei Santa Maria, as turmas visitam a biblioteca em dias e horários específicos. Lá, além do empréstimo semanal de livros e contações de histórias, os(as) alunos(as) participam de apresentações teatrais com uso de fantoches, aventais, luvas e registros para a galeria do espaço. Os(as) educandos(as) aguardam animadamente pelo dia da visita à biblioteca da escola. As famílias também colaboram, dando suporte aos pequenos leitores nas atividades para casa e na conservação dos livros. Assim a escola contribui para tornar a biblioteca um espaço de ludicidade, leitura e aprendizagem.
O Boas Práticas Especial de hoje comemora os 30 anos da Política de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade, que vem se destacando nos cenários nacional e internacional.
Belo Horizonte recebe homenagem por Política de Segurança Alimentar e Nutricional
A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com a organização Governos Locais pela Sustentabilidade e a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, realizou, entre os dias 25 e 27 de outubro, o 3º Seminário Internacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o tema ‘O Poder Transformador dos Sistemas Alimentares Sustentáveis’, o evento teve o objetivo de debater aspectos que envolvem alimentação, acesso a alimentos, produção e comercialização. O seminário também foi uma possibilidade de promover a formação, a divulgação de conhecimento e a conexão em rede de agentes estratégicos para o fortalecimento de sistemas alimentares sustentáveis e justos, pautados pelos princípios da agroecologia, da economia circular, da conexão entre produtores e consumidores, da alimentação adequada e da soberania e segurança alimentar e nutricional. Além disso, representou uma oportunidade de valorizar a agricultura familiar e urbana, a gastronomia e a cultura alimentar, em prol da construção de uma cidade sustentável.
A abertura do 3º Seminário Internacional de Segurança Alimentar e Nutricional contou com a participação da secretária municipal de educação Roberta Rodrigues Martins Vieira e de diversas autoridades no assunto.
No primeiro dia do evento, o coral “Melodia da Infância”, composto por estudantes da Escola Municipal Maria Silveira, realizou uma belíssima apresentação no hall do prédio da PBH, com um repertório selecionado de acordo com a temática do seminário. As crianças apresentaram três músicas: “Cio da Terra” (Milton Silva Campos Nascimento e Francisco Buarque de Holanda), “Pomar” (Palavra Cantada) e “Sweet Child O’ Mine (Guns N’ Roses). A apresentação emocionou os presentes, que aplaudiram, agradeceram e teceram muitos elogios ao coral.
A professora Cecília Mendes, regente do coral, relatou que “foi com muita alegria que o coral ‘Melodias da Infância’ aceitou o convite para realizar a apresentação no III Seminário Internacional de Segurança Alimentar. No entanto, antes de brilhar no palco, há um caminho a ser percorrido. As crianças se dedicaram muito na preparação das músicas. Sempre, ao término dos ensaios, percebemos que os estudantes ficam felizes e satisfeitos. O compromisso e o empenho dos alunos são motivadores. As aulas de canto e coral desenvolvem a confiança e a autoestima, além da concentração, da disciplina e da coordenação motora. Cantar em diferentes espaços é muito importante para que as crianças conheçam novos lugares e tenham novas experiências. Elas percebem que o trabalho desenvolvido está sendo reconhecido e apreciado por outras pessoas, e isso é gratificante e enriquecedor”.
A empolgação dos estudantes era visível, animado, o aluno Esdras Ferreira de Oliveira disse: “Eu nunca vou esquecer desse dia espetacular. Muito obrigado por tudo. Foi uma experiência muito boa. Amei!!!”. A aluna Luana Dias dos Santos relatou que “ a cantata foi muito legal. Eles receberam a gente com muita gentileza”. E, por fim, Emilly Estefani da Rocha apresentou sua percepção sobre a apresentação: “Eu fiquei emocionada, quase chorei de felicidade. Foi inesquecível. Obrigada por tudo!”.
A vice-diretora da EM Maria Silveira, Ana Sofia Clemente Mendes, agradeceu a equipe responsável pela organização do evento pela atenção com os estudantes e com a professora Cecília Mendes. “É muito gratificante esse reconhecimento externo, fora dos muros da escola. Nossos alunos ficaram muito empolgados em fazer a apresentação para pessoas que não fazem parte do seu dia a dia. Um momento único em suas vidas. Foi também uma oportunidade para divulgar o impecável trabalho realizado pela nossa talentosa professora Cecília Mendes”.
Para Mônica Lenira, do Núcleo de Alimentação Escolar-NAE/Smed, a participação da Smed na comissão organizadora do seminário deu voz aos estudantes, reforçando a permanente luta pelo direito à alimentação escolar, pois “ver e ouvir as crianças encheu os olhos e ouvidos de alegria, olhar para eles é ver o mundo com os olhos cheios de esperança! Foi uma belezura, continuaremos nesse caminho!”, relata.
No último dia do seminário, Belo Horizonte recebeu uma homenagem entregue ao secretário adjunto de educação Afonso Celso Renan Barbosa, em celebração aos 30 anos da Política de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade. Ao completar esse ciclo, a política se fortalece nas práticas contínuas que visam à promoção da alimentação adequada e saudável nas escolas, implementando ações transversais, transdisciplinares e permanentes de educação alimentar e nutricional.
O Boas Práticas Especial de hoje destaca feito da Escola Municipal Professor Edson Pisani
EM Professor Edson Pisani comemora reconhecimento internacional
A T4 Education, com o apoio da Fundação Lemann, criou o prêmio World’s Best School Prizes, com o intuito de compartilhar boas práticas educacionais que, ao redor do mundo, estão transformando a vida dos estudantes e fazendo diferença nas comunidades onde as escolas estão inseridas.
O prêmio conta com cinco categorias que ajudam a selecionar as melhores escolas do mundo. As categorias “Colaboração Comunitária”, “Ação Ambiental”, “Inovação”, “Superação de Adversidades” e “Apoio a Vidas Saudáveis” celebram o fundamental papel das escolas na formação dos sujeitos e no desenvolvimento da sociedade.
Na edição de 2023, 108 países participaram do prêmio, cuja inscrição esteve aberta para todas as escolas, indo desde a educação infantil até as escolas de ensino médio. Os projetos encaminhados foram submetidos à avaliação de uma banca especializada em educação, as instituições vencedoras receberão um incentivo de 50 mil dólares e suas propostas serão compartilhadas, inspirando novos projetos e ações voltados para transformar a educação e mudar vidas.
A EM Professor Edson Pisani, Regional Centro-Sul, foi contemplada na nova categoria do prêmio: “Escolha da Comunidade”, com o projeto “Mais Favela Menos Lixo”, uma parceria com a Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais. O projeto conquistou o maior número de votos de todos os finalistas do prêmio em uma votação pública. Por causa desse destaque, a escola passa a fazer parte do novo programa Best School to Word, da T4 Education, um projeto que atua na certificação das escolas pela sua cultura e ajuda a transformá-las num ambiente de trabalho favorável para atrair e reter os(as) melhores(as) professores(as).
Eleusa Fiúza, diretora da instituição, conta a origem do projeto: “A questão do lixo sempre foi relevante para a comunidade. Existem muitos becos no entorno com dificuldade de coleta de lixo. Após a pandemia, resolvemos retomar essa questão com os estudantes da Educação de Jovens e Adultos e o tema foi crescendo. O projeto começou a caminhar com pequenas ações, como colocar canteiros onde existem pontos de descarte, colocamos pallets com plantas, pontos limpos e armazenamento adequado de papel, embalagens e papelões. Através dessas pequenas ações, o projeto foi crescendo”.
A conquista de um prêmio baseado na votação popular demonstra todo o engajamento que o projeto conseguiu construir ao longo de seu planejamento e execução. Todo o processo partiu de ideias levantadas por alunos e alunas, tanto da educação infantil quanto da EJA, e foi abraçado por toda a comunidade. Um dos principais símbolos da ação são as “placas gancho” personalizadas que foram instalados nas portas para evitar que animais revirem o lixo colocado nas ruas.
As diretoras da EM Professor Edson Pisani destacam ainda como todo o projeto foi pensado para ouvir as demandas da comunidade e trabalhar com as soluções oferecidas pelos(as) próprios(as) alunos(as). Nesse sentido, é importante destacar a participação da aluna Dona Cleusa, da EJA, catadora que contribuiu com seus conhecimentos sobre reciclagem e compostagem para beneficiar os envolvidos.
Em visita à escola vencedora do prêmio, o prefeito Fuad Noman aproveitou a oportunidade para destacar o papel da educação municipal na construção do pertencimento: “Logicamente, o mais importante para nós é que as crianças estejam bem e estejam estudando, mas que também tenham uma visão de comunidade. Então, quando as crianças se envolvem com a comunidade e a comunidade se envolve com as crianças, já há o pertencimento daqui. Quando a prefeitura suporta esse processo, nós também entendemos que estamos juntos, que a comunidade está junto com a prefeitura e a prefeitura está junto com a comunidade. Estamos todos juntos trabalhando por mais favela e menos lixo”.
A secretária municipal de educação, Roberta Martins, também comemorou: “Todas as escolas realizam projetos magníficos e ter uma escola que teve a coragem de se inscrever num concurso e mostrar para o mundo o que ela faz de bonito e de valor dentro da escola motiva com que as outras escolas façam o mesmo. O projeto desenvolvido aqui também tem muitas chances de se expandir por outras regiões, pois a comunidade gostou muito da iniciativa e tem aplicado. Não é algo que vai ficar esquecido”.
As inscrições para a edição 2024 do prêmio já estão abertas e sua escola pode demonstrar interesse preenchendo um formulário disponível na página da T4 Education, até o dia 23 de fevereiro de 2024: t4.education. Na página, também é possível conhecer as escolas vencedoras do prêmio nas demais categorias.
O Boas Práticas Especial de hoje destaca que o atendimento da educação infantil é prioridade em Belo Horizonte, de modo que a cidade vem promovendo esforços para que nossas crianças tenham as melhores oportunidades de viverem uma infância saudável, adquirindo e consolidando aprendizagens que formarão o alicerce para uma vida adulta também de qualidade. A inauguração da Creche Ti Leléo é mais um passo para a construção de uma Belo Horizonte que promove cuidado e respeita as infâncias.
Comunidade comemora inauguração da Creche Ti Leléo
Belo Horizonte tem se tornado destaque no atendimento da educação infantil e avança com a inauguração de mais uma creche, no Bairro Fernão Dias, Regional Nordeste. A Creche Ti Leléo é uma instituição complementar da creche Comunitária Sossego da Mamãe e, inicialmente, atenderá 33 crianças do berçário até 1 ano de idade que já realizaram o cadastro escolar.
O evento de inauguração foi realizado na última quarta-feira (01), e estiveram presentes o diretor regional de educação da Regional Nordeste, Rui Ferraz; as assessoras pedagógicas da Regional Nordeste, Virlene e Juliana; o presidente da creche, Leonardo Martin (o tio Leléo); o vice-presidente, Fábio Dias; a conselheira tutelar da Regional Nordeste, Luciana Fidelis; representantes das creches Vovó Geralda Lucas e Lar dos Meninos São Domingos; o vereador Bruno Miranda e o ex-vereador Edmar Branco.
O presidente Leonardo Martin falou da sua emoção ao inaugurar mais um espaço de atendimento a serviço da comunidade: “A gente vem demonstrar nossa gratidão por esse dia, na inauguração da creche, que é de grande importância para a comunidade local, tendo em vista que a nossa unidade tem capacidade para atender 63 crianças. Na segunda-feira, dia 6, vamos começar o atendimento de 33 crianças. Nós não temos palavras para agradecer a Secretaria Municipal de Educação, a secretária de educação Roberta, que está presente com a gente hoje; toda a equipe da Regional Nordeste; e a diretoria da Creche Sossego da Mamãe, que me ajudou a construir esse sonho aqui no Fernão Dias. Quero dizer que hoje é um dia de muita alegria pra gente, por poder compartilhar esse momento com a comunidade do Fernão Dias, juntamente com todos os representantes do poder público que estão com a gente. Podem ter certeza de que vamos atender essas famílias com muito amor, carinho e dedicação. Neste dia de alegria, eu deixo um abraço e um grande beijo no coração de todos vocês”, concluiu.
Com a iniciativa, a Secretaria Municipal de Educação reforça seu compromisso com o atendimento à primeira infância, além de valorizar os cuidados destinados a crianças nessa faixa etária. A secretária de educação, Roberta Martins, também comemorou: “Estou muito emocionada porque ver pessoas do bem fazendo o bem para a cidade me emociona. Nossa cidade precisa disso, de pessoas que acolham as crianças, que acreditem na educação como um caminho do bem. Sabe o que eu vejo aqui? Uma corrente do bem. A casa é maravilhosa, o espaço é maravilhoso, está tudo lindo, mas de nada adiantaria uma casa linda e maravilhosa se não tivesse uma equipe por trás, acreditando no sonho e querendo fazer a diferença na vida das crianças. Que essa corrente do bem só cresça e vocês possam colher muitos frutos positivos desse lugar maravilhoso, que está cheio de energia boa”.
A nova unidade proporcionará um ambiente aconchegante e seguro, favorecendo um convívio que promove desenvolvimento físico e intelectual e contribui para a socialização das crianças pequenas, de modo que, cada dia mais, elas possam desenvolver a comunicação e a compreensão do mundo ao seu redor.
O Boas Práticas Especial traz um importante recado sobre nossa saúde. Garantir bem-estar e saúde pessoal e coletiva é valorizar a vacinação em todas as idades.
Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de complicações que podem, inclusive, levar à morte. Por outro lado, a importância da vacinação vai muito além da prevenção individual. Ao se vacinar, você está ajudando toda a comunidade a diminuir os casos de determinada doença. Para incentivar a atualização da caderneta de vacinação de crianças e de adolescentes de 0 a 15 anos, a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou um movimento de conscientização sobre a importância da vacinação para o bem-estar de toda a comunidade e a construção de uma BH cada vez mais saudável. Conheça essa boa prática participe da campanha!
Campanha de Multivacinação
A Campanha de Multivacinação, iniciada no dia 21 de outubro, foi elaborada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para garantir uma mobilização, em toda rede pública, capaz de incentivar a imunização da população de forma acessível e plural. O objetivo da campanha, que vai até 4 de novembro, é garantir a atualização da caderneta de vacinação de crianças e de adolescentes de 0 a menores de 15 anos, contribuindo para o controle e a erradicação de doenças imunopreveníveis.
Em uma das etapas dessa campanha, por exemplo, foi realizado o Dia D da Campanha de Multivacinação, em que a rede de vacinação foi amplificada de maneira que pudesse maximizar a captação de jovens na cidade. Nessa data, todos os centros de saúde da capital, o Centro de Atenção à Saúde do Viajante e o Parque Municipal Américo Renné Giannetti estiveram abertos para receber a população. A utilização do Parque Municipal como um ponto extra de vacinação foi uma estratégia para facilitar o acesso de pais, mães e responsáveis, tendo em vista a localização acessível do parque no centro da cidade.
Mesmo após o Dia D, a PBH segue mobilizando jovens em toda a capital mineira. Na última segunda-feira, 30 de outubro, foi realizada uma ação estratégica de fortalecimento da Campanha Nacional de Vacinação em Belo Horizonte. Efetivada na Escola Municipal Dr. Júlio Soares, Regional Leste, contou com a participação de importantes setores da rede pública, envolvendo a Saúde, a Segurança e a Educação em um mesmo espaço, para reforçar a importância da imunização.
Na ação em questão, estiveram presentes: o secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti; o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti; o secretário municipal de saúde, Danilo Matias; a secretária municipal de educação, Roberta Rodrigues, e a diretora da escola Dr. Júlio Soares, Édila Caetano.
Animada com a campanha, a secretaria municipal de educação comentou, agradecida: “Não podemos nos esquecer de agradecer ao prefeito Fuad e ao secretário municipal de saúde, Danilo, pelas ações espalhadas em Belo Horizonte, que cuidam de toda a sociedade, garantindo a saúde e o bem-estar de todos”.
Além do reforço da campanha entre a comunidade escolar, o evento contou com uma apresentação de dança do Programa Escola Integrada da Escola Municipal Dr. Júlio Soares. Dessa forma, todos(as) os(as) estudantes e profissionais puderam celebrar os esforços para a construção de uma juventude mais saudável.
A Campanha de Multivacinação prosseguirá até o dia 4 de novembro. Estarão disponíveis as vacinas rotavírus, meningocócica C, pneumocócica 10, hepatite B, pentavalente, pólio inativada, pólio oral, febre amarela, hepatite A, DTP, meningocócica ACWY, HPV, tríplice viral, dupla adulto, tríplice bacteriana adulto e gripe. Já as doses do imunizante BCG serão ofertadas exclusivamente nos centros de saúde de referência. Além disso, a dose monovalente da vacina contra a covid-19 será para o público de 6 meses a 14 anos completos, e a dose bivalente, para os adolescentes entre 12 e 14 anos que tenham alguma comorbidade.
Toda a rede pública tem se esforçado, por meio das mais variadas áreas, para alcançar o maior número de pessoas possível. São 152 centros de saúde da capital aptos a receber pessoas que necessitam colocar a imunização em dia. Não fique de fora da construção de uma Belo Horizonte mais saudável e vacine-se já!
Ouvidores(as) mirins visitam o Centro de Operações Públicas da PBH
O Projeto Ouvidor Jovem é uma iniciativa da Controladoria-Geral do Município, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Desde 2014, o projeto busca estimular ações participativas nas escolas da Rede Municipal de Ensino de BH, sensibilizando e estimulando estudantes e comunidades escolares a refletirem sobre o dever de participação, a corresponsabilidade e o controle social.
A metodologia do projeto consiste em fases de divulgação da proposta, captação de alunos e alunas que desejam se candidatar ao cargo de Ouvidor Jovem, campanha eleitoral e, posteriormente, o início das atividades como ouvidor(a). Após a posse, utilizando o Sistema de Ouvidoria e Gestão Pública, por meio de acesso virtual, os(as) estudantes do Ensino Fundamental captam demandas na comunidade escolar, de modo a colaborar para a ampliação e a consolidação de ações que visem ao protagonismo estudantil nas escolas.
Em 2023, uma das escolas representou cada uma das 9 regionais de Belo Horizonte. Contando com a eleição de 3 estudantes por escola, totalizaram-se 27 Ouvidores Jovens. No processo de formação de alunos e alunas dentro da ouvidoria, foi articulada uma visita dos(as) ouvidores(as) ao Centro Integrado de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH).
A visita foi realizada no dia 19/10, com o objetivo de desenvolver projetos, despertar o interesse de estudantes pelas atividades desenvolvidas no local e conhecer o trabalho do COP-BH. Amanda Rodrigues, gerente de Relações Institucionais do espaço, descreve a importância da ação: “Cada vez que uma turma de alunos da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte visita o COP-BH, eles contaminam a administração pública com o seu olhar de encantamento e sua dedicação com o trabalho voluntário de escuta à comunidade escolar. A visita é também uma excelente oportunidade para estimular nestes alunos noções de gestão integrada e de corresponsabilidade com a cidade, uma vez que, além da apresentação da estrutura e do trabalho desenvolvido no Centro de Operações, a visita é marcada por um diálogo sobre os problemas públicos da cidade e suas soluções, ação que contribui no estímulo à participação cidadã destes jovens na cidade.”
A compreensão do fluxo de informações para garantir a eficiência do funcionamento e do bem-estar da cidade é um ponto destacado pelos(as) estudantes e educadores(as) que participaram da visita. Nesse sentido, Erika Antunes, professora da E. M. Tancredo Phideas Guimarães, conta sobre a experiência: “Entre as ações desenvolvidas, tivemos a oportunidade de conhecer o COP, bem como sua importância e funcionamento. Durante a visita, os ouvidores puderam presenciar as atividades desenvolvidas, o sistema de monitoramento e também participar de uma atividade na qual foram protagonistas das decisões tomadas. Toda a visita foi de grande importância tanto para o projeto em questão quanto para o desenvolvimento pedagógico e social de nossos estudantes. A vivência oportunizada nessa visita proporcionou concretude ao trabalho efetivado por eles como ouvidores. Foi perceptível um ótimo aproveitamento para os alunos ouvidores e também para nós, professores, que muitas vezes não acessamos esses espaços específicos.”
Tecendo laços: formação continuada
Na Emei Santa Cruz, o projeto Tecendo Laços visa trazer diferentes vivências para o cotidiano dos(das) estudantes, por meio de formações, leituras e rodas de conversa, trazendo reflexões necessárias sobre as leis 10.639/03 e 11.645/08. Para tal, contam com a exposição a diferentes métodos e com o engajamento da comunidade escolar como um todo.
Durante o mês de setembro, foi realizado o projeto “O conto que as caixas contam”, com o objetivo de apresentar aos(as) professores(as) e estudantes de 1 a 5 anos diferentes possibilidades e estratégias para trabalhar as narrativas literárias na Educação Infantil. As crianças e professoras assistiram à contação das histórias: “O tupi que você fala”, de Claudio Fragata; “O Mundo no Black Power de Tayó”, de kuisam de Oliveira; “ O Lobo e os três cabritinhos” e “Os Três Porquinhos”.
Além do trabalho com alunos e alunas, promove-se uma elaborada formação com os educadores e as educadoras para inserir as leis citadas no cotidiano da escola. A proposta contou com a colaboração dos formadores Tânia Aretuza Gerbara e Cláudio “Fritas”, ambos da UFMG, responsáveis por apresentar os caminhos possíveis dentro da educação das relações étnico-raciais, na busca pela promoção de uma educação antirracista..
A diretora da instituição, Walquiria Almeida, destaca a importância das ações para a construção de vivências que favorecem a aprendizagem: "Foi um momento rico de troca de ideias, com sugestão de literatura para estudo, contemplação de músicas e danças circulares. O objetivo do projeto é apresentar aos estudantes e professores diferentes possibilidades e estratégias para trabalhar com as narrativas literárias na Educação Infantil”.
Tecendo laços: lendo o mundo
As celebrações dos 20 anos da Lei nº 10.639 de 2003, responsável por implantar a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, continuam por toda a rede pública de ensino. Na Emei Jardim Vitória, Regional Nordeste, a valorização da cultura africana se juntou com a dos povos originários, desenvolvendo as ações da Lei nº 14.402/22, que alterou o nome do Dia do Índio para “Dia dos Povos Indígenas”.
O Projeto “Tecendo Laços” é um dos projetos específicos de apoio à aprendizagem da RME/BH e tem como foco o desenvolvimento de ações voltadas para a formação leitora, artística e cultural das crianças nas diversas linguagens. A escola trabalhou o projeto com a temática “Lendo o mundo”, com a proposta pedagógica de adotar um olhar acolhedor para o reconhecimento das nossas ancestralidades e da identidade da sociedade brasileira.
Nas palavras da Janaína da Silva Valadares, diretora da Emei: “A proposta pedagógica buscou ações diversificadas, possibilitando ricas oportunidades de aprendizagem e garantindo os direitos de aprendizagem de forma plena. As professoras realizaram as ações de desenvolvimento do projeto com rodas de conversas nas turmas, sensibilizando as crianças sobre a influência que os povos originários tiveram e ainda têm no Brasil, como nos costumes, origem de palavras, comidas, brincadeiras e danças. Esses temas foram desenvolvidos com riqueza de detalhes e vivências significativas, utilizando elementos concretos.”
O desenvolvimento da proposta utilizou diversas metodologias, as crianças conheceram traços típicos de ambas as culturas: culinária (destacando amendoim, milho verde, caldos, frutas, cocada, mandioca, feijoada e chás), arte e artesanato (pinturas utilizando tintas à base de elementos naturais como urucum, açafrão, terra, couve, cenoura, beterraba e café) e instrumentos típicos (como redes, peneiras e brinquedos), que foram confeccionado pelos(as) próprios(as) estudantes.
Não ficaram de fora os contos tradicionais desses povos, bem como a exploração de músicas e danças típicas, assim como instrumentos musicais e o contato com suas vestimentas, destacando a riqueza dos detalhes de estampas e cores utilizadas. As crianças ainda puderam conhecer a cultura das máscaras africanas, tendo a oportunidade de confeccionar as suas próprias máscaras.
No âmbito linguístico, foi trabalhada a origem de palavras indígenas e africanas com registro por meio de desenhos e pinturas de objetos e alimentos. Já no social, houve o contato com importantes personalidades negras, contando com vídeos e rodas de conversas com pessoas negras que contribuíram para a história, como Milton Nascimento.
Esse extenso trabalho é uma possibilidade divertida e pedagógica de trabalhar traços fundamentais da cultura brasileira que, muitas vezes, passam despercebidos. Alunos e alunas têm a oportunidade de reforçar suas identidades através do conhecimento, além de promover o respeito entre os diferentes elementos que fundamentam nosso país.
Identidade negra através da arte
A Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte tem realizado inúmeros projetos de promoção do contato das crianças com as culturas africana e afro-brasileira, sempre de uma maneira pedagógica e lúdica. Na Escola Municipal Herbert José de Souza, o projeto “Representando a cultura e a identidade negra através da Arte" surgiu dessa vontade de abordar a consciência negra no ambiente escolar.
A escola utilizou do acervo literário da biblioteca para enfatizar o tema com as crianças mais novas e trabalhá-lo desde as primeiras fases. Aliando o objetivo com a vontade dos alunos e das alunas de participarem da contação de histórias, utilizaram livros que abordavam questões étnico-raciais. Também foram resgatadas histórias tradicionais do povo africano.
Após cada leitura, os(as) estudantes recontavam as histórias da sua própria maneira: utilizando desenhos, pinturas, esculturas de massinha, retalhos de panos e muito mais. As crianças se reuniram para comentar sobre cada história, destacar sua parte favorita e escolher, no decorrer das atividades, a produção que gostaram mais.
Dessa forma, foram enfatizadas as vivências de uma parte essencial da sociedade brasileira, além de incentivar o respeito entre todos, realizando, por exemplo, atividades como o uso variado dos lápis de cor “tom de pele”, em que as crianças buscavam identificar qual cor combinava mais com a tonalidade de seu próprio corpo. Por meio da troca de conhecimentos e opiniões e compartilhando os resultados ao expor as produções no corredor da escola, o trabalho conseguiu gerar engajamento em toda a comunidade escolar.
Paralelamente, outras atividades propostas giraram em torno do contato direto com a cultura africana, como suas músicas, costumes e culinária. Também houve uma visita ao Museu Casa JK, na região Pampulha, onde tiveram acesso ao quintal, que continha muitas plantas e raízes trazidas pelos africanos.
A escola pretende dar continuidade ao projeto e há planos para a elaboração de trabalhos para a mostra cultural, que será realizada em novembro de 2023. Pretende-se confeccionar uma colcha de retalhos representando a contação de histórias, além de elaborar livros, vídeos, fantoches, modelagem e muito mais. A comunidade escolar, incluindo estudantes, parentes e educadores(as), se uniu para juntar diversos materiais para as produções, incentivando os alunos e as alunas.
Cada sala contemplada pelo projeto confeccionará sua própria colcha, adornando-a com suas cores próprias, fuxicos e botões com formatos de animais e flores típicas da África. Toda a comunidade escolar colaborou para a compra dos materiais necessários, demonstrando o sucesso do projeto.
A escola enfatiza a satisfação e a empolgação dos(das) estudantes na execução da iniciativa, demonstrando como a ligação com as próprias origens e a formação da identidade são elementos indispensáveis para o trabalhado nos anos iniciais. Espera-se que, por meio do projeto, todos(as) os(as) contemplados(as) se tornem cidadãos ativos na construção de uma Belo Horizonte sem preconceitos e fundamentada no respeito.
Retratos da Infância
O mural “Retratos da Infância”, projeto elaborado pela Emei Ipiranga, conheceu a sua segunda edição no ano de 2023. Com o objetivo de proporcionar uma aproximação entre a infância de pais e filhos, celebrando esse período tão especial da vida, a comunidade escolar encontrou uma forma criativa, pedagógica e própria de se expressar: os panos.
Pedaços de tecido são utilizados pelas famílias dos(das) estudantes para retratar visualmente aspectos importantes da infância para ambas as partes. Alunos(nas) e familiares se reuniram para montar colagens, apresentações de fotos, desenhos e pinturas de brinquedos, costumes e muito mais.
Por meio dessa proposta, pais e mães puderam reviver suas infâncias e apresentá-las aos filhos e filhas, além de poderem conhecer mais a infância deles(as). Inicialmente, os panos confeccionados pelos(as) estudantes foram costurados e expostos no hall de entrada da escola. No entanto, o engajamento foi tão grande que foi necessário levar a exposição para o lado de fora.
Toda a comunidade escolar participou ativamente do projeto e várias famílias foram até a escola para tirar fotos com o mural. Nas palavras de Érica Couto, diretora da instituição,
“Essa ação foi um momento especial para toda a nossa Emei, pois foi vista como uma forma de valorizar a importância da infância, suas vivências e brincadeiras, além de unir a comunidade e a escola.”
Alunos(as) da Rede Municipal de Educação participam de evento do SEBRAE
Estudantes da Rede Municipal de Educação participaram, na última quarta-feira, 4, no Mineirinho, do evento “Sebrae XP: Empreendendo Sonhos”, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE. A iniciativa visa despertar o potencial empreendedor dos(as) alunos(as) e reforçar sua capacidade de alcançar suas metas de vida.
A parceria entre a SMED e o SEBRAE teve início a partir do desejo de incluir a temática do empreendedorismo no currículo, com atividades realizadas no contraturno das escolas municipais que oferecem o Programa Escola Integrada. Dessa forma, seminários, formação de monitores e projetos foram desenvolvidos pelos(as) alunos(as) das instituições sobre o tema. Essas atividades foram expostas na Feira de Empreendedorismo da 2ª Semana da Educação, realizada em setembro, no Parque Municipal.
Maria Vitória e Raíssa, alunas da Rede Municipal que participaram do “Sebrae XP: Empreendendo Sonhos”, aprovaram o evento. “Essa foi uma grande oportunidade que nossa escola nos ofereceu para aprendermos mais sobre o empreendedorismo. Fizemos um projeto sobre o jovem-aprendiz e os primeiros passos para empreender”, contam. Os influenciadores digitais Jon Vlogs, Camilla de Lucas e Mari Maria foram presenças confirmadas, alegrando ainda mais os(as) estudantes.
Roberta Martins, secretária municipal de educação de Belo Horizonte, fala sobre a importância do evento. “A Educação tem o poder de transformar, e possibilitar essa transformação através do empreendedorismo é mostrar aos nossos estudantes o que existe no mundo fora dos muros das escolas. Esse evento mostra que é possível utilizar a criatividade e a inovação para resolver problemas e desafios que os alunos enfrentam em sua rotina”, pontua.
EM Anne Frank prepara estudantes para avaliação do SAEB
Alunos(as) das turmas do 5º e do 9º ano prestarão, entre os dias 23 de outubro e 10 de novembro, as avaliações de Língua Portuguesa e Matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica, SAEB. Visando estimular os(as) estudantes na preparação para os exames, a Escola Municipal Anne Frank, Regional Pampulha, realiza o projeto “#partiuSAEB”, com atividades que envolvem a equipe docente, os(as) alunos(as) e suas famílias.
Considerado o maior movimento de avaliação educacional em larga escala do Brasil, o SAEB realiza, a cada dois anos, o exame. O resultado é fundamental para verificar como anda a educação básica no país. O projeto “partiuSAEB”, por sua vez, objetiva unir escola, famílias e estudantes sobre a importância da participação nas provas. Além disso, ele desenvolve nos(as) educandos(as) a responsabilidade quanto aos estudos e reforça a importância de manter boa frequência escolar.
Mariana Carolina Carraro Chiodi e Conceição Aparecida Pinheiro Cardoso, diretora e vice-diretora da EM Anne Frank, falam sobre a participação das famílias na preparação dos(as) alunos(as) para as avaliações. “A participação das famílias é sempre fundamental em todo processo educativo, conhecendo o trabalho realizado pela escola, estimulando seus filhos a participarem efetivamente, não como uma resposta a terceiros, mas como conhecimentos importantes para sua trajetória escolar e cidadã”, pontuam.
Projeto Visita Literária anima EM Professora Alcida Torres
Visando trabalhar com os livros do Kit Literário 2023, a Escola Municipal Professora Alcida Torres, Regional Leste, realiza, com os(as) alunos(as) do 1º ao 5º ano do turno da tarde, o projeto “Visita Literária”. Mensalmente, cada turma faz a leitura coletiva de um título do kit. Em seguida, esse título é trocado com outra turma. A previsão é que, até o final do ano, as turmas tenham lido, coletivamente, sete livros diferentes.
As trocas de livros entre turmas são realizadas por uma dupla de alunos(as) de cada sala. Eles(as) visitam a turma que receberá o livro e contam aos novos leitores um pouco do enredo, gerando o interesse pela leitura. Complementando as atividades do projeto, os(as) estudantes realizam ilustrações, reconto, dramatizações e fichamento das obras.
Solange de Fátima Roberto, professora da EM Professora Alcida Torres, está satisfeita com os resultados do projeto. “Os(as) alunos(as) passaram a visitar mais a biblioteca da escola e esperam, ansiosos(as), pela próxima visita literária. Além disso, eles(as)pedem às professoras que leiam e comentem os livros com a turma. As famílias também integram o processo de criação do gosto pela leitura dos(as) estudantes. Todos(as) participam do projeto com alegria, responsabilidade e entusiasmo”, relata.
A EM Professora Alcida Torres pretende realizar novas edições do projeto em 2024. Solange de Fátima Roberto, professora da escola, fala sobre a importância da atividade. “Acreditamos que este projeto trouxe leveza e prazer para o ato de ler e contribui significativamente para melhorar os índices de leitura dos(as) estudantes e de suas famílias, bem como melhora a qualidade do processo de alfabetização em que estão inseridos(as)”, pontua.
Mala Viajante promove a leitura na EM Antônio Aleixo
Visando incentivar a leitura e o desenvolvimento da linguagem oral, bem como ampliar a criatividade dos(as) alunos(as) do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, a Escola Municipal Antônio Aleixo, Regional Barreiro, realiza o projeto “Mala Viajante”. A iniciativa, que ocorre pela primeira vez neste ano, objetiva, também, a integração entre as famílias dos(as) estudantes por meio da leitura.
Após a contação de histórias no pátio da escola, às quintas-feiras, é realizado um sorteio entre os(as) alunos(as) para decidir quem levará a mala viajante. O(a) escolhido leva a mala, com um livro, um caderno e uma atividade para ser realizada junto com os familiares, para casa. O(a) educando(a) deve fazer a leitura, escrever e fazer um desenho sobre o livro. Na segunda-feira, a mala deve ser devolvida junto com a atividade.
Eliane Magalhães, assistente administrativo-educacional, e Elisabete Pimenta, professora da EM Antônio Aleixo, dão mais detalhes sobre o projeto e sua importância. “A escolha dos livros é feita na biblioteca da escola, onde vários gêneros compõem a mala viajante. Trata-se de um projeto muito importante, pois, além de desenvolver o gosto pela leitura, promove a leitura como um ato familiar em casa”, relatam.
Os encantos da cultura afro-brasileira
No contexto da celebração dos 20 anos da implementação da Lei n. 10.639 de 2003, responsável por proporcionar a inserção da cultura afro-brasileira nas escolas, inúmeros trabalhos vêm sendo desenvolvidos. Um trabalho de destaque, realizado pela Escola Municipal Vinicius de Moraes, Regional Barreiro, por meio do projeto “Conhecendo os encantos da cultura afro-brasileira”, tomou conta da comunidade escolar ao longo de sua realização.
Com o objetivo de estimular a formação de identidade, o reconhecimento e a valorização das diferentes culturas étnico-raciais, a escola ofereceu uma série de atividades voltadas para alunos e alunas de 4 e 5 anos. O projeto, inserido nas diretrizes curriculares nacionais da educação das relações étnico-raciais, que prevê o ensino da história e da cultura afro-brasileira, também visou promover o respeito e combater a discriminação entre as diferentes etnias.
Inicialmente, houve uma exposição de produtos da cultura afro-brasileira, sensibilizando as crianças sobre a importância da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional, favorecendo a construção de uma base solidária de conhecimento e respeito.
A exposição contou com contação de histórias sobre as origens da formação da população brasileira, brincadeiras (como a amarelinha africana), desfile afro, leitura de obras importantes sobre o tema, abordagem de figuras históricas e de danças e ritmos tradicionais (como a capoeira, o samba e o maracatu).
Simultaneamente, buscou-se trabalhar com o respeito e a valorização da cultura indígena, por meio de todas as atividades mencionadas anteriormente. Foi realizada uma exposição de alimentos de ambas as tradições, que contou com acarajé, feijoada, bobó de camarão, vatapá, mandioca, quiabo, angu, dentre outros.
Toda essa vasta e rica programação fez parte da mostra cultural realizada na escola, com a participação de professores(as), funcionários(as), estudantes e toda a comunidade escolar. Os(as) educadores(as) responsáveis pela elaboração do projeto destacam a importância de trabalhar com o tema desde a infância, contribuindo para uma sociedade mais plural e inclusiva.
Cozinhando com letras e saúde
A Escola Municipal Prefeito Souza Lima, Regional Nordeste, com o intuito de proporcionar o diálogo entre as disciplinas Português e Ciências da Natureza, criou o Projeto “Cozinhando com letras e saúde”. A ação, voltada para as turmas de oitavo ano da instituição, utilizou a temática da alimentação para atrair o interesse dos estudantes, principalmente aqueles e aquelas mais carentes.
O projeto focalizou o estudo dos gêneros textuais instrucionais, com foco nas receitas culinárias, para trazer informação sobre como ter uma alimentação saudável, nutritiva e acessível.
A proposta foi trabalhada de inúmeras maneiras entre profissionais da educação e jovens. Os estudantes foram incentivados a resgatar antigas receitas utilizadas para compartilhar com os(as) colegas. Além disso, se juntaram com os(as) profissionais da cantina para preparar biscoitos de polvilho assados para servir para os outros alunos e alunas.
Para poder complementar a imersão no tema, foi realizada uma visita técnica até um restaurante popular no centro da cidade, possibilitando tanto o aprendizado da elaboração de uma dieta acessível e balanceada quanto do reconhecimento do local como um projeto popular, que oferece alimentação saudável a muitos cidadãos e cidadãs.
João Victor de Sá, professor de ciências dos(as) estudantes, destaca a importância da visita para o projeto e para a vida dos(das) jovens: “Durante o trimestre, os alunos estudaram a importância de uma alimentação saudável para o bom funcionamento do organismo. Além de trabalharem as classes de nutrientes, também estudaram a composição nutricional de diversos alimentos presentes na nossa alimentação. A visita ao restaurante popular da PBH ressaltou a importância da manipulação correta e segura dos alimentos, já que o local possui excelente controle de qualidade da matéria prima utilizada para produzir as refeições. Os estudantes também puderam comprovar que os diversos restaurantes populares presentes na cidade servem refeições de ótima qualidade, equilibradas, ricas em nutrientes essenciais e de baixo custo, para que toda a população tenha acesso”.
Por fim, outro fator de destaque, do ponto de vista pedagógico, foram atividades voltadas para o aprendizado do gênero poesia. Em grupos, os estudantes realizaram “receitas poéticas”, trabalhando simultaneamente com os dois gêneros, como a “receita de ser um bom aluno”. Assim, puderam desenvolver a colaboração e a criatividade.
Projeto Minha escola, meu bairro!
Estudantes da rede pública da Emei Primeiro de Maio, Regional Norte, participam do projeto global da escola, com o tema “Minha escola, meu bairro: lugares de encontros, vivências e aprendizagens”. Em uma das atividades, alunos e alunas das turmas integrais com 5 e 6 anos receberam a visita do grupo de escoteiros 118 GEPRIM, que trouxe atividades com o objetivo de desenvolver a autonomia, a disciplina, o respeito à natureza, o trabalho em equipe e outras habilidades.
Como o objetivo do projeto global gira em torno de fazer os(as) alunos(as) perceberem que a escola está inserida numa comunidade e envolvê-los no que acontece no bairro, o escotismo surgiu como uma boa opção para desenvolver esse sentimento de pertencimento, cidadania e respeito mútuo nos(as) estudantes. Dessa forma, escoteiros do ramo sênior e do ramo escoteiro foram até a escola durante o período da tarde para desenvolver atividades típicas do universo infantil.
Assim, brincadeiras rítmicas envolvendo músicas escoteiras puderam envolver as crianças, juntando diversão e aprendizado. Além disso, elas também foram apresentadas às leis escoteiras, trabalhando com mais intensidade questões relacionadas a respeito e disciplina.
Por meio dessa ação, os(as) estudantes puderam se reconhecer dentro da comunidade que os cerca, aprender maneiras de respeitá-la e como contribuir com seu desenvolvimento. O retorno positivo do projeto é refletido no interesse de várias crianças em se juntar ao grupo de escoteiros após as atividades realizadas. Posteriormente, a escola e o grupo escoteiro ainda pretendem realizar uma visita conjunta a algum parque da região.
Projeto guardiões das plantas
Uma das principais virtudes que as crianças devem criar dentro de si desde cedo é o respeito pelo meio ambiente. Por isso, vários projetos da Rede Municipal de Educação visam educá-las sobre como conviver em harmonia com a natureza e encontrar maneiras de contribuir para a saúde do planeta. Um grande exemplo disso é o projeto Guardiões das Plantas, realizado na Escola Municipal Monteiro Lobato, que objetiva revitalizar seus espaços verdes e jardins.
Tudo começou quando os alunos e as alunas voltaram para a escola depois da interrupção causada pela pandemia de covid-19. Percebendo que o espaço verde da escola estava deteriorado, a professora Solange Antunes buscou trabalhar com os estudantes do 3º ano maneiras de cuidar do espaço compartilhado por todos e que, portanto, poderia ser cuidado por todos e todas.
Eles começaram a pintar e cuidar de vasos de plantas, que posteriormente foram expostos na entrada da escola, e se revezaram para regar as plantas. Com o passar do tempo, a ação foi evoluindo e buscou se expandir para toda a instituição. Assim, por meio da doações de adubos e mudas pelo projeto Percursos Ambientais da PBH, montaram uma horta no canteiro da escola.
Até então, apenas os alunos do 3º ano participavam, mas a empolgação tomou conta de todo o ambiente escolar. O projeto ganhou visibilidade e os estudantes foram responsáveis por escolheram seu nome (Guardiões das Plantas) e sua mascote, realizando uma votação. O vencedor foi o “Graminha”, que ainda visitou os alunos e as alunas distribuindo mudas para todos.
Cada vez mais, o projeto ganha o coração da comunidade escolar da EMML, envolvendo alunos(as), funcionários(as) e responsáveis. Atualmente, os(as) alunos(as) estão participando de excursões para aprenderem sobre como cuidar dos espaços verdes com qualidade, além de realizarem estudos dirigidos que visam trabalhar todas essas questões.
Essas ações possibilitam demonstrar às crianças como cuidar do espaço que elas habitam, tornando possível contribuir para a formação de cidadãos ativos nas questões essenciais da comunidade, cada vez mais dispostos a contribuir uns com os outros e com o ambiente que os cercam.
Escola Vinicius de Moraes constrói um borboletário
As professoras Ana Christina, Maria Aparecida, Helen, Clea, junto com a estagiária Marli Faria, da Escola Municipal Vinicius de Moraes, Regional Barreiro, proporcionaram aos(às) alunos(as) de 5 anos, das turmas Joaninha e Borboleta, uma experiência prática e educativa sobre a vida das borboletas. A escola montou um borboletário visando discutir a importância desses insetos no meio-ambiente e motivar os(as) educandos(as) a se interessarem pela natureza e pela ciência.
Essa é a primeira vez que o projeto “Criando um borboletário com a educação infantil” é realizado na escola. Além da confecção do borboletário, os(as) estudantes participaram de atividades como a observação de ovos e larvas de lagartas até sua transformação em borboletas e a criação de habitat adequado para os insetos. Eles(as) também fizeram desenhos do que observavam e leitura de histórias sobre as borboletas, com discussão sobre o que todos(as) haviam aprendido.
O “Criando um borboletário com a educação infantil” foi recebido com entusiasmo e interesse pelos(as) alunos(as). A professora Ana Christina comemora o sucesso da iniciativa: “O aspecto visual e tangível do projeto cria um senso de maravilha e descoberta. Além disso, a ludicidade das atividades promove a conexão com o aprendizado, e as atividades em grupo trabalham a colaboração entre os(as) estudantes”, relata.
Publicações das "Boas Práticas"
Publicações das "Boas Práticas" do 1º semestre de 2022
Publicações das "Boas Práticas" do 2º semestre de 2022
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Este espaço configura-se como uma experiência coletiva de formação e de desenvolvimento profissional ao permitir a troca de vivências e saberes com outros colegas. Existem inúmeras práticas inovadoras acontecendo nas escolas. São ações que fortalecem as relações humanas, que possibilitam o compartilhamento entre diferentes culturas e que favorecem uma educação integral. Entretanto, muitas dessas práticas não são divulgadas, restringindo-se ao ambiente interno das escolas.
Nesse sentido, convidamos os profissionais da Educação a fortalecerem as práticas pedagógicas da RME-BH relatando suas experiências, compartilhando saberes produzidos no chão da escola e narrando ações educativas, em uma ou mais áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, consideramos importante reconhecer e valorizar os profissionais da Educação, na condição de produtores sociais e culturais de saberes.
O compartilhamento de experiências entre pares revela a riqueza de reflexões, de problematizações e da ressignificação de ações, espaços e tempos. Participar de espaços coletivos de pesquisa e de reflexão legitima o profissional da Educação como pesquisador da sua própria prática.