Escolas das regionais Leste e Nordeste promovem festividades em julho

Embora as tradicionais festas que celebram a cultura caipira aconteçam em junho, em decorrência dos dias de Santo Antônio, de São Pedro e de São João, algumas escolas da Rede estão realizando as suas festas no mês de julho. Separe o seu chapéu de palha e passeie entre elas!
 

EM Professor Lourenço de Oliveira

Para os(as) estudantes-pacientes em tratamento de hemodiálise no Hospital da Baleia, a rotina é marcada por horas de espera, cuidados e superação. Mas, neste mês de julho, a sala de aula improvisada pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) transformou-se em um grande arraial. O projeto “Presente Saber", da Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (Emplo), mostrou que, mesmo em um ambiente hospitalar, há espaço para o aprendizado, para a cultura e, principalmente, para a alegria.

Os(As) educandos(as) e seus(suas) acompanhantes participaram de uma festa junina cuidadosamente planejada. Eles(as) ajudaram a decorar o espaço com trabalhos feitos por eles(as) mesmos(as), ouviram músicas tradicionais e se divertiram com jogos e comidas típicas adaptadas para suas necessidades. Cada detalhe foi um convite para esquecer, por alguns instantes, a condição de paciente e apenas festejar.

Diana Joyce da Silveira, aluna da turma, destacou o caráter afetivo da atividade: “É uma sensação maravilhosa, muito agradável ver os professores dentro da sala de hemodiálise. Revigorou, trouxe curiosidades, percepções, emoções... Deixou de ser aquela coisa monótona para se tornar algo mais vivo, com agitação!”

A ação, que envolveu os três turnos de atendimento, reforça o papel fundamental da EJA Externa: o de levar não apenas conhecimento, mas também acolhimento e esperança. Ana Mary Martins dos Santos, coordenadora da EJA Externa Hospital da Baleia, complementa: “Para nossos estudantes, adultos em tratamento ou acompanhantes, foi mais que uma festa, foi um gesto de valorização e de reconhecimento. Ver o brilho nos olhos deles e a leveza no ambiente nos mostra o quanto a educação também pode ser cuidado, cultura e vida.”

A atividade distraiu as estudantes da rotina hospitalar

Acervo Ana Santos

#paratodosverem: na imagem, quatro mulheres posam para a foto segurando um arco enfeitado com flores de girassol e bico de papagaio artificiais. Duas estão em pé e duas sentadas. O ambiente é fechado, com bandeirinhas coloridas penduradas no teto e mesas brancas ao fundo, onde outras pessoas conversam. 

EM Américo Renê Giannetti e EM Hugo Pinheiro Soares

Antes separadas por muros, as escolas municipais Américo Renê Giannetti (Emarg) e Hugo Pinheiro Soares (EMHPS), localizadas na Regional Nordeste, reuniram-se em uma celebração conjunta, o “Arraiá Hugo + Renê: abraçando a comunidade!”. O evento, realizado na manhã do primeiro sábado de julho, transformou a rua em um espaço coletivo de cultura e integração.

Muito mais que uma festa junina, a iniciativa organizada pela direção das escolas foi resultado de quatro meses de planejamento, que envolveu estudantes, professores(as), famílias, moradores(as) e parceiros(as) locais. O objetivo era valorizar as tradições culturais brasileiras, fortalecer os vínculos com o território e promover a convivência respeitosa e inclusiva entre as comunidades escolares.

A programação foi recheada de apresentações culturais dos(as) educandos(as), barraquinhas com produtos típicos juninos produzidos por seus(suas) familiares e pessoas da comunidade, além de muita música. A festa ainda contou com a participação de comerciantes locais, representantes de associações comunitárias e instituições parceiras.

Mais do que um sábado letivo, o projeto “Arraiá Hugo + Renê” reafirmou o papel das escolas como espaços de convivência, cultura e identidade. E, ao derrubar simbolicamente os muros que as separavam, criou novas possibilidades de diálogo e parceria para a comunidade do bairro Concórdia.

Marina Moreira, coordenadora de turno da Educação Infantil da EM Américo Renê Giannetti, compartilhou o entusiasmo da comunidade local: “A recepção dos pais e moradores foi extremamente positiva. Muitos já manifestaram o desejo de que a festa continue sendo realizada na rua nos próximos anos.”

Comemoração uniu as comunidades de duas escolas

Foto: Acervo EMHPS

#paratodosverem: na imagem, há um grupo de crianças alinhadas, vestindo trajes típicos caipiras: vestido rodado, camisa xadrez, chapéu de palha e botas, em uma rua asfaltada decorada com bandeirinhas coloridas. Atrás delas, professores(as) e familiares acompanham a celebração, que conta com barracas, cercados e enfeites tradicionais.