7 November 2025 -
A leitura tem o poder de criar pontes entre pessoas, entre mundos e também entre escola e comunidade. E foi exatamente isso que duas iniciativas da Rede Municipal de Educação mostraram. Cada uma à sua maneira, mas com o mesmo objetivo: fortalecer a paixão pelos livros e pela imaginação.
EMEF Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu

Foto: Acervo EMDLRA
#paratodosverem: Três mulheres estão de pé ao lado de mesas repletas de livros expostos. Ao fundo, há um muro pintado com ilustrações de uma criança lendo e elementos coloridos.
Na EMEF Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu (Norte), a bibliotecária Kênia Amaral da Silva Garcia organizou um Café Literário especial no início de setembro. O encontro reuniu toda a comunidade escolar (professores, equipe administrativa, apoio, limpeza, integrada e cozinha) em um espaço de integração e valorização da leitura.
O evento apresentou os novos Kits Literários 2025, com destaque para o Kit Étnico-Racial, e as novas aquisições da biblioteca. Kênia ressaltou a importância dessa política pública da PBH e compartilhou dicas de leitura, além de apresentar o acervo e o sistema Pergamum. Um dos momentos mais marcantes foi a leitura de “A mãe que voava”, feita pela assistente de biblioteca Silvana, que emocionou o público.
A professora Najla Gama resumiu a experiência: “O momento do Café Literário da Biblioteca da Loreto foi maravilhoso. É raro ver escolas proporcionarem esse tipo de espaço. Iniciativas como essa valorizam a leitura, incentivam os estudos e fortalecem a importância da docência.”
EMEI Tirol

Foto: Acervo EMEIT
#paratodosverem: Um menino em pé, vestindo camiseta verde e calça azul, segura um livro aberto e lê para colegas sentados em semicírculo na grama. As crianças, de uniforme verde e azul, observam com atenção.
Já na EMEI Tirol (Barreiro), a professora Tatiane Aparecida Belizário Gracindo conduz o projeto Maleta Viajante, que vem sendo desenvolvido ao longo de 2025 com as crianças de 5 e 6 anos. A proposta é simples e encantadora: a cada semana, uma criança leva para casa uma maleta com um livro de literatura infantil, compartilha a leitura em família e, depois, reconta a história para a turma.
Esse movimento fortalece a oralidade, a imaginação e a convivência coletiva, aproximando escola e família por meio da literatura. O depoimento de Fernanda dos Santos, mãe de Brayan Davi, estudante de 6 anos, mostra a força da iniciativa: “Para mim foi sucesso. Brayan chegou em casa contente dizendo que era sua vez de levar a maleta. Passou o fim de semana treinando o livro, que tinha a história de um coelho no supermercado. Ele até levou um mini carrinho para o reconto na escola, que foi um sucesso. Esse projeto desperta o interesse pela leitura e faz as crianças perderem o medo de se expressar na frente dos colegas.”
Duas práticas diferentes, mas que se encontram na mesma essência: a leitura como ferramenta de encantamento. Seja em um café compartilhado na biblioteca ou em uma maleta que viaja de casa em casa, o livro mostra seu poder de aproximar, emocionar e transformar. E você? Qual foi a leitura que marcou a sua vida e que você gostaria de compartilhar?
