Pular para o conteúdo principal

#paratodosverem: a foto mostra um cenário de contação de histórias com elementos lúdicos e pedagógicos. O ambiente está organizado com tapetes coloridos no chão, painéis com produções infantis nas paredes e uma decoração com tecidos leves. À direita, há uma árvore feita com galhos secos e nomes colados, além de um coelho decorativo.
Acervo Emei Granja de Freitas

Contações de histórias na Emei Granja de Freitas

criado em - atualizado em

 

De março a novembro, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Granja de Freitas realiza contações de histórias para as crianças. As histórias, que fazem parte do projeto “Li, gostei e contei!”, têm como objetivo estimular nos(as) estudantes o desenvolvimento cognitivo, emocional e socioafetivo, a oralidade e o gosto pela literatura.

 

Na Emei Granja de Freitas, as contações de história são feitas em momentos coletivos no pátio da escola. O(a) contador(a) de histórias usa fantoches ou se caracteriza para atrair as crianças, com expressões faciais e corporais, entonações de voz e postura de palco em um espaço ornamentado de acordo com os temas. As histórias são apresentadas nos dois turnos escolares, manhã e tarde, e cada uma tem em média 30 minutos, com músicas instigantes para enriquecer a trama e, em algumas histórias, cantigas de roda tradicionais são cantadas pelas crianças.

 

Antes de contar as histórias, é preciso construir um diálogo sobre o assunto e despertar o interesse, portanto sempre são criadas novas estratégias na ação educativa. Durante a contação, as crianças são convidadas a participar interagindo com o(a) contador(a), gerando um diálogo rico para o desenvolvimento cognitivo infantil. Nesse momento, o(a) narrador(a) percebe como os(as) alunos(as) estão compreendendo a história e pode dar novos rumos ou retornar a algum ponto que não foi compreendido. Para a alegria dos(as) estudantes, ao final de cada contação de histórias, é realizado um bailinho. Fechando o exercício pedagógico, em sala de aula, os(as) professores(as) realizam rodas de conversa sobre a história ouvida e propõe registros artísticos de partes das histórias.

 

Alguns dos aspectos trabalhados na iniciativa são as habilidades de comunicação e o vocabulário; o incentivo ao pensamento lógico; a capacidade de concentração e disciplina; além da compreensão das emoções narradas nas histórias. A coordenadora geral, Silvia Rocha Lima, ficou encantada com os frutos das histórias. “São momentos maravilhosos de interação, construção de conhecimento das crianças. É super importante garantir o acesso à cultura e promover a diversão em outro formato, longe das telas, as quais estão muito próximas nessa etapa da vida dos pequenos”, afirmou.

 

A rotina da Educação Infantil com a contação de histórias desperta a curiosidade nas crianças, estimula o gosto pela leitura e a capacidade de ouvir para compreender as histórias. Nessa perspectiva, é uma forma de resgatar a literatura explorando o imaginário dos pequenos ao ouvirem histórias lúdicas e interagirem com o(a) contador(a) de histórias e seus pares.

 

Fazer da criança uma ouvinte é colocá-la num mundo de descobertas socioemocionais, abordando temas sobre conflitos, impasses e consequências. As crianças também estabelecem vínculos com o(a) mediador(a) e, muitas vezes, iniciam a compreensão sobre valores e convívio por meio das personagens. Por isso, a escolha das histórias é cuidadosa, para despertar o gosto de ouvir, aliada a conteúdos informativos.