A Secretaria Municipal de Educação (Smed) garantiu a participação de 15 mil estudantes e quase 3,5 mil professores(as) e profissionais da Educação na Bienal Mineira do Livro, que será realizada entre 3 e 10 de maio. A ação faz parte das estratégias adotadas pela Smed para incentivar o acesso à leitura. 

O secretário municipal de Educação de BH, Bruno Barral, classificou a Bienal Mineira do Livro como uma importante ação de acesso e incentivo à leitura. “Temos trabalhado com muita dedicação para que o nosso município reconquiste o protagonismo educacional, e essa meta passa por uma política de acesso à literatura e de incentivo à leitura. E tenho certeza de que a Bienal vai nos ajudar a ocupar um patamar ainda mais alto”, disse. 

A Smed trabalha em projetos importantes de incentivo à leitura, desenvolvidos junto às escolas municipais, em destaque para a “Jornada Literária”, que envolve alunos(as) da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). “É um projeto que fortalece a leitura como um processo contínuo e dinâmico e que resulta na produção de livros pelos próprios estudantes. Esse material, cerca de 600 títulos produzidos por eles, será apresentado por nós durante a Bienal”, destacou. 

Outro projeto de incentivo à leitura desenvolvido pela Smed é o Kit Literário, que, há 21 anos distribui, nas escolas municipais, livros para estudantes de todas as idades, incluindo alunos(as) da EJA. “É uma maneira de criarmos um acervo pessoal de leitura para os alunos, incentivando o hábito da leitura em casa e nas escolas.”, afirmou o secretário.

Os(As) estudantes contam com 282 bibliotecas espalhadas pelas escolas municipais de Belo Horizonte e com um acervo total de 413 mil títulos catalogados até o momento. Além disso, a Smed está investindo na automação das bibliotecas, com o uso do Sistema Pergamum, para facilitar o cadastro das obras e o acesso dos(as) alunos(as) aos livros e aos conteúdos digitais. 

Homenagem aos(às) bibliotecários(as)

Ao participar do lançamento da Bienal Mineira do Livro, Bruno Barral lembrou do Dia do Bibliotecário, celebrado na mesma data (12/03). “O trabalho desses profissionais nas escolas é fundamental para a mediação da leitura e para o fortalecimento da cultura literária”, disse. 

Segundo ele, para construir uma política pública educacional que trate efetivamente do tema da leitura e da escrita, é preciso cumprir algumas premissas, como a constituição e a preservação das bibliotecas e dos cantinhos de leitura nas escolas, a oferta de material adequado e diversificado para os(os) alunos(as) e o investimento nos(as) profissionais. “Muitas vezes temos ali o professor e o coordenador pedagógico, mas o bibliotecário tem uma importância significativa na condução e estruturação no processo de cultura e mediação de conteúdo”, destacou. 

Espaços de leitura

Além das ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), desempenha um papel essencial no incentivo à leitura e no acesso à cultura. A rede de bibliotecas da Fundação Municipal de Cultura conta com 22 unidades, incluindo as 17 localizadas nos Centros Culturais da cidade, a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ-BH) e bibliotecas de importantes espaços culturais, como o Cine Santa Tereza, o Museu da Moda de Belo Horizonte (MuMo), a Escola Livre de Artes Arena da Cultura (ELA-Arena) e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado (CRCP). 

Com um acervo físico de 180 mil exemplares, essa rede atende atualmente mais de 25 mil usuários(as), oferecendo um ambiente propício para o fomento à leitura e à cultura.