5 September 2025 -
Você sabia que brincadeiras como a da cuia e o tucunaré fazem parte do repertório de jogos indígenas brasileiros? Na EM Imaco (Centro-Sul), essas descobertas ganharam vida nas aulas de Educação Física, durante um trabalho focado nas práticas corporais indígenas brasileiras, nos meses de maio e junho.
A proposta, conduzida pela professora Júlia Rabelo de Souza, envolveu os(as) estudantes dos 3ºs e 5ºs anos em experiências que, além do movimento, envolvia o contato com a história, a cultura e os saberes dos povos originários. O objetivo era reconhecer a diversidade indígena como parte da nossa própria identidade sob uma perspectiva decolonial.
O ponto de partida para os 3ºs anos foi o livro “Vamos Brincar? Brincadeiras indígenas brasileiras”, de Marco Hailer. A cada aula, era proposta uma nova brincadeira, de acordo com a orientação do livro. Junto a elas, lendas como as do Mapinguari, Curupira, Manioca e Boitatá foram exploradas, bem como vídeos com pessoas indígenas compartilhando a sua rotina no campo e na cidade. Murais da artista Liça Pataxoop também integraram as aulas, ampliando o olhar sobre as expressões culturais dos povos originários.
Já os 5ºs anos imergiram no universo do maculelê. Inspirados(as) por sua lenda, os(as) educandos(as) experimentaram movimentos de dança e luta, confeccionando seus próprios bastões com grafismos estudados nas aulas de Arte e de Educação Física. O projeto terminou em uma apresentação para a Educação Infantil, com direito a coreografia e bastões personalizados.
Para as turmas, a experiência foi marcante: os(as) estudantes Rafael Simeão e Laura Silveira comentam que o projeto foi importante para o não esquecimento da nossa cultura e para honrar os nossos antepassados. Arthur Duque, bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), resumiu: “Faz parte da nossa história. É importante conhecer nosso passado para compreender nosso futuro.”