Educadores da Creche Comunitária Criança Feliz da Vila Bernadete, no Barreiro, apostaram em inovar na abordagem sobre alimentação saudável com seus estudantes. No período de 5 a 13 de junho de 2025, a instituição decidiu holofotes em suas merendeiras em uma ação da Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Por meio desse instrumento pedagógico, a creche uniu saberes culinários, afetividade e educação em uma experiência rica e transformadora para as crianças.

O projeto foi idealizado e coordenado pela nutricionista Ana Karolina de Freitas Graças, em colaboração com as merendeiras Karine Jael Leal, Maria Imaculada Damasceno e Elaine Rodrigues, tendo como público seus estudantes, que têm entre 2 a 3 anos e 11 meses. 

Karolina, Karine, Imaculada e Elaine tiveram um momento de escuta ativa para organizar o projeto, chegando à conclusão de que o foco seriam preparações com alimentos in natura, típicos da região metropolitana de Belo Horizonte, e que cada dia teria um "alimento protagonista", como laranja, manga, alface, cebolinha, cenoura, abobrinha e repolho.

A próxima etapa consistiu em levar as merendeiras para conduzir rodas de conversas com as crianças. Os estudantes decoraram suas fotos com legumes, verduras e frutas diversas, e houve também interação musical e contação de histórias, construindo um ambiente propício para que os estudantes aprendessem enquanto se divertiam. 

Por fim, as crianças puderam tocar, cheirar e provar os ingredientes durante o preparo, o que gerou curiosidade e entusiasmo. Ao final de cada dia, a receita era servida na merenda, permitindo que elas vivenciassem a transformação dos alimentos do cru ao prato.

Nas palavras da Coordenadora Pedagógica, Wilcimar Graciela Miranda Moura, para que as crianças se interessassem pelo assunto foi de extrema importância que a equipe o abordasse de forma divertida e prática, “Percebo que as crianças, comem com os olhos. Ao verem alimentos coloridos, interagem com os mesmos. A ludicidade é fundamental para todas as propostas voltadas para as crianças.”

Assim, a ação conseguiu atingir seus objetivos ao valorizar o papel das merendeiras como agentes da educação alimentar, fortalecer a relação afetiva entre os estudantes e os alimentos saudáveis, estimular o consumo de frutas, verduras e preparações naturais, promover a autonomia alimentar e o interesse por novos sabores e envolver a comunidade escolar na construção de hábitos saudáveis e sustentáveis.