9 Abril 2025 -
Na Escola Municipal Mestre Paranhos, as práticas da Educação Infantil têm sido reformuladas com inspiração na abordagem Reggio Emilia, um modelo pedagógico que valoriza a criança como protagonista do próprio aprendizado. Sob a coordenação de Vitor Fiuza e Célia Cristina, o trabalho desenvolvido ao longo deste ano busca estimular a curiosidade, a autonomia e a expressão criativa, garantindo um ambiente acolhedor e desafiador para as crianças.
A prática pedagógica baseia-se na escuta sensível e na valorização dos campos de experiências. Os espaços são organizados de forma a favorecer a exploração, a experimentação e a interação entre os(as) pequenos(as). As atividades são planejadas de forma investigativa, permitindo que as crianças construam conhecimento por meio da experiência e da cooperação. Os(As) professores(as) atuam como mediadores(as), incentivando o pensamento crítico e a resolução de problemas.
“Pesquiso sobre essa linha de trabalho na educação infantil há um tempo. Estive na Itália e conheci esse processo de perto”, explica Fiuza. “Estamos mudando todas as nossas práticas e experiências para alinhá-las ao Reggio Emilia. As professoras têm sugerido novas atividades e propostas diariamente, não apenas em alguns dias da semana, para instigar a investigação das crianças. Agora, elas têm um caderno de investigação, lupas e pranchetas, e estão explorando animais e plantas”.
Entre as atividades realizadas, destacam-se a pesquisa sobre animais vivos e o acompanhamento do crescimento das plantas. “As atividades colocam a criança no centro do aprendizado. Por exemplo, elas produziram um alfabeto com folhas naturais, instrumentalizando a alfabetização de forma alinhada ao Reggio Emilia. Além disso, criamos cantinhos decorados, respeitando a estética, que é um elemento muito presente na pesquisa de Loris Malaguzzi. Nossas salas de aula estão sendo decoradas com trabalhos feitos pelas crianças e com inspirações da natureza e do cotidiano delas”, explica o professor.
O resultado é uma educação dinâmica, que valoriza a autonomia dos(as) estudantes. “As crianças estão interagindo e aceitando bem essa proposta de atividades lúdicas e percebemos que elas estão se apropriando do conhecimento com mais motivação”, pontua Tatiana Carolina Magalhães Barbosa, professora para Educação Infantil.