Transformar espaços degradados em áreas preservadas e produtivas, produzir alimentos agroecológicos e gerar renda a dezenas de famílias: estes são alguns dos benefícios que a Prefeitura de Belo Horizonte promove, por meio de um único projeto integrado, nas comunidades atendidas pelo Agroflorestas Urbanas.
Iniciada em 2018, a implantação de Agroflorestas Urbanas é resultado da parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SUSAN) de Belo Horizonte. Atualmente, a iniciativa apoia nove unidades produtivas comunitárias que geram bons resultados econômicos, ambientais e sociais para aproximadamente 200 pessoas entre agricultores familiares e voluntários.
Em mais de 32 mil metros quadrados distribuídos pela cidade, são produzidos alimentos saudáveis e plantadas árvores em sistemas agroflorestais biodiversos, baseados na sucessão ecológica para potencializar resultados e entregar serviços ecossistêmicos que melhoram a qualidade de vida nos espaços urbanos.
A estratégia é também uma resposta aos desafios de melhoria da qualidade de vida da população humana, norteadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - documento firmado em 2015 através da Cúpula das Nações Unidas. Tal acordo envolveu diversas temáticas, como erradicação da pobreza, segurança alimentar, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, crescimento econômico inclusivo, governança, dentre outros. Os objetivos se consubstanciariam na concepção e implementação de políticas públicas que integram as dimensões econômica, social e ambiental para o desenvolvimento sustentável.
O projeto pretende a implantação de Sistemas Agroflorestais em áreas onde existam processos avançados de degradação ambiental e grupos sociais em vulnerabilidade social. Com a instalação dos SAFs pretende-se resgatar atributos ecológicos dessas áreas, utilizando o plantio de árvores nativas, aliado a garantia da segurança alimentar de populações locais, por meio da produção de alimentos.
Objetivos específicos
Aumentar a biodiversidade vegetal em áreas verdes e áreas de preservação permanente degradadas
Promover a proteção de recursos hídricos e a reocupação de matas ciliares e produção de águas em nascentes e olhos d'água.
Melhorar a qualidade dos solos em áreas verdes e áreas de preservação permanente degradadas
Promover a segurança alimentar de populações locais, por meio da produção de alimentos agroecológicos
Gerar emprego e renda para agricultores urbanos envolvidos na produção de alimentos
Resgatar a diversidade genética ao promover o uso de sementes e mudas nativas e crioulas
Realizar processo de educação ambiental com enfoque em interações e sucessões ecológicas, agroecologia.