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Julho Pretas

criado em 31/05/2021 - atualizado em 18/07/2022 | 20:55
Imagem gráfica com fundo preto e texto Julho Pretas - Quesito Raça Cor. À esquerda, há o selo BH Sem Racismo

 

O Dia 25 de julho é marcado pela comemoração do Dia Internacional das Mulheres Negras, Latino-Americanas e Caribenhas. A data foi definida durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, sediado na cidade de Santo Domingo, República Dominicana, no ano de 1992. Nesta ocasião foi criada também a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas.


No Brasil, o dia 25 de julho foi instituído no calendário oficial por meio da Lei nº 12.987 de 2014, como o Dia  Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. O Dia marca a luta e a resistência da mulher negra frente a resistência quilombola no Brasil. 
 

Em Belo Horizonte, o dia 25 de julho é oficialmente o Dia Municipal da Mulher Negra “Dona Valdete da Silva Cordeiro”, sancionado pela Lei Municipal 10.969/16 no dia 13 setembro de 2016. 
 

No intuito de dar visibilidade às temáticas raciais ligadas ao protagonismo, luta e situação da mulher negra, a Diretoria de Políticas de Reparação e Promoção da Igualdade Racial (DPIR), vinculada à Subsecretaria de Direitos de Cidadania (SUDC), realiza desde 2018, o JULHO PRETAS
 

A atividade compõe a ação BH SEM RACISMO, tendo em vista que as mulheres negras ainda se encontram em situação de vulnerabilidade e são o alvo principal das mais diversas violações e discriminações, as quais muito evidenciadas a partir da análise dos diversos indicadores sociais.
 

Todavia, faz-se necessário apresentar uma outra realidade da mulher negra, demonstrando seu protagonismo e visibilizando seu papel na luta e resistência desde a África ancestral até os dias atuais. É inegável que a mulher negra sempre ocupou papéis centrais nas ações estratégicas para a libertação e sobrevivência do seu povo, na proteção dos saberes ancestrais, na constituição da sociedade brasileira e no desenvolvimento econômico.

 

PROGRAMAÇÃO 2022
25/7 | 15h às 18h 
25 de Julho Dia Municipal da Mulher Negra Dona Valdete Cordeiro – Café & Prosa: Quesito Raça Cor

Local: Hall da SMASAC – Av. Afonso Pena, 342, Centro.

Público-alvo: Servidoras(es) e Conselheiras(os) de Direitos.
 

29/7 | 12h às 14h 
Formação das técnicas do CEAM Benvinda: A importância do Quesito Raça Cor

Local: Centro Especializado de Atendimento à Mulher Benvinda

Público-alvo: Técnicas do CEAM Benvinda

 

Conheça outras ações da Diretoria de Política de Reparação e Promoção da Igualdade Racial.

 

Histórico

Programação 2021

 

Atividades virtuais de 23 a 31 de julho.

Evento Online | Google Meet

 

23/7 – Mulheres que Fazem Comunicação| 14h às 17h

 

Roda de conversa com equipe da ASCOM/SMASAC para debater como o processo de comunicação institucional pode reproduzir ou combater as práticas discriminatórias.

 

Composição das rodas de conversa

Mesa 1: Mulheres que fazem comunicação
Convidadas:

Zaira Magalhães - Jornalista, Produtora Cultural e Gestora Pública, Produtora Executiva e Assessora de Imprensa

Pimenta (Bruna Ferreira) - B Girl, Grafiteira, Digital Influencer, Pedagoga em formação, Fundadora da Nunca Fui Barbie Crew e Educadora na PBH

Núbia Nakimuli - Cantora, Psicóloga, Ativista Cultural e Autora do Projeto "Rainha Mãe"

Fátima Negrann - Formada em Moda e Gestão de Eventos, criadora da marca de moda afro Empório Afro, Presidente interina da ANAMAB, Yarobá (Ekedigi) no Candomblé e Apetebi Yafá no Ifá Afro-cubano

Nila Rodrigues - Historiadora, Mestre em Estudos Étnicos e Africanos, Fundadora da empresa Patrimônio e Etnicidade. Vencedora do Prêmio Zumbi de Cultural/2020 - Categoria Atuação Política

Dora de Oliveira - Pedagoga, Psicopedagoga, Escritora-Poeta, Servidora da SLU, Organizadora do Encontro de escritores e leitores na Faculdade de Letras da UFMG

Fomentadora:

Vitória Régia Izaú: Doutora e Mestre em Educação. Docente efetiva da Fae/ UEMG, Coordenadora do NEPER/UEMG/CNPQ, Presidenta da Comissão Central de Heteroidentificação, Coordenadora do Programa Egbara Wa, Ativista da UNEGRO/MG Conselheira do COMPIR/BH

 


Mesa 2 - Exu e o feminino
Convidadas:

Marina Santos de Miranda - Mestranda em Antropologia, Membra do Laboratório de Estudos e Etnografia em Comunicação, Cultura e Cognição da UFF, da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão da OAB/RJ . Mentora em conflitos étnicos raciais para adolescentes em medida socioeducativa. Docente eventual na Middlebury College – Vermont, USA. Coordenação de Mulheres FONSANPOTMA- RJ

Patrícia Adjoke Matos - Mulher de Axé, Dofona de Obaluayê, Assessora Pedagógica da COPPIR/SDHDS/PMF. Cantora, Percussionista, Poeta, Escritora, Contista e Contadora de Histórias. Mestranda e Pesquisadora em Educação e Estudos Africanos.

Makota Dandakamuxi - Secretária Executiva da LIGA-MG e Abafro-MG, Colaboradora em Projetos Sociais, Modelo, Mãe solo e um Imã de pessoas. Coordenação de Comunicação do Fonsanpotma/BH-MG

Valéria Silva - Educadora Popular, Sambadeira, Dançarina, Co Fundadora do Samba da Meia Noite e Clã das Sambadeiras de MG. Idealizadora do projeto “Cabelo, uma Questão de Identidade”. Vice Presidenta da Liga das Escolas de Samba de MG

Fomentadora:

lyalorisa Neli Martins de Souza - Professora Especializada em Ciências Exatas do Ensino Superior.  Coordenadora Estadual de Mulheres do Fonsanpotma. Benzedeira e Rainha de Espada da Guarda de Congo de N. Sra do Rosário do Bairro Urca/Pampulha.Coordenadora Geral Fonsanpotma/MG, Conselheira do COMPIR/BH

 



Mesa 03 - Comunicação institucional e o racismo
Convidadas(os):

Janine Avelar- Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda. Pós graduada em Gestão e Políticas Culturais. Master em Desenho Urbano: Arte Cidade e Sociedade. Analista de Políticas Públicas na PBH. Gestora e Produtora Cultural

Stenio Lima - Jornalista. Assessor de comunicação e imprensa. Coordenador da assessoria de comunicação social
da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Débora Oliveira - Jornalista com experiência em marketing digital, assessoria de imprensa e comunicação interna. Assessora de comunicação na Secretaria Municipal de Assistência Social,
Segurança Alimentar e Cidadania - SMASAC

Andrea Rodrigues - Pesquisadora, atriz, dramaturga, roteirista e arte educadora em museus, espaços expositivos, escolas. Graduada em teatro. Atua no Teatro de Mobilização Social e integra o Coletivo Segunda PRETA e a Cia. Bando

Rafael Araújo - Formado em Relações Públicas, Assessor de eventos da Assessoria de Comunicação
da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania

Fomentadora:

Ana Carolina Vasconcelos - Formada em Ciências Sociais pela UFMG. Militante do movimento social coletivo de comunicação da Frente Brasil Popular de Minas Gerais e do Levante Popular da Juventude - Compir

Roda de conversa com mulheres de tradição de matriz africana para debater a comunicação a partir dos ritos e valores da tradição.

30/7 – Comunicação Institucional e o Racismo | 14h às 17h

Roda de conversa com profissionais de comunicação que estimuladas por imagens selecionadas vão expor suas vivências no fazer profissional, estereótipos e práticas discriminatórias.

26/7 – Exu e o Feminino | 14h às 17h

 


Conheça Dona Valdete da Silva Cordeiro, que dá nome à Lei Municipal.

Importante liderança local que inconformada com problemas sociais da região onde vivia, transformou-se em uma das lideranças comunitárias mais respeitadas e benquistas do Estado de Minas Gerais. Dona Valdete foi liderança comunitária do bairro Alto Vera Cruz, ex-coordenadora do grupo cultural “Meninas de Sinhá” importante grupo que atua na defesa dos direitos e luta pelo protagonismo das mulheres negras em Belo Horizonte. A homenagem à Dona Valdete é uma oportunidade de valorizar, visibilizar e reconhecer as mulheres negras que lutaram contra a discriminação racial.

 

Quem foi Tereza de Benguela?

Tereza de Benguela ou Rainha Tereza” como ficou conhecida em seu tempo, comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo de   Guaporé onde viveu, no Mato Grosso. Tereza coordenou intensas relações econômicas na região, durante o período colonial. Apesar de sua história ter sido pouco divulgada durante um longo período, hoje seu legado é cada vez mais reconhecido. Tereza de Benguela é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial. A data demarca a importância histórica da mulher negra nas ações combate à discriminação e no desenvolvimento social e econômico da sociedade brasileira.