24 January 2020 -
As equipes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) estão desde quinta-feira, dia 23, de prontidão em todas as regiões da cidade. Sempre que a chuva dá uma trégua, os garis entram em cena para recolher os resíduos espalhados pelas vias. A preocupação é que materiais volumosos carregados pelas enxurradas possam obstruir as passagens de água, agravando situações de alagamentos. Por isso, ações de recolhimento de deposições clandestinas continuam sendo realizadas mesmo com o tempo instável. Durante a chuva forte, os garis são mantidos em locais seguros e só desempenham suas funções quando há o escoamento das águas.
Na região Centro-Sul, por exemplo, trabalham 60 homens, munidos de 12 caminhões, uma máquina pá-carregadeira e dois caminhões-pipa. Até o momento, já foram raspados cerca de 124 km de vias. Foram feitas 30 viagens de caminhão, o que representa 45 toneladas de resíduos, sendo a maioria de terra e lama.
Já na região Oeste da capital, 75 trabalhadores permanecem à disposição para a execução de tarefas emergenciais e de prevenção. As principais áreas de atuação foram a avenida Francisco Sá, nos bairros Prado e Gutierrez, a avenida Silva Lobo, no Barroca, e em vários pontos da avenida Teresa Cristina.
Segundo Érika Santos Resende, gerente regional de Limpeza Urbana Oeste, foram recolhidos materiais volumosos que foram carreados no alagamento causado pelas chuvas. “Também foi removida muita sujeira no encontro com o Córrego Ferrugem”, explica. Nos últimos dois dias, foram recolhidas 54 toneladas de lixo na região.
Na região da Pampulha, foram três pontos afetados: um no bairro Bandeirantes, entre a Toca da Raposa e o Zoológico, e dois outros no bairro Braúnas. Outro ponto crítico, segundo Osvaldo do Carmo Machado, gerente regional de Limpeza Urbana Pampulha, foi detectado entre as avenidas Sebastião de Brito e Cristiano Machado, no bairro Dona Clara. O terceiro ponto foi a Vila Suzana, na rua dos Esportes, e na rua Lúcio Bitencourt. “Só atuamos quando a água vai baixando”, explica o gerente. “Por isso, assim que foi possível, disponibilizamos 12 garis para retirar os resíduos carregados pela chuva e proceder à limpeza das grades de boca de lobo”, continuou.
Foram retiradas 2,5 toneladas de resíduos somente naquele ponto. Na Orla da lagoa, onde ainda havia água retida, garis retiraram mais 1 tonelada de entulho. No período da tarde, a limpeza de grelhas e a raspação de lama continuaram. Ao todo, 24 garis foram deslocados para a Vila Suzana, próxima à avenida Cristiano Machado, com a retirada de 2 toneladas de lixo.
Em Venda Nova, foram recolhidos pertences da população, danificados pelas chuvas nas ruas Gávea e Rubiacéia, na Vila Santa Branca, totalizando quase 2 toneladas de objetos volumosos como colchões, madeiras e móveis estragados.
Na região Leste, vistorias foram realizadas no período da tarde para traçar as estratégias de serviço para o fim de semana. Nos bairros Saudade, Horto e Nova Vista houve raspagem de lama e retirados sofás próximos a bocas de lobo, além de lixo comum em ruas e calçadas.
Uma canaleta de água pluvial, numa extensão de cerca de 3 km, foi desobstruída para evitar entupimentos, pois trata-se de um local por onde desce muita terra. O lugar está situado na estrada velha de Nova Lima. A ação busca evitar inundações nas casas localizadas na parte baixa do terreno.
Já na Silviano Brandão, sacos de entulho jogados indevidamente na via foram parar nas galerias de escoamento de água. Contudo, o equipamento foi desobstruído na altura da rua Felipe Camarão, debaixo do viaduto.
No Barreiro, a situação foi mais tranquila. As equipes realizaram operação pente-fino na avenida Teresa Cristina e na rua Mário Duffles, de onde retiraram pertences volumosos e entulhos provenientes de paredes que desabaram. Havia bastante barro na pista. Alguns taludes como os das ruas Senador Levindo Coelho e da Olaria desmoronaram e precisam ser removidos.