Belo Horizonte entrará para a história, nesta quinta-feira, com a criação do Observatório do Milênio, entidade que irá produzir e analisar indicadores sociais e econômicos sobre a cidade e ancorados nos oito objetivos do milênio, como são chamadas as metas que os 189 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU) devem alcançar até 2015. São elas: erradicar a extrema pobreza e a fome, universalizar a educação primária, promover a igualdade entre os sexos, reduzir a mortalidade na infância, melhorar a saúde materna, combater o vírus HIV, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e fomentar parcerias para o desenvolvimento.
O lançamento do Observatório virá acompanhado de um estudo sobre os indicadores. Os números mostram que a capital avançou muito nas últimas décadas, mas que há margem para mais melhorias. A entidade reúne a prefeitura, governo do estado, UFMG, PUC Minas, Fundação João Pinheiro, Fumec, UNA e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). A administração municipal informa que Belo Horizonte é pioneira na implantação dos chamados observatórios urbanos locais no Brasil.
O processo de criação dos observatórios urbanos começou em 2002, quando a ONU reconheceu que a participação das cidades é imprescindível para o alcance dos objetivos estabelecidos pela Declaração do Milênio, um pacto para eliminação da fome e erradicação da extrema pobreza no mundo até 2015.
Em 2006, a UN Habitat convidou sete cidades da América Latina e Caribe, entre essas Belo Horizonte, para participarem do projeto piloto "Localizando Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio". Ao aceitar o convite, a Prefeitura elaborou o primeiro Relatório de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio e um plano de ação, com a descrição de todas as ações executadas em prol do cumprimento das metas. O Relatório é revisado bianualmente a partir das informações levantadas pelos relatórios de acompanhamento.
Fonte: www.uai.com.br