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Crianças praticam capoeira do teatro Francisco Nunes no dia da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Foto: Ricardo Laf

Prefeitura de BH lança ações de valorização da cultura negra

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No Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (Dia 21 de Março), a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e da Secretaria Municipal de Políticas Sociais, promoveu o lançamento de uma série de ações e reflexões de valorização da cultura negra na cidade. No palco do Teatro Francisco Nunes, foram realizadas a abertura da Temporada FAN 2017 e o lançamento da 9ª edição do Festival de Arte Negra – FAN-BH 2017,  além do lançamento da Campanha do Selo de Promoção da Igualdade Racial. O evento contou com apresentações artísticas das escolas municipais e de artistas da cidade.

 

Essa é mais uma ação de iniciativa do Grupo Gestor de Promoção de Igualdade Racial da Smed e da FMC que visa consolidar a Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte. Para Rosália Diogo, Coordenadora de Políticas de Promoção da Cultura e Arte Negra da Fundação Municipal de Cultura, essa união do poder público é fundamental para o combate ao racismo. “É muito importantes estarmos juntos como poder público, nós da Fundação de Cultura, a Secretaria de Políticas Sociais e de Educação, atuando juntamente com essa nova geração de estudantes para a desconstrução do racismo”, completa.

 

O evento desta terça-feira teve a apresentação do espetáculo “Osilo Upaka”, uma criação coletiva de monitores do Programa Escola Integrada (E.M. Professor Edson Pisani e E.M. Fernando Dias Costa), resultado de processo formativo de qualificação, ocorrido em 2016. Outra atração do dia foi o grupo Samba de Terreiro, que tem como ideal reverenciar a ludicidade do samba. Alunos do Programa Escola Integrada da E.M.Ulysses Guimarães fizeram uma apresentação de percussão.

 

O Dia 21 de Março

 

Instituído pela Organização das Nações Unidas, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial lembra o massacre ocorrido no dia 21 de março de 1960 na cidade de Johanesburgo, África do Sul. Na ocasião, 20 mil pessoas protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular, quando tropas do exército atiraram contra a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. A ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville.

 

O Dia 21 de Março é uma data para refletir sobre a situação dos afrodescendentes no que se refere à conquista de direitos, ao acesso aos bens e riquezas culturais e materiais, e à permanência nos espaços de representatividade política.