30 November 2018 -
Na sexta-feira, dia 30 de novembro, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, acompanhado da primeira-dama, Ana Laender, e dos secretários municipais de Saúde, Jackson Machado Pinto; de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino; de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares; e de Educação, Ângela Dalben; visitou o Centro Integrado de Atendimento à mulher, um equipamento voltado para o atendimento de mulheres em situação de rua e usuárias de drogas.
O equipamento, que já está funcionando das 13 às 19 horas, na rua Itapecerica, 632, Lagoinha, é uma base local que oferece cuidados, inserção na rede municipal de saúde, assistência social, educação e inclusão produtiva. O equipamento também integra as ações do projeto Cenas de Uso, desenvolvido pelo Comitê Coordenador da Agenda Intersetorial de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, criado pelo decreto 16.747/2017.
O prefeito Alexandre Kalil destacou a característica inovadora da abordagem. “É um equipamento inovador, nós precisamos acolher e dar uma chance a essas mulheres que já são tão desprotegidas nessa sociedade brasileira. E como fazem uso de drogas, elas estão mais fragilizadas ainda”, afirmou. O prefeito ressaltou ainda a necessidade de criar espaços para acolher e encaminhar as pessoas. “Nós precisamos dar uma chance, se a pessoa já está na rua e não tem a oportunidade de vir para um lugar desses, pra onde ela iria? Revitalizar passa por ter onde colocar, não tem como tirar pessoas em situação de rua se não tiver abrigo, doente se não tem hospitais e UPAs e usuários de drogas sem ter um lugar para recuperá-lo”, completou.
O Centro Integrado de Atendimento à Mulher foi alugado com recursos da Prefeitura. O espaço conta com um sobrado de oito cômodos e dois barracões, com três cômodos cada. A expectativa é de que sejam atendidas de 25 a 30 mulheres por dia, por meio de demanda espontânea ou busca ativa, realizada pelas equipes do Consultório de Rua, do Serviço Especializado em Abordagem Social e do BH de Mãos Dadas Contra a AIDS. As usuárias também poderão ser encaminhadas pela rede de saúde, considerando os critérios de elegibilidade (uso de álcool e outras drogas e em trajetória de rua).
Propício para convivência e socialização, o centro vai oferecer atividades socioeducativas, oficinas e organizações de coletivos femininos; com vistas a promover a criação e fortalecimento de vínculos, além de espaços adequados para cuidado e higiene pessoal, lavagem de roupas, guarda de pertences e oferta de refeições. De acordo com a Diretoria de Prevenção à Criminalidade da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, também serão ofertadas atividades de prevenção e promoção à saúde a partir da estratégia de redução de danos, garantindo a proteção social integral.
No local não está previsto pernoite das frequentadoras, mas a oferta de serviços das áreas da saúde, assistência social, educação, qualificação profissional, esportes e cultura.
“Esse é um equipamento que conta com quase todas as secretarias do município, esse Centro é o primeiro fruto do Comitê da agenda intersetorial da política de combate às drogas. Essa ação visa estabelecer um ponto de apoio aqui dentro da região da Lagoinha, uma região muito importante, tanto por ter sido um dos berços da cidade do ponto de vista cultural quanto por ter uma população extremamente vulnerável que precisa ser acolhida” ressalta o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.
Ponto de referência
O Centro Integrado de Atendimento à Mulher da Prefeitura de Belo Horizonte funciona como um ponto de referência para acolhida e acompanhamento na rede socioassistencial, promoção de direitos do público atendido, por meio das diversas políticas públicas municipais e como porta para inserção do público-alvo nos programas de Saúde e Educação de Jovens e Adultos; inclusão produtiva, por meio de parceria com escolas profissionalizantes.