A Prefeitura de Belo Horizonte realizou, nos dias 18, 19 e 20 de setembro, uma série de oficinas sobre a metodologia de Destino Turístico Inteligente (DTI). Essas ações fazem parte da fase de execução da jornada do Programa Turismo Futuro Brasil, projeto em que a capital mineira foi escolhida entre mais de 300 inscrições como um dos 12 municípios participantes. Essa é uma iniciativa do Sebrae e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para implementação da estratégia de DTI nas cidades selecionadas, que estão recebendo assessoria personalizada para a elaboração de instrumentos de planejamento e a implementação de ações-chave que devem ser aderentes ao sistema. A agenda na capital mineira teve a mediação e condução da empresa GKS Consultoria.

O ‘Programa Turismo Futuro do Brasil’ apresenta uma jornada para cada município selecionado, fortemente caracterizada pela ativa participação de atores locais, capazes de estimular desdobramentos mesmo após o seu término. Cada jornada é desenvolvida em 6 etapas permeadas pelas atividades da rede e pelas ações de monitoramento compostas por: cenário atual (diagnóstico); visão desejada; análise integrada; plano estratégico; plano operacional e execução estratégica.

A primeira etapa do Programa foi feita através de reuniões on-line e das oficinas realizadas nesta semana pela Prefeitura de Belo Horizonte, com a qualificação da Belotur. Foram feitos 3 trabalhos: a apresentação do diagnóstico feito pela GKS sobre os aspectos DTI de Belo Horizonte; uma análise integrada das possibilidade de desdobramentos do que foi diagnosticado e a elaboração de uma visão desejada de futuro para o projeto DTI na capital mineira e a priorização de ações que serão incorporadas ao plano estratégico, contemplando as etapas 2, 3 e 4. Os estágios 5 e 6 serão realizados posteriormente. A proposta é que Belo Horizonte tenha 2 ações priorizadas e que sejam factíveis para execução com o apoio do BID e Sebrae.

“Belo Horizonte vem se destacando nacionalmente por sua atuação de ponta em relação à temática. A cidade está muito engajada em diferentes redes de diálogo sobre o tema e, mais do que isso, vem empreendendo esforços para se tornar um DTI articulando a economia criativa e o patrimônio municipal de forma sustentável e inovadora para oferecer melhores experiências a turistas e também moradores”, afirma Juliana Betini, especialista em turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A GKS Consultoria é a parceira executiva para o detalhamento metodológico e a implementação do ‘Programa Turismo Futuro Brasil’, e prioriza uma abordagem simples, objetiva, focada em resultados e na convergência de esforços. Representantes de outros órgãos municipais também participaram da agenda.

O projeto da Prefeitura de Belo Horizonte, coordenado pela Belotur, de transformação de Belo Horizonte em um Destino Turístico Inteligente (DTI), já vem sendo trabalhado desde 2022, juntamente com o Ministério do Turismo e o Instituto Ciudades del Futuro - ICF, na implementação da metodologia DTI Brasil na cidade. Todo trabalho está sendo construído de forma conjunta com a sociedade civil, com o foco nos nove eixos que compõem um destino turístico inteligente, que vão da governança à sustentabilidade, passando pela inovação, tecnologia, promoção/marketing, criatividade, mobilidade, segurança e acessibilidade. Ainda em setembro, a empresa municipal realizou uma capacitação para gestores na temática DTI, com a participação da especialista espanhola Edurne Vidal, diretora da Empresa Municipal de Turismo de Santander, na Espanha, um destino referência no assunto.

“O grande intuito desta convergência de esforços de diversas áreas da Prefeitura de Belo Horizonte é fazer com que a capital mineira, através das inúmeras ações, proporcione uma melhor experiência para moradores, turistas e investidores, indo ao encontro da base do conceito DTI. Todos esses passos dados pelo poder municipal, como o trabalho com a metodologia DTI e o Programa Turismo Futuro do Brasil estão alinhados na transformação da cidade como um destino turístico inteligente’’, comenta Marcos Boffa, diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur.

fuTurismo

Todo esse trabalho integra o fuTurismo - Programa de Pesquisa e Inovação turística, que tem por objetivo elaborar modelos para a mensuração dos impactos econômicos do setor, utilizando-se das seguintes ferramentas: pesquisa, tecnologia e processos de inovação. Esses instrumentos contribuem de forma eficaz para a solução das demandas do turismo e propiciarão o desenvolvimento sustentável da atividade no município de Belo Horizonte e dos setores correlatos.

Conceito DTI

O conceito de Destino Turístico Inteligente (DTI) ou Smart Destination, em inglês, tem sua origem nas Smart Cities. No entanto, existem algumas diferenças entre eles, como as relacionadas aos limites geográficos, público-alvo e interação com os visitantes. As cidades levam em consideração competitividade, capital humano e social, participação, mobilidade, recursos naturais e qualidade de vida. No caso dos destinos turísticos inteligentes, agregam-se outros pilares: governança, tecnologia, acessibilidade, sustentabilidade e inovação. Um destino inteligente é um destino turístico inovador, consolidado numa infraestrutura tecnológica de ponta, que garante o desenvolvimento sustentável do território turístico. Acessível a todos, facilita a interação e integração dos visitantes com o ambiente e melhora a qualidade da sua experiência no destino.