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PBH implanta microfloresta na avenida Pedro I
Foto: PBH/ Divulgação

PBH implanta jardins, microflorestas e arboriza canteiro central da av. Pedro I

criado em - atualizado em

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta segunda-feira (5), reforça a necessidade de ações sustentáveis integradas para toda a cidade. Nesse sentido, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou a implantação de microflorestas no entorno da Estação Pampulha e na avenida Pedro I. Ao todo foram mais de 900 árvores no canteiro central e 2.400 plantas ornamentais, distribuídas por 8 estações do Move (cerca de 2km). As plantas foram todas produzidas no Jardim Botânico de BH, administrado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), que também realizou as análises e orientações técnicas necessárias e fez os plantios. A mobilização também contou com o apoio operacional de outras secretarias e órgãos, como Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana, BHTrans, Guarda Municipal e Secretaria de Meio Ambiente. 

 

Dentre as espécies ornamentais plantadas estão manacás, azaleias, cana da índia, bougainvillea, hibiscos, helicônias e Ixora. Já as arbóreas incluem alecrim de campinas, aroeira-salsa, ipê rosado, ipê roxo, ipê branco, ipê amarelo, cedrinho, eritrina, pau-brasil, sibipuruna e oiti. A seleção foi feita de acordo com as características dos locais como tipo de solo, umidade, condições da luz, espaçamento e porte das árvores. A proposta é criar a conectividade entre áreas verdes urbanas já existentes e futuras, por meio de corredores verdes, em sintonia com os contextos culturais dos bairros e locais. 

 

Parte essencial dos plantios, o preparo das mudas foi cuidadosamente feito por técnicos da FPMZB. Logo após, foram feitas as escavações dos berços conforme as necessidades de cada espécie e a realidade do local, além do transporte das espécies e insumos para o plantio. Periodicamente, é realizada a irrigação dos locais com caminhões-pipa e inspeções para acompanhamento do desenvolvimento das espécies.

 

No final do ano passado, também foi feito o plantio de mais de 800 mudas no canteiro ao lado da estação do MOVE da Pampulha, na avenida Portugal. Um espaço que era árido e sem vida, hoje já colore de verde uma das principais avenidas da região norte, com alto tráfego de pessoas e veículos. 

 

Corredores verdes e melhoria na qualidade de vida

 

Dentre os benefícios desses corredores verdes, está o de melhoria na qualidade do ar; a contribuição para retenção de águas da chuva; a proteção do solo; o manejo e criação de habitats para a biodiversidade; a proteção de microbacias e a redução da poluição sonora. Além disso, as microflorestas realizam, de forma espontânea, o sequestro de carbono, ou seja, sua exclusão da atmosfera e transformação em oxigênio. 

 

Tudo isso reflete de forma direta na qualidade de vida da população, transformando áreas urbanas, muitas vezes áridas, em espaços mais arborizados. “As microflorestas estão sendo ampliadas para outras regiões da cidade. A reestruturação dessas áreas, integrando o verde e o urbano, só tem a contribuir para a regulação climática, a preservação da biodiversidade e espaços mais agradáveis para a população”, explica o presidente da FPMZB, Sérgio Augusto Domingues.

 

Jardim Botânico completa 31 anos 

 

E justamente hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o espaço que produziu todas essas plantas que colorem corredores, praças e estações de mobilidade da cidade, além dos parques, completa 31 anos de existência. 

 

O Jardim Botânico de BH, espaço também administrado pela FPMZB, é referência nas áreas de pesquisa e cultivo de espécies da flora brasileira, especialmente as ameaçadas, raras e endêmicas com ocorrência no estado de Minas Gerais. No Jardim Botânico de BH, existe um banco de sementes, além de coleções preservadas como o Herbário BHZB, coleção etnobotânica (que estudo e mostra relação entre os seres humanos e seu ambiente vegetal, com elementos de referência dos valores e aplicações das plantas), carpoteca (coleção científica de frutos pertencente a um herbário) e ervanário (agrega fragmentos das espécies medicinais utilizadas na farmacopeia e cuja atividade química e/ou biológica já foi comprovada cientificamente), coleção científica de plantas vivas e, também, um  espaço dedicado à exposição ao público e a atividades de educação ambiental. Além disso, também dispõe de uma área para produção de mudas, que abastece a demanda de toda a cidade, especialmente a recomposição vegetal após obras e queimadas. Outro objetivo é também ampliar e melhorar a cobertura vegetal na cidade, além de embelezar os jardins públicos. 

 

Coleção de Plantas Vivas do Jardim Botânico

 

A Coleção de Plantas Vivas do Jardim Botânico da FPMZB abriga 4,7 mil espécimes de 1,3 mil espécies nativas brasileiras, incluindo 145 espécies ameaçadas de extinção da flora brasileira, constituindo-se numa importante ferramenta aos pesquisadores de diversas áreas da Botânica e da conservação. As plantas estão organizadas por biomas (Mata Atlântica e florestas tropicais, Cerrado e Campos Rupestres, Caatinga e ambientes áridos) e são cultivadas em estrutura provisória de telas de sombreamento.