15 March 2024 -
A abertura, até o momento, de 182 leitos exclusivamente para atender pacientes com sintomas da dengue, zika e chikungunya, levou à redução das solicitações de internações por arboviroses nos hospitais da rede SUS-BH. Na segunda quinzena de fevereiro, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu em média 72 pedidos diários de internação em hospitais para pacientes com dengue. Em março, os pedidos caíram para 65 solicitações diárias. E a tendência é de uma redução ainda maior, já que 70 novos leitos foram abertos nas duas últimas semanas.
Por mês, os 182 leitos exclusivos para arboviroses abertos pela Prefeitura de Belo Horizonte têm capacidade de internar mais de 2,7 mil pessoas. Esses novos leitos foram abertos nos dois hospitais temporários e um de campanha, nas regionais Venda Nova, Oeste e Norte, e nas Unidades de Reposição Volêmica (URVs) das regiões do Barreiro, Centro-Sul e Noroeste. Os locais foram responsáveis por mais de 2,2 mil internações até agora.
Para o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, essa está sendo uma estratégia indispensável no enfrentamento às arboviroses. “Caso a Prefeitura não tivesse aberto esses leitos teríamos um forte impacto na nossa rede, com grande espera por internação e consequente comprometimento na assistência oportuna aos pacientes”, explicou.
A abertura dos serviços foi gradativa, com início em fevereiro, e foi realizada em resposta ao aumento na procura por atendimento e pressão assistencial nas unidades de saúde da capital. Esses locais ficam em funcionamento 24 horas, todos os dias da semana, e são destinados ao cuidado de pessoas que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. Em 2019, quando o município também enfrentou uma epidemia de dengue com mais de 116 mil casos confirmados, foi aberta uma única URV, com 25 leitos para internação de pacientes.
É importante destacar ainda que a epidemia de dengue vivenciada por Belo Horizonte tem um perfil diferente da pandemia de covid-19, já que o município continua atendendo a outras patologias na mesma intensidade de antes do período pandêmico. “A abertura de leitos exclusivos para as arboviroses desafoga as salas de observação das UPAs, pois os hospitais de retaguarda, ou seja, aqueles que não têm pronto-socorro, podem atender as outras situações clínicas, especialmente neste momento em que já se inicia a sazonalidade das doenças respiratórias”, acrescentou o secretário municipal.
A Secretaria Municipal de Saúde já abriu diversos serviços específicos para atender as pessoas com sintomas de dengue, zika e chikungunya. De acordo com o cenário epidemiológico e a demanda assistencial novos equipamentos podem ser prontamente abertos na capital. Os endereços e horários de funcionamento podem ser verificados no Portal da Prefeitura.