O trabalho de limpeza realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte não para, mesmo quando a maioria das pessoas já está em casa descansando, após um dia cheio de tarefas. Para limpar grandes ruas e avenidas, a melhor opção é o serviço executado pelas varredeiras mecanizadas, considerando a diminuição do fluxo de veículos durante a noite e a madrugada. Esses caminhões oferecem rapidez na realização das tarefas, além de evitar expor os garis ao perigo, nesse período em que a visibilidade se torna reduzida. Em um ano, foram varridos 64.783,8 km de vias com a ajuda do equipamento, uma média de 5,4 mil km por mês.

Todas as regiões da cidade são contempladas pelo serviço, mas o destaque é a Centro-Sul, que contabiliza semanalmente 360,5 km de varrição mecanizada. Ao todo, são quatro dessas varredeiras especiais atuando em Belo Horizonte. Duas delas trabalham nas regionais Centro-Sul, Oeste e Barreiro; uma circula pela Pampulha, pela Norte e por Venda Nova; e outra trabalha nas regiões Leste, Nordeste e Noroeste. Os locais beneficiados correspondem a canteiros centrais de avenidas, áreas de viadutos, túneis, trincheiras e estruturas viárias similares.

Chefe do Departamento de Projetos da Superintendência de Limpeza Urbana, Lucas Gariglio alerta que é possível avistar de longe a varredeira mecânica funcionando. “Ela é bastante iluminada e trafega em uma velocidade adequada para não causar acidentes na via, resguardando, assim, a integridade de pedestres e motoristas”. Outra vantagem apontada por Gariglio é a economia para os cofres públicos, uma vez que os custos para a utilização do equipamento giram em torno de 50% a menos em comparação ao que é gasto com a varrição manual.

A limpeza é feita por duas escovas redondas laterais, que medem meio metro de diâmetro cada uma. Elas podem ser acionadas de forma independente alcançando toda a superfície que fica bem perto do meio-fio. Há ainda uma escova cilíndrica central com 1,4 metro de comprimento e um aspirador acoplado logo atrás das escovas, que suga o material varrido, levando a sujeira para os compartimentos internos de reserva de resíduos. Para que o serviço seja realizado pela varredeira mecanizada, não podem existir obstáculos como carros estacionados e o chamado gelo-baiano, bloco de concreto utilizado para impedir ou orientar o tráfego.

A gerente de Projetos de Limpeza de Vias da SLU, Thaís Farias Moura, explica que as varredeiras são máquinas de grande porte com capacidade para carga mínima de 6m³ de resíduos. “Um fato interessante é que elas precisam operar em uma velocidade que varia entre 8 e 12 km/h para uma limpeza eficiente”, revela. “Nesse caso, podemos até comparar a situação com aquele conhecido ditado popular que afirma que ´a pressa é inimiga da perfeição´”.