9 Abril 2019 -
Noiva, onça, cigana, mulher de vermelho, princesa, Nise da Silveira e Iemanjá. Inspiradas pelo desejo de representarem esses personagens, usuárias do Centro de Convivência Pampulha participaram de um desfile em homenagem às mulheres, realizado no mês de março. O evento, que incluiu ainda apresentação musical e concurso de poesias, teve a participação de usuários, familiares, convidados e funcionários do Centro de Convivência.
Intitulado “Meu Sonho”, o desfile foi construído durante as aulas da oficina de artesanato com a artista plástica e monitora de arte Valéria Almeida. A partir da escolha de cada uma, foram feitas pesquisas sobre os personagens e a definição das fantasias. A monitora de teatro, atriz e diretora Helena Soares foi a mestre de cerimônia e abordou, durante o evento, questões relativas ao preconceito, discriminação e violência contra as mulheres na sociedade contemporânea. A decoração do espaço foi produzida pelos artistas plásticos Wesllen Neiva e Valéria Almeida.
Além do desfile, a homenagem às mulheres contou também com uma apresentação do coral experimental formado por usuários e funcionários, apoiado pelo monitor de música Helvécio Viana e pela funcionária do Centro de Convivência Luna Matos. Para animar os participantes, as educadoras físicas Maíra Morais e Carolina Rodrigues da Academia da Cidade São Francisco e Confisco realizaram uma dança com as mulheres presentes.
Concurso de Poesia
O evento foi finalizado com a 3ª edição do Concurso de Poesias “Piralógicapoética”, que teve como tema a mulher. Participaram do concurso usuários do Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) Pampulha e de outros centros de convivência da cidade. As 15 poesias selecionadas na primeira etapa do concurso foram apresentadas por seus autores e quatro delas receberam premiação. Em seguida, alunas do ensino fundamental da Escola Municipal Dom Orione declamaram poemas de autores consagrados.
“É emocionante presenciar os usuários protagonizando todo o processo de construção desse evento em homenagem às mulheres, o que expressa o nosso trabalho na busca de uma reinserção social mais justa, com menos preconceito e mais respeito às diferenças, contribuindo para fortalecê-los frente à sociedade”, ressaltou a gerente do Centro de Convivência Pampulha, Wilma dos Santos Ribeiro.
Wilma dos Santos explicou que o evento está inserido no Projeto Cidadania e Politização, desenvolvido há dois anos pelo Centro de Convivência Pampulha. De acordo com ela, são promovidas ações e atividades para conscientizar os usuários da saúde mental dos seus deveres e direitos enquanto cidadãos, favorecendo a conquista da cidadania.