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Seminário discute segurança nas unidades de saúde de Belo Horizonte
Divulgação/PBH

Seminário discute segurança nas unidades de saúde de Belo Horizonte

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte segue com ações para garantir mais segurança aos profissionais e usuários dos serviços de saúde. Na segunda (20), um seminário realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP), discutiu novas estratégias que podem ser adotadas para aumentar a segurança nas unidades.

O evento reuniu cerca de 300 pessoas e também foi transmitido on-line. Participaram gestores da SMSA, da SMSP, representantes das principais forças de segurança como Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal, representantes da Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal, integrantes de sindicatos e do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e do Conselho Municipal de Saúde.

Os detalhes do Plano de Segurança na Saúde implantado pela Prefeitura foram apresentados aos participantes. O professor de direito da UFMG, Fernando Gonzaga Jaime, foi convidado para contextualizar o comportamento humano nos últimos anos. De acordo com ele, a violência no sistema de saúde não é localizada e isolada em nossa comunidade. “A Organização Mundial da Saúde estima que 38% dos profissionais da área, em algum momento de sua trajetória, sofrerão algum tipo de agressão. A violência é um problema global e implica em uma série de danos. O que vivenciamos aqui é muito semelhante ao experimentado por Portugal”, explicou.

Para Fernando, a forma de atenuar a violência deve ser trabalhada em três frentes: a informação adequada, o acolhimento humanizado e a qualidade no atendimento. “Vivenciamos um sistema de carências e vulnerabilidades dos dois lados: profissionais sobrecarregados, pressionados e pacientes que não querem esperar”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, falou sobre as especificidades da saúde quando o assunto é segurança. Ele fez uma reflexão sobre os impactos deixados pela pandemia, tanto na população como nos trabalhadores. “Nós, enquanto profissionais, não tivemos a opção de não lutar. Estivemos na linha de frente muito antes da vacina ser anunciada. E isso deixou profundas marcas nos trabalhadores da saúde. A demanda pós covid-19 tem pressionado ainda mais nosso sistema: usuários mais apressados, imediatistas e sem esperanças”, disse.

O gestor falou ainda sobre as ações adotadas pela Saúde para reduzir o tempo de espera nas unidades e aprimorar o acolhimento para que o usuário retorne para casa o mais rápido.

Após a fala do secretário de Saúde, foi realizada uma mesa redonda para debater as estratégias já adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte e os desafios para aprimorar ainda mais a qualidade assistencial na cidade.  “Tudo o que foi dito aqui será tratado com respeito e celeridade. Temos muito trabalho pela frente e será realizado a várias mãos, de forma coletiva”, afirmou o secretário Danilo.