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Biofábrica de Joaninhas
Divulgação/PBH

Prefeitura de Itabirito conhece projetos de biodiversidade de Belo Horizonte

criado em - atualizado em

Representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Itabirito visitaram nesta sexta-feira (19) a Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, para conhecer de perto a Biofábrica de Joaninhas e o projeto de criação de abelhas sem ferrão, ambos iniciativas da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

A visita técnica foi acompanhada pelo diretor de Gestão Ambiental da SMMA, Dany Amaral, e do biólogo responsável pelo projeto das abelhas sem ferrão, Dênio Pimenta. Os gestores explicaram os processos de implantação, bem como os resultados sobre controle biológico, manejo ecológico de insetos, agroecologia sustentável e tecnologias que hoje são realidade na capital.

 

Durante o encontro, os visitantes passaram pelas dependências da biofábrica, onde foram informados sobre todas as etapas de produção e distribuição dos insetos. Além disso, eles puderam ver como são realizados os estudos biológicos e incentivo, por meio tecnológico, à polinização no projeto das abelhas.

 

De acordo com a diretora de Licenciamento Ambiental da Prefeitura de Itabirito, Maria Eduarda Lana, acompanhar de perto a execução dos trabalhos é um importante passo para a multiplicação de práticas inovadoras em outras cidades. "A produção em massa de joaninhas é uma das estratégias que temos o objetivo de replicar em nosso município. Estamos com projetos para fomentar a biodiversidade e envolver, nesse contexto, a Educação Ambiental. Desta forma, nada melhor que abraçarmos modelos de projetos que foram desenvolvidos com sucesso por outras cidades e encontrar maneiras de incorporá-los nas nossas ações", aponta.

 

Outro ponto importante se deve à necessidade de promover a manutenção de algumas espécies no ecossistemas, muitas vezes extintas pelos processos de desenvolvimento urbano. As joaninhas e crisopídeos são insetos que podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações. A Prefeitura de Belo Horizonte criou, em 2018, um espaço para produção em massa desses antiparasitas naturais, fundamentais para combater as pragas em áreas verdes e hortas urbanas sem o uso de agrotóxicos ou pesticidas.

 

Já a criação de abelhas sem ferrão em áreas urbanas é uma iniciativa que ajuda a preservar o meio ambiente por meio da polinização, processo pelo qual as plantas com flores se reproduzem. Ela pode ser realizada por meio do vento ou de agentes polinizadores, como as abelhas e os pássaros. Sem a polinização, os ecossistemas ficam em risco. Desta forma, as abelhas sem ferrão utilizam da flora local para nidificação e fonte de recursos alimentares e, ao visitarem as flores, transportam o grão de pólen que propicia a sua reprodução, permitindo então que a vegetação se multiplique.

 

Divididas em oito colônias espalhadas pelo Parque das Mangabeiras, além do importante trabalho de preservação de ecossistemas, estas abelhas produzem mel orgânico, própolis, geleia real, entre outros recursos necessários à saúde humana e alimentação de qualidade. Elas são acompanhadas por uma equipe técnica que observa o seu desenvolvimento, dá as manutenções necessárias e previne o ataque das pragas às colmeias.

 

Para Dany Amaral, transmitir o conhecimento das estratégias aplicadas em Belo Horizonte é uma importante ferramenta na expansão de boas práticas em prol do meio ambiente. "A visita da Secretaria de Meio Ambiente de Itabirito mostra um grande potencial de conexão entre prefeituras na promoção à biodiversidade. Esta é uma questão que não se atém aos limites dos municípios e precisa ser avaliada de forma integrada, então, quanto mais parcerias com gestões de outras cidades forem desenvolvidas, maior ganho ambiental teremos para a nossa região", conclui.