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Prefeitura de BH leva aprendizado da EJA a pessoas com sofrimento mental que estão fora da escola
Divulgação/PBH

Prefeitura de BH leva aprendizado da EJA a pessoas com sofrimento mental que estão fora da escola

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte oferece a modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA) em espaços externos aos prédios escolares. A iniciativa atende pessoas a partir de 15 anos de idade que, por diferentes motivos, não frequentam a escola. A modalidade funciona em equipamentos públicos como Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), centros de convivência e unidades de saúde. Entre os atendidos estão pessoas em situação de sofrimento mental ou transtorno psíquico.

Para essas pessoas, a EJA é ofertada nos Centros de Referência em Saúde Mental (Cersams), Centros de Convivência, Centro Dia e Residências Inclusivas, espaços ligados à Rede de Atenção Psicossocial do município. Nesses ambientes, o docente faz adaptações de materiais e estratégias pedagógicas que respeitam ritmos, tempos e modos de aprendizagem dos estudantes.

O trabalho é fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e as instituições acolhedoras. Havendo pelo menos dez alunos e espaço adequado, a turma é aberta, vinculada a uma escola municipal, que faz a gestão do trabalho pedagógico. Além das aulas, voltadas ao currículo da EJA para o nível do ensino fundamental, são oferecidas atividades que podem dialogar com as artes visuais, artes plásticas, música, artesanato, literatura, cerâmica, bordado, mosaico e dança.

A atuação nesses locais valoriza a convivência, os direitos humanos e a luta antimanicomial, com ações educativas e culturais ao longo do ano. A proposta também faz articulação com a rede de saúde mental da cidade, promovendo a inclusão, o combate ao preconceito e a ampliação da participação social dos estudantes.

As aulas são de segunda à quinta-feira, em todos os turnos. Os professores adaptam os conteúdos às necessidades de aprendizagem dos estudantes e fortalecem o vínculo com os territórios.

A professora Rejaine Moura dá aulas em uma turma da Escola Municipal Dom Orione, na Pampulha, formada por educandos que moram em uma residência inclusiva. Os temas trabalhados são sempre adaptados ao universo dos estudantes. “Precisamos ter um olhar diferenciado, de respeito, acolhimento e carinho com esses alunos”, destaca.

Como se inscrever

Qualquer morador de Belo Horizonte, a partir de 15 anos e que não concluiu o ensino fundamental, pode se inscrever na EJA. As matrículas são feitas nas secretarias das escolas municipais que oferecem a modalidade. Essas unidades podem ser consultadas a partir da Gerências Regionais de Educação (Gereds) em que a escola está situada, cujos contatos podem ser consultados neste link.

Basta apresentar documento de identidade, comprovante de endereço, CPF e histórico escolar (se houver). Quem não tiver CPF, deve procurar a unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próxima para que ele seja gerado.