7 November 2025 -
A Escola Municipal Professor Moacyr Andrade (EMPMA), da Rede Municipal de Belo Horizonte, foi uma das campeãs da etapa em BH da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG). A unidade de ensino da região de Venda Nova se destacou na Jornada de Foguetes, que reuniu estudantes do 6º ao 9º ano de todo o Brasil, na construção e lançamento de foguetes feitos com garrafas PET. A competição é organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e se distingue por permitir que os estudantes apliquem conceitos de física e matemática.
A equipe da EMPMA competiu na turma 12, que contava com 98 participantes. Nos lançamentos, os alunos alcançaram marcas impressionantes, o que garantiu a classificação entre as melhores equipes do país.
Os estudantes foram premiados com medalhas, troféus e certificados. A escola recebeu uma luneta e kits para montagem de foguetes para o laboratório.
Dedicação e Colaboração
A professora de Ciências Michelle Paula Maia Teodoro, que acompanhou a turma campeã, detalha como o projeto foi inserido na rotina da escola. "A ideia surgiu com um convite do colega professor Edvaldo da Silva Lima Gonçalves, que convidou o professor Otávio de Soares Macedo, também da Rede Municipal, para apresentar a experiência na Olimpíada de Foguetes. Ele, voluntariamente, fez as primeiras oficinas de confecção. Acredito que foi nesse momento que despertamos o interesse dos estudantes."
A partir do envolvimento inicial, o processo se tornou autônomo. "Os alunos foram estudando e pesquisando como montar os foguetes, a base, e fomos aperfeiçoando o processo com testes. Depois da classificação, fizemos mais estudos e mais testes com as duas equipes", relata a professora.
A atividade exige a mobilização de diversas áreas do conhecimento, principalmente das disciplinas de Ciências e Matemática. "Os alunos, mesmo no ensino fundamental, precisam ter conhecimentos de Física, como entender características da pressão e centro de gravidade, por exemplo", afirma a professora.
Impacto e Visão dos Alunos
O projeto ultrapassou o campo da ciência, promovendo real desenvolvimento nos estudantes. A professora Michelle afirma que a atividade transformou completamente os alunos: "Eles se tornaram mais dedicados aos estudos, aprenderam a trabalhar em equipe, a lidar com pressão e a resolver problemas. Durante o evento, conheceram alunos de diversos lugares do Brasil e aprenderam a construir outros modelos."
Luis Felipe Ribeiro Meira, de 14 anos, aluno do 8º ano e um dos participantes medalhistas, ressalta o caráter prático e divertido do processo. "O meu papel foi ajudar na construção de alguns foguetes e na manutenção da base de lançamento. Na competição, fizemos um foguete que alcançou a marca de 159 metros de distância. Este processo exigiu muito da gente, mas é um trabalho muito prático e divertido", conta Luis.
Para ele, a conquista vai além das honrarias: "Conquistamos um laço mais forte nas nossas amizades. Esperamos que tudo isso venha nos ajudar a abrir portas para o ingresso em boas faculdades e em concursos públicos."
A participação no evento mudou a percepção do aluno sobre o ambiente de aprendizado: "Antigamente eu via a escola como um lugar sem muitas diversões. Hoje vejo como é possível viver experiências diferentes."
O estudante Luis Felipe deixa um recado para outros estudantes: "Eu diria que é uma experiência inesquecível. Quanto antes eles puderem começar a participar de eventos como esse, melhor será. E, mesmo que alguma coisa dê errado no processo, eles nunca devem desistir."
