25 June 2018 -
A Prefeitura de Belo Horizonte irá disponibilizar R$ 6 milhões, a mais, por ano para o Hospital Sofia Feldman, com o objetivo de contribuir com o enfrentamento da crise financeira que ameaça o funcionamento da instituição. O repasse dos recursos foi estabelecido no Plano Operativo Anual do hospital, assinado nesta segunda-feira, 25/06, em solenidade na Prefeitura de Belo Horizonte, com a presença do prefeito Alexandre Kalil, os secretários municipais de Saúde, Jackson Machado, e de Fazenda, Fuad Noman, o diretor técnico-administrativo do Hospital Sofia Feldman, Ivo Lopes, e o presidente da Fundação de Assistência Integral à Saúde, José Moreira Sobrinho.
De acordo com o Plano Operativo Anual, o repasse dos R$ 6 milhões será iniciado a partir de 30 dias da assinatura, em parcelas de R$ 500 mil mensais, que serão acrescidos aos R$ 4,5 milhões que a Prefeitura já transfere ao hospital para pagamento dos serviços prestados pela maternidade. Com o aumento no repasse, a transferência mensal será de R$ 5 milhões/mês.
O aumento da receita para o hospital anunciado hoje (R$ 6 milhões) é proveniente do Tesouro municipal. “Hoje é mais um dia importante para a saúde de Belo Horizonte, uma pactuação anual que vai organizar a parte obstétrica da cidade. É um dinheiro que o povo de Belo Horizonte está passando para o Hospital Sofia Feldman, mais um pequeno passo para ajudar a saúde de Belo Horizonte”, afirmou o prefeito Alexandre Kalil.
O Plano prevê que o hospital terá que cumprir metas, como uma determinada quantidade de partos a serem realizados por mês. Os valores serão repassados depois de analisado o cumprimento das metas, mas não haverá interferência direta da Prefeitura de Belo Horizonte nas áreas administrativa e financeira do hospital.
“O que procuramos com isso é reorganizar a atenção obstétrica da nossa cidade e esse é o primeiro passo. O Hospital Sofia Feldman é um hospital extremamente importante, então valorizamos isso e procuramos minimizar o impacto que o déficit operacional traz à gestão do Sofia”, explicou o secretário municipal de Saúde. Segundo o secretário, ações semelhantes serão discutidas em relação a outras maternidades de Belo Horizonte. A meta é evitar que partos ocorram sem agendamento prévio da Secretaria Municipal de Saúde. "No ano passado, ocorreram cinco mil partos que a PBH arcou com custos de pacientes que vieram de outras cidades, sem pactuação com a capital", explica Jackson Machado Pinto.
O presidente da Fundação de Assistência Integral à Saúde, José Moreira Sobrinho, avaliou que com esses recursos será possível amenizar a crise financeira pela qual passa o Sofia Feldman. “Eu gostaria de agradecer ao prefeito. Desde a década de 70 lutamos com o Hospital e essa foi a primeira vez que um prefeito saiu do seu gabinete e foi ao Sofia Feldman”, ressaltou.