A Prefeitura de Belo Horizonte realizou, nesta sexta-feira (16), uma ação conjunta para verificar o motivo do mau cheiro recorrente na orla da Lagoa da Pampulha, próximo à Praça Aleijadinho. A vistoria apontou que o odor foi agravado devido ao rompimento de uma rede interceptora de esgoto da Copasa, de onde gases estão escapando. Participaram da vistoria equipes das secretarias municipais de Meio Ambiente, Obras e Saúde, além de agentes da Subsecretaria de Fiscalização e Guarda Municipal e representantes da concessionária.

Em agosto deste ano, para minimizar os odores expelidos dos interceptores de esgoto, a empresa já havia concluído a implantação de um sistema de tratamento por biofiltro, ainda em avaliação sobre a efetividade. Mas, após o rompimento de parte da rede, será necessária a execução de obras emergenciais no local.

De acordo com a engenheira da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, Ana Paula Fernandes, foram emitidos três documentos fiscais para a Copasa. “Houve a emissão de um Auto de Fiscalização (AF) e duas notificações, uma da Vigilância Sanitária e outra Ambiental. Espera-se que a empresa, no menor intervalo possível de tempo, apresente soluções para eliminar de uma vez por todas a emissão de gases aqui na região da Barragem da Pampulha, que são equivocadamente associados à limpeza da lagoa”, explicou.

O Auto de Fiscalização (AF) emitido é um documento para que a empresa apresente laudo descritivo orientando sobre prazos, cronogramas e medidas emergenciais para a resolução das irregularidades em relação aos odores, além de estratégias para evitar o carreamento de sedimentos para a lagoa devido ao rompimento da rede. Foi emitida também uma notificação para que a empresa defina um plano para cessar a emissão de odores de gases sulfídrico e metano, conforme legislação ambiental, e outra da Vigilância Sanitária, para que haja correção de avarias nas tubulações.

Para garantir que ações estejam sempre bem executadas, as equipes da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) atuam diretamente com a Copasa para o tratamento das principais intercorrências operacionais no sistema de esgotamento da região. O monitoramento é realizado com o objetivo de manter a qualidade da água e a limpeza da lagoa.