A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), iniciou uma série de capacitações para abordar vistorias em moradias localizadas em áreas informais da capital. As atividades, direcionadas para engenheiros da companhia, preveem encontros de estudos de casos de atuação em situações de extrema vulnerabilidade, bem como oficinas de capacitação e reforço frente a chegada do período chuvoso.

No último dia 15, equipes técnicas apresentaram situações de residências já vistoriadas, construídas sem qualquer tipo de orientação técnica e que indicavam situações de extrema vulnerabilidade. Para a exibição, foram reproduzidas situações de moradias localizadas nas vilas Mariquinhas, Pindorama, Santa Mônica, Novo São Lucas, dentre outros. Na oportunidade, os engenheiros discutiram as alternativas de intervenções, orientações e condução das situações, que muitas vezes se apresentavam mais complexas, como no caso de cinco famílias que residiam em apenas uma edificação.

De acordo a diretora de Manutenção em Áreas de Risco, Isabel Volponi, a iniciativa é um reforço na capacitação das equipes. “É de extrema importância que as equipes de engenheiros, geólogos e técnicos sociais estejam atentas e preparadas para atuação nas áreas informais da cidade. O trabalho das equipes que atuam em áreas de risco é muito complexo e desafiador. Elas precisam lidar com situações em áreas de extrema carência de infraestrutura e sem qualquer tipo de padrão de construção”, afirmou a diretora.

A atuação das equipes em áreas de risco é realizada em parceria com o morador. Em caso de identificação do risco, a família fica responsável por fazer o monitoramento diário do local. E sempre que houver qualquer tipo de movimentação, os responsáveis devem acionar imediatamente as equipes da Defesa Civil (199) duas úteis e finais de semana ou na Urbel, de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h.

Quando o local apresenta grau de risco alto ou muito alto, o qual não pode ser eliminado ou controlado por uma obra tecnicamente viável, a família é removida, sendo encaminhada para o Abrigo Municipal Granja de Freitas. Ela também pode acessar o programa Bolsa Moradia até o seu reassentamento definitivo em uma unidade habitacional construída pela PBH.