6 Fevereiro 2025 -
Belo Horizonte segue avançando na implementação do conceito de Destino Turístico Inteligente (DTI) na cidade. Nesta semana, mais um passo significativo foi dado para consolidar esse trabalho. A Belotur, em colaboração com a Secretaria de Segurança Pública, a Fundação Municipal de Cultura e a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, deu início à instalação de equipamentos para monitorar o fluxo de visitantes em três locais estratégicos da Pampulha: a Praça Dino Barbieri, o Museu Casa Kubitschek e o Parque Ecológico.
A solução consiste na instalação de sensores que captam sinais de dispositivos móveis, permitindo medir o fluxo de visitantes de forma anônima e agrupada, além de mapear os fluxos de lotação e os padrões de visitação em tempo real. Esses dados possibilitam uma compreensão aprofundada do comportamento dos turistas que visitam a região, embasando estratégias eficazes de comunicação, marketing e melhoria na experiência turística e na infraestrutura urbana.
“O monitoramento do fluxo de visitantes em territórios destacados, como a Pampulha, é uma ferramenta fundamental para nós do poder público traçarmos estratégias para potencializar ainda mais o desenvolvimento da região. Essa prática nos permite desenvolver planejamentos eficazes que beneficiam todo o ecossistema turístico. O Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial, é um dos principais ativos de Belo Horizonte e contribui ativamente para a capital mineira ser referência mundial em arquitetura, cultura, economia criativa e gastronomia, integrando a rede de cidades que buscam o desenvolvimento de maneira sustentável e de modo socialmente justo”, afirma Bárbara Menucci, presidente da Belotur.
A iniciativa faz parte da participação de Belo Horizonte no Programa Turismo Futuro Brasil, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Sebrae Nacional. A Belotur representa uma das 13 cidades brasileiras selecionadas para integrar o programa, que visa fortalecer o turismo por meio de inovação e tecnologia. Como parte desse projeto, a empresa municipal elencou o Sistema de Sensorização Turística como uma ação prioritária para o município.
Ao longo dos últimos anos, a Belotur, em parceria com o Ministério do Turismo e o Instituto Ciudades del Futuro (ICF), já havia iniciado a implementação da metodologia DTI Brasil em Belo Horizonte, com a participação da sociedade civil organizada. Esse trabalho abrange nove eixos fundamentais, como governança, inovação, tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade. Agora, com o avanço do Programa Turismo Futuro Brasil, a cidade dá mais um passo para consolidar o uso da tecnologia como aliada do turismo, fortalecendo Belo Horizonte como um Destino Turístico Inteligente de referência.
Conceito DTI
O conceito de Destino Turístico Inteligente (DTI) ou Smart Destination, em inglês, tem origem nas Smart Cities. No entanto, existem algumas diferenças entre eles, como as relacionadas aos limites geográficos, público-alvo e interação com os visitantes. As cidades levam em consideração competitividade, capital humano e social, participação, mobilidade, recursos naturais e qualidade de vida. No caso dos destinos turísticos inteligentes, agregam-se outros pilares: governança, tecnologia, acessibilidade, sustentabilidade e inovação. Um destino inteligente é um destino turístico inovador, consolidado numa infraestrutura tecnológica de ponta, que garante o desenvolvimento sustentável do território turístico. Acessível a todos, facilita a interação e integração dos visitantes com o ambiente e melhora a qualidade da sua experiência no destino.