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PBH entrega os dois primeiros jardins de chuva do Hipercentro da capital
Rodrigo Clemente/ PBH

PBH entrega os dois primeiros jardins de chuva do Hipercentro da capital

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte implantou, neste mês, os dois primeiros jardins de chuva do Hipercentro da capital. Localizados na Rua Rio de Janeiro, entre as ruas dos Tupis e dos Goitacazes, e na Praça Afonso Arinos, os espaços têm por objetivo auxiliar no aumento da captação, retenção e infiltração da água da chuva, além de contribuírem para o paisagismo da cidade. 

As duas obras integram as iniciativas do programa Centro de Todo Mundo, que tem como objetivo qualificar a região do hipercentro, ampliando as oportunidades de trabalho, emprego e lazer, além de melhorar a acessibilidade e as opções de mobilidade urbana nessa área da capital.

Com essas novas entregas, a Prefeitura totaliza 66 jardins de chuva em funcionamento na cidade. A maior parte deles foi instalada na região Norte como medida complementar às obras de mitigação das enchentes que ocorrem nas bacias dos córregos do Nado e Vilarinho. A solução baseada na natureza também pode ser encontrada nos parques Lagoa do Nado, no Bairro Itapoã, na Regional Pampulha; no Parque JK, no Bairro Sion, na regional Centro-Sul; e na Praça José de Magalhães, no Bairro Mariano de Abreu, na regional Leste.

A previsão é que, até o fim de 2026, outros 40 jardins de chuva sejam implantados.

Como funciona essa solução baseada na natureza?

Diferentemente de um jardim convencional, os jardins de chuva possuem o solo artificialmente modificado, com acréscimo de camada mais porosa de brita, que aumenta o espaço interno para armazenamento de água de chuva.

As espécies vegetais plantadas são especialmente escolhidas para suportar as condições específicas do jardim, que na nossa cidade passam por longos períodos secos, sucedidos de uma temporada de muita chuva. As plantas têm características para resistir ao excesso e à escassez de água e capacidade para diminuir os poluentes que se infiltram no solo, melhorando a qualidade da água. 

Quando implantados em grande número em um determinado bairro, os jardins de chuva podem reduzir significativamente o volume de água que escoa para as galerias de drenagem pluvial e para os córregos, contribuindo para a diminuição das inundações na cidade e prevenindo tragédias.

Sim, eles são instalados onde não ocorrem as inundações!

Os jardins de chuva foram desenvolvidos e são implantados em diversos países do mundo nos pontos mais altos dos bairros, justamente onde as enxurradas se formam, captando a água da chuva na origem e antes que ela chegue de forma rápida e volumosa nas partes baixas. Dessa maneira, a solução atua de maneira preventiva.

Os jardins ainda melhoram o paisagismo das ruas e, em alguns casos, podem até incluir mobiliário urbano, como bancos.
O secretário de Meio Ambiente, Gelson Leite, destaca que a Prefeitura tem trabalhado para adotar iniciativas sustentáveis que ajudem a mitigar os problemas da cidade. “Os jardins de chuva são um exemplo de que a própria natureza nos ensina maneiras de como lidar com os fenômenos decorrentes das intervenções humanas no processo de urbanização. Por meio do uso de recursos naturais, a gente consegue aumentar a permeabilização do solo, promovendo a maior absorção da água da chuva. Uma medida aparentemente simples, mas que pode trazer resultados significativos para a qualidade ambiental de Belo Horizonte”.