17 Maio 2023 -
A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UFMG criaram um grupo de trabalho que será responsável pelo processo de criação do Mosaico Pampulha. Formado por gestores de diversas áreas protegidas, o recém-criado Núcleo de Gestão Integrada (NGI) conta atualmente com 14 áreas protegidas que comporão o mosaico. O objetivo é promover ações integradas e compartilhadas de gestão visando maior efetividade na conservação da biodiversidade e dos valores histórico-culturais e nos serviços ambientais oferecidos à população.
Atualmente, o grupo promove oficinas na Estação Ecológica da UFMG – uma das áreas que participa e articula com a FPMZB o Mosaico Pampulha – para diagnóstico e planejamento das ações que serão desenvolvidas nos próximos anos.
- Potencialidades
“A proposta é que o Mosaico Pampulha seja uma rede promissora e inédita no país. As áreas que o integrarão têm características diferentes, mas um enorme potencial de cooperação e integração, já que lidam com necessidades e dificuldades que lhes são comuns”, destaca a diretora da Estação Ecológica da UFMG, Maria Auxiliadora Drumond.
Além da Estação Ecológica da Universidade, o Núcleo de Gestão Integrada (NGI) tem a participação das seguintes unidades: Parque Ecológico do Bairro Universitário; Parque Ecológico do Brejinho; Parque Ecológico Francisco Lins do Rego (Parque Ecológico da Pampulha); Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara e Parque Elias Michel Farah.
Também integram o grupo de trabalho o Parque Fernando Sabino, Parque Municipal Cássia Eller, Parque Ursulina de Andrade Mello, Zoológico e Jardim Botânico, Enseada das Garças, Lagoa do Nado, Parque do bairro Trevo e Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva.
- Territórios integrados
O presidente da FPMZB, Sérgio Augusto Domingues, explica que a criação do mosaico está de acordo com o Sistema Nacional de Conservação, que define no artigo 6º: “quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa”.
“Isso reforça a necessidade de uma visão sistêmica do território, considerando a conectividade, através de corredores ecológicos, e o fluxo tanto da fauna e da flora numa perspectiva da bacia hidrográfica. Essa gestão integrada visa garantir mais efetividade no que diz respeito à conservação da biodiversidade”, ressalta o presidente da Fundação Zoobotânica.
O processo de criação do Mosaico Pampulha tem sido ainda objeto de pesquisas desenvolvidas por alunos da UFMG vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Fauna Silvestre.