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prefeito Alexandre Kalil e a primeira-dama e diretora do Movimento Gentileza, Ana Laender, visitaram a Horta Comunitária Coqueiro Verde, no Bairro Conjunto Paulo VI
Foto: Amira Hissa

PBH e Movimento Gentileza entregam melhorias para a Horta Coqueiro Verde

criado em - atualizado em

O prefeito Alexandre Kalil e a primeira-dama e diretora do Movimento Gentileza, Ana Laender, visitaram a Horta Comunitária Coqueiro Verde, no Bairro Conjunto Paulo VI, nesta terça-feira. Na ocasião, serão feitas as entregas de melhorias de infraestrutura e novos equipamentos de proteção e manejo para potencializar o trabalho das agricultoras e dos agricultores urbanos. 

Esta foi a última de cinco entregas previstas pelo projeto Agroflorestas e Hortas Urbanas, realizado pelo Movimento Gentileza, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio das secretarias de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) e Meio Ambiente (SMMA), da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). 

“Esse é um projeto muito bacana. A modernidade não vem só com TI, com tablet, com coisas desse tipo. Isso aí é uma lição de modernidade”, afirmou o prefeito Alexandre Kalil. Situada em uma área anteriormente ocupada por um aterro sanitário, com 16 mil m², a horta é um exemplo de recuperação ambiental, revitalização do solo e proteção de matas ciliares, que oferece para os agricultores que trabalham no espaço, em sua maioria idosos, uma alternativa de alimentação saudável e complementação de renda, com a venda dos produtos. 

“Este é um território muito especial, pois está situado em uma região extremamente carente social e economicamente, que ganhou com essa horta uma nova perspectiva de qualidade de vida, sobretudo, se considerarmos o perfil das pessoas que atuam por ali, praticamente todos com mais de 60 anos. Nossa entrega chega para contribuir com mais respeito e dignidade ao trabalho que essas pessoas desenvolvem”, comentou Ana Laender. 

“É muito emocionante ver essas melhorias entregues aos agricultores, em um esforço coletivo, e sentir a alegria dessas pessoas ao serem vistas e prestigiadas no território delas. Que o afeto dessa entrega se transforme em motivação para que eles sigam produzindo com mais dignidade”, continuou. 

Uma tendência mundial 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 70% da população mundial viverá em grandes centros urbanos até 2050. Com isso, a tendência é que o cultivo de alimentos em casa ou em espaços públicos urbanos se torne cada vez mais presente. Vislumbrando esse potencial, o Movimento Gentileza criou e desenvolveu o projeto Agroflorestas e Hortas Urbanas. 

As ações começaram em janeiro do ano passado, quando a Prefeitura de Belo Horizonte recebeu quatro contêineres, disponibilizados para o município como forma de compensação ambiental, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para serem utilizados como pontos de apoio aos trabalhadores de unidades produtivas coletivas-comunitárias. 

As estruturas, que possuem espaço para almoxarifado e banheiro, ganharam, por meio da iniciativa do Movimento Gentileza, uma varanda coberta construída com pilares de eucalipto e telhas ecológicas, equipada com pia e bancada para manejo, fogão à lenha, além de mesas e bancos, que irão contribuir para uma melhor estrutura de apoio e descanso, e também para a produção e distribuição de alimentos saudáveis. 

Foram construídos novos quiosques individuais de apoio aos agricultores, com bancada de apoio e pilares de eucalipto, além de telhas ecológicas. Durante a visita, cada trabalhador foi contemplado, também, com um conjunto de equipamentos de proteção individuais com chapéus, aventais, luvas, botas e um cesto para transporte e comercialização dos produtos. 

Agricultura Urbana: um investimento coletivo para a cidade 

A capital mineira possui, hoje, 43 unidades produtivas de agricultura urbana, entre Agroflorestas e Hortas, voltados para a produção de alimentos saudáveis, a geração de renda e o desenvolvimento local sustentável. Ao todo, são mais de 91 mil m² de área cultivada e mais de 300 agricultores cadastrados para a atividade. 

Para Maíra Colares, secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, esses números são fruto de um trabalho intersetorial. “Produzir alimentos na cidade já é uma realidade em Belo Horizonte. Projetos de parceiros como o Movimento Gentileza são essenciais pois qualificam ainda mais as políticas públicas, além de potencializarem a atuação dos agricultores e das agricultoras, que são o elo principal da ação, contribuindo com o desenvolvimento de estratégias sustentáveis e de incentivo à alimentação saudável no município”, ressalta. 

Sobre o Movimento Gentileza 

Em cinco anos de atuação em Belo Horizonte, o Movimento Gentileza trabalha com a realização e apoio a diversas ações que contribuem para uma cidade mais gentil com a cena urbana e os cidadãos, sempre em parceria com o poder público municipal e a iniciativa privada. 

Idealizado e coordenado pela voluntária social, Ana Laender, o Movimento é responsável por diversas iniciativas que levam afeto e novas experiências às pessoas, sobretudo, aos residentes em Instituições Filantrópicas de Longa Permanência (ILPIs). Seus projetos se dedicam à inclusão social e cultural do ser humano e promovem também a requalificação do espaço urbano, bem como a preservação e a valorização da memória da cidade.