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PBH apresenta 6º Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa
Foto: Amira Hissa

PBH apresenta 6º Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa

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A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou o 6º Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa na reunião ordinária do Comitê Municipal de Mudanças Climáticas e Ecoeficiência realizada nessa terça-feira (14). O documento, disponível para consulta pública, será publicado no site da PBH no final deste mês. 

 

O Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa é um documento que apresenta o perfil das emissões diretas e indiretas de GEE em Belo Horizonte e tem como objetivo realizar o levantamento das fontes e reportar as emissões e remoções desses gases resultantes das ações da sociedade.

 

O levantamento traz informações com base em três setores: transporte, resíduos e energia, que inclui emissões de queima de combustíveis e de energia elétrica em residências, em atividades de prestação de serviços, comércio e indústrias, além da disposição final dos resíduos sólidos e dos efluentes líquidos.

 

De acordo com o estudo – que contempla as emissões de 2009 a 2021 –, as emissões totais efetivas de Belo Horizonte subiram 29% de 2020 para 2021, retomando os patamares de 2019. Dentro desse panorama, as emissões estacionárias (energia elétrica ou a diesel, por exemplo) tiveram um acréscimo de 46%, as de transporte subiram 36%, enquanto as emissões de resíduos caíram 10%.

 

A significativa queda de emissões registrada em 2020 – decorrente da pandemia – denota a excepcionalidade da situação, dadas as medidas de isolamento e interrupção de serviços naquele ano. De acordo com a gerente de Ações de Sustentabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sônia Knauer, a retomada as atividades em todos os setores impulsionou esse aumento sensível na emissão de combustíveis fósseis.

 

“As emissões voltaram ao patamar de antes da pandemia, já que 2020 foi um ano atípico. De acordo com as análises do inventário, o que mais cresceu foram as emissões relacionadas à aviação. Isso é compreensível, uma vez que após um ano sem viagens, esse modal passou a operar em alta demanda”, aponta.

 

Ferramenta fundamental para o enfrentamento do aquecimento global, o inventário de emissões de GEE é pré-requisito para o estabelecimento de propostas de mitigação e controle ambiental, constituindo a base da Política Municipal de Mudanças Climáticas. Ele configura-se como ponto de partida das iniciativas, como explica o Diretor de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Dany Amaral.

 

“Seria impossível trabalharmos as nossas metas se não tivéssemos um diagnóstico de onde estão sendo emitidos esses gases poluentes. Com o documento consolidado, contamos com a análise de diversos órgãos sobre os impactos gerados, bem como resultados que podem ajudar na construção de políticas públicas no futuro”, destaca.

 

Por meio do plano, além da atualização do inventário, foram propostas medidas para a redução das emissões e para a adaptação da cidade ao cenário de mudança do clima. O Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência, órgão colegiado integrado por representantes do setor público e sociedade civil organizada, foi responsável pela articulação institucional e monitoramento da revisão do plano. Suas ações desdobram diversas estratégias, como a Semana do Clima, que objetiva no enfrentamento às mudanças climáticas e na mobilização de esforços para dar centralidade à pauta e engajar os agentes locais em seu debate e implementação.

 

Além disso, em 2021, a cidade aderiu à campanha global Race to Zero, assumindo a meta de neutralização do carbono até 2050. "Estamos trabalhando com todos os esforços necessários para cercar esta problemática que é a emissão de combustíveis fósseis. Esperamos que nos próximos 30 anos Belo Horizonte já não emita nenhum tipo de GEE na atmosfera”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.