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Odilon Behrens é referência no diagnóstico precoce da perda auditiva de bebês
Foto: Divulgação/PBH

Odilon Behrens é referência no diagnóstico precoce da perda auditiva de bebês

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A Prefeitura de Belo Horizonte começa a prevenção e combate à surdez nos primeiros dias de vida dos bebês. No Hospital Metropolitano Odilon Behrens, de gestão do município, os recém-nascidos passam por uma Triagem Auditiva Neonatal, conhecida também como Teste da Orelhinha, logo nos primeiros dias. A equipe de fonoaudiologia do HOB faz uma busca ativa nos leitos da maternidade e realiza o teste em todos os bebês que estão internados. Somente em 2023 já foram realizados 1.113 exames. Os pais ou responsáveis das crianças também podem procurar os centros de saúde para realizar o teste nos recém-nascidos. 

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez é celebrado em 10 de novembro. A data foi instituída pelo Ministério da Saúde para promover ações educativas e de conscientização sobre os cuidados com a saúde auditiva.

Quando não há um resultado satisfatório no primeiro teste do bebê, ele é submetido a um novo procedimento em um período mínimo de 15 dias. Permanecendo a falha na triagem auditiva, é feito o encaminhamento para o Serviço de Diagnóstico Audiológico Infantil, no Ambulatório do HOB. Caso haja a confirmação da perda auditiva, é feito o direcionamento para a Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência, para continuidade do cuidado, dando início à reabilitação auditiva. “É uma linha de atenção à saúde do paciente que visa a integralidade da assistência nos seus vários pontos da rede SUS. Primeiro é realizada a triagem auditiva e, se necessário, o diagnóstico e a reabilitação”, explica a fonoaudióloga Flávia Scotellaro. 

Além da Triagem Auditiva Neonatal, o hospital realiza também exames de diagnóstico audiológico infantil. Desde 2009 a unidade é credenciada pelo Ministério da Saúde, sendo referência para outras cinco maternidades de Belo Horizonte: Sofia Feldman, Júlia Kubitschek, Santa Casa, Risoleta Tolentino Neves e Odete Valadares. Além disso, há atendimentos da macrorregião, para crianças do interior de Minas Gerais.

Para a fonoaudióloga Silvane Ferraz o diagnóstico precoce é essencial para reduzir sequelas e possibilitar que, por meio do atendimento em tempo oportuno, a criança desenvolva as habilidades de fala e linguagem, mesmo com a perda auditiva.“Vamos fazer a intervenção precoce para que a criança tenha o mínimo possível de prejuízos em relação ao desenvolvimento de fala e linguagem. Então, quanto mais cedo ela tiver acesso à reabilitação, que é o uso do 'aparelhinho' ou implante coclear, associados à fonoterapia, melhores serão suas condições de desenvolver padrões de fala e linguagem dentro do esperado. Ela pode ter limitações, mas pode ter um desenvolvimento bem próximo do que consideraríamos típico”, orienta.

As crianças do grupo de risco para a deficiência auditiva permanecem em monitoramento no serviço de fonoaudiologia do HOB até completarem um ano de idade, para detecção precoce de possíveis perdas auditivas progressivas ou de início tardio. Após esse período elas são referenciadas para os centros de saúde da capital, para acompanhamento do desenvolvimento de fala e linguagem.