Pular para o conteúdo principal

Mostra Infantil movimenta o Circuito Municipal de Cultura
Selva Manara

Mostra Infantil movimenta o Circuito Municipal de Cultura

criado em - atualizado em

O mês das crianças está chegando e para celebrar com os pequenos e suas famílias os teatros municipais de Belo Horizonte e os centros culturais preparam uma programação especial. Desta quinta-feira (2) a 23 de outubro será realizada a “Mostra Infantil” nos teatros Francisco Nunes e Marília, Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado e centros culturais Lindeia Regina, São Bernardo e Alto Vera Cruz. Companhias e artistas mineiros, como o grupo Oriundo de Teatro, Cia. Canxangá e Cia. Pierrot Lunar, dentre outros solos e coletivos, participam com espetáculos de diversas linguagens e para todas as idades.

As atividades integram as ações do Circuito Municipal de Cultural. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados online ou na bilheteria dos espaços uma hora antes das apresentações. O Circuito é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.

Teatro Francisco Nunes

O grupo Gato Torto Produções abre a programação no Teatro Francisco Nunes nesta quinta (2), às 14h30, com o espetáculo “Banda de Palhaços Nariz de Brinquedo”. Com um repertório variado de músicas autorais e do universo infantil, os cinco músicos brincantes convidam a plateia a cantar e dançar, somando a isso, brincadeiras, esquetes e sucessos infantis.

O Instituto Arte e Cultura para Todos sobe ao palco do Teatro Francisco Nunes nos nesta sexta-feira (3), às 14h30, e sábado (4), às 11h, com o espetáculo “De Onde vem o Dinheiro?”. A peça conta a história de dois amigos, Tina e Tom Tom, que estão morando longe e desejam se encontrar, para ensinar para as crianças, de forma leve e divertida, que o dinheiro não nasce em árvore e que é possível empreender, poupar e realizar sonhos.  

Também no sábado, às 10h, antes do espetáculo “De Onde vem o Dinheiro?”, no largo do Francisco Nunes, o grupo Lud Benquerer em Trio apresenta a peça “Arrastão de Palhaças”. Em cena, três palhaças – interpretadas pelas atrizes Ludmila Benquerer, Jéssica Tamietti e Letícia Avelar –, trazem um repertório de brincadeiras das infâncias de todos os tempos, histórias e cantigas populares ao som da sanfona, zabumba triângulo e vozes ao vivo. O público é convidado a cantar junto e resgatar memórias de infância.

No domingo (5), às 11h, a Cia Pierrot Lunar apresenta “Acontecimento em Vila Feliz”, versão teatral do conto homônimo de Aníbal Machado. A montagem, que também acontece no largo do teatro, é o resultado da evolução da pesquisa do grupo mineiro sobre a encenação de textos literários aliada ao formato de rua, incluindo nesse cruzamento a música popular executada ao vivo pelo elenco.

Os ingressos podem ser obtidos neste link.

Teatro Marília

O Teatro Marília abre a programação com a peça “Fumanchu e Dorival - Uma Dupla Especial”, do Grupo Oriundo de Teatro. Dorival é uma lagarta que sonha em ser artista e está à procura do Circo Arco-Íris. Mas quando chega ao local, encontra a palhaça Fumanchu, que a surpreende com a notícia de que o circo fechou. A partir desse encontro, as duas personagens buscam soluções para conseguir reabrir o picadeiro e a lagarta Dorival tornar seu sonho real. O espetáculo fará única apresentação nesta quinta (2), às 14h30.

Na sexta (3), às 14h30, o espetáculo “Arrastão de Palhaças”, do grupo Lud Benquerer em Trio, retorna à programação, com apresentação no Teatro Marília. Três palhaças trazem um repertório de brincadeiras das infâncias de todos os tempos, histórias e cantigas populares ao som da sanfona, zabumba triângulo e vozes ao vivo. No sábado (4), às 16h, as crianças poderão conferir as peripécias de “Valente”, da Cia Caxangá.

O espetáculo traz a história de uma cachorrinha de brinquedo, Valente, e de sua dona, Lorota, uma artista decadente que tenta reviver o glamour que já teve nos palcos e nas ruas. Na montagem, Lorota se arrisca a construir uma cena solo, em que Valente precisa realizar um único número: o seu grande salto mortal. Mas Valente se recusa a seguir com o espetáculo conforme o ensaiado e deixa a palhaça na mão.

O espetáculo de teatro e circo “A Fotografia”, do artista circense Ricardo Ikier, integra a programação no domingo (5), às 16h. A peça convida o público a refletir sobre o contexto em que o circo está inserido hoje, de permanente ameaça de extinção. A partir do questionamento “o palhaço fotógrafo do circo ainda existe ou teria lugar no circo atual?”, o palhaço Canhoto é um fotógrafo, mas para a dona do Circo Paradise, “quem tira fotos, não é artista”.

Os ingressos podem ser obtidos neste link.



Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado

O ator e palhaço Vinicio Queiroz abre a programação no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado com espetáculo “Iê PalhaCapu”, nesta quinta (2), às 14h30. Mágicas, palhaçadas e muita interação animam a criançada na sexta (3), às 14h30, com a peça “Palhágico Chaveirinho – O Palhaço Mágico”, de Thiago Dornellas. A arte circense segue na programação com o espetáculo “Palhafros”, da dupla Led e Lamparina, dois jovens negros de periferia, que levam aos palcos a história de como a música a ancestralidade e o riso os conectam ao público. A peça será apresentada no sábado (4), às 16h.

O Teatro Negro e Atitude sobe ao palco do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado com a peça “A lenda de Ananse - Um herói com rosto africano”, que aborda de forma sensível o respeito aos mais velhos e a valorização do saber ancestral. O texto narra as aventuras vividas por um velho de nome Kwaku Ananse para trazer do céu as histórias guardadas por “Nyame - O deus do céu”, num baú encantado que só lhe será entregue após serem cumpridas três importantes tarefas, capturar: “Ozebo - O leopardo de dentes terríveis”; “Nmboro - O maribondo que ferroa como fogo”; e “Moatha - A fada que nunca foi vista”. Missão que só se fará possível graças à grande sabedoria desse herói - dádiva que só o tempo traz. O espetáculo terá única sessão no domingo (5), às 16h.

Os ingressos podem ser retirados neste link.

Centros culturais

O Centro Cultural Lindeia Regina recebe a montagem “No rolê com Titetê”, do artista Cícero Silva, no sábado (4), às 16h30. Na narrativa, Titetê circula com o globo terrestre e sua máquina fotográfica que revela o espírito das pessoas, estimulando as pessoas a cuidarem bem de si e do planeta. A encenação acontece fora do palco, começando nas proximidades do espaço, e encerra em frente ao equipamento, fazendo com que o artista se relacione com o público em um jogo dinâmico e descontraído. O jogo se estabelece a partir do encontro e dos afetos.

Na quarta-feira (8), às 13h30, o Centro Cultural São Bernardo será palco da peça "Chorando de rir", dos artistas circenses Fernanda Santiago e Matheus Petrus. Em cena, o palhaço Perém Pempém e a palhaça Cricri entregam um sensacional espetáculo de malabares e equilibristas, sorrisos e choros (Chorinho). Além das principais modalidades do circo, o espetáculo apresenta obras de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazaré e Pixinguinha, com músicas tocadas ao vivo, ao som de instrumentos como trompete, escaleta, cavaquinho e pandeiro. A proposta dos artistas é levar ao público, por meio do circo e do riso, o Chorinho, patrimônio cultural do Brasil, que infelizmente não chega às periferias.

Um espetáculo que convida a plateia para uma emocionante jornada a bordo de um navio pirata, onde cada espectador se transforma em parte da tripulação e enfrenta os desafios do vasto oceano. Assim é a peça “Ximirica e Jujuba - Uma aventura em alto mar”, que se apresenta no Centro Cultural Alto Vera Cruz, na quinta-feira (23), às 9h. Na história, Ximirica, a palhaça pirata, e Jujuba, a palhaça marinheira, juntamente com o público, partem em uma aventura para encontrar o tesouro escondido do pirata Barba Roxa. Ao longo do caminho, a plateia é envolvida em brincadeiras, canções populares e muita palhaçaria, criando uma atmosfera lúdica e interativa que estimula a imaginação de crianças e adultos.

Circuito Municipal de Cultura

O Circuito Municipal de Cultura foi criado com o compromisso de oferecer uma programação contínua, em diversos formatos, a partir de ações descentralizadas nas nove regionais da PBH. Desde então, o projeto tem realizado shows, espetáculos cênicos, intervenções urbanas, exibição de filmes e mostras temáticas, além de atividades de reflexão e formação em diferentes linguagens artísticas, reforçando seu importante papel de fomento.

Entre dezembro de 2019, quando foi lançado, e setembro de 2024, o Circuito Municipal de Cultura realizou 1.150 atividades artísticas e culturais, que alcançaram um público estimado de aproximadamente 580 mil pessoas. Incluindo ações presenciais, virtuais e híbridas, a programação ocorrida durante esse período histórico do projeto movimentou a contratação de quase 7 mil artistas e profissionais técnicos da cadeia produtiva da cultura.

Para os centros culturais não é preciso retirada de ingressos.