4 December 2019 -
Belo Horizonte é uma cidade cheia de curiosidades. Cada canto tem uma história, cada rua, um “causo”. De acordo com a Superintendência de Geoprocessamento Corporativo (SGS-PB) da Empresa de Informação e Informática do Município de Belo Horizonte (Prodabel), a cidade, em seus 331 km², conta com 15.992 logradouros (ruas, becos, estradas, túneis, avenidas etc.) em 487 bairros, sendo que mais de 14 mil ruas são pavimentadas. Segundo o último Censo do IBGE, somos 2.512.070 habitantes residentes em BH.
Belo Horizonte foi projetada para se tornar a capital de Minas Gerais. Inaugurada em 1897, com a construção ainda em andamento, a cidade viveu sua expansão territorial e econômica entre as décadas de 1960 e 1970. Atualmente, com as novas ocupações e construções, BH vem se tornando cada vez mais urbanizada e em nada lembra o mapa milimetricamente planejado.
De acordo com a SGS-PB, a cidade é composta por 11.479 ruas e 2.635 becos. Esse número está em constante alteração, já que quando as ocupações vão sendo descobertas novas ruas surgem, becos vão se abrindo e bairros vão recebendo nomes.
Durante a construção de Belo Horizonte, os bairros não tinham nomes, eram apenas seções. Os mais antigos da cidade continuam com essa tradição registrada em cartório. Um exemplo disso é o Barro Preto. Legalmente, ele é conhecido como 8ª Seção Urbana, mas teve seu nome popular dado pelos primeiros moradores, que ficavam com os pés escuros em decorrência da grande quantidade de minério que havia no local.
As histórias das ruas e bairros se unem à cidade e fazem dela um local de saber popular e lendas. O trabalho do Geoprocessamento da Prodabel é preservar a memória dos mapas de Belo Horizonte e, conforme ela for crescendo, auxiliar na sua expansão.
Mas como uma rua é descoberta, nomeada, protocolada? Existem duas maneiras de criar uma rua: a primeira é por meio de uma intervenção urbana, quando há duplicação ou urbanização de uma via. Já a segunda ocorre quando uma nova área é criada por meio de um novo loteamento da Prefeitura.
Os dados sobre as áreas são enviados para a Prodabel, que cria uma nova base cartográfica. A partir disso, um nome provisório é criado e só depois, quando há a divisão correta do terreno, a Câmara de Vereadores aprova projeto de lei com o nome da nova rua.
Com os bairros não é muito diferente. Quando a escritura do terreno é legalmente aprovada, o nome do bairro é registrado em cartório. Desse modo, os correios recebem autorização para criar novos CEP’s para que as pessoas possam receber suas correspondências.