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Três bonecas pretas com touca e vestido e identificadas com nomes diferentes - Mariana, Dandara e Luanda - sobre uma mesa. À frente, o livro "Meninas negras" com várias cópias.
Foto: Sidinei Marinho

IV Feira Afro mostra literatura, arte e história na E.M. Marlene Pereira Racante

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A Escola Municipal Marlene Pereira Rancante, região da Pampulha, realizou no dia 24 de novembro, a IV Feira Afro, uma atividade pedagógica aberta a toda comunidade escolar que teve como objetivo a finalização dos projetos “LiterAFRO” e “Projeto Afro”.

 

O projeto “LiterAFRO” foi desenvolvido durante todo o ano e com o objetivo de fomentar a leitura, a escrita e o uso da biblioteca e garantir, por meio da literatura e da história, o trabalho com a educação nas relações etnicorraciais. Envolveu, principalmente, os professores de história, literatura e língua portuguesa do ensino regular, professores referências do 1º ciclo e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), profissionais da biblioteca, estudantes do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino fundamental, bem como os que frequentam o AEE.

 

Já o Projeto Afro, desenvolvido na escola desde 2015, é mais abrangente e envolve todos os estudantes, inclusive as turmas de EJA, e os professores das várias áreas do conhecimento. Neste ano, o projeto teve como enfoques temáticos a literatura, a arte e a história africana, afro-brasileira e indígena.

 

O que se pode ver foi um festival de cores e movimentos. Apresentações de danças, músicas, construção das salas temáticas, oficinas de jogos africanos, produção de sacolas, porta-retratos e animais africanos com materiais recicláveis, confecção de bonecas e, ainda, as presenças do “Grupo de Dança Negro por Negro” de Rodrigues e Marinhos e das comunidades quilombolas da cidade de Brumadinho (MG), conectando arte, literatura e história.

 

Para a professora de Geografia Eliane Tossati, o Projeto Afro vem ganhando espaço e importância. “É um trabalho muito bonito, que precisa ser divulgado. Ele envolve a participação de muitas pessoas que se empenham, porque acreditam que agrega valores aos estudantes”.

 

Professor de História e doutorando em Educação na FAE/UFMG, Sidnei Marinho de Souza coordenou ambos os projetos e ficou impactado com o resultado dos trabalhos. “Fiquei encantado com a boniteza, a qualidade e o conteúdo das produções realizadas por alunos e professores. Possibilitamos a toda comunidade escolar o conhecimento e a vivência da história e da cultura africana, afro-brasileira e indígena. Estes projetos pedagógicos apontam para uma educação antirracista, que almeja a formação de valores que possibilitem o respeito ao outro e às diferenças”, afirma.