7 Fevereiro 2024 -
Com o aumento de casos de dengue confirmados e em investigação em Belo Horizonte, a capital entrou em um cenário de epidemia de dengue. Os dados mais recentes mostram que, atualmente, a incidência é de cerca de 484,6 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes já configuram, formalmente, uma situação epidêmica.
Até o momento, foram confirmados 1.952 casos de dengue e três óbitos, além de 151 casos de chikungunya. A partir desta quinta-feira (8) o processamento de amostras de exames PCR, para diagnóstico de dengue, chikungunya e zika, começará a ser realizado no setor de Biologia Molecular do Laboratório Municipal de Referência, da Prefeitura de Belo Horizonte. A estratégia é para agilizar os resultados, garantindo tratamento e cuidado em tempo oportuno. A capacidade é de 200 análises por dia e esse quantitativo será ampliado gradativamente.
Para o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, mesmo estando em uma situação de epidemia, o município segue mantendo a assistência às pessoas e ampliando a capacidade de atendimento, mas é indispensável a colaboração da população em ações de prevenção ao Aedes aegypti.
“Nós monitoramos diariamente a situação da capital, a quantidade de casos confirmados e a pressão assistencial nas unidades de saúde da rede SUS-BH que atendem pessoas com sintomas de dengue. Porém, reforço novamente que é necessária a ajuda de cada um para eliminar, de dentro das casas, os possíveis recipientes que acumulem água e possam favorecer a procriação do mosquito. Assim, conseguiríamos diminuir a curva de casos em Belo Horizonte”, esclareceu.
A Secretaria Municipal de Saúde conta com um Plano de Enfrentamento às Arboviroses que é ativado gradativamente, mediante o atual cenário epidemiológico da cidade.
Ampliação de locais para atendimento
Até o momento, foram abertas seis unidades específicas para atender exclusivamente pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. São três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), funcionando das 7h às 22h, nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova. Esses equipamentos são porta aberta e ofertam cuidado de forma espontânea às pessoas que apresentam sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Já as Unidades de Reposição Volêmica (URV), funcionam todos os dias, por 24 horas, nas regionais Centro-sul e Venda Nova. Os locais recebem exclusivamente os usuários encaminhados de centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação e assistência contínua. Ou seja, não é um serviço de porta aberta. Há também uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fhemig e atende os usuários de 7h às 19h.
O endereço completo de todas essas unidades pode ser verificado no portal da Prefeitura. Cabe reforçar que novos locais podem ser imediatamente abertos, a depender da demanda assistencial da cidade.