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Foto: André Fossati

Garis e catadores de recicláveis trazem mais segurança à folia

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O sábado e a madrugada de domingo foram de muito trabalho para as equipes de limpeza urbana. No vaivém dos blocos, circulando no meio da multidão, em alguns momentos debaixo de chuva, os garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolheram mais de 813 toneladas de resíduos. Todo esse lixo encheu 116.184 sacos plásticos. Somente ontem (dia 2), os profissionais atenderam a uma área equivalente a quase 14 km².


Até o momento, desde o início do Carnaval de Belo Horizonte, no dia 16 do mês passado, já foram recolhidas 1.213 toneladas de resíduos o que equivale a 173.551 sacos de lixo. O salto nos números ocorreu ontem, quando já era esperado um público maior na cidade, em virtude do feriado prolongado. São quase 35 km² de atendimento na capital, fora os serviços regulares da SLU que foram mantidos em todas as regiões da cidade.

 

O vidro continua sendo um desafio para os coletores. Os ambulantes cadastrados para o evento não podem vender bebidas em embalagens de vidro. Apesar da proibição, alguns bares e parte dos foliões ainda estão levando para a avenida uma quantidade significativa desse material. Até agora, a SLU já recolheu mais de 15 toneladas de vidro. A boa notícia é que todo esse resíduo é 100% reciclável e está sendo destinado às cooperativas de catadores para ser reaproveitado.


Mesmo assim, Pedro Assis Neto, chefe do Departamento de Serviços de Limpeza da SLU, mantém o alerta. “Quanto menos vidro durante a festa, mais seguro será o divertimento da população”, enfatiza. Pedro lembra que há muitas crianças e idosos participando do Carnaval, um motivo a mais para evitar problemas. “É o Carnaval de todas as idades, portanto, prefira as latinhas ou consuma sua bebida em canecas e copos retornáveis; reduzir a produção de resíduos é sempre um ganho para todos nós”, observa o gestor.

 

A diretora Operacional da SLU, Andréa Pereira Fróes, comemora a ação dos 130 catadores contratados para o Carnaval deste ano. “Eles estão por toda a parte, realizando um trabalho exemplar de coleta de papel, metal e plástico”, conta. “As turmas estão identificadas com camisa laranja e a marca da campanha. De longe é possível vê-los rastreando tudo em busca de recicláveis, um avanço para a cidade e o meio ambiente”, avalia Andréa. Os resíduos estão sendo pesados nos galpões e os números, aos poucos, contabilizados. “Estamos otimistas porque acreditamos que a iniciativa é um avanço para este Carnaval e para a folia dos próximos anos”, afirma. “Outro ponto importante a ser considerado é que os recicláveis recolhidos vão se transformar em renda para os catadores e suas famílias, fortalecendo o processo de inclusão social”, finaliza.